Eduarda Rozemberg 13/03/2017
Clássico bem vs. mal
A Luz e a Escuridão é o segundo livro que li da Priscila, e apesar de a escrita dela ser ótima, me decepcionei um pouco ao comparar com Inocência Perdida.
A história começa promissora, mostrando a fuga de Marcos de uma prisão onde permaneciam várias crianças. Logo aí a existência de mutante é retratada, deixando claro que os poucos humanos ainda vivos são obrigados a fugir.
No início fiquei um pouco confusa, mas ao passar dos capítulos, fui me inteirando mais sobre os acontecimentos da história. O cenário pós-apocalíptico já traz um suspense natural para os fatos narrados. Descobrimos que boa parte da humanidade foi extinta devido à uma guerra nuclear. Agora, vivem em locais mais quentes, onde os mutantes não podem alcançar uma vez que eles não suportam o calor.
Em meio a iminente ameaça de uma nova era glacial, conhecemos Renne, irmão gêmeo de Marcos. Os dois são especiais e possuem uma forte ligação. Renne precisa cumprir seu destino e Marcos fará tudo o que está em seu alcance para ajudá-lo. Acompanhamos a aventura de ambos em busca da sobrevivência. Caso eles morram, o mundo estará definitivamente perdido.
Achei muito interessante como o gênero fantasia foi empregado, principalmente por eu sentir alguns traços de ficção científica.
A narração da autora é bem detalhada e cuidadosa, sendo possível visualizar as cenas claramente. No entanto, demorei muito tempo para finalizar a leitura, visto que a historia não me cativou o suficiente. Além disso, não consegui me apegar a nenhum personagem, então foi difícil torcer para determinado fim.
A Luz e a Escuridão é dividido em quatro partes: "Sobrevivendo", "Caminhos Difíceis", "A Floresta Doente" e "Decisões Justas". Cada uma tem o seu próprio clímax. Novos personagens são apresentados, enquanto outros saem de cena.
O contato com o real vilão da história demorou bastante para ocorrer e, na minha opinião, o final foi bem previsível. Clássico bem vence o mal. Não considero isso um spoiler, mas me desculpem caso seja. Uma pena que fui pouco pouco surpreendida pela leitura.
Uma coisa que me deixou bem curiosa sobe o processo de criação de Priscila, foi o fato de ter algumas semelhanças em ambos de seus livros. Por exemplo: gêmeos como protagonistas ou o nome "Albuquerque".
Apesar de não ter sido uma das melhores leituras do ano passado, A Luz e a Escuridão não deixa de ser um bom livro. Recomendo para aqueles que querem algo mais leve.
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