O Romance Das Equaçoes Algebricas

O Romance Das Equaçoes Algebricas Gilberto G. Garbi




Resenhas - O Romance Das Equaçoes Algebricas


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Tawl 30/10/2022

Bom
A obra em si é interessante e acabei aprendendo muito com ela, mas essa avaliação só não é melhor pela "imprecisão" do autor de colocar grande parte do livro com cálculos que, na minha opinião, deveriam ser direcionados a um livro técnico especializado, pois esses mesmos acabam por generalizar, ainda mais, a ideia de que a matemática é um bicho de 7 cabeças, levando em conta o público consumidor das obra de divulgação científica e o seu objetivo principal, tornar o conhecimento cada vez mais acessível.
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Bruno T. 21/02/2010

Inovador
O premiado livro (ganhou o Troféu jabuti, na categoria Ciências Exatas) de Gilberto Garbi é, realmente, inovador, ao apresentar um texto que reune a história das equações algébricas, a biografia dos matemáticos que as solucionaram e várias dessas soluções.
Profissionais da matemática e estudantes da "rainha das ciências" certamente avaliarão o livro como excelente. Para quem, como eu, já estudou o assunto décadas antes, a obra constitui-se numa leitura interessante e original, mesmo que, em alguns trechos "mais áridos", a saída seja passar adiante.

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OliveiraVictor 23/02/2022

Se for curioso ou entusiasta na área, esse livro é uma boa!
A proposta de fazer com que a Matemática, uma área que utiliza de uma linguagem tão sucinta, concisa e altamente densa nos significados seja comentada de forma corrida é muitas vezes bem realizada pelo autor.

Algumas passagens não são triviais, ou seja, auto evidentes ou simples e requerem um certo nível de conhecimento prévio. O autor não propõe um livro texto completo de álgebra mas tenta cobrir o desenvolvimento dessa parte da Matemática a nível histórico sem deixar de mostrar quais foram, e como surgiram, essas ideias e técnicas. Portanto se prepare para ver alguns números misturados com letras.

Posso dizer que o ensino básico de Matemática do Brasil não é suficiente pra entender totalmente o livro. Mesmo assim entendo isso como um incentivo para que haja um aprofundamento por conta própria a fim de entender algumas passagens que o autor omite.

Não se engane, ele não "te pega pela mão" pra mostrar como se faz mas te aponta a direção sempre que necessário.

Eu indicaria tranquilamente para uma pessoa interessada em seguir na área das ciências exatas e de Matemática.
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fabio.ribas.7 03/02/2020

Matemágica?!
Por causa do meu trabalho, venho estudando matemática para ajudar melhor aos meus alunos estrangeiros. Tenho lido muitos livros da área, mas quero indicar um, em especial, do qual parte deste post se baseia, nutrindo algumas informações históricas: "O romance das equações algébricas". E como não sei estudar sem escrever, pois aprendo melhor quando escrevo, então segue o post de hoje com as minhas devidas elucubrações e pesquisas.

No princípio, houve a equação: 3y – 9 = 3 e, como que num passe de mágica, alguém disse que, se passássemos o -9 para o outro lado do sinal de igual (lembram?), o sinal mudaria de -9 para 9 (3y = 3 + 9, o que daria como resposta: y = 12/3, logo y = 4)!

Até que, um dia, alguém perguntou: “Por quê”? Quem havia criado essa regra (e tantas outras da "matemágica") que se impunham sobre mim e exigiam a minha total subserviência. Quem decidira que, uma vez passado para o lado de lá, ocorreria uma mudança assim tão radical de sinal?

Por trás das equações algébricas como a apresentada, há uma história fascinante de fanatismo, conquistas, perdas e resgates. Pela terceira vez, a Biblioteca de Alexandria espalhava suas cinzas por sobre o céu e o negrume daquele momento parecia anunciar os terríveis agouros que sucumbiriam a humanidade no terrível e atrasado mundo muçulmano. O califa Omar, no ano de 641 d.C., fazia arder novamente a resistente cidade de Alexandria. Omar compreendia que os papiros ali ocultados ou repetiam as palavras do Corão ou eram contrários a ele, assim, sendo um ou outro, a biblioteca se fazia desnecessária ao novo Império Muçulmano que se estendia da fronteira da Espanha com a França, no Ocidente, e à Índia no Oriente.

