A Corte do Ar

A Corte do Ar Stephen Hunt




Resenhas - A Corte do Ar


45 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3


Livros e Citações 23/01/2016

Há grandes ideias nesse livro
Autor: Stephen Hunt
Editora: SdE
Páginas: 544
Classificação: 3/5 estrelas

http://www.livrosecitacoes.com/?p=130172

Nessa aventura steampunk de Stephen Hunt, ele nos apresenta a Molly, uma órfã que carrega em seu sangue um segredo que a torna alvo de inimigos do Estado. Já Oliver, outro órfão, é acusado de assassinato do seu único parente, seu tio, e precisa fugir para salvar sua vida. Logo, os dois se juntam para lutar contra um antigo poder que parecia derrotado havia milênios.

Amantes do Steampunk tremam com essa versão purista do gênero! Sim, sim, este livro é para os apreciadores deste estilo literário e se você nunca leu nada nessa linha recomendo que leia algo antes de se aventurar nessa série do Hunt. Ele construiu um universo bem interessante aqui, mas como tudo não são flores…

"Mesmo um relógio quebrado está certo duas vezes por dia."

Eu não sei se me sinto decepcionada ou não a respeito deste livro. Sim, realmente é uma fantasia Steampunk misturada com Deuses diversos e política revolucionária (Chacália é um país muito louco!), às vezes uma bagunça dos infernos! Não, não me entenda mal, há grandes ideias nesse livro e uma enorme riqueza de detalhes, mas que em um determinado momento começam a deixar a história muito enrolada.

Adicione a isso tudo um ritmo frenético (de fuga) e era como se eu estivesse sendo sugada por um redemoinho de intrigas e informação e faltou mais aprofundamento nos personagens, eu sentia Molly e Oliver meio perdidos como cegos em tiroteio!

Eu tinha grandes expectativas em relação a este livro por amar o gênero e de fato este é o legitimo Steampunk descrito aqui por Hunt! (então imaginem a minha frustração!) Eu gostava de muitos conceitos e algumas cenas de ação e de alguns personagens como a Ver’fey (imaginem uma mulher caranguejo) e o Capitão faísca, mas realmente faltou um pouco de fôlego, talvez seja o fato de ser apenas o primeiro livro no próximo isso pode mudar.

A escrita de Hunt é ambiciosa demais e o resultado final pelo menos para mim não foi tão satisfatório. Pretendo ler o a continuação da série para ver aonde ele deseja chegar e confesso que estou curiosa até porque já li a sinopse do próximo livro. E recomendo para os amantes de Steampumk como eu.

*esse é o primeiro de uma saga de seis livros.

Resenha por: Emeraude

site: http://www.livrosecitacoes.com/
comentários(0)comente



Bia 27/10/2015

Muito fraco
A estória promete muito e decepciona mais ainda. É pobre de enredo, pobre de ação, pobre nas descrições...
Os personagens não cativam, não emocionam, não inspiram. A trama não empolga, não instiga, não seduz.
É vago demais pra quantidade de elementos fictícios. É superficial demais pra idéias que o leitor não tem como conhecer.
O autor criou tantas criaturas fantásticas, conceitos confusos, organizações, complôs e clichês que se perdeu no meio da estória.
comentários(0)comente



Thiago 13/07/2015

a corte do ar
Um enredo muito bom com muita aventura, ação e até um pouco de suspense. Porém o livro tem alguns erros de revisão e a escrita do autor exige mais atenção para que entendamos oque se passa em algumas partes ,mas o maior problema é a falta de descrição dos personagens e locais.
A trama gira em torno de dois órfãos, molly templar que vive em um orfanato para meninas e neste orfanato as meninas são mandadas para trabalharem em lugares na cidade como um aprendizado mas que na verdade o dono do orfanato usa como uma exploração do trabalho infantil e lucrando em cima de cada uma das órfãs, mas molly é uma menina bastante rebelde e não se mantem em nenhum dos trabalhos que lhe é dado e assim ela acaba se vendo ter que ir trabalhar em um bordel. Quando Molly vai atender seu primeiro cliente que na verdade não era um cliente e sim um assasino que a esta caçando ela se ve obrigada a fugir e yentar descobrir quem esta atras dela e porque a estão caçando.
Oliver mora com seu tio titus desde que seus pais morreram em um acidente e ele é obrigado a se apresentar a "polícia" do pais toda semana pois ele esteve exposto a brumaencantada que da poderes a aqueles que foram expostos a ela, até que um dia o tio de oliver é assasinado e oliver se torna o principal suspeito ja que ele tem supostos poderes que ainda não tinham se manifestado e oliver fogi junto a outro criminoso que o ajuda chamado harry stave e ao mesmo tempo ele tenta descobrir quem foi o responsável pela morte de seu tio.
comentários(0)comente



Alan 04/02/2015

Dificil ler até o final.
Inicialmente, trata-se de edição do livro com uma bela arte de capa, mas, que ao mesmo tempo, torna-se um dos maiores pontos de fragilidade do livro quando se trata de dano físico ao manusear ou de ressecamento da película plástica que imita uma janela de dirigível. O papel é confortável a mão, e a impressão é de qualidade normal, não apresentando muitas falhas. Assim sendo, poderia ser um livro de qualidade boa em sua parte física se não fosse a sua fragilidade da capa.

Quanto à escrita, infelizmente é um dos pontos que o autor conseguiu destruir sua própria história. A técnica de descrição é vaga, não trazendo detalhes mínimos sobre o que esta tentando passar ao leitor, vários personagens poderiam ser substituídos por uma mancha branca com um ponto de interrogação que ainda assim seria mais descritivo. O mesmo vale para muitas cenas, as quais teriam sido ótimas se o autor não resolve-se coloca-las em duas ou três linhas.

Quanto aos personagens, poucos dos personagens mais atuantes na história possibilitam uma imersão do leitor. Em parte devido a forma como varias ações e atitudes são descritas, em parte pela falta de carisma. Alguns personagens principais chegam a causar uma certa repulsa a ideia de ler os trechos referentes a eles.

Quanto a personagens secundárias, embora trate-se de historia que é apresentada em mais de um livro, vários bons personagens, alguns que apareceram em cenas que, não fosse o estilo de escrita, seria ótimas, foram muito mal aproveitados.

Mas a pior parte de ler as descrições são os momentos de batalha, no qual muitas vezes poderiam ser resumidos em “eles lutaram, complete com sua imaginação o como foi”.

