Corações Feridos

Corações Feridos Louisa Reid




Resenhas - Corações Feridos


275 encontrados | exibindo 76 a 91
6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 |


Vinícios 16/10/2013

Angustiante
Desde a primeira vez que vi Corações Feridos, logo fui atraído por sua misteriosa e linda capa. Consequentemente, li a sinopse (coisa que só faço quando me interesso muito por um livro sim, sou desses que julga um livro pela capa) e me encantei mais ainda.
Publicado pela Novo Conceito, o livro conta a história tocante – e por muitas vezes angustiante – das irmãs gêmeas Hephzi e Rebecca, que são incrivelmente diferentes uma da outra. Enquanto Hephzi atrai os olhos dos outros por sua beleza, Rebecca atrai por causa do seu rosto deformado, causado pela Síndrome de Treacher Collins. Juntas, elas guardam um terrível segredo: quando o pai religioso fanático tranca a porta de casa, o terror se instaura no lugar.
Ambas sonham em algum dia poder fugir de casa. Hephzi viu uma oportunidade e tentou, mas isso acarretou a sua morte. Seria então Rebecca capaz de realizar tal proeza?

O livro é divido em duas partes: a primeira sendo narrada por Hephzi (marcada como Antes) e Rebecca (marcada como Depois) e a segunda apenas por Rebecca. Eu gostei bastante dessa locomoção pelo tempo. Enquanto no Antes vemos o que acontece para ocasionar o fim de Hephzi, no Depois vemos o que mudou na vida dos personagens após a morte.
A história também é muito boa e a forma que a autora a escreveu tornou tudo incrivelmente real. A escrita de Reid é tão boa que o leitor consegue sentir os sentimentos/ emoções dos personagens, seja raiva, tristeza, angustia e por aí vai. Por muitas vezes me coloquei no lugar das irmãs e sofri junto com elas, principalmente quando descobrimos a forma como Hephzi morreu, mais para o final do livro. A autora não poupa o leitor e trata tudo de forma tão nua e crua que a leitura chega a ser angustiante.
Os meus únicos problemas com o livro foram que além de eu demorar a pegar o ritmo, eu não consegui criar uma conexão com ele. Por causa disso, achei entediante e pouco profundo, pelo menos na maior parte do tempo. Apenas nos últimos capítulos que consegui aproveitar o que a autora ofereceu.
Apesar de não ter conseguido criar uma ligação com o livro, a leitura de Corações Feridos (título extremamente adequado) é válida, e caso você seja uma pessoa sensível, promete muitas lágrimas.

site: http://www.yesweread.com/
comentários(0)comente



Lilian.Ladeira 16/10/2020

Li por indicação e confesso que esperava mais sobre o livro. A história realmente é muito sensível, mas o final deixa a desejar. Esperava uma reviravolta na história, o que não houve, deixando muitas pontas soltas.
comentários(0)comente



Marcela Pires 16/10/2013

Maravilhoso!
"Acordei no outro dia com a luz do sol cintilando pela janela e me arrastei para olhar para fora. Vi que a árvore ainda estava verde e que, apesar de tudo, ela ainda estava crescendo. Lembrei-me da vida e quis a minha". pág. 165

UAU! Que livro forte e emocionante! Tristemente belo!

Hephzibah e Rebecca são irmãs gêmeas, porem Reb nasceu com a Síndrome de Treacher Collins, o que faz com que ela tenha o rosto todo deformado, seja mais tímida e calada. Já Hephzi é linda e voluptuosa.
Apesar das diferenças as duas são unidas e se amam muito (mesmo Hephzi tendo vergonha de vez enquando da Rebecca).
É impressionante ler e sentir o amor verdadeiro e altruísta que Reb tem pela a irmã.

As duas guardam um segredo terrível, segredo este que ocorre principalmente quando o pai, um pastor fanático, tranca a porta de casa.

O pai é um homem duro que apesar da fama de bom homem, pastor exemplar, é capaz das piores atrocidades, tudo amparado pela esposa e mãe das garotas.

O único amor que as gêmeas tem é da avó, e é muito fofo ver como aquela mulher amava e protegia as netas.

