Deuses Esquecidos

Deuses Esquecidos Eduardo Kasse




Resenhas - Deuses Esquecidos


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Dy 06/01/2023

Por @literaryvamp
Alessio é um bebê da noite se comparado a Harold (O Andarilho das Sombras)
Mesmo em sua nova condição, ele segue temente a Deus, ainda que em algumas ocasiões ele se questione sobre a existência do Deus único e também, dos Deuses Esquecidos.



Kasse mantém sua escrita incrível e imersiva. A distinção de personalidade de seus protagonistas é impecável. Dá um prazer enorme conhecê-los, pois não é aquele "mais do mesmo".
Ansiosa por Guerras Eternas já.
Eduardo Kasse 06/01/2023minha estante
Obrigado pro mais essa resenha!!!




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Eduardo Kasse 30/12/2019minha estante
Muito obrigado pela excelente resenha, Aline! Fico feliz que você imergiu nessa trama!




Ynglid 16/08/2018

Cadê meu Harold?!
Brincadeiras a parte, Deuses Esquecidos foi uma surpresa boa em diversos aspectos. Nele conhecemos o extremo oposto do primeiro protagonista, o devoto e pacato Alessio que é surpreendido com uma imortalidade pecaminosa, a base do sangue de outrem (embora ele não entenda direito que foi transformado em vampiro) e passa a viver contra tudo que seguiu em sua vida nos campos de um mosteiro. Ele é o que chamariam de controvérsia ambulante, e me tirou boas risadas quando rezou para agradecer pela "comida". Acho que não preciso dizer mais nada sobre o quanto ele está perdido e transtornado, um personagem cativante que nos trás uma nova visão opositora a do Harold, que todos sabem odeia tudo relacionado ao novo Deus, Alessio o ama mesmo sem saber se foi amaldiçoado por seus pecados ou se o que lhe aconteceu segue os propósitos divinos e segue na medida do possível, fiel. Bem mais do que o antagonista do livro, Ugo, um homem que se acha dono da verdade e me deixou irada a cada página em que aparecia. O acompanhante de Alessio em sua jornada, Lucio, por sua vez, também fez seu trabalho em ser memorável.
Seguindo o mesmo nível em qualidade do primeiro volume, o segundo segue tomado por momentos cômicos e tristes, acontecimentos empolgantes e questionamento acerca das crenças, desta vez focado mais no catolicismo.

O grande risco e maior surpresa aqui foi a narrativa alternada entre primeira e terceira pessoa, que devo dizer foi uma escolha muito acertada por parte do autor Eduardo. Eu estranhei num primeiro momento, mas após algumas poucas páginas não vejo mais este livro sendo narrado de uma outra forma. Mais uma obra-prima que dificilmente irei esquecer..

(Imagino como seria um encontro entre Alessio e Harold, durante alguns momentos esperei que ele aparecesse das sombras zombando do pobre Alessio e roubando a atenção da Raposa para si, tanto que vibrei com a simples menção do nome dele... Seria algo tipo Batman vs Superman, choveria fogo do céu ou algo assim. Espero que eles se encontrem em breve)
Eduardo Kasse 16/08/2018minha estante
Fico feliz, Ynglid, que você também gostou de conhecer o Alessio! Logo logo o seu Harold retorna na série! rs