Contudo, muito antes de Omar, a Biblioteca já sofrera nas mãos de Júlio César e, depois, com o Bispo cristão Teófilo e seus seguidores fanáticos (pelo menos, essa é a versão). Júlio César ateara fogo em seus próprios navios na ânsia de impedir uma fuga e o fogo acabou atingindo a Biblioteca. Por seu lado, Teófilo a incendiou por compreender que ali se instalara o ensino do paganismo perverso.

Muitas outras vezes, antes e depois do Cristianismo, contam alguns historiadores modernos, a Biblioteca (que era mais de uma com seus prédios espalhados na cidade) foi sendo destruída aos poucos. Mas, para além da sua importância histórica e cultural, faço dela um símbolo da verdade que quero apresentar como tema principal deste meu texto.

Veja o que ocorreu com o Bispo Teófilo e a multidão de fanáticos que avançaram contra a Biblioteca em 391 d.C.. Embora detentora de grande sabedoria e conhecimento, tudo o que foi produzido e guardado na Biblioteca nunca foi transferido ao mundo em volta dela. O conhecimento da Biblioteca era para uma elite reduzidíssima e, certamente, essa foi uma das principais razões de sua derrocada: a multidão que a destruiu deveria tê-la protegido, se antes a tivessem ensinado sobre o real valor da sabedoria ali desenvolvida. Porém, aquela sabedoria toda nunca fora usada em benefício do povo, nunca melhorou as suas condições de trabalho e, muito menos, jamais questionou e derrubou o sistema de escravidão que regia a sociedade da época. A ignorância é o alimento que mais engorda o fanatismo, mas foi a histórica alienação dos seus cientistas, filósofos e estudiosos que, inegavelmente, consumiu a Biblioteca.

Agora, mais uma vez, a Biblioteca incendiava nas mãos de Omar. Entretanto, inesperadamente, o rumo da história veria algo fascinante: os árabes muçulmanos seriam conquistados pelo helenismo e passariam a investir na cultura da Biblioteca e ela renasceria mais uma vez. E os califas (sucessores de Maomé), fascinados com esse desenvolvimento das ciências em seu próprio Império, sonharam, então, em suplantar Alexandria e, finalmente, o califa Al-Mansur ergue, às margens do rio Tigre, a cidade de Bagdá, esperando torná-la uma nova Alexandria. A riqueza de Bagdá, sua arte, cultura, ciências e apogeu inspiraram os famosos contos das 1001 e uma noites, que tentaram retratar a cultura de Bagdá naquele período de ouro para os muçulmanos.

Enfim, os califas trouxeram, traduzidas para o árabe, muitas obras que estariam perdidas na antiga Alexandria. E aqui começa a se fechar a nossa história: muitos sábios se dirigiram para Bagdá e, entre eles, um homem chamado Abu-Abdullah Muhamed ibn-Musa al-Khwarizmi e que foi o primeiro matemático que, de maneira simples, explicou as tais equações algébricas. A palavra Álgebra vem exatamente do seu nome al-Khwarizmi, que deu origem à palavra algarismo.

Ao contrário dos sábios pagãos de Alexandria, que fizeram da Biblioteca uma ilha cercada de injustiças econômicas, políticas e religiosas sem nunca questionarem nada dessa situação, al-Khwarizmi esforçava-se para se fazer entender e distribuir o conhecimento do qual dispunha a todos quanto quisessem. Para tanto, além de escrever um livro sobre equações matemáticas, introduziu o sistema hindu de numeração decimal, utilizado hoje em todo mundo.

Mas qual a verdade por trás daquela simples equação algébrica apresentada no início deste texto? A verdade é exatamente o que estou tentando dizer aqui para você: não há mágica. A Biblioteca de Alexandria se tornou símbolo dessa magia, desse ensino oculto, do cientificismo e filosofia herméticos, das escolas esotéricas. Demorei muito para abandonar o sistema de ensino “alexandrino” e compreender o sistema exotérico proposto pelos califas de Damasco e Bagdá, que traduziram para o árabe, entre outras obras, as noções comuns de Euclides. E é por causa de Euclides que podemos compreender a verdade por trás da equação aqui tratada.