Até os 17 anos, as meninas só tiveram aulas em casa, no entanto Hepzhi consegue fazer com que a mãe convença o pai a deixa-las ir à escola (fica intrínseco que apesar de todo o medo, Hephzi sabe de algum segredo que a outra gêmea não conhece), o pai permite que as garotas cursem algumas matérias como matemática, física e química. Já inglês, história e literatura estavão fora de questão, pois podem desvirtuar as garotas do caminho de Deus.

Na escola Hephzi se deslumbra e conhece várias pessoas diferentes e "livres", ela fica maravilhada com esse mundo e logo se apaixona por Craig, ai que sua vida começa e acaba.

Nós ficamos sabendo que dos fatos, sabemos que Hephzibah morreu, que a avó morreu, que as meninas vivem em estado de miséria, mas só no decorrer da narrativa que conhecemos os "como e porques".

"Corações Feridos" começa com o velório de Hephzibah, e depois o tempo, assim como as narradoras são intercalados. Aos poucos ficamos conhecendo essa família e o sofrimento psicológico e fisíco que as irmãs sofrem.

Hephzibah tentou escapar e acabou morrendo, o que será de Rebecca?

"Gravei o dia de hoje em minha memória como mais um dia negro, e está lá, uma dura estória inscrita no meu coração. As histórias que tenho escondidas dentro de mim; se você pudesse abrir-me, leria a verdade. Olhe para dentro, retire a pele, a carne e os ossos e encontrará uma biblioteca de sofrimentos. talvez você me peça para explicar. Eu sou antes de tudo a curadora desse passado. mas algumas coisas são terríveis demais para serem contadas, e essas palavras estão enterradas profundamente. ...essas palavras não ouso pronunciar em voz alta". pág. 12

Desde o início da leitura fiquei totalmente anestesiada, sem conseguir largar as páginas, querendo saber mais, me sentindo impotente várias vezes, chorando com as meninas e querendo que tudo terminasse bem.
Rebecca me passou tantos sentimentos, e achei incrível como Reid conseguiu expressar tão bem toda a solidão dessa personagem: as noites sozinhas após a morte da irmã, os pensamentos, a tristeza comovente que a escritora conseguiu passar nessas páginas.

É um livro forte, posso dizer que em determinados momentos dificil, mas real.
Humanamente real, principalmente o final, achei totalmente plausível, e as emoções de Rebeca em relação a tudo, principalmente à mãe me surpreenderam positivamente.

Corações Feridos é aquele tipo de livro que quando acaba, você continua pensando na estória, vai dormir pensando nas meninas, no que passaram, no que acontecia naquela casa. É um drama perturbador, extremamente emocionante e comovente.

Recomendo!

site: www.mulhericesecialtda.com
comentários(0)comente



Dani Ferraz 03/04/2020

Sua voz era um poço escuro, frio e perigoso...
“Ele nunca pede desculpas. Apenas faz de conta que nunca aconteceu nada. Nós nunca ousamos revidar seus golpes, ainda não. Sei o que aconteceria se fizéssemos isso”.

É com esta narrativa que situo um pouco o leitor, sobre o drama vivido nesta história por Hephzibah (Hephzi) e Rebecca (Reb), irmãs gêmeas, criadas por pais severos, cruéis, extremamente religiosos porém hipócritas - pregam na comunidade atitudes diferentes das que têm em casa.

Apesar da diferença, não só nas atitudes, as irmãs eram diferentes no físico, pois Reb sofre da Síndrome de Treacher Collins, o que a tornava mais retraída, tímida e cautelosa no convívio social e também em casa – por ser a mais ofendida e menosprezada-, embora isso fosse irrelevante frente à forma com que as duas foram criadas, numa aura de medo e de opressão criada pelo Pai e tendo a Mãe como conivente, privadas de qualquer tipo de luxo ou necessidades básicas, como a de tomar banho, usar desodorantes ou absorventes.

O universo das duas passa a ser um pouco mais libertador, quando Hephzi consegue o direito de frequentar a escola junto à Reb. Porém, essa liberdade lhes custará caro.