O segundo pior ponto do livro é a quantidade de ideias que foram incluídas na história. A quantidade de elementos e ideias que o autor inclui por capitulo e simplesmente trata como se sempre estivesse lá e o leitor não tivesse notado é muito grande. Pode-se até mesmo imaginar o autor como alguém facilmente impressionável, que tudo que via / lia, acabava colocando em seu livro. Em seus 26 capítulos podem ser contadas facilmente umas 15 grandes inclusões de ideias, além de muitas outras menores.

Não estou reclamando de haver tantas ideias no mundo, mas sim pelo fato de que tantas coisas foram tratados em pouco mais de 500 paginas, causando um acumulo gigantesco de ideias por pagina de forma que o autor conseguiu desenvolver de forma satisfatória uma quantidade ínfima delas.

Em resumo, para não criticar além do mínimo necessário o livro, posso dizer que seria um bom ultimo livro para uma historia desenvolvida em que as ideias tivessem sido apresentadas anteriormente, assim como uma ótima leitura para mestres de RPG procurarem coisas para colocar em sua campanha, mas um péssimo livro de forma isolada.
comentários(0)comente



Rosana 03/11/2014

Não gostei
Achei o livro muito cansativo não tinha ainda lido o gênero e confesso não gostei se todos são assim não faz meu tipo de leitura personagens confusos para mim e não consegui acompanhar o enredo fiquei perdida...
comentários(0)comente



Albarus Andreos 18/07/2014

Por que facilitar se dá para complicar?
Muito estranho. Esta é a impressão inicial deste resenhista, que não tem lá muito de leitor de ficção científica, ao começar a ler A Corte do Ar (Editora Saída de Emergência Brasil, 2013). Ficção científica, para mim, significa uma quantidade de informações que devem ser passadas para o leitor, de tal forma que ele adentre uma realidade futurística, ou ao menos cientificamente diferente do que temos no mundo quotidiano. Há uma massa de informação tecnológica que deve ser passada, e isso pressupõe, na maioria das vezes, a utilização de uma linguagem excessivamente explicativa, como se fosse retirada de verbetes de uma enciclopédia de ciências. O tesão do escritor de FC parece ser explicar o funcionamento da nave, do sistema físico que faz funcionar a dobra dimensional, ou a natureza dos implantes usados pelo Estado distópico, que mudam as pessoas. Tirando essa roupagem, a FC esconde por baixo o verdadeiro teor da história: drama, mistério, fantasia etc. Desculpem o simplismo desse não-fã de FC, mas, assim exporto, FC é só estética. Será?

Bom, e se esse expliquismo não acontecer? E se o escritor não tiver nem aí se você vai entender o que é um aerostato, ou um motor de expansão, ou o que são os assobiadores ou qual é a ideologia dos carlistas? E se o autor for usando essas bizarrices o tempo rodo, compondo frase após frase, como se a prolixidade fosse a coisa mais natural do mundo, e deixar o leitor boiando não fosse mero acaso, mas sua principal intenção? Aí as coisas ficarão por elas mesmas e você se sentirá um peixe-fora-d’água.

“Tudo bem, eu te dou um glossário no final do livro, para você ir seguindo!” Meu velho... Na boa, glossário não rola. Parar a narrativa para ir lá atrás do livro ver o que significa lupocaptor, ou cartola, ou celga e ervasussurrante, é um tiro no pé. Mesmo porquê, o que temos no glossário de A Corte do Ar é falho, e você continuará confuso, pois há um quê de má tradução, ou de editoração descuidada (nem sei se descuidada é o termo certo... Parece que o próprio revisor não entendeu o que muitas das frases queriam dizer, como eu), ou de períodos longos demais sem pontuação precisa, ou ordem inversa das frases... enfim, que atrapalha MUITO. Imagino que até Lewis Carroll precisaria de algum LSD para atingir o que Stephen Hunt está querendo dizer.

E como um peixe eu fui, nadando a esmo, nesse texto que parece ter sido escrito por um doidão chapado. Stephen Hunt vai introduzindo a personagem Molly Templar, falando de como ela é uma mocinha órfã criada pelo sistema de um mundo movido a engrenagens de bronze, com dirigíveis singrando os céus e seres movidos à vapor, circulando de um lado para o outro. Não vou usar o termo “robô” pois ele nunca aparece no texto, e embora existam, esses seres possuem consciência, livre-arbítrio, alma e fé! Já Molly é explorada como mão de obra barata, tendo que fazer serviços degradantes aqui e ali, como todas as garotas da instituição assistencial Portas do Sol. Um nome singelo para uma casa sinistra, onde seu gestor lucra com a mão-de-obra barata advinda da exploração das jovens.

Os nomes escolhidos pelo autor, para objetos, tipos humanos, instituições, acontecimentos históricos, lugares geográficos etc., às vezes traduzidos, às vezes não (por decisão editorial), são geralmente MUITO ruins. Mas é possível perceber que isso é proposital, por alguma razão. Hunt opta por nos meter num mundo em que o estranhamento parece ser a principal atração. Fica tudo escuro, na maioria das vezes só subentendido, no campo metafórico, intuído. E os nomes são os termos mais escalafobéticas que você possa imaginar, dando apenas algum sentido relativo à sua função na trama, ou tendo um sentido absolutamente indecifrável, mesmo. A Corte do Ar é difícil de ler. Não é um livro indicado para jovens leitores.

Aliás, o autor diz, numa entrevista dada no início do livro (num excelente trabalho da Editora Saída de Emergência Brasil, além da capa muito caprichada), que a intenção dele era escrever um livro de fantasia. Uma fantasia que fugisse do medieval clássico, como estamos acostumados, mas ainda assim uma fantasia. Então, podemos considerar que o que temos nesse livro, descola-se muito da tradicional ficção científica, com algumas ideias muito porra-loucas, mesmo. Dá a impressão que Stephen Hunt usa até algum de fluxo de consciência na sua escrita, pois as palavras vão se encadeando, evoluindo e se ligando, sem que se atenham realmente à coesão ou coerência, inerentes à escrita tradicional.

E por isso temos magia misturada a essa tecnologia inusitada de homens-vapor e portos imensos, abarrotados de dirigíveis, bombas barbatana e aerostatos movido a motores de expansão, além de esquisitices como um povo caranguejo, só para ficar num exemplo. Há uma divisão/ confusão política totalmente diferente nesse mundo, que lembra uma época próxima aos idos do Século XX, por aí, com um atrito imenso de ordem política que opõe monarquistas, comunitistas (comunistas) e puristas. Há coalisões de Estados e hostilidades entre elas, advindas de guerras passadas que ainda não cicatrizaram. Há a fé Circulista se opondo ao Caotyl Selvagem numa inusitada coleção de palavras que se mostram inglesas e outras de pura influência inca/ asteca/ maia. Há organizações criminosas, guildas comerciais e confrarias sinistras que agem contra ou a favor do sistema.