Vanessa 21/05/2018

Deuses Esquecidos - Eduardo Kasse
Deus Esquecidos é um olhar sobre a religião. E não falamos aqui apenas sobre o cristianismo, mas sobre a adoração a deuses de todas as formas, sobre a fé, salvação e sobre o que é afinal ser um Deus. O diferencial é que, tudo isso é feito sobre a perspectiva de um vampiro que contra tudo e todos não deixou de lado seus dogmas.
Alessio, aliás, é um vampiro fora dos padrões de todas as formas. Tudo bem que o livro descreve basicamente os primeiros anos em sua nova vida, mas o Italiano é um sugador de sangue caipira, humilde, amoroso com sua família e digamos… cauteloso demais. Ele mesmo percebe que, apesar de sua nova vida, continua sendo o mesmo “Alessio Cagão“. Ele não é, nem chega perto de meu querido Harold Stonecross de Andarilho das Sombras (primeiro livro da série, resenhado aqui), mas merece todo o meu carinho por sua peculiaridade. Harold alias é sitado em Deuses Esquecidos, junto com outro personagem que aparece nos dois livros.
Eduardo Kasse, mais uma vez, ambienta maestralmente sua história no era medieval, com a classe necessária para tal período e sem abandonar alguns clichês (como o frei gordo, beberrão, atrapalhado, mas de bom coração). Fica aqui também a minha alegria com os diálogos sem pudores. Como já disse ao autor em entrevista, tenho algumas crises de risos com alguns dos termos, que alias pode assustar os mais recatados. Período histórico, lugar, personagens… tudo se encaixa perfeitamente com o tópico religião, tratado na obra sem ofensas (ou não).
Que livro, que história, que ambientação!! E como é característico de Kasse que enredo!! O menor dos personagens sempre tem uma história para contar e isso só enriquece o todo. Agora é “tomar vergonha na cara” e ler o quanto antes Guerras Eternas.
Muito obrigada Eduardo, por mais uma vez me levar por essa experiência medieval e agora religiosa.

site: www.dicadoleitor.com.br
Eduardo Kasse 21/05/2018minha estante
Obrigaduuu




Marcos Antonio 25/06/2017

Deuses Esqquecidos
Eduardo Kasse me surpreendeu mudando o protagonista da sua série. No livro anterior ele usou Harold Stonecross, que recebeu a sua maldição de Loki a sua imortalidade por amor a sua filha, por isso achei que iria continuar para mostrar o que aconteceu com sua família e com o padre que o tento matar. Porém esse fala sobre Alessio di Ettore um homem devoto a Deus o Deus único que é mordido por um imortal que já estava cansado da vida que levava, então ele passa a sua maldição para que final Alessio o possa matar. Alessio casado e pai de um filho é mordido e vira um imortal, procurar ajude de seus amigos padres que não consegue saber o motivo de sua doença, mais sabem que ele é um bom homem.
Porém chama um outro padre para ajuda-los a encontrar Alessio seu nome é Hugo e é um assassino em nome da Igreja.
O que mais chama atenção neste livro é ver homens que trabalham para Deus perder sua Fé e um Vampiro,imortal, cria do demônio manter sua fé.
Eduardo Kasse 26/06/2017minha estante
Valeu por mais essa bela resenha, Marco!!! Obrigado!


Marcos Antonio 26/06/2017minha estante
De nada você merece o livro é muito bom. Agora vou começar a ler o seu Guerras eternas




Eric Silva - Blog Conhecer Tudo 06/06/2017

O nascimento de um novo imortal
Sexto livro da campanha do #AnoDoBrasil, Deuses Esquecidos dá continuidade a série Tempos de Sangue, de autoria do escritor brasileiro, Eduardo Kasse. Uma história de vampiros que se passa em plena era de domínio da igreja católica na Europa medieval. Independente do primeiro livro da série Deuses Esquecidos narra as aventuras de um camponês italiano que se torna vampiro e tem sua vida virada do avesso. Dividido entre sua fé e a nova condição que lhe é imposta, Alessio segue em sua jornada por entender quem ele é agora e qual o seu lugar no plano divino. Deuses Esquecidos é a continuação de uma série que esbanja crítica e erotismo, mesclando o cotidiano, a violência e o fanatismo de uma era com o que há de melhor na literatura clássica sobre vampiros, sem perder a originalidade, é claro.

No ano passado li O Andarilho das Sombras, primeiro livro da série, que narra a história e as aventuras do vampiro Harold Stonecross antes e depois de seu renascimento. Um livro fantástico que me incentivou a procurar outras obras dessa nova geração de escritores nacionais que se dedicam ao gênero fantasia.

De lá para cá, venho tentando dar continuidade a série que foi concluída ano passado com a publicação de seu quinto volume, Ruínas na Alvorada. Entretanto, minha agenda em 2016 esteve tão cheia que o projeto de ler Deuses Esquecidos ficou para 2017, o #AnoDoBrasil. De certa forma esse atraso foi bom, porque depois de tanto tempo e com a possibilidade de aproveitar o tema da nossa campanha literária anual, nada mais justo que, pelo menos, um livro da série fizesse parte do nosso itinerário pela literatura brasileira.