Toda a história é composta com narrativas das duas irmãs, mostrando ao leitor suas perspectivas antes e depois do fatídico acidente (assassinato?). A situação dramática vivenciada incomoda, revolta, dói, algumas perguntas surgem o tempo, tais como, de onde vem tanto ódio? Quão longe esse Pai poderia chegar? Mãe, porque você não lhes dá socorro? Há luz no fim do túnel?

Pode-se notar que coloquei os termos Pai e Mãe em letra maiúscula, pois durante todo o tempo é dessa forma que elas se referem à eles. Isso é algo que me chamou a atenção pois em nenhum momento eles eram “meu” Pai ou “minha” mãe, elas não os consideravam, não queriam que eles pertencessem, aquele comportamento não era digno de ser atribuído àqueles nos quais chamamos de pais.

História forte, de denúncia, medo e opressão, que choca ao mostrar o que pode ser vivido dentro de uma casa, quando as portas e janelas se fecham.
comentários(0)comente



RUDY 13/10/2013

FEITA POR ROSEMARY
Era para ser a estória de duas irmãs gêmeas. Uma totalmente perfeita e outra com um problema de nascença chamado "Síndrome de Treacher Collins". Para resumir é uma má formação dos ossos do rosto.As duas irmãs seriam criadas com todo o amor, carinho, atenção e proteção que as crianças merecem.Pois é, era para ser, por o que vemos na verdade é a triste estória destas irmãs que nasceram e cresceram em um lugar onde o amor era apenas o que uma sentia pela outra. Carinho era o que tinham nas poucas vezes em que ficavam com a avó. Atenção era para as "besteiras" que poderiam fazer e que as levariam ao inferno. Proteção era o que sentiam, mesmo que precariamente, quando estavam no quarto.



Elas viviam presas em casa, não tinham direito a nada. Um simples banho era artigo de luxo. Tinha uma vida (?) miserável, e quando digo isso, não é pela falta de dinheiro. Nos ombros destas meninas estavam depositados dores inimagináveis. Dores que ninguém deveria passar, ainda mais crianças.A vida de Rebecca e Hephzibah começa a mudar quando mesmo contra a vontade dos pais, elas começam a frequentar a escola. Esta pequena, mas significativa vitória caiu sobre elas como um pequena e frágil luz no fim do túnel. Sabe quando uma vela está acesa e temos medo que o vento a apague? Pois é, Reb e Hep sabiam que qualquer deslize delas, estariam condenadas a ficarem sem aquelas poucas horas de liberdade.



Reb agora estava sozinha e refém daquele mal. Seus medos aumentaram, mas ela sabia que assim como Hep, seu tempo poderia estar acabando.Acontece, que a liberdade é embriagadora e viciante. Rapidamente Hephzibah se viu envolvida nas garras de um futuro livre e feliz. Rebecca ainda tinha os pés no chão e clamava para a irmã ir com calma, ter mais cuidado. Mas Rep sabia que não tinha tempo, que de um minuto para outro tudo podia se acabar... como se acabou.



Corações Feridos é um livro narrado por Hep e Reb. As irmãs contam seus medos e suas esperanças. Nos mostram que não é só o coração de ambas que está ferido, mas a própria alma delas, assim como a carne.Foram vários pedidos de socorro que se perderam pelo caminho, ou que ninguém quis ouvir.Várias vezes durante a leitura, eu me perguntava porque ninguém fez ou fazia nada? As pessoas são cegas? Acreditem, quando o fanatismo se faz presente, com certeza inocentes estão sofrendo em volta. E o pior de tudo isso, é sabermos que isso existe de verdade, e que realmente algumas pessoas fingem que não veem.


site: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2013/10/resenha-41-coracoes-feridos-louisa-reid.html
Michelle 07/11/2022minha estante
um livro extremamente triste




spoiler visualizar
comentários(0)comente



Vera Sabino 07/11/2015

Uma história que fere o coração do leitor.

"Corações Feridos" é um relato chocante sobre fanatismo religioso, alcoolismo e violência doméstica.
A história é narrada pelas irmãs Hephzibah e Rebecca em capítulos alternados e em períodos de tempo diferentes (antes e depois da morte de Hephzibah). A morte de Hephzi é mencionada por Rebecca logo nas primeiras páginas do livro.

