Samy Costa 09/11/2022"Diga aos lobos que estou em casa" foi uma agradável surpresa! Iniciei a leitura sem ter conhecimento de muitas informações sobre livro, mas conforme fui conhecendo June e seu relacionamento com o tio Finn, o momento de luto que ela estava vivendo e todas as difíceis descobertas que ela fez, fui me encantando.
É, com toda certeza, uma boa e leve leitura! A autora foi excelente em retratar assuntos tão difíceis, mas com tamanha delicadeza como o luto, relacionamentos homoafetivos, a AIDS e os preconceitos existentes em plena década de 80.
Não é como se esses preconceitos já não existam hoje, infelizmente, mas no período em que o livro é retratado, a falta de informação torna tudo ainda mais difícil. Os pais de June vivem um profundo sentimento de negação e tabu com tais assuntos, assim dificultando o entendimento de June sobre o que está ocorrendo.
Apesar de todas as coisas incríveis desse livro, acredito que a leitura tenha sido impactada de forma negativa pela tradução e alguns erros de diagramação. Tais pontos, associados a narrativa detalhada da autora oferecem um ritmo mais lento a leitura.