Se você já estava confuso, relaxa e goza, porquê só dá para ir adiante se você se deixar levar. E por aí vamos conhecendo Oliver Brooks, um jovem cuja vida pregressa parece tê-lo jogado além das fronteiras de Chacália (sim, nome horrível, né!), dentro de Brumaencantada, onde mutações físicas e mentais afetam irreversivelmente aos seres humanos. Surpreendentemente, é resgatado depois de dois anos, ileso (pelo menos é nisso que ele quer que as pessoas acreditem), mas sem memória. Os cantores do mundo (também não sei o que são eles, talvez sejam magos), estão no pé do rapaz, querendo que ele se torne um Guardião, mas Oliver se recusa a usar uma coleira de Gideon (heim?), como o Capitão Faísca (ha ha ha..., não estou brincando, há um personagem com esse nome, mesmo!).

Começamos quando um atentado mata inúmeras pessoas no bordel onde Molly está sendo treinada para ser puta; o tio de Oliver, cujos negócios o sobrinho nunca soube direito o que eram, é também assassinado. Molly, desesperada e sem saber o que está acontecendo, tem então que correr por sua vida, e Oliver, cujas provas forjadas acusam-no injustamente, é resgatado por Harry Stave, um homem sinistro que foi muito amigo de seu tio. Molly tem que sumir dentro dos subterrâneos, auxiliada por um homem-vapor chamado Rodas Lentas, e Oliver passa a ser protegido pela organização secreta ilegal, da qual Harry faz parte, conhecida como Corte do Ar. Durante o livro todo, não entendi se a Corte é amiga ou inimiga, mas vamos lá... Basicamente há uma conspiração política correndo no submundo, onde o fanático Tzlayloc quer conseguir o poder para os igualitaristas. Essa ideologia amalucada mistura comunismo e fé exacerbada e as histórias de Molly e Oliver vão correndo em paralelo e só se juntam lá adiante, quando os dois personagens, de alguma forma, viram super-herois, reagindo ao vilão com poderes mentais ou pistolas etéreas que vieram não se sabe de onde.

E só então que notamos que o autor está nos contando uma boa história, com sua linguagem new weird, toda própria, que vai diminuindo gradativamente o estranhamento inicial (ou então, já estamos tão anestesiados que não ligamos mais...). Parece que ele queria que ficássemos realmente confusos, que esse era o sentido de toda aquela informação e nomes ruins desconexos. Sim, havia uma razão. Nesse momento, Stephen Hunt já nos tem na palma da mão, e estamos fugindo com Molly, após retirar a mocinha de sua zona de conforto (se é que se pode chamar assim sua sobrevivência patética sob as vicissitudes do sistema) e Oliver, que não se lembra de nada referente ao tempo em que passou além de Brumaencantada, mas que trouxe de lá poderes mentais assustadores (pode conversar com “fantasmas” e otras cositas más).

A história fica até mais absorvente no final, quando a guerra finalmente começa, mas a ambientação continua (para variar) bem ruim, devido ao excesso de elementos totalmente alheios à realidade que conhecemos. A fantasia, essencialmente, precisa de subsídios fantásticos para se fazer acontecer, mas esses elementos, quando em excesso, prejudicam a fluência da história e passam até a jogar contra a imersão do leitor. A fantasia de Hunt se faz às custas de muitas e muitas ideias que tem que ser explicadas e não são. Apenas intuímos as coisas e, portanto, não podemos “visualiza-las”. O excesso de estética compromete a história, deixando-a lenta e, às vezes, incompreensível.

É um tal de ter que parar para pensar o que Hunt está querendo dizer, ou se esforçar para somente adivinhar, que dá nos nervos. Frustração pura, e a frustração atrapalha a leitura. Você acha que as coisas vão melhorar lá pela página 100, mas então os neologismos e as esquisitices continuam pipocando aqui e ali, e Stephen Hunt, com a cabeça cheia da fumaça de seu cigarrinho de ervasussurrante, continua dificultando a leitura. E isso não muda nas páginas 200, 300 e 400... Veja só o que encontro na página 436, por exemplo:

“Os sacerdotes traçaram alguns sigilos no vidro de ativação e os uivos de Alpheus passaram a encher apenas a galaria subterrânea.”

Se você acha que eu, por ter lido o livro até o fim, sei o que é “sigilo” e “vidro de ativação”, está redondamente enganado. Essas coisas aparecem assim, do nada. É claro que, como com tudo mais até aqui, posso supor o que sejam esses termos. Tudo bem que expliquismo é ruim, mas, porra! Isso deveria vir então aos poucos, capítulo a capítulo; um pouquinho aqui, um tiquinho mais para adiante, mas não acontece nunca. Cá para mim, parece que o autor está tirando um grande sarro na cara do leitor. Temos um mundo totalmente novo, uma boa história e um estilo escroto de contá-la. Quem reclama do convencional, da mesmice e do pastiche, tem um prato cheio. Mas digamos que este leitor aqui começa a achar que um pouco mais de caretice funcionaria melhor. Altamente indicado se você curte mascar foolha ou é viciado em cafél.