Ao contrário do que se pode pensar, o segundo volume de Tempos de Sangue não dá continuidade a história do protagonista do livro anterior, Harold. Inclusive, Stonecross é apenas citado no livro, já no fim da narrativa de Deuses Esquecidos. Em lugar de ser uma continuidade, Kasse preferiu apresentar aos seus leitores um personagem novo, Alessio, que, acredito eu, ainda terá uma participação importante no transcorrer da série.

Contudo a mudança mais importante está na proposta para o protagonista. Em O Andarilho das Sombras somos apresentados a um vampiro experiente, sarcástico e soberbo cuja existência já atravessara muitos séculos. Em contrapartida, Alessio, além de temeroso e de fé arraigada, é um mero iniciante. O mais interessante dessa mudança está na oportunidade de conhecermos os conflitos vividos e as descobertas realizadas pelo recém-criado, vemos como ele conserva ainda muito de sua humanidade e como esta vai dando lugar a uma outra forma de ver o mundo. É interessante também ver como Alessio busca adequar a sua nova condição às suas crenças, buscando lacunas nas interpretações da fé cristã para sentir-se parte do plano divino, quando, porém, suas ações parecem se distanciar disso e sua própria fé por vezes se demonstra vacilante.

Quer saber mais? Confira no blog a resenha completa do sexto livro da campanha anual de literatura e que nesse ano homenageia a literatura do Brasil.
http://conhecertudoemais.blogspot.com.br/2017/05/deuses-esquecidos-eduardo-kasse-resenha.html

site: http://conhecertudoemais.blogspot.com.br/2017/05/deuses-esquecidos-eduardo-kasse-resenha.html
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Celia.Rabelo 07/03/2017

Mais um livro maravilhoso da Saga Tempos de Sangue
Aléssio di Ettore, um agricultor muito católico e simples que vivia com sua esposa e seu filho Lino próximo de um mosteiro. Um belo dia, Aléssio é atacado por uma criatura desconhecida e é encontrado desfalecido perto de sua casa. Os monges o levam para o mosteiro e iniciam seu tratamento, acontece que, Aléssio não está doente e vê sua humilde vida acabar pelo resto da eternidade. E começa uma verdadeira saga, tentar chegar a Roma com o monge Lúcio, proteger seus familiares do mal, se alimentar e aprender a lidar com a vida eterna. Mais um livro maravilhoso de Eduardo Kasse, como o primeiro da série, é quase impossível classificar esse livro em um gênero, pois, vivenciamos todos os sentimentos no momento da leitura. Muito bem descrito e escrito, de fácil entendimento, a diversão está garantida. Não deixe de ler.
Eduardo Kasse 16/04/2017minha estante
Muito obrigado pelos seus comentários!




Guil 06/12/2016

Quase uma resenha...
Taí um livro sobre uma das figuras imortais que eu mais gosto bem diferentão.
Confesso que ao começar a ler o primeiro livro, estranhei o ritmo lento e a história sem grandes reviravoltas ou batalhas épicas, mas aos poucos fui conquistado pelas histórias de ambos os personagens, o Harold do primeiro livro e do Alessio do segundo, pois são histórias de pessoas que foram transformadas do nada, sem nenhuma explicação e tem que seguir seus novos caminhos tentando entender no que se transformaram, e como "sobreviver" nesse novo mundo ainda dividido entre Deuses antigos e o novo Deus único invisível e não tão presente na vida das pessoas e com representantes de índole um tanto ou quanto questionáveis.
Os livros têm uma ambientação muito legal que faz a gente andar com eles pelas estradas barrentas e querer dormir ao ar livre junto a uma fogueira, mas ao mesmo tempo nos faz ver quão desconfortável deveria ser viver naquela época convivendo com pulgas e carrapatos, banho esporádicos e sem ao menos poder beber água para não ter um desarranjo.
Já comprei os demais livros da série para continuar acompanhando a saga desses imortais na esperança de que suas histórias se cruzem...
Eduardo Kasse 07/12/2016minha estante
Muito obrigado pela resenha!