As meninas são gêmeas, mas completamente diferentes uma da outra, tanto na aparência quanto no temperamento. Hephzibah é linda e voluntariosa, enquanto Rebecca, por ter seu rosto enormemente deformado pela "Síndrome de Treacher Collins", é tímida e mais cautelosa.

As irmãs viviam enclausuradas, portanto não conviviam com outras crianças e não tinham amigos. Não tinham permissão para ir à escola e estudavam em casa com a mãe. Tudo lhes era proibido e não tinham direito sequer a uma aspirina quando sentiam dor ou a um banho quente; sua higiene era feita numa bacia com água fria. Não tinham roupas novas, as roupas que usavam eram resgatadas das doações para caridade na igreja onde o pai era pastor.

Por essa razão, as visitas à casa da avó materna, a única a lhes dar amor e carinho, era uma alegria para as meninas. Lá elas podiam rir alto, comer chocolates, assistir TV, ler livros até depois da hora de dormir e ir ao cinema. Mas até isso lhes foi tirado pelos pais quando elas completaram 10 anos.

O pai, pastor da igreja do bairro, era visto como um homem de Deus, um modelo de virtude, muito gentil e sempre com um sorriso no rosto. Mas na casa paroquial onde a família vivia, ele não escondia o monstro que realmente era: fanático religioso, alcoólatra violento e pedófilo. Quando bebia e se irritava, gritava, derrubava mesas, atirava garrafas nas paredes e surrava as meninas de maneira tão brutal que algumas vezes, depois de uma surra, elas não conseguiam se levantar no dia seguinte. A mãe, totalmente conivente com as atrocidades cometidas pelo marido, parecia odiar as filhas tanto quanto ele.

Qual seria a razão de tamanho ódio contra as gêmeas?

Rebecca certa ocasião foi hospitalizada com uma fratura séria e embora os médicos e enfermeiras insistissem, querendo saber dela o que tinha acontecido, ela não abriu a boca com medo, um medo enorme de contar para as pessoas o que realmente tinha acontecido com ela na casa paroquial. O pastor, que ficou ao lado da cama dela no hospital se fazendo passar por bom pai, a ameaçou dizendo que ninguém jamais acreditaria no que ela dissesse contra ele. Diriam, isso sim, que ela deveria estar dominada por forças maléficas.

A pobre Rebecca era quem mais sofria as agressões porque o pai via sua deformação como uma "marca do mal".

Aos 16 anos, Hephzibah e Rebecca conseguiram, finalmente, sair de casa para cursar o segundo grau numa escola normal. Isso aconteceu porque Hephzi ameaçou fazer da vida da mãe um inferno se ela não convencesse o marido a deixá-las ir estudar numa escola normal. Ao chegar à escola, Hephzi se sentiu livre, finalmente, e se encantou com todos aqueles jovens de sua idade rindo e conversando naturalmente. Logo fez amizade com duas meninas que a convidaram para ir à casa delas e também para ir a um "pub" no final de semana.

Ao contrário da irmã, Rebecca não se socializou com os outros alunos, complexada por causa de sua deformidade. Se refugiava na biblioteca do colégio na hora do almoço e em seus horários livres de aula, aproveitando para ler tudo que podia, já que não lhes era permitido ter livros em casa.

Hephzibah, depois de ir à casa das amigas e ver que elas tinham seu próprio quarto, sua própria TV e computador, que podiam ouvir música, pintar as unhas, usar maquiagem e ter roupas novas e bonitas, decidiu que viver em uma casa normal e ter toda essa liberdade era tudo o que ela queria para si.

Não demorou muito para que Hephzi arranjasse um namorado, Craig, e para se encontrar com ele ou ir a alguma festinha, ela pulava a janela do quarto que dividia com a irmã e descia por uma árvore próxima à janela. Rebecca, embora morrendo de medo pelo que poderia acontecer com a irmã caso ela fosse descoberta, sempre a acobertava nessas suas escapadas.