site: www.meninadabahia.com.br
comentários(0)comente



cotonho72 29/04/2014

Ótimo!!!
Nesse incrível livro temos dois protagonistas principais, Molly Templar, uma garota que vive no orfanato Portas do Sol, onde a maioria dos órfãos são encaminhados para locais de negócios a fim de tornarem-se aprendizes, mas Molly sempre é despedida e Oliver Brocks, um garoto que vive com o seu tio Titus, que é dono da pousada Setenta Estrelas, desde a morte dos seus pais, quando o aerostato que estavam sofreu um acidente e caiu sobre a cortina da Brumencantada (Força mágica.Um curto período de exposição basta para infectar as pessoas com poderes psíquicos ou, o que é mais comum, levá-las à loucura). Oliver tinha apenas um ano e sobreviveu, sendo encontrado, quatro anos depois, vagando sozinho sem sofrer nenhum dano.
Certo dia Molly acaba sendo contratada por Damson Fairborn, dona de um famoso bordel, onde teve aulas de etiqueta e outros assuntos, quando foi atender seu primeiro cliente, testemunha o assassinato de outra prostituta, assim ela consegue fugir e retorna para o orfanato, mas encontra quase todos mortos e percebe que ela é o alvo principal, assim desesperadamente foge e tentar descobrir porque estão querendo matá-la.
Oliver, que por causa da exposição que teve não tem permissão para sair da Cidade de Cem Cadeados, onde é obrigado uma vez por semana a assinar um livro de presença e passar por uma rigorosa entrevista, quando retorna de um desses dias, encontra na cozinha a empregada Damson Griggs morta, os assassinos se encontravam vasculhando ainda o estabelecimento e antes que tentasse reagir foi salvo por um estranho hospede do seu tio, que provavelmente estava morto, chamado Harry Stave e logo é obrigado a fugir, sendo um dos acusados pelo assassinato do tio.
Agora tanto Molly como Oliver buscam lutar pelas suas vidas com a ajuda de pessoas desconhecidas e ao mesmo tempo incríveis e lugares distantes e misteriosos.
Esse é o primeiro livro que leio do gênero steampunk e confesso que gostei demais, o autor Stephen Hunt conseguiu criar um mundo completamente diferente, em uma Londres Vitoriana onde tudo é movido a vapor e tem uma tecnologia super avançada, uma história cheia de magia, com máquinas incríveis, vilões sanguinários, organizações secretas, criaturas incríveis como os homens-vapor (robôs com crenças religiosas), soldados com poderes especiais, onde não falta aventura, drama e suspense, abordando assuntos como política, conflitos sociais, religião e amizade.
A edição do livro é muito bonita e caprichada, para ajudar entender alguma palavras esquisitas encontradas no livro, tem um glossário no final que nos ajuda a entender melhor esse mundo fantástico criado pelo autor, apesar de algumas vezes a leitura ser densa a leitura flui muito bem e sem dúvida irá agradar a muitos, recomendo a todos.

site: devoradordeletras.blogspot.com.br
comentários(0)comente



Mayara 28/04/2014

Política, magia e homens-vapor
A história se passa na Terra, mas muitos séculos no futuro. Os continentes e países mudaram de posição, e agora a Inglaterra é ligada ao continente e é chamada de Chacália. Robôs com crenças religiosas (que acreditam profundamente nos espíritos dos antepassados - os Loas - e são chamados de homens-vapor) e cantores do mundo (magos que buscam energias nas forças da terra) convivem juntos numa sociedade extremamente política. Chacália está em guerra contra Quatérnuno, reino vizinho onde vigora a Comunidade de Partilha Comum, sistema político em que cada cidadão partilha em pé de igualdade os bens e a riqueza do país. Uma ameça real à Chacália são os carlistas, grupo de pessoas que querem instituir a comunidade de partilha comum. Chacália tem uma família real, com um rei que tem os braços cortados assim que assume o trono, para "nunca mais levantar o braço contra a população". Quem comanda mesmo é o conselho dos Guardiões, o qual, por sua vez, é vigiado pela Corte do Ar, organização secreta que existe acima das nuvens e agem em prol do povo, vigiando a situação política do reino.

Acompanhamos dois jovens órfãos: Oliver Brooks, que tem poderes desde que o balão de seus pais caiu na Brumaencantada (basta um pequeno contato com ela para infectar as pessoas com poderes psíquicos e levá-las à loucura, Oliver, entretanto, viveu anos do lado de lá) e se vê acusado da morte de seu tio, seu único parente, e é obrigado a fugir com um suspeito representante da corte do ar; e Molly Templar, que testemunha um assassinato no bordel onde foi colocada como aprendiz, e ao voltar ao orfanato onde vive, descobre que todos estão mortos e que o alvo do assassino era, na verdade, ela. Oliver e Molly fogem meio livro, enquanto somos bombardeados com terminologias estranhas criadas pelo autor e capítulos e mais capítulos de tramoias e mais tramoias políticas.

Como ponto positivo, são muito interessantes as críticas feitas aos sistemas políticos, que permeiam toda a obra. A simbologia do rei ter os braços cortados para não ferir o povo, embora óbvia, foi uma boa sacada. O sistema de debates resolvido literalmente nas lutas também.

O livro é narrado em terceira pessoa e alterna capítulos com Molly, com Oliver, com tramoias dos guardiões, com a difícil vida da família real e com os acontecimentos da misteriosa corte do ar. Em suma, confunde. Tem hora que tive que voltar páginas para lembrar o que aconteceu com Molly, antes de ler o novo capítulo sobre ela. Uma vez que o autor reconfigurou a disposição dos países, seria interessante que o livro tivesse um mapa, para facilitar a compreensão do mundo que ele criou. Não ficou muito claro onde fica Mecância, o Estado-Livre dos Homens-Vapor, por exemplo. A abundância de termos que ele criou também não ajuda. Ele não os explica ao longo da leitura. Mesmo o Glossário, no fim, não ajuda tanto, uma vez que há palavras que não constam nele.

Outro ponto que me incomodou um pouco foi a abundância de analogias com o mundo real. Suponho que tenham sido intencionais, mas ainda assim, fiquei um tanto incomodada. O muro que separa Quatérnuno de Chacália (o qual a população miserável de Quatérnuno tenta desesperadamente atravessar) lembra claramente o Muro de Berlim. O conselho de guardiões é o Parlamento, tendo inclusive um Primeiro Guardião fazendo as vezes de Primeiro Ministro. Os carlistas (oi, Karl Marx) e a comunidade de partilha comum são equivalentes ao comunismo. Uma família real ilustrativa recorda alguma coisa?

A Corte do Ar não é um livro ruim, mas é uma leitura um pouco mais difícil do que estamos acostumados. É preciso ter paciência e tempo, para assimilar realmente o que o autor queria contar. Não dá pra ler de uma vez, com rapidez. É preciso ir lendo aos poucos, assimilando, refletindo, afiando seu senso crítico. Mas, no fim, vale a pena.
comentários(0)comente



PorEssasPáginas 01/04/2014

Resenha A Corte do Ar - Por Essas Páginas
O livro de Stephen Hunt foi a minha última leitura de 2013. Quando o solicitei para a editora Saída de Emergência Brasil, selo de fantasia e ficção científica da Arqueiro/Sextante, estava curiosíssima para conhecer o livro. Ele foi super bem comentado, tanto em publicações, como da revista Bang!, como por leitores. E eu queria muito conhecer melhor o gênero steampunk, que só tinha lido em alguns poucos contos. O livro chegou e a edição incrível e caprichadíssima me chamou tanto a atenção que logo priorizei a leitura. Isso foi em novembro e eu só consegui finalizar as últimas 50 sofridas páginas ontem, no primeiro dia do ano: ou seja, passei mais de um mês lendo esse livro. Arrastado, cansativo e confuso, A Corte do Ar foi uma decepção para mim.