Guil 07/12/2016minha estante
Valew!




GVertamatti 27/05/2016

Um outro lado do mesmo universo
Deuses Esquecidos me mostrou mais um pouco do mundo criado por Eduardo Kasse.
Achei fantástico em como algumas personagens podem enriquecer a narrativa com poucas aparições e diálogos profundos.
Recomendo muito a leitura e quem quiser saber toda a resenha que eu fiz sobre a obra, basta clicar no link!

site: http://meialua.gamehall.uol.com.br/deuses-esquecidos-eduardo-kasse-review/
Eduardo Kasse 27/05/2016minha estante
Valeu pela excelente resenha!




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Eduardo Kasse 02/03/2016minha estante
Obrigado pela resenha e pelos comentários, Jéssica!




Cristiano.Konno 14/02/2016

Recomendo
Deuses Esquecidos é o segundo volume da série Tempos de Sangue de Eduardo Kasse. Conta a história do imortal Alessio Di Ettore, que é transformado em um vampiro de repente e se vê perdido nessa nova vida. Como um bom cristão, repudia seu novo ser e teme por sua alma, entretanto, entrega-se à sede e a fúria quando necessário o que torna seu dilema ainda mais tenso e realista ao comportamento humano. Desta vez, há um inimigo certo, o frei Ugo - o carnéfice, que dá ainda mais agilidade e emoção à escrita de Eduardo. Outra imortal que também dá as caras é Tita, a raposa, com seus diálogos ácidos e bem humorados. Há partes que considerei pessoalmente mais fortes que o anterior, seja em relação ao teor sexual, seja em relação ao teor humanitário. A trama central tem um fim, mas a história de Alessio não, o que nos deixa ainda mais curiosos de como tudo isso irá caminhar... Ansioso para ler os próximos livros, recomendo também!
Eduardo Kasse 14/02/2016minha estante
Valeu Cristiano! Sua opinião tem grande valor e respeito demais. Obrigado.




Sandro 09/08/2014

Marcante e realista!!!
Em Deuses Esquecidos, o segundo da serie Tempos de Sangue, Eduardo Kasse nos apresenta Alessio, apenas um camponês que teve a péssima sorte de cruzar o caminho de um vampiro. Uma coisa muito importante aqui é que em nenhum momento aparece no livro o termo Vampiro e o motivo disso eu já conto.

Alessio esta completamente perdido em sua nova condição, na verdade todos ao seu redor estão. De repente um pacífico cristão definido por seus amigos de “Alessio Cagão”, se vê obrigado a matar e beber sangue para sobreviver. Ninguém sabia o que estava acontecendo nem mesmo o experiente e bondoso Abade Nicola, que achava que isso era apenas uma doença.

Quando Alessio se exila após consumir todo o sangue de um frei cada personagem segue um rumo diferente para tentar descobrir o que esta acontecendo. Com isso horizontes se ampliam e novos personagens surgem, como o violento Frei Ugo e sem duvida a melhor personagem do livro, Tita, a Raposa.

Tita é uma vampira mais velha que o próprio cristianismo, mas que mantém o corpo e espirito jovial, não vê problemas em matar mas só o faz quando precisa. Ela é livre em todos os sentidos possíveis e imagináveis, o que a faz muito interessante e divertida. Dá conselhos pontuais a Alessio e sabe aproveitar de forma singular sua eternidade.

O que mais gostei no estilo de escrita do Eduardo Kasse é sua base de escrita, ele é um pesquisador nato que visa ambientar o leitor no período em que o enredo se passa de forma mais verossímil possível, sem se importar se será cruel demais para leitores mais sensíveis.

No Anime Friends 2014 tive a oportunidade de conhecer pessoalmente o Eduardo e assisti-lo ministrando uma ótima palestra sobre os Escritores 3.0, lá Eduardo explicou por que não usa o termo “Vampiro” em seus livros, este termo apenas surgiu no século XIV e seus livros são ambientados nos séculos XI e XII. Este é apenas um pequeno exemplo sobre seu comprometimento quanto a pesquisa.