Veja, a regra de Euclides é simples e irá revelar o que de fato acontece na nossa equação algébrica: se iguais forem somados a iguais, os resultados serão iguais e, do mesmo modo, se iguais forem subtraídos por iguais, os resultados serão iguais. Assim, retorno à equação: 3y – 9 = 3, torna-se 3y = 3 + 9 não por um passe de mágica que professores alexandrinos insistem em nos ensinar na Escola, mas, porque: 3y – 9 + 9 = 3 + 9. Logo, se eu estou dizendo que um lado é igual ao outro na equação, então, segundo Euclides, se eu somar (ou diminuir) iguais, o resultado confirmará a minha equação. Portanto, não é o -9 que muda de sinal e vira +9. Na verdade, o número não vai para o lado de lá do sinal de igual e nem troca o seu próprio sinal. O que se faz, mas quase ninguém ensina (pelo menos nunca haviam me demonstrado isso), é que, na verdade, estão sendo somados valores iguais tanto de um lado como de outro da equação. Simples, não?

Imagine que quase que eu não poderia escrever este texto hoje, se nas inúmeras vezes em que a Biblioteca fora queimada tivessem alcançado êxito. Muito menos poderia escrever isto, se os muçulmanos não tivessem resgatado as obras de Alexandria, traduzindo-as para o árabe e as ensinado ao mundo Ocidental. Esta é a verdade por trás da álgebra... Graças a Deus!

site: https://www.facebook.com/fabio.ribas.7
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Estrella â 25/01/2023

Acho incrível a maneira em que o livro mostra a história dos números, comecei a ler para entender mais sobre evolução matemática na nossa sociedade, mas acabei me deparando com histórias extraordinárias e fatos muito interessantes, quais eu definitivamente guardo comigo para compartilhar em rodinhas de amigoskkkjkkk recomendo, principalmente aos que admiram os números.
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vipandinha 02/02/2024

Uma pitada de drama à matemática
Eu adorei ler esse livro. Recomendo àqueles que pretendem entender entender um pouco sobre a história da matemática e seus draminhas envolvidos nela. Uma leitura extremamente gostosa, fixadora e super interessante. Cada capítulo é uma evolução em relação à álgebra, cronologicamente, desde a pré-história, incluindo demonstrações algébricas nos finais dos capítulos dos conceitos abordados.
O livro conta a história dos importantes matemáticos como: Euclides, Isaac Newton, Gauss, entre muitos outros. Alguns com histórias de vida de certa forma envolventes, dramáticas e cativantes. Algumas vezes eu ficava angustiada, às vezes ria. Certamente um livro com bastante emoção e aprendizado.
A forma como o autor escolheu para abordar esse assunto me agradou.
Dei 4.5 estrelas por problema meu mesmo de ainda não estar evoluída a altura de compreender todas as demonstrações presentes no livro. al
Algumas passagens algébricas são de difícil entendimento, para mim.
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Joana D'Arc 02/06/2021

Encantador...
Quando me foi recomendado este livro e o julgando pelo título imaginei algo infantil e superficial, já no primeiro Capítulo vi que fiz uma má interpretação de texto em relação ao título. Pois o livro nos conduz como em um romance, emoção, altos e baixos... E mostrando que a matématica ( como todo conhecimento/ciência) não é algo 'exato' como costumam defini-la e sim algo humano portanto carrega em sim um drama.
E o autor faz isso nos conduzindo de forma pedagogica, então ao contar uma historia nos ensina e vice-versa. Digo isso pois é um livro Muito rico que possibilita acesso a vastíssimo conhecimentos na área que nos rendem um bom tempo de estudo para os amantes da Matématica e talvez isso se deva ao fato desta ser "única e infinita"(p.231)
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Luan494 15/02/2024

Um livro de história
Encantador, muito bom. É para curiosos sobre a história. Como o próprio autor recomenda no prefácio, quem tem dificuldade ao ver as partes técnicas demonstrando equações, basta pular (foi o que eu fiz!) Não sou de exatas, ninguém merece ler sem entender, isso desanima, então o meu conselho é esse: pular as partes das equações e foca na leitura. É muito legal!
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Bianca 21/07/2022

Ótimo
'O Romance das Equações Algébricas' proporciona uma leitura magnífica sobre a história das equações algébricas e de seus principais personagens.
A presença de passagens com cálculos mais complexos não interfere na leitura, pois o foco do livro é o lado histórico dos fatos. Pular essas demonstrações, como o próprio autor afirma, não prejudica em nada a excelente experiência que o livro quer passar.
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