Comecei o livro cheia de animação e expectativa, mas logo nas primeiras páginas a leitura desacelerou. No início pensei que fosse um problema de ambientação, afinal o livro é extremamente complexo, com muitas palavras e denominações novas criadas pelo autor para o seu mundo, portanto achei que era apenas questão de me ambientar e me acostumar com todo aquele novo universo. Foi só lá depois da página 50 que, um belo dia, em um momento de confusão e cansaço lendo o livro, folheei seu final e encontrei, quem diria, um glossário! Um glossário de três páginas e vários verbetes.

“- Muitas vezes, aquilo que se cala vale tanto quanto o que se diz e, por vezes, conhecer o futuro pode alterá-lo.” Página 78

Minha primeira impressão foi: isso deveria ter sido avisado logo de cara. MUITO CLARAMENTE. (Errata: está lá, no sumário e na carta do editor, mas bem diluído. Não tenho o costume de ler o sumário e na carta do editor peço desculpas, realmente passou batido.) Fica a dica: já li livros com glossários, já li livros com termos de difícil tradução ou novos termos criados por um autor e não custa nada mesmo colocar no início do livro um aviso sobre isso. “Caro leitor, dispense alguns minutinhos de sua leitura dirigindo-se ao final do livro e lendo o glossário.” Nem sempre um livro vem acompanhado de um apêndice desses, então sim, avisar é necessário. Não entendi porque isso não foi feito, já que no começo temos uma carta do editor e um prefácio do autor.

Minha segunda impressão? “Oba, agora vou entender esse livro!” Descoberto o glossário, li todos os verbetes com calma e atenção e retomei a leitura, consultando-o mais algumas vezes de vez em quando. E aí veio a decepção: nem o glossário conseguiu ajudar. Ainda assim a leitura continuou sendo arrastada, cansativa e tão complexa que me peguei extremamente confusa em vários momentos. Sinceramente, cheguei a me sentir meio burra até. Como assim não estava conseguindo entender o livro, captar seu sentido? Ainda estou me sentindo assim, mas pensando bem, um leitor não pode se sentir dessa maneira lendo um livro. Desculpem, mas é a minha humilde opinião. O livro tem que ser claro, não nebuloso. E sim, A Corte do Ar foi uma leitura nebulosa: sinto como se seus acontecimentos tenham passado para mim encobertos por algum tipo de névoa – ou melhor, de vapor, e o problema foi mesmo a narração, a escrita do autor.

Não é que A Corte do Ar seja um livro ruim. Ele tem grandes doses do que mais os amantes de fantasia e ficção científica apreciam. O livro tem protagonistas potencialmente - sublinhem aqui essa palavra – fortes e interessantes, tem uma trama rica e um mundo inteiramente novo, complexo e criado com extremo cuidado. Ao ler, mesmo não gostando, claramente percebi isso: Stephen Hunt criou todo um enorme universo, com lugares, regras, história, política e religião, tudo cuidadosamente imaginado. Porém, seu mundo é tão grande, mas tão enorme, que a impressão que ficou nessa leitura foi que ele era grande demais para o livro. Apesar das 544 páginas do mesmo, esse universo grandioso não coube ali. Ficou faltando muita coisa, muita explicação. Por isso a sensação de nebulosidade também. O autor tem uma história rica e complexa em sua mente, porém não conseguiu passar tudo o que imaginou para o papel. A verdade é que é difícil acompanhar o raciocínio de Stephen Hunt.

Várias vezes lia parágrafos inteiros, enormes, e percebia que tinha chegado ao final deles e captado apenas 10% da leitura. Precisava voltar e reler até entender, até fazer todas as conexões. O autor pula de um assunto para o outro como muda de página; na página anterior, uma coisa, na próxima, já é outra, completamente diferente, rápido demais para assimilar. A melhor palavra para esse livro é: confuso. Extremamente confuso. E quando a gente não entende direito o que está lendo, quando fica tão perdido, a leitura se torna arrastada. Você deixa o livro de lado e vai fazer outra coisa. Não costumo começar a ler outros livros antes de terminar uma leitura, mas dessa vez li cinco livros enquanto lia A Corte do Ar. Simplesmente porque eu me cansava da história e precisava de outra coisa.

Esse não é um livro que você consiga ler rápido, não é uma obra que você consiga devorar e ler várias páginas seguidamente. Acredito que a melhor maneira de lê-lo seja mesmo por partes. Você lê uma parte, para e vai fazer alguma coisa, e só depois retoma a leitura, com a mente limpa. O problema, ao menos para mim, é que eu não tenho paciência para uma leitura assim. Gosto de livros que me envolvam, livros que me façam querer chegar ao final, não ficar sofrendo para lê-los. E como sofri para ler esse livro. Terminei-o por pura força de vontade. As últimas 50 páginas só faltava ficar fazendo contagem regressiva. “Mais uma, mais uma, vamos, eu consigo.” Horrível ler desse jeito. Não tive nenhum prazer. Minha única sensação durante a leitura foi de extremo cansaço e de alívio ao terminar. Foi como se eu tivesse me livrado de um fardo.

“- Querer viver não é uma covardia, Chaminé Prateada.
- A minha vida impede que três almas agitadas alcancem o padrão supremo. Não tenho qualquer ilusão quanto ao custo da minha própria sobrevivência.” Página 107

E os personagens? Apesar de reconhecê-los fortes, com histórias delineadas, um passado e justificativas, eles pecaram por serem pouquíssimo carismáticos. Há um problema grande quando os personagens que você mais se importa no livro são dois robôs: Rodas Lentas e Chaminé Prateada (uma espécie de máquinas, na verdade, providos de pensamento e até emoções, os homens-vapor). Os personagens principais, Molly e Oliver, são robotizados, com poucas emoções e dramas, parecem que são simplesmente arrastados pela maré por quase todo o livro. Não consegui me conectar emocionalmente com eles, o que foi um problema, pois eles são os principais e acompanhamos suas aventuras pelo livro todo. Eles passaram quase todo o livro separados e quando se encontram, o que eu achei que seria um momento importante, marcante, foi algo que passou despercebido, e novamente me senti desligada do livro, pouco envolvida. Os dois eram personagens interessantes e promissores que se tornaram desinteressantes, ao menos para mim. E Oliver, que tinha um enorme potencial, do nada se tornou o personagem mais poderoso do livro, mudando completamente de personalidade, uma mudança que não senti como gradual. Era como se ele fosse outra pessoa, eu não mais o reconhecia.

Além disso, o livro conta com muitos, muitos personagens. Pessoas demais, histórias demais. E eles não foram suficientemente desenvolvidos para se destacarem. Lembro de alguns nomes, mas não consigo distingui-los, assim como não conseguia durante a leitura, e aí temos mais um motivo para o leitor ficar perdido. Do nada personagens eram inseridos e pouco explicados, com seu pano de fundo diluído em parágrafos e mais parágrafos maçantes. Não consegui gostar deles, não consegui me importar. Uma história que tem personagens pouco carismáticos, por mais grandiosa que seja, não consegue se sustentar. O que senti foi que o autor estava mais preocupado com a ambientação do que com seus personagens, e apesar de importante, o universo é secundário. Nós lemos histórias por causa das pessoas, afinal.