Deuses Esquecidos é o segundo livro da série Tempos de Sangue, a principio não há obrigatoriedade de ler o primeiro livro, O Andarilho das Sombras, pois se tratam de duas histórias independentes. Já o terceiro livro da série, Guerras Eternas que já se encontra em pré-venda no Site da Editora Draco, teremos o encontro dos dois protagonistas dos primeiros livros, Harold e Alessio.

Infelizmente, ou felizmente, ainda tenho que ler O Andarilho das Sombras, mas com certeza acompanharei o trabalho de Eduardo Kasse de perto.

Abraços a todos,

Sandro Moura.

site: http://tiozinhonerd.wordpress.com/2014/08/09/livro-deuses-esquecidos-serie-tempos-de-sangue-de-eduardo-kasse/
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José 02/03/2014

'V'''''V'

Deuses Esquecidos é o segundo volume da série Tempos de Sangue e eu estava com um pouco de receio em começar a lê-lo, pois ainda não li o primeiro volume, mas depois descobri que cada livro conta uma história independente e então comecei a ler.

Este segundo volume se passa na Itália, alguns anos antes do fim do primeiro milênio e nesta época a Igreja Católica era soberana. Em meio a este cenário da Idade Média nos deparamos com nosso protagonista, Alessio di Ettore.

Alessio era um camponês que trabalhava numa plantação de uvas, esta que pertencia a um mosteiro. Ele era casado e pai de um único filho. Um dia, quando voltava do trabalho, ele foi surpreendido por um ser misterioso, este era um vampiro, que acaba lhe mordendo e o transformando em um imortal.

"O filho da p**a me mordeu e sumiu - pensei alto. - Tomara que ele tenha uma bela caganeira." (Pg. 19)

Após a mordida, Alessio passa a sentir os efeitos do vampirismo, o sol que queima sua pele e uma sede insaciável que o consome. Decorrente de sua transformação, ele acaba atacando algumas pessoas e se vê obrigado a fugir, deixando para trás sua esposa e seu filho. Ele, acompanhado de seu amigo o monge Lúcio, parte para Roma em busca de respostas.

No decorrer de sua jornada ele acaba conhecendo algumas pessoas, entre elas Ugo, um monge da Santa Inquisição, que tem como missão caçar e acabar com a vida de Alessio. Ele também conhece Tita, uma jovem vampira de mais mil anos de existência, e uma coisa interessante a ser ressaltada, Alessio e Tita são bem diferentes, Tita é totalmente descrente e extrovertida, já Alessio é totalmente temente a Deus e muito covarde, apesar disso eles formam uma dupla imbatível (O Batman e a Batgirl, rsrsrs).

“O verdadeiro milagre aconteceria quando os pecados fossem expiados pelo sangue, pelo toque agudo da lâmina.” (Pg. 97)

Agora vamos falar do que achei do livro, a história é muito boa, como o livro é narrado em primeira pessoa podemos acompanhar toda a jornada de Alessio, seu progresso e suas dúvidas em relação a existência de Deus. Em alguns momentos o livro se foca na vida dos personagens secundários, como Ugo e Lino, o filho de Alessio, assim podemos acompanhar o decorrer da história na concepção deles.

Eu adorei como o autor soube dar ma mudada na visão de vampiros que temos hoje em dia, tipo, já tá ficando cansativo daqueles livros de garotas que se apaixonam por vampiros com cara de modelo e pele de purpurina. '-'

A parte física do livro é muito boa, a editora Draco está de parabéns, a capa é simples, mas as páginas do livro são bem grossas e resistentes, eu adorei.

O livro também me agradou bastante nas cenas de ação, com muita briga e muito sangue rolando, o livro mostrou como é a realidade de um vampiro, vivendo sobre as sombras e sempre a espreita de uma nova presa.

O final foi muito foda pra cara**o! E eu recomendo este livro para todos que gostam de vampiros e que querem ver sangue, lutas e mortes (hahahaha 'V'''V').