Hephzibah conheceu a mãe de seu namorado, de quem gostou muito, e passou a frequentar a casa deles. No entanto, como ela nunca lhes contou sobre o horror que era sua vida na casa paroquial, Craig não entendia porque ela não queria que ele a acompanhasse até a porta de casa e não o apresentava a seus pais. Vivia ameaçando aparecer a qualquer hora na igreja, o que deixava Hephzi apavorada.

Ela via nesse relacionamento a oportunidade de finalmente se libertar da prisão em que vivia, pois acreditava que Craig a amava. Era uma questão de tempo até ele se declarar e a pedir em casamento.

Hephzibah sonhou em escapar de uma vida de tanta privação e sofrimento. E sua ousadia causou seu trágico fim. Só Rebecca conhecia a verdadeira causa da morte de sua irmã e sofria muito se culpando por não tê-la socorrido a tempo e, com isto, salvado sua vida.
Mas a morte da irmã também a fez ver com bastante clareza que, se ela não tentasse escapar, seria a próxima vítima de um pai sádico e cruel.

Conseguirá Rebecca a tão sonhada liberdade que sua irmã não conseguiu? Será que para Rebecca haverá um final feliz?

Gostei muito do livro!!
A história, embora chocante e tristérrima, é muito boa. E a autora a escreveu de uma maneira que torna a leitura bastante agradável e fluida, com seus capítulos curtos e alternados. Eu, particularmente, gosto muito dessa maneira de se narrar uma história.

A diagramação do livro também está muito boa, com uma fonte de tamanho ideal, bom espaçamento e sem nenhum erro gritante de português.
Achei muito bacana o detalhe dos galhos no canto superior direito de cada capítulo, remetendo à árvore próxima à janela do quarto das irmãs (e que teve sua importância na história).

Estão de parabéns autora e editora!

comentários(0)comente



Alcione13 18/10/2017

Claustrofóbico
De uma agilidade e crueza incomuns,me fisgou desde a primeira página.Mostra o lado mais sombrio de cada família com fachadas aparentemente normais.Me encantou o modo singelo com que a história foi conduzida, mostrando o horror em sua forma dolorosa.Duas gêmeas maravilhosas,e apaixonantes.E faz questionar o que há atrás de cada porta.E ao que cada familiar fecha os olhos.Leitura recomendadissima.
Ana Karina 17/02/2018minha estante
Gostei do comentário, vou procurar por esse livro para ler.




Naasom 21/10/2013

Dramática e envolvente história...
A primeira coisa que encanta ao tomar esse livro nas mãos é a linda capa com o título em alto relevo. A história é um maravilhoso drama que apresenta duas figuras distintas: Hephzibah, uma garota linda, sempre elogiada por quem a vê, desinibida, que gosta de experimentar novas coisas em sua vida; Rabecca é o total oposto de Hephzi, sua irmã gêmea. Reb, traz no rosto a marca de uma doença que a desfigurou e desde sempre a fez ser tímida, inibida e insegura em tudo o que faz, principalmente porque seus pais sempre fizeram questão de tratá-la como um lixo, uma simples sombra ou sopro do que Hephzi representava para eles.

Mas então algo acontece e a querida Hephzibah morre. E o que era ruim para Rebecca, que tinha na irmã (nem sempre) uma amiga para os momentos difíceis, quase sempre imposto por seu Pai, o pastor (se é que se pode chamar um crápula daqueles de "homem de Deus") de uma paróquia local.

Roderick é considerado um pastor, mas é o diabo em pessoa para mulher e filhas. Autoritário, alcoólatra e covarde, pois bate nas filhas diante da menor das falhas que elas cometem. O único sopro de esperança que as irmãs tinham era a avó, mas o Pai fez com que ela morresse depois de proibir que visse as netas.

Agora Hephzibah está morta também e Rebecca está desesperada. A irmã sempre dizia que elas deveriam fugir da casa paroquial, pois de outra forma o Pai acabaria por matá-las. Hephzi já foi; restou Reb e ela tentará de tudo, mesmo sendo diferente fisicamente e tímida, para finalmente se ver livre da tirania de Roderick e da covardia de sua mãe, que prefere o marido à filha.