“- Quando outro homem ou outra mulher dão o direito de voto a vocês e dizem que outorgam a liberdade, estão na verdade oferecendo algo que vocês já têm, algo com que já nasceram. Ao fazerem isso, transformam vocês em escravos cheios de gratidão”. Página 111.

A Corte do Ar é um livro que explora profundamente assuntos como política e religião. O autor até ironiza com isso, mostrando uma monarquia e um parlamento fracassados, religiões perdidas e extremistas que chegam a nos fazer refletir, porém a mensagem, que seria ótima, perde-se no oceano de uma narração confusa e cansativa. Há diálogos completamente inúteis, quando o espaço poderia ter muito bem sido aproveitado apenas para explicar melhor a história e inserir um pouco mais de emoção e desenvolvimento de alguns personagens. Minha sincera opinião? É um livro aclamado demais para qualidade de menos. Tem história para ser incrível e memorável, mas deveria ser reescrito e revisado novamente. E nem digo isso em nível nacional, mas sim no país onde foi produzido e editado originalmente. Vamos ser francos: se fosse um livro nacional, passando pelo crivo de editoras daqui, não teria saído da pilha eterna de originais, não da maneira como está. Mas nesse caso, apenas porque é um livro estrangeiro, ele automaticamente ganha um renome e leitores. Chega a ser triste. Ele tem um passado lá fora, e o que é mais importante, ele vendeu, e então chega aqui já famoso.

A única coisa que sinceramente salvou o livro para mim foi a sua edição brilhante e caprichada, incoerente para um livro tão tedioso. A capa é impecável, tem uma escotilha transparente mostrando a imagem da orelha, um aerostato em um cenário urbano. Papel de qualidade, poucos erros de revisão. Cheira muito bem. É um livro que dá vontade de ter na estante, mas que não dá vontade de ler. E, infelizmente, apenas beleza não enche mesa – ou melhor, uma estante.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-a-corte-do-ar
comentários(0)comente



AndyinhA 30/03/2014

Resenha em vídeo no blog MON PETIT POISON



site: http://www.monpetitpoison.com/2014/03/poison-books-corte-do-ar-stephen-hunt.html
comentários(0)comente



Milla 29/03/2014

Demais.
Molly Templar é uma garota que vive em um orfanato e sempre perdendo seus empregos, até que ela é contratada para trabalhar num bordel. No entanto, seu primeiro cliente é um homem que está disposto a matar qualquer pessoa para alcançá-la. Molly consegue escapar com ajuda de homens-vapor (máquinas com vida), mas por qual motivo alguém estaria perseguindo uma órfã?

Enquanto isso, Oliver Brooks, também órfão, é um adolescente encantado (e, por esse motivo, fichado) que vive com seu tio na pousada dele e trabalha fazendo pequenos mandados. É quando seu tio é assassinado após receber um hóspede muito estranho que as coisas na vida de Oliver começam a mudar. Acusado de assassinar o tio, ele também parte numa fuga ajudado justamente por este hóspede estranho... por que alguém mataria seu tio? O que é essa tal Corte do Ar para qual seu tio trabalhava? O que são essas vozes na cabeça de Oliver?

Ambos os jovens, em circunstâncias diferentes, partem numa fuga daqueles que estão caçando-os... os motivos? Ambos possuem poderes muito importantes e são, portanto, procurados pela Corte do Ar, polícia secreta espalhada pelo céu planejando uma sociedade perfeita.

~*~

Eu não havia lido nenhum steampunk até o momento e estranhei muito o livro no começo, digamos que durante as cem primeiras páginas é muito complicado assimilar toda a criação de Stephen Hunt porque são muitos personagens com características diferentes (falo físicas), ambientes diversos, crenças esquisitas, magias sortidas, preferências políticas complicadas e delicadas (embora isso nos caiba facilmente na cabeça por causa da semelhança com alguns momentos históricos). Aliás, por toda essa variedade é preciso levantar e aplaudir Stephen Hunt por conduzir toda essa trama tão original sem dar um nó.

A corte do ar traz, além de toda a magia e engenhosidade do gênero steampunk. Além disso, lemos sobre comunismo e socialismo, parlamentarismo, republicanismo e todo esse cenário político é muito forte, influente e decisivo na história. Outra coisa que surpreende é que, em geral (isso falo por pesquisas), livros do gênero steampunk se passam no passado, e A corte do ar se passa num futuro.

Quando comecei a me familiarizar com toda a história, lá para depois de ter lido duzentas páginas, comecei a realmente gostar do livro, encontrei sintonia com os personagens, comecei a identificar conceitos importantes e, principalmente, me sentia com vontade de ler o tempo inteiro, embora eu tenha avançado em passos lentos. Os protagonistas me convenceram e as coisas começaram a fazer sentido com o passar dos fatos e logo eu estava criando sentimentos com a obra, raiva, indignação, piedade... Eu não sou a maior leitora de ficção científica, mas achei muito interessante algumas ideias abordadas no livro e a lógica de condução.

É um livro que exige muito do leitor, exige dedicação, paciência, atenção (uma frase perdida e você quase precisa reler toda a página) e força a compreensão do leitor, embora não traga exatamente mistérios a serem desvendados. A narrativa de Hunt é boa e clara, ele sabe manter uma constante.

E, apesar de eu ter citado aqui que foi difícil me acostumar com tudo fora do lugar, preciso dizer ‘obrigada’ a Saída de Emergência BR por nos ter presenteado com um Glossário de Chacália no final do livro 
Costumo não dar nota máxima a livros que ‘devoro’ porque eles são livros simples e fáceis, gosto mesmo dos livros que mexem comigo, que me perturbam e instigam a mente. Vejam só, esse livro está comigo desde dezembro/2013 e somente agora em 2014 tomei o ímpeto de começar a ler, mas não foi de primeira: li 54 páginas e o deixei de lado, depois voltei do começo e a leitura total durou uns 12 dias. É preciso salientar que o livro é grande (tem 544 páginas) e possui capítulos longos, alguns capítulos tem, por exemplo, 39 páginas. O autor precisa simplesmente narrar MUITAS coisas para dar conta do que está acontecendo em cada parte da história, embora ele não seja extremamente descritivo o tempo inteiro, o livro é cheio de ação e movimentos (porque os órfãos estão em fuga e são duas fugas separadas).