Minha nota não poderia ser outra senão 5.
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Marcos Pinto 08/02/2014

Resenha: Deuses esquecidos
Deuses Esquecidos, o segundo livro da série Tempos de Sangue, mantém a premissa do primeiro enredo: muita ação e vampiros causando derramamento de sangue. A narração em primeira pessoa também é mantida. Porém, Kasse nos surpreende mudando o protagonista. Sai de cena Harold Stonecross e entra Alessio di Ettore.

Harold era pagão, desbocado, abusado e irreverente. Contudo, Eduardo Kasse nos apresenta, nesse segundo livro, Alessio: um vampiro cristão. Sim, você não leu errado. Nosso querido protagonista era, antes de ser mordido, um católico convicto, algo comum na idade média. Porém, mesmo depois de transformado em um imortal, ele mantém a sua crença.

Alessio era um camponês e trabalhava nas plantações de uva em um mosteiro. Católico praticante, casado e pai de um menino, não tinha nada de especial se comparado com a maior parte da população. Porém, um dia, após sair do seu emprego, foi abordado por uma figura misteriosa. Religioso como era, rogou pela proteção de Deus, mas Ele não o atendeu. Alessio acaba sendo mordido e transformado em um vampiro.

“Um homem muito magro e alto, com cabelos louros compridos e barba bem rala me olhava. Mesmo com a luz parca da Lua, podia ver que a sua pele era extremamente branca e seus olhos pareciam faiscar. Ele estava imóvel, como uma daquelas estátuas das igrejas. Sequer piscava.Coloquei-me de pé, encarei-o e com muita dignidade falei a plenos pulmões:– Pelo amor da sagrada Virgem Maria não me mata!” (p. 15)

Como o livro é em primeira pessoa, nos permite acompanhar bem o desenvolvimento do personagem, assim como entender melhor as suas dúvidas e anseios. Nesse quesito, percebemos mais uma diferença enorme entre Harold e Alessio. Enquanto aquele era confiante e exibido, este é fraco, medroso e acredita estar pecando ao se alimentar de sangue.

Em alguns momentos, ele prefere morder leprosos e animais a fincar suas presas em pessoas saudáveis. Porém, mesmo quando ataca os doentes, evita matá-los. Sua fé é mais forte do que a sua fome. Entretanto, o que pode parecer chato, se torna cativante. Acompanhar o crescimento psicológico do personagem se torna um vício e as páginas se viram sozinhas.

Em sua jornada, Alessio conhece pessoas interessantes, como Ugo e Tita. O primeiro é um monge da santa inquisição, caçador de demônios e hereges. A segunda, uma vampira jovem, – de aparência e mentalidade – apesar de ter sido transformada há mais de mil anos.

“Não foi uma alimentação prazerosa por causa do sangue doente, mas eu estava saciado. Saí da cabana com a ratazana observando-me com seus olhos vermelhos ao lado do pote de barro. (...) – Meu santo Ambrósio, se ainda pode me escutar, por favor, interceda por esses pobres que me serviram de alimento. Amém.” (p. 37)

Tita e Alessio são os lados opostos do vampirismo. Enquanto ela parece ser a filha mais nova de Harold, desfilando sua desinibição e bom humor, ele é calado e medroso. Porém, incrivelmente, os dois formam uma dupla perfeita. Juntos, desafiam soldados e viajantes. Ela faz com que Alessio cresça psicologicamente e também em conhecimento.

Apesar de possuírem protagonistas bem diferentes, quem gostou do primeiro livro certamente adorará o segundo. Afinal, Eduardo mantém a sua estrutura de escrita: uma prosa muito bem articulada e fluída, além de construir personagens cativantes. Ademais, a Draco continua com o padrão de qualidade da primeira obra.

Assim sendo, torna-se impossível não se deixar envolver para obra. Para quem acredita na maldição do segundo livro, Eduardo Kasse mostra exatamente o contrário. Obra mais do que recomendada.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/03/resenha-deuses-esquecidos.html
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PorEssasPáginas 18/12/2013

A Cuca Recomenda Deuses Esquecidos - Por Essas Páginas
Adquiri esse livro há uns meses já, na Fantasticon desse ano. Conhecia o Eduardo Kasse pelos seus posts em seu blog e no blog da Editora Draco, aliás, recomendadíssimos para amantes da leitura, aspirantes a escritores e todos os públicos: são posts que vão desde escrita até crescimento pessoal, ricos em valores. Além disso, também já tinha lido o conto Sobre guerras e deuses, também parte do universo da série Tempos de Sangue, resenhado aqui no blog. Mas um conto é pouco para se conhecer um escritor, então fui atrás de ler Deuses Esquecidos, segundo volume da série. ‘Bora lá saber o que achei dessa fantasia histórica?

