Pó de parede

Pó de parede Carol Bensimon




Resenhas - Pó de Parede


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Diego Piu 19/07/2023

Gostei mais do que imaginava
O livro é dividido em 3 Contos

A Caixa: primeiro e maior dos 3! Me identifiquei com as personagens, e foi o que mais gostei. Uma história de amizade em um cenário que gira em torno de uma casa um tanto quanto excêntrica, que ora é cenário, ora é tbm personagem.

Falta Céu: foi a que menos me envolveu, mas isso não trouxe nenhum demérito pra experiência de leitura.

Capitão Capivara: conto que fecha com chave de ouro, tanto pelo humor (cheguei a gargalhar) quanto pela construção narrativa!
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Jana Lauxen 23/05/2010

O Pó de Carol
Eu já lia o Kevin Arnold Para Dois, blogue da escritora gaúcha Carol Bensimon, quando ela surgiu com seu livro de estréia, Pó de Parede (Não Editora, 2008, R$25).
Encomendei meu exemplar levada pela simpatia que tinha pelos escritos despretensiosos de seu blogue.
Mas antes, li e reli em muitos lugares elogios acalorados à escrita desta menina de 27 anos, e confesso que pensei: exagero.
Não deve ser tudo isso.
Não pode ser tudo isso.
Não com apenas 27 anos.
Mas agora, depois de terminar minha saga pelo pó de todas as paredes de Carol Bensimon, preciso reconhecer: é.
É tudo o que disseram, e é ainda mais.
Pó de Parede reúne apenas três contos, mas se fosse somente um, ainda assim valeria à pena.

A Caixa, primeiro conto do livro, traz a história de Alice e da casa onde mora com os pais, cuja arquitetura (em formato de caixa) é motivo de sussurros e especulações por parte da vizinhança, careta e óbvia.
A descrição de cada cena, de cada situação e sentimento, é algo comovente.
Você enxerga o que a autora descreve, sente os cheiros, as sensações, as texturas, pode quase tocar na história como se esta fosse algo sólido e real.
E diferentemente do que acontece com muitos textos descritivos, que acabam se tornando enfadonhos e chatos, Carol consegue manter o fôlego de uma maneira surpreendente, e tornar sua narrativa leve, lírica, sustentada por generosas doses de reflexão e humor.
Sim, tem humor no Pó de Parede.
De sobra.
Um humor refinado, quase ferino, que nem mesmo aos mais desatentos passa despercebido.

Falta céu, segundo conto do Pó, para mim é o mais melancólico – mas nem por isso menos bonito e brilhante.
Muito, muitíssimo pelo contrário.
A história mais uma vez te carrega, com afinação, pelas minúcias da vida de Lina, e suas divagações acerca da derrubada de uma floresta que circunda a cidade onde mora – e onde havia um rio, responsável por trazer um pouco de movimento e refresco para a vida sufocante e parada que todos levavam.
O fim da floresta para o início da construção de um condomínio de luxo, que busca reproduzir artificialmente tudo que havia antes ali, gratuito e natural, marca também o fim de sua adolescência para a entrada (nem sempre triunfal) na vida adulta.
Falta Céu é uma daquelas histórias que você vai lendo e, de tempos em tempos, pára para pensar no que acabou de ler.
E quando chega a última frase – a que dá sentido ao título e a toda a história – você engole em seco e repara no gosto amargo que apareceu repentinamente na sua boca; gosto de verdade doída, nem sempre fácil da gente assumir e digerir.
A nostalgia do segundo conto é arrebatada pelo humor da terceira e última história, Capitão Capivara, que entra na avenida contando a saga de Clara, aspirante a escritora em busca de emprego e matéria prima para seu primeiro livro, e Carlo Bueno, autor renomado de dezenas de Best Sellers.
Neste, a veia comicamente mordaz de Carol transborda - para nossa sorte.
Por mais de uma vez precisei explicar porque estava rindo sozinha com um livro na mão, e minha vontade era responder: eu não estou rindo sozinha, oras bolas!
E eu não estava mesmo.

A verdade é que agora eu entendo - ô se entendo - cada palavra do que foi escrito sobre Carol e seu livro, em tantos lugares e por tantas pessoas diferentes.

