Lorran 14/07/2010WWW.SUBTITULO.COM.BRResenha publicada no blog Subtítulo - www.subtitulo.com.br
Eu adoro Romances Biográficos. Mesmo que eles fujam um pouco do que realmente aconteceu, são sempre relatos mais ou menos precisos do tema em questão. Mas nem sempre se acreta em cheio.
A Máquina de Xadrez é um destes. É, sem dúvida alguma, uma história fantástica sobre um invento, e seu inventor - óbvio, que durante muitos anos intrigou a todos, sem que se descobrisse sua "farsa". A farsa, na verdade, nem conta tanto, é como um truque de mágica.
"No século XVIII, o barão Wolfgang von Kempelen encantou toda a Europa com "a máquina de xadrez". Era um autômato vestido de turco, invencível diante de um tabuleiro de xadrez. O mistério persistiu até descobrirem que um anão, responsável pelas jogadas geniais, escondia-se dentro da máquina."
Vale dizer que o anão, Tibor Scandanelli, acaba se tornando o personagem principal. Cativante, intrigante, de uma fé cega. É um personagem fantástico. Mas é apenas um personagem fictício. O livro é muito bom, mas caiu no meu conceito quando eu descobri que o personagem principal nunca existiu.
Ora, é ficção. É óbvio que muitos personagens e fatos nunca existiram. Mas nesse livro, o personagem em questão é essencial. É quase impossível para mim, agora, dissociá-lo da história real da máquina. Este é o problema. O livro é muito bom como romance ficional, mas não tanto no contexto da Máquina de Xadrez.