Primeiro vocês podem me perguntar: mas por que você leu o segundo volume antes do primeiro? Bem, ele estava sendo lançado lá na Fantasticon e em oferta. Aí eu aproveitei que o Eduardo estava por lá no evento (e essa é a delícia de comprar e ler livros de autores brasileiros, não? A interação com o próprio autor) e perguntei a ele se poderia ler o segundo livro sem ler o primeiro antes. Ele disse que sim, que eram livros independentes, mesmo que interligados e residentes no mesmo universo. E realmente senti isso ao ler o livro: não é problema algum lê-lo separadamente da série, ele é único dentro de si mesmo. Só por causa disso já gostei logo de cara da obra. Quem acompanha minhas resenhas por aqui sabe que tenho um probleminha com séries. Vejam bem, não é que eu não goste delas… São só dois probleminhas muito simples: o primeiro é que eu detesto ser enganada. Detesto quando leio um livro e só lá no final me dou conta que é uma série; detesto quando a editora omite esse fato. E aqui vocês podem perceber muito bem (e isso é nas capas dos dois livros da série) que a Editora Draco foi super honesta e logo ali já diz “Série Tempos de Sangue”. Segundo ponto: eu não gosto de ficar presa em uma série por apelação de enredo/final, gosto de acompanhar uma série porque ela tem qualidade, algo que esse livro tem e de sobra, portanto, sim, agora eu quero ler o primeiro livro da série! E o próximo também!

Deuses Esquecidos narra a história de um camponês humilde e rústico chamado Alessio que, por uma infelicidade do destino, é mordido e transformado em um vampiro. Alessio simplesmente estava na hora e lugar errados e, por isso, sua vida foi amaldiçoada. Para piorar, ele é um homem simples, com esposa e filho, temente a Deus, em uma época que a Igreja Católica influenciava intensamente a vida das pessoas, em plena Idade Média. Por isso, ele fica terrivelmente perturbado quando descobre, gradualmente, o “monstro” no qual se transformou. É então que começa sua longa jornada para entender essa nova vida.

Apesar de narrar a história de Alessio e tê-la como trama principal, o livro não foca exclusivamente nele. Em suas partes, a narração é realizada em primeira pessoa, porém as demais narrativas são em terceira pessoa, mostrando outros pontos de vista. O autor focou bastante na questão da Igreja, não de maneira sufocante, mas sim inteligente, uma vez que Alessio trabalhava perto de um mosteiro e era ajudado pelos monges de lá. Estes descobrem, violentamente, a criatura na qual se transformou o pobre homem e começam uma caçada a ele em nome da fé. Aqui não tomei como se eles fossem ruins ou vilões, mas sim personagens cegos pela fé, com pouco conhecimento e, acima de tudo, que fizeram péssimas escolhas. O livro bate muito nessa tecla, das nossas escolhas e como elas podem ser catastróficas.

Outra discussão que achei interessante foi a respeito de como as coisas se tornam pequenas vistas sob a ótica da eternidade. Na época em que o livro se passa, as pessoas acreditam em um Deus único, a quem devem temer, mas será que esse Deus resistirá à ação do tempo? O próprio título do livro remete a essa discussão. E os Deuses Esquecidos, os gregos, romanos e tantos outros, que não sobreviveram ao passar dos anos? Seriam eles um exemplo do que acontecerá também a esse Deus? Aqui acredito que não se fala apenas de Deus, mas sim das religiões como um todo. Hoje mesmo percebemos que a Igreja Católica perdeu muita da força e influência que possuía. Se vivêssemos eternamente como Alessio, será que nossas crenças seriam reduzidas a pó pelo tempo?

“O verdadeiro milagre aconteceria quando os pecados fossem expiados pelo sangue, pelo toque agudo da lâmina.” Página 97.