Pó de Parede é uma grande panela, onde a autora conseguiu misturar ingredientes pouco prováveis de uma maneira certeira e mirabolante – ingredientes estes que, para qualquer outro escritor, seriam bastante difíceis de combinar. O resultado final ficaria, muito possivelmente, ruim.

No entanto, preciso denunciar aqui a conclusão na qual cheguei: Carol Bensimon não tem 27 anos.
E nem é aquela menina sorridente, simpática e de óculos que aparece na orelha do livro.
Não pode ser.
Eu só acredito vendo.
Tenho para mim que Pó de Parede foi escrito por alguém bem velho, que já viveu em muitos lugares e em muitos tempos, ao lado de muitas pessoas que o ensinaram muitas coisas.
Não cabe - não pode caber! - tanta sabedoria e intimidade com as palavras em apenas 27 anos.
Carol nos leva de volta para lugares dentro de nós mesmos, lugares que muito provavelmente já tenhamos até esquecido (ou tentado esquecer) que existem.
Em alguns momentos você precisa parar tudo para rir; em seguida, precisa parar tudo para disfarçar uma lágrima que, teimosa, quer descer. Em outros momentos você precisa parar tudo para pensar sobre o que acabou de ler e, num outro ainda, você lê repetidas vezes a mesma frase, numa tentativa quase desesperada de capturar dali todos os seus significados e significantes – e existem muitos, mais do que podemos apreender.

O meu Pó de Parede já está todo rabiscado, marcado, sublinhado.
É o tipo de livro que não se empresta nem se doa para a biblioteca.
Porque sabemos que, mais dia menos dia, vamos folheá-lo novamente, e vamos encontrar ali coisas que, na primeira, segunda e décima terceira leitura deixamos passar.
Histórias que trazem, cada vez, uma novidade, e por isso nunca enjoam, nunca envelhecem, nunca ficam para trás.
E tirando o fato de que a autora mente sobre sua idade biológica (foi a única conclusão plausível que encontrei), Pó de Parede é um livro belo, simples e refinado, que faz você agradecer por ter tido a oportunidade de, um dia, aprender a ler.
Obrigada Carol.
gabrisims 24/03/2011minha estante
Aqui tu canonizas demais a escritora. Calma, ela escreve bem, mas, er, não é pra tanto.


Aline 17/04/2017minha estante
Nossa. Eu gostei da escrita, mas achei as reflexões bem rasas e nem de longe fiquei tão sensibilizada assim. Pela sua resenha, nem parece que eu li o mesmo livro que você. Aliás, gostaria muito de ter lido o mesmo livro que você (rsrs). Da autora, gostei mais de "Sinuca Embaixo D'água".


Sharon 10/03/2019minha estante
Eu acho que o primeiro conto vale o entusiamos sim. É lindo, muito bem escrito, poético e narrativo, perfeito. Para mim seria um livro só ele e ganharia 5 estrelas, favorito, cabeceira. Os outros dois não me encantaram tanto.




drago 10/11/2022

Legalzinho
Pó de parede é uma coletânea de 3 contos.

No geral eu gostei dos três contos. Acho que gostei mais do terceiro do que dos dois primeiros, mas a leitura no geral foi legalzinha. Uma coisa que atrapalhou minha leitura foi a falta de profundidade nos personagens, mas isso é uma característica da minha preferência nos livros, mas de fato atrapalhou meu envolvimento com as histórias.

Não é um livro que eu vou levar pra vida nem nada do tipo, mas acho que é uma boa leitura pra passar o tempo. Eu tive que ler pra um debate da escola e tipo, li tudo na escola mesmo antes do tempo da aula de português, então considero sim uma leitura fluida e rápida, mas poderia ser bem melhor.

No geral recomendo pra quem gosta de contos e histórias mais curtas e sem muita profundidade. É legalzinho pra passar o tempo.
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Saulo Cruz 17/06/2014

Um livro honesto. Não tem essas pretensões de ganhar o universo, ser indicado pra Academia. Historinhas curtas, que deixam na cara do gol. Fala, fala, fala ... mas não marca ponto. Uma ou outra reflexão interessante (sobre as pessoas do marketing, por exemplo). Enxuto, textinho ligeiramente a la Jack Kerouac, parágrafos nervosos, 128 páginas passa tempo. Legalzim.
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GilbertoOrtegaJr 20/10/2014

Pó de Parede Carol Bensimon
Pó de Parede é o livro de estreia da escritora Carol Bensimon, formado por três contos por protagonistas jovens o livros é focado nas mudanças que acontecem na juventude, mas pelas entrelinhas das histórias Carol vai dando formas a novas identidades dos seus protagonistas, criando novos traços, mas mantendo alguns e assim mostrando o quanto o papel do lar pode influenciar na construção da nossa própria identidade.