site: www.amorporclassico.com
comentários(0)comente



Cath´s 21/03/2014

Resenha A Corte do Ar.
Antes de começar a falar a respeito do livro como vocês podem ver na capa diz: "O autor que revolucionou o Steampunk", então nada mais certo que começar explicando o que é esse gênero, como eu acho que não faria um trabalho claro explicando recorri ao Wikipédia e aqui está:

"Steampunk é um subgênero da ficção científica, ou ficção especulativa, que ganhou fama no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Trata-se de obras ambientadas no passado, ou num universo semelhante a uma época anterior da história humana, no qual os paradigmas tecnológicos modernos ocorreram mais cedo do que na História real, mas foram obtidos por meio da ciência já disponível naquela época - como, por exemplo, computadores de madeira e aviões movidos a vapor. É um estilo normalmente associado ao futurista cyberpunk e, assim como este, tem uma base de fãs semelhante, mas distinta. O gênero steampunk pode ser explicado de maneira muito simples, comparando-o a literatura que lhe deu origem. Baseado num universo de ficção cientifica criado por autores consagrados como Júlio Verne no fim do século XIX, ele mostra uma realidade espaço-temporal na qual a tecnologia mecânica a vapor teria evoluído até níveis impossíveis (ou pelo menos improváveis), com automóveis, aviões e até mesmo robôs movidos a vapor já naquela época."

Dito isso vamos começar a falar sobre o livro, Molly é uma órfã que mora no Orfanato Portas do Sol, acontece que o lugar é horrível, eles te enviam para trabalhar (aprender um oficio, haha) e você não recebe quase nada, é como um acordo obscuro, já que quem iria cuidar dessas crianças e proteger seus direitos?
Como Molly consegue ser despedida novamente resolvem envia-la para um bordel, dai segue um tempo de preparação, pois é um bordel refinado, quando chega a noite do seu primeiro cliente é que a verdadeira confusão começa, pois ele está ali para assassiná-la.
Tem alguém com muita vontade de ver Molly morta, pois até o Orfanato foi invadido e quando Molly chega nele tem sua amiga machucada e outra morta. Nisso Molly foge e acaba conhecendo os homens vapor (eu adorei eles *-*) e a partir daqui eu não vou falar o que acontece, haha, isso é só o inicio.
Pessoalmente eu adorei a Molly, ela tem aquele gênio de sobrevivente e firmeza, eu gostei dela de cara. Oliver já foi o contrario, a primeira impressão que me deu foi de um garotinho, mas ele evoluí no livro.
Vocês vão começar o livro com eles crianças em Chacália e o tempo vai ir passando e as personalidades deles se sobressaindo e crescendo mais.
Oliver começa o livro vivendo com seu tio, ele tem um "problema" por isso tem que ir na delegacia em prazos determinados e se apresentar, onde irão fazer "testes", também nunca poderá ter uma carreira, já que as pessoas da cidade tem medo dele.
A vida de Oliver também muda rapidamente com uma visita do misterioso Harry Stave, vem um assassinato, incriminações falsas e uma fuga. (Eu adorei o Sussurrador.)
E é por aqui que você começa a entender o que é A Corte do Ar, o que vocês terão que ler o livro para saber se depender de mim. =P

Agora que dei todo esse enredo vêm mais algumas opiniões pessoais a respeito.
Vocês conhecem George R. R. Martin? O autor das Crônicas de Gelo e Fogo? Game of Thornes?
Para quem conhece, enquanto eu lia A Cor do Ar esse comentário me passou muito pela cabeça:
Hunt é como o George R. R. Martin do Steampunk.
Por que?
Porque sabe aquela escrita que é rica em detalhes? Que se depender do autor você vai ser jogado dentro do livro? Em que se desviar a atenção um minuto terá que voltar e reler senão perde algo importante?
A escrita do Hunt é assim.
Mas é aqui que para as semelhanças, porque são universos diversos, mas é um comentário pessoal que eu não poderia deixar de fora da resenha. (Poderia, mas eu queria comentar com vocês.)

Então aceitem que é um livro que vai te levar para outro universo, onde tem homens a vapor *-* e magia, sem falar em vários personagens que você fica se perguntando o que tem por trás? É confiável?
Eu sugiro vocês a embarcarem na Corte do Ar.

Classificação: 10/10.

"– Um pouquinho de paranoia nunca fez mal a ninguém."


site: http://www.some-fantastic-books.com/2014/01/resenha-corte-do-ar.html
comentários(0)comente



Nath @biscoito.esperto 07/03/2014

Eu odeio escrever resenhas negativas, por que não acredito que existam livros ruins o suficiente para que falemos mal deles. Na verdade, em 98% das vezes em que eu não gosto de um livro, a culpa é minha, não do autor.

Nesse caso, a culpa é completamente minha.

A Corte do Ar é um livro muito bem feito, e a Editora Saída de Emergência merece um prêmio só por causa disso. A capa é linda, com uma película transparente que dá um toque especial e inovador ao livro (sabe aquele dirigível na capa? Então, ele não fica na capa).

Assim que peguei o livro pela primeira vez eu só conseguia pensar que ele era lindo, tanto por dentro como por fora. Logo na primeira página temos uma frase do livro que é simplesmente maravilhosa sobre liberdade de escolha. Logo em seguida, temos o manifesto da coleção bang! E, Jesus, eu senti meu sangue ferver quando li aquele texto. Eu pensei: meu Deus! Essa é a editora pela qual eu estive procurando todo esse tempo.

Em seguida temos uma carta do editor, um complemento interessantíssimo de ler – aliás, não entendo por que a maioria das pessoas nunca lê essas coisas – que contém a melhor frase de todos os tempos, que eu estou seriamente pensando em tatuar no meu corpo:

“Se você não vive no limite, é sinal que está ocupando espaço demais, velho amigo” – Página 101

Na carta do editor ele revela que, no fim do livro, há um glossário sobre os termos que o autor inventou. Então, antes de começar a leitura, a primeira coisa que fiz foi ir até o glossário e decorar todos os termos. Estranhei uma coisa ou outra, mas comecei a leitura mesmo assim.

Como eu costumo dizer, tem livros que são apenas pra quem gosta. Eu sempre tive uma dificuldade enorme em me adaptar a universos completamente novos, motivo pelo qual eu resisti em ler Harry Potter, As Crônicas de Gelo e Fogo e até Jogos Vorazes por muito tempo. Mas esse livro leva o termo “mundo fictício” a um novo patamar, por que ele é COMPLETAMENTE diferente do nosso.