Diferente do conto que li do Eduardo, a narrativa desse livro é simples e por vezes monossilábica, de acordo com os personagens simples que protagonizam a história. Entendo que essa narrativa era necessária, mas algumas vezes ela me distanciou um pouco dos personagens, e eu não senti a empatia que talvez sentiria se houvesse um prolongamento de algumas frases e parágrafos. Gosto de praticidade, mas também gosto de um desenvolvimento dos sentimentos e pensamentos dos personagens; não que isso aqui não seja feito, mas é realizado de forma rápida e rústica. Adequada ao personagem? Sim. Mas eu, como leitora, queria saber mais, sentir mais. Gosto pessoal.

Nada disso, porém, impede que essa seja uma leitura envolvente. Logo nas primeiras páginas o leitor já se vê enredado na história de Alessio e dos demais personagens. No entanto, eu me senti mais atraída ainda pela história de seu filho, Lino. Gostei muito da construção dele, das suas dúvidas, aspirações; seus sentimentos foram muito bem explorados e a condução de sua trama foi incrível. Outro personagem memorável foi Ugo, o Carnifice, que é daqueles personagens que amamos odiar: muitíssimo bem escrito, um personagem complexo e cheio de camadas, que adicionou e muito à trama. Quanto ao frei Lucio, achei que fosse gostar mais dele se, como eu disse acima, algumas vezes a narração fosse um pouco mais prolongada. As maiores interações dele foram com Alessio, que simples como era, não se preocupava muito em discorrer sobre o frei. Simpatizei mais com o personagem quando ele tomou outro rumo na história; ele era importante e o escape cômico de um livro denso, mas suas partes mais engraçadas foram longe do personagem principal.

Ah, falando ainda de personagens, como não falar da Raposa, uma vampira que Alessio conheceu em suas andanças? Uma personagem feminina magnífica, densa, forte, complexa e cheia de encanto. Eu fico muito feliz quando encontro uma personagem feminina tão interessante nas mãos de um escritor. É mais fácil encontrar uma personagem assim nas linhas de uma escritora, e por isso é tão bacana ver uma boa personagem escrita por um homem.

Gostei muito do final; foi cheio de energia e trouxe algumas reflexões bem interessantes. Lembrando que esse é um livro com vampiros de verdade, o que me deixou muito satisfeita: eles torram no sol, alimentam-se de sangue, são fortes e ágeis. Alessio vai desenvolvendo seus poderes gradualmente, ou seja, ele não é mordido e vira o vampiro do pedaço, não mesmo, tudo é muito gradual e bem construído nesse sentido. Difícil eu gostar de um livro de vampiros, peguei birra dessas criaturas, mas gostei desse.

Durante todo o livro percebe-se o cuidado imenso que o autor teve em ser fiel ao período histórico escolhido como pano de fundo da trama. Aliás, esse cuidado é uma característica do Eduardo Kasse. Ele é muito fiel, historicamente, em seus livros. Faz um trabalho de pesquisa incrível e apurado. Escrever, afinal, não é apenas amontoar palavras e situações, mas sim construir um universo, o que envolve, certamente, muita e muita pesquisa.

O cuidado editorial foi o de sempre da Editora Draco: uma capa simples, mas bonita, que tem tudo a ver com o livro. Páginas amareladas e de qualidade, com um bom tamanho de fonte. É um livro muito confortável de ler. Há algumas ilustrações muito bacanas no começo e no final do livro. Apenas achei que o livro poderia ser ainda um pouco mais revisado e apurado; percebe-se sim uma boa revisão, não encontrei problemas que atrapalhassem a leitura, mas algumas coisas poderiam ser mais lapidadas pelo revisor.

Deuses Esquecidos é um ótimo livro, indicado principalmente para quem curte fantasia, em especial, a histórica. Com uma escrita madura e personagens bem construídos, Eduardo Kasse afirma-se nesse que é seu segundo romance. Não é um livro que empolga ou tira o fôlego, mas certamente é um livro que envolve o leitor e o prende da primeira à última página.

site: http://poressaspaginas.com/a-cuca-recomenda-deuses-esquecidos
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