No primeiro conto A Caixa conhecemos Alice, uma menina que por morar em uma casa no formato de caixa se sente estranha, e também é vista como tal pelos outros moradores que moram em casas comuns. Porém está linha de estranheza e distanciamento não é feita somente pelos vizinhos, a personagem se distância dos outros e não busca manter grande proximidade com outros adolescentes, a exceção será feita por outros dois personagens do conto que estão interligados juntos com Alice em uma final surpreendente.

Já no segundo conto Falta Céu a história gira em torno de um condomínio que está sendo construído em uma cidade pequena, que fica no meio de duas outras cidades de médio porte. Neste conto a protagonista é Lina, uma jovem que está começando um relacionamento e que pode ver de perto a construção deste condomínio. Lina anseia sair da cidade e ser reconhecida como bem sucedida, como o é toso os outros moradores que saíram de lá.

O terceiro conto Capitão Capivara é o único narrado em primeira pessoa, nele temos dois narradores; Clara uma jovem que saiu de casa em busca de novas experiências, e que trabalha em um hotel como mascote para entreter as crianças, e o também narrador Carlo Bueno, um escritor de carreira já feita, que está hospedado no mesmo hotel que Clara, para escrever um livro, que é mais de marketing do que de literatura, sobre o hotel.

Apesar de Carolo ter um nível narrativo muito bom o conto que menos gostei foi Falta Céu pelo simples fato de ele ser mais simples e menos inusitado, isso faz com que eu goste menos dele já que tenho um gosto claro pelo incomum ou esdrúxulo.

Mas mesmo assim adorei o livro, como leitor eu tanto fiquei preso a ele pelos enredos quanto pela capacidade da autora de escrever com uma linguagem tão gostosa que parece que estamos tento uma boa conversa. Assim li rapidamente este livro onde Carol interliga muito bem acontecimentos da vida das pessoas a construções e vice versa.

site: http://lerateaexaustao.wordpress.com/2014/10/20/po-de-parede-carol-bensimon/
Renata CCS 31/10/2014minha estante
Gosto muito de ler contos, e esse me parece um livro delicioso. Vou ler!




camila 26/02/2012

Pó de Parede da Não Editora! Muito bom!
Narrativa deliciosa da Carol Bensimon. Li que nem senti.
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vick 17/11/2023

Bem bom, as três histórias falam sobre pessoas lidando com a arquitetura dos lugares onde residem. Carol Bensimon conta muito bem as três histórias.
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Carlinha 25/07/2022

Poético
Gostei na escrita da autora.
São três histórias cativantes, emocionantes e interessantes. Bem isso que está na sinopse do livro. Se a gente falar um pouquinho mais, já estraga a experiência.
Achei que poderiam ter mais profundidade, mas creio que essa seria mesmo a intenção da autora. Meio que deixar algumas coisas no ar, para que o leitor faça parte da história de uma forma mais intensa e individual.
Uma leitura rápida, ótimo para sair da ressaca!
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Jung Angel 29/06/2012

Minha Opinião sobre "Pó de Parede"
O Livro é composto por 3 contos, A caixa, Falta Céu e Capitão Capivara.

A Caixa: Conta a História de Alice, por viver na solidão ela é uma garota observadora mas para os outros ela é uma adolescente vista como estranha, e assim se sente ante seus colegas de escola e também os próprios pais, os vizinhos consideram sua família esquisita isso por morarem em uma casa humilde e incomum isso faz com que Alice fique conhecida como " A garota que mora na caixa".

"O Que na Verdade acontece é que também não vemos coisa alguma... É como um quebra cabeça de mil peças que você decide montar no terraço e a metade das peças sai voando para sempre num começo inesperado de tempestade." (Pag 27)

Falta Céu: Conta a História de Lina, uma adolescente revoltada. Ao mesmo tempo em que Lina tem o desejo de deixar a cidade, como todos os outros que conseguiram sair de lá, ela ve sua pequena cidade sendo destruida pela construção de um condomínio.