A história se passa no passado – ou pelo menos numa versão steampunk dele – e conta a história de Molly Templar, uma garota que teve um trauma recentemente e está sem emprego. Ela é contratada pelo mais famoso bordel de Chacália, mas não quer trabalhar lá de verdade. E é quando coisas realmente bizarras começam a acontecer com ela.

Em paralelo temos a história de Oliver Brooks, acusado de assassinar seu tio, que é obrigado a fugir para não pagar por um crime que não cometeu.

A história de A Corte do Ar é extremamente interessante, mas eu não consegui me acostumar à narrativa do autor. Acho que minha imaginação não é capaz de ir longe o suficiente para imaginar todas as coisas que ele colocou no seu livro.

Na verdade, vi muitos termos novos completamente desnecessários. Por exemplo: nesse livro, Alienista é uma pessoa que estuda a mente humana. Eu cresci sabendo que Alienista é uma pessoa que aliena outra, e foi muito difícil me acostumar com essa mudança. Chicoteadores são a mesma coisa que mercenários. Por que mudar isso? Os mercenários desse livro nem usam chicote! E Cantor do Mundo não é nada mais que um feiticeiro – e não, eles não são cantores.

Tenho certeza de que uma pessoa fã de livros de aventura, ficção científica e steampunk vai simplesmente amar este livro. Infelizmente, não faço parte deste grupo, pelo menos não ainda.

Vou guardar A Corte do Ar em minha estante e relê-lo quando eu estiver pronta para entender esse mundo criado pelo autor.

Então eu faço um último pedido: por favor, não deixe de ler este livro só por que dei duas estrelas para ele. Vá em frente, se acredita que é um gênero literário que goste.

Recomendo :3


site: www.nathlambert.blogspot.com
Milla 20/03/2014minha estante
Confesso que também estou estranhando certas mudanças. Cafél = uma bebida como café. tipo: HÃ? O que estava impedindo o autor de usar o termo café?
A história está ficando boa, estou pela página 80. Mas também estou com a sensação de que acontecem MUITAS coisas e as vezes termino de ler um parágrafo e fico toda desorientada sobre o que/onde/quem e tenho que reler. Sem falar que também não consigo imaginar taaaantas coisas e eu até gosto de fantasia. Espero que eu ainda me encontre. Também não quero avaliar o livro negativamente só por uma "limitação" pessoal. Tem gente que adora, né?


Nath @biscoito.esperto 11/04/2014minha estante
Pois é, faz parte da vida :T




Café & Espadas 23/02/2014

Resenha A Corte do Ar
Antes de ler este livro eu já conhecia um pouco de steampunk, porém nunca tinha lido nenhuma história sobre tal estilo. Então fiquei muito curiosa para conhecer a história de Stephen Hunt e acabei tendo o livro em mãos através da editora parceira Saída de Emergência. Além dessa curiosidade sobre o steampunk, decidi lê-lo por causa de algumas críticas muito boas que li em alguns sites. Porém, não só houveram boas críticas, o que é normal para toda obra.

A edição foi bem trabalhada, com uma capa linda e uma ótima revisão. Outra coisa que gostei bastante sobre os livros da Saída de Emergência. Este é o segundo livro da editora que pego para resenha e a primeira coisa que olho quando abro algum livro é a ficha técnica. Nunca vi tantos revisores sendo mencionados para a revisão de um livro. E acho que toda editora deveria investir nisso, porque já peguei livro com uma história incrível e péssima revisão que às vezes deixa a história sem sentido e difícil de ser lida.

Antes de começar a ler a história em si, eu leio tudo o que tem antes: sinopse, orelha, carta do editor e prefácio do autor (isso se estiver disponível). Em algumas resenhas, eu vi o pessoal reclamando das palavras desconhecidas na história e que só depois viram que o livro tinha um glossário e que não foram avisados disso. No próprio livro e antes de começar a história, se você for ler a carta do editor, tem dizendo que foi incluído um glossário de Chacália ao final do livro. Então sim, o aviso ocorreu. Além do que, para ler um livro vocês não devem somente ler o essencial dele, mas sim ler tudo que tem nele. Por isso que antes de iniciar minha leitura eu sempre faço essa análise completa da edição do livro para não ficar reclamando depois.

Como já era de se esperar, a história se passa num passado! O autor focou em seu conhecimento sobre a Inglaterra vitoriana e georgiana e criou Chacália. Um mundo fantástico com robôs movidos a vapor, dirigíveis, carruagens, bordéis luxuosos e todo um clima steampunk. Somos apresentados a bandidos, aventureiros, encantados (humanos com poderes mágicos), cantores do mundo (uma espécie de polícia política mágica), homens-vapor, além de outros personagens que compõem todo o cenário.

Entre intrigas parlamentares e organizações secretas, temos Molly e Oliver, dois órfãos que se encontram fugindo de assassinos e que não sabem o porquê de aquilo estar acontecendo. Molly é uma órfã do Internato Porta do Sol que nunca se adepta aos seus trabalhos como aprendiz. Já Oliver é sobrinho de Titus, dono da Pousada das Setenta Estrelas. Oliver viver como um criminoso sob custódia, só pode viajar para onde o requerimento estatal, que tem que assinar toda semana, lhe permite. À princípio você não sabe o motivo pelo qual eles são órfãos e nem muito menos porquê estão sendo perseguidos, o que torna tudo um pouco confuso.

Enquanto eles estão sendo caçados muitos assassinatos acontecem. Uma das personagens diz que o motivo das mortes era para evitar testemunhas. Esse espaço vazio, mesmo que lá na frente esteja a resposta, não me agradou muito. Além de as cenas de ação serem um pouco mornas. Sim, mesmo com tantos assassinatos, eu achei tudo muito fraco ainda mais por causa de toda a expectativa criada antes do lançamento e até mesmo pelo o que está escrito na carta do editor. Bom, cada um tem uma opinião sobre determinada coisa, talvez a minha esteja entre a minoria.

Muitas personagem aparecem para acrescentar (ou não) algo na história. E mais uma vez eu volto a falar de pontos vagos. Acredito que alguns capítulos pequenos poderiam não ter existido, mas apenas alguns. Espero que eles tenho algum sentido nos próximos livros. A história é muito boa, porém acho que não foi muito bem aproveitada. Existem muitos detalhes, o que gostei bastante, pois é possível visualizar muito bem todos os ambientes e situações.

Para mim, foi um livro bom. Apenas isto, não é um daqueles que você pretende reler algum dia. Enquanto ao trabalho da editora, eu dou meus parabéns e agradeço por tratarem um livro tão bem.

site: http://cafeeespadas.blogspot.com.br/2014/02/resenha-corte-do-ar.html
comentários(0)comente



45 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR