Cris Compagnoni 02/12/2011
Sempre gostei muito de rock, mas nunca fui de ouvir Elvis Presley e se me perguntarem por que, eu não sei responder, é aquela história: sempre sabemos por que fazemos as coisas, mas nem sempre sabemos por que deixamos de fazer; sendo assim sei exatamente porque li ELVIS E SUA PÉLVIS: é a história do Rei do Rock, ele é uma lenda, levava multidões ao delírio, e eu não poderia ficar na curiosidade de saber como é que ele fazia isso.
Elvis foi um garoto muito pobre, mas pobre mesmo, e desde cedo impressionava seus pais pela incrível capacidade de memorização, pois o menino decorava todas as letras das músicas que ouvia na rádio, mesmo tendo ouvido-as apenas uma vez. Ele cantava na igreja, mas às vezes a desobedecia e ia ao cinema com seu pai, ou seja, a música e o cinema fizeram parte da sua vida desde a infância.
Esse livro conta a história de Elvis de um jeito muito irreverente, é impossível não rir em algumas passagens; as ilustrações são um caso a parte e trazem mais humor à biografia. Tem três seções que aparecem no meio da história: o Diário perdido de Elvis, onde o autor expõem o que Elvis estaria pensando a respeito dos acontecimentos da sua vida; os jornais da época, que mostram como a sociedade via o fenômeno Elvis; a garota da vez, que sempre traz informações a respeito da garota da vez na vida do Rei, e eu sempre imaginei que fossem muitas, mas na verdade foram pouquíssimas as que mereceram fazer parte da sua biografia; e os ídolos do ídolo, uma ótima seção pra quem, assim como eu não viveu naquele tempo e não conhece nenhum daqueles caras.
O que fica bem claro no livro é como Elvis era apegado à sua mãe, e isso era recíproco, lógico que toda relação de mãe e filho é intensa, mas essa é um pouco exagerada; por outro lado, gostei de ver como a maior ambição dele era poder dar uma vida confortável para os seus pais. Outra coisa que gostei de saber é que Elvis, do início da sua carreira até a sua morte sempre tratou muito bem os seus fãs, principalmente as fãs, sempre dizia que tudo o que ele tinha e quem ele era ele devia a elas, tinha respeito e consideração, fazia tudo o que fosse possível para agradá-las.
Outro fato curioso era o empresário, no início da careira do Elvis ele disse a ele que se fizesse o que ele dissesse ele teria tudo que queria, e o cara não estava mentindo, o cara era muito, mas muito criativo mesmo, ganhou dinheiro para ele e para o Elvis de todas as formas possíveis. Certa vez ele comprou binóculos usados do exército americano para alugar para as fãs no show do ídolo, quando percebeu que todas elas queriam levar-lo para casa, passou a vender as fotos dele no final do show; colocou a venda todos os tipos de produtos possíveis com a imagem do Rei do Rock, bótons, meias, toca discos, canetas, falsas costeletas adesivas, enfim, tudo o que se possa imaginar; e ganhou dinheiro até com quem não gostava do Elvis, pois comercializava também bótons anti-Elvis, ou seja, o cara ganhava dinheiro com que gostava do Rei e com quem não gostava também!
Mas a grande sacada do empresário foi colocar Elvis para fazer cinema, isso se deu porque ele começou a fazer tanto sucesso que todas as cidades dos Estados unidos queriam o seu show, mas isso era impossível porque Elvis era um só, foi aí que o empresário teve a magnífica idéia de fazer um filme sobre ele porque assim ele poderia estar em todos os cinemas, mesmo que não pessoalmente. E o empresário sempre pedia para que os lanterninhas olhassem debaixo de todas as cadeiras no fim de cada seção para que não ficasse alguma fã escondida para ver a próxima seção sem pagar, isso que era empresário, não deixava passar nenhuma entrada de cinema.
Outro ponto do livro que gostei muito foi o visual de Elvis, não pelas roupas que ele usava, mas sim por ele dar muita importância ao seu visual, desde antes da fama, logo que se mudou par Memphis, ele sempre foi um criador de estilo, ousou em usar aquele topete inspirado no Tony Curtis e chegou a usar até graxa de sapato para deixar o cabelo com a cor e a consistência desejada. As roupas sempre foram importantíssimas para o Rei, ele sempre gostou de muito brilho e tinha um estilo próprio, criado por ele mesmo; bom gosto, bem, isso é uma questão pessoal, mas posso afirmar com toda certeza que ele era autêntico!
Antes de ler o livro, o que eu sabia sobre Elvis era o que todo mundo sabe, que ele foi o Rei do Rock e que muitos acreditam até hoje que ele não morreu, agora sei que ele era uma cara completamente impulsivo, que mandou seu jatinho cruzar o país por causa de 22 sanduíches gigantes que ele estava com vontade de comer, comprava carros para todo mundo mesmo, e tinha muitos problemas para controlar o peso, mas isso é por que ele comia pra caramba, e tinha hábitos alimentares nada saudáveis. Elvis estava sempre armado, adorava armas, e adorava assistir TV, mas quando aparecia na TV alguém de que ele não gostasse, ele não mudava de canal, simplesmente atirava no aparelho; prático não? Se o controle remoto tivesse sido inventado antes...
O livro traz várias curiosidades como esta, se eu ficar contando toadas essa postagem vai ficar extremamente extensa e o livro vai perder a graça, a pesa de que Maichael Cox escreveu a história do Rei de um jeito que será muito difícil perder a graça. Recomendo a leitura de ELVIS E SUA PÉLVIS para quem gosta do Rei e para quem não gosta também, afinal de contas, rir todo mundo gosta. E esse livro não é só sobre a vida do Elvis, é também sobre como você pode ficar rico e famoso tento um bom requebrado da pélvis.
http://criscompagnoni.blogspot.com/2011/06/elvis-e-sua-pelvis.html