A Corte do Ar

A Corte do Ar Stephen Hunt




Resenhas - A Corte do Ar


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Robson 07/02/2014

Por que abandonei A Corte do Ar?
Vamos lá leitores, não é fácil abandonar um livro, raramente faço isso, mas foi praticamente inevitável com A Corte do Ar, de Stephen Hunt. Eu esperava bastante do livro, afinal, sou fã do gênero Steampunk, mas o autor provou que não veio para revolucionar o gênero, como é prometido na capa, mas sim para confundir a cabeça de seus leitores.

Após duas longas semanas tentando me conectar com a trama, personagens (milhões deles) e a escrita do autor, cheguei a conclusão de que era melhor abandonar o livro. O autor criou um mundo bom, com premissas boas para a sua história, mas acabou pecando muito em seu desenvolvimento.

A narrativa se demonstrou arrastada desde a primeira página, repleta de termos novos e confusos, que mesmo com a ajuda do glossário presente no livro, não se tornaram claros para mim. Cheguei até a página 150 e tenho para mim que, se um livro não me conquista em 150 páginas, ele não irá me conquistar nas outras.

Um dos grandes erros do autor (além da narrativa arrastada e do enredo confuso) foi a grande quantidade de personagens. O autor a cada página insere novos personagens e acaba dando a entender que todos eles são importantes para o seu plot, mas quinze páginas depois eu já não conseguia lembrar qual era aquele personagem e o papel dele no enredo.

Se algum de vocês está estreando no mundo steampunk, peço que comecem com coisas mais clássicas e até mesmo mais “famosas”, pois eu, que já estou habituado ao gênero, me confundi bastante com esse livro, a ponto de abandona-lo.

Esse pode, ou não, ser um abandono definitivo. Eu não costumo abandonar livros e por isso, darei um tempo, quando estiver devidamente “descansado”, penso se retomo a leitura.


site: http://www.perdidoempalavras.com/resenha/a-corte-do-ar/
Nath @biscoito.esperto 07/03/2014minha estante
Oi, Robson! Abandonei o livro quase na mesma página que você e entendo seus sentimentos em relação ao livro. Parabéns pela resenha!


Eriquinha 28/03/2014minha estante
Olá, Robson! Eu li o livro inteiro, mas senti as mesmas coisas que você em relação a ele. Personagens demais e trechos mal conectados.
O enredo é realmente muito interessante, mas era necessário que o autor tivesse restringido o número de personagenS. Ótima resenha!


Robson 01/04/2014minha estante
Obrigado meninas! eu sou super fã de Steampunk, mas o autor pecou demais neste livro e o glossário não serve pra quase nada!


Caiuã 31/07/2014minha estante
Estou um pouco depois da página 100 e penso seriamente em abandonar.
Você falou muito bem.
E além dos pontos que você mencionou, ainda tem os clichês incômodos e os diálogos artificiais cheios de frases de efeito.
Também sou super fá de Steampunk, mas esse não está dando.


Maris 13/03/2015minha estante
Oi Robson! Li quase 200 páginas e compartilho do mesmo sentimento que você desde o início da leitura... O livro tem uma premissa muito boa, mas é bem confuso e não consegui me apegar a nenhum personagem. :( Parabéns pela resenha!


et 28/06/2017minha estante
Apesar do livro ser mediano, creio que foi muito prejudicado pela tradução. Infelizmente as escolhas do tradutor foram ruins para alguns casos e totalmente sem sentido em outros. Por exemplo "transaction engine" não é "motor de transação". engine em informática não é isso. Deception não é decepção (que feio isso, coisa de amador). Algúem lendo o livro fica perdido com estas escolhas. Talvez a editora devesse ter colocado notas de rodapé tipo "