Mais uma vez. Ouviram que se soltava, que perdia, como um rasgo,um som seco, o que faz fogo atiçado.(Pag 66)

Capitão Capivara: Conta a História de Clara, uma jovem aspirante à escritora, trabalha como mascote para entreter as crianças. Clara uma menina ingênua, vê em Carlo o ideal de escritor, enquanto ela mesmo não suporta o emprego que tem no hotel. Enquanto Carlo um conhecido escritor que ao contrario de ana despreza a literatura, duvida que o que faz seja literatura.

Podem achar que já estou um pouco velho para ficar sorrindo com as transgressões alheias, mas eram essas coisas que me faziam simpatizar com a himanidade. (Pag113)


P.S: O Primeiro conto a Caixa , começa de trás pra frente, com um amigo já adulto. O primeiro conto se passa em uma casa Estranha o segundo em um condomínio luxuoso e o terceiro conto se passa em um hotel na serra.

Acho linda está capa, fora a capa linda a diagramação da Não Editora está ótima como sempre, folha amarelinha e os detalhes docapitulo de um novo conto com as casinhas ficou muito legal. O Livro é pequeninho algo que eu acho tão fofo juntamente com a apa ficou mais bonitinho ainda!

O Livro tras contos que te fazem rir,chorar e pensar! Pó de Parede é um ótimo livro, onde a autora conseguiu misturar vários assuntos de uma maneira certeira, tornando assim um ótimo livro, com histórias que trazem, cada vez, uma novidade, e por isso nunca enjoam, nunca envelhecem, nunca ficam para trás.

Acompanhe as resenhas/críticas completas no blog "Lendo com a Angel". Se puder siga e comente que ficarei muito feliz por sua companhia!


site: https://lendocomaangel.blogspot.com/
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Marcos Faria 01/04/2013

“Pó de parede” (Não Editora, 2008) é um bom livro de estreia. O problema é que Carol Bensimon parece se envergonhar do que faz (e faz muito bem). Cada imagem, metáfora, símile ou o que seja vem acompanhada de um desnecessário pedido de desculpas, o que acaba travando um pouco o texto, principalmente nas duas primeiras histórias. Só no episódio final é que a autora se solta. Não por coincidência, a personagem principal desse epílogo é uma escritora em processo de autoflagelação. Somente para se torturar é que a autora consegue se libertar da censura que se impõe.

Publicado originalmente no Almanaque - http://almanaque.wordpress.com/2013/04/01/meninos-eu-li-33/
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Felipe Duco 05/10/2016

Pior livro do ano...
... e não acredito que algum outro possa se igualar. Um livro que tem mais de 90% de toda sua constituição formada por trechos absolutamente imprestáveis à composição das histórias contadas. O que me deixou de coração partido é que os temas presentes eram muito bons e originais, porém foram desenvolvidos de maneira muito fraca e incompetente. Durante a leitura temos dificuldades para entender o que está acontecendo, porque no geral, quase tudo o que é dito não acrescenta em nada para contar a história.
Por consequência dessa falta de entendimento o livro comete a pior folha de todas na literatura: não passa emoção alguma.
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Andressa Klemberg 12/08/2023

Contos incríveis
Os três contos são ótimos, com um tom crítico, melancólico e poético! Meus favoritos são o primeiro e o último, A caixa e Capitão Capivara.
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Thainara.Beatriz 14/07/2020

Não gostei
Nesse livro conta 3 histórias das quais não gostei.

A primeira é sobre Alice, e fala da sua casa q é em formato de caixa e o quanto ela era excluída por morar em uma casa diferente das outras.

A segunda se passa em uma cidade de interior desanimada, onde tudo é motivo de fofoca, lá começam a contruir um condomínio, e é só isso.

A terceira é em um hotel localizado em uma montanha. Uma moça chamada Clara vai pra uma entrevista de prego e começa a trabalhar fazendo o papel do Capitão Capivara q é um urso de pelúcia, juntamente com sua colega de trabalho chamada Pati, q é demitida por perder a cabeça e bater em uma criança.
Nesse hotel está hospedado Carlo Bueno, q foi pra lá na intenção de escrever um livro no qual a história se passa no hotel e ele tem um caso com Pati.

As histórias pra mim não tem pé nem cabeça.
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