O livro é dramático e faz refletir sobre o fanatismo, a covardia, o bullyng que ocorre dentro de casa, mesmo. Além de trazer vários mistérios: o que aconteceu com Hephzi para que morresse? Foi realmente o Pai quem causou sua morte? O que Rebecca fará para escapar de seus pais e sobreviver? Qual é o segredo sombrio que envolve essa família?

Assim como dramático, o livro também é envolvente e faz o leitor sentir repulsa por Roderick e torcer desesperadamente para Rebecca encontrar seu caminho para a liberdade. Reid acertou em cheio com essa história, nos surpreendendo a cada capítulo e mais ainda no final.
comentários(0)comente



Nadia.Paula 18/10/2015

maravilhoso
livro muito bem escrito, narrado no presente e passados pelas duas irmãs.tem prende pela história de amor das irmãs e com sofrimento.tortura e muita humilhação em torno de fanatismo religioso e vingança, já imaginava o motivo de tanta raiva que o pai tinha por elas, mas esperava muito mais justiça no final, valeu muito a pena ler este livro.
comentários(0)comente



Katy 28/07/2015

Corações Feridos - Louisa Reid
Corações Feridos conta a comovente história das irmãs Hephzibah e Rebecca, que apesar de serem gêmeas, são muito diferentes. Enquanto Hephz é linda, audaciosa e destemida, Rebecca nasceu com a síndrome de Treacher Collins, que faz seu rosto ser completamente desfigurado e com graves deformações, além de ser bem mais cautelosa e reservada que a irmã.

As duas tem uma grande amizade e juntas escondem um terrível segredo, o qual lhes impede de levar uma vida normal. Devido à esse segredo e também à seus pais, que são religiosos fanáticos e opressores, as duas só foram frequentar a escola quando tinham quinze anos e, ainda assim, nunca puderam realmente desfrutar de todas as coisas que meninas de sua idade podiam.

Hephz e Rebecca só conheceram o carinho e amor verdadeiros através de sua avó materna e da amizade que sentem uma pela outra, e por muito tempo realmente acreditaram que a vida que levavam era tudo que podiam ter. Várias vezes, Rebecca foi apontada como "cria do demônio" pelo próprio pai devido à suas deformações e essa foi só uma das muitas maldades que ambas sofreram.

Entretanto, quando começa a frequentar a escola, Hephzibah começa a fazer amizade com outras garotas de sua idade e, cada vez mais, desejar ter uma vida normal, livre e sem as costumeiras opressões que sofrem. Porém, seu espírito livre e aventureiro acaba lhe custando a vida e, quando estava apenas começando a viver de verdade, ela morre de forma trágica e misteriosa.

O livro alterna entre a narrativa das duas irmãs, Rebecca contando sua vida depois da morte da irmã, que é quando ela se dá conta que precisa mudar seu destino. e Hephzibah nos dias que antecederam seu trágico fim.

A história delas é do tipo que deixa até o mais frio dos leitores emocionado e inconformado, principalmente pela forma extremamente realista e convincente que Louisa Reid usa em sua escrita. A relação das duas irmãs é linda, repleta de lealdade e carinho, e, sobretudo, o segredo que escondem é algo cruel e desumano, mas que pode ser escondido por muitas e muitas famílias que julgamos como normais.

É uma leitura pesada, não pela escrita, mas pela temática forte que aborda. O tipo de história que causa uma gigantesca ressaca literária, que fica por dias em sua cabeça, junto com o sentimento de indignação que ela nos trás.

A capa do livro é maravilhosa, uma das minhas preferidas, pois além de muito bonita, ela transmite fielmente o sentimentalismo da história. A Novo Conceito, como sempre, nos trouxe uma edição muito caprichada, com fonte no tamanho ideal, capítulos bem divididos e diagramação perfeita. Vale a pena ler!

site: http://resenhanasnuvens.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Sirlene 16/02/2016

Fascinante
Uma história fascinante. Dá um aperto no peito... Me fez chorar e refletir bastante.
comentários(0)comente



Nadir 08/04/2021

Datas de início e fim
Comecei dia 06/06/2018 e terminei dia 24/09/2018. Gostei muito do livro, e me surpreendi várias vezes com ele.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



275 encontrados | exibindo 76 a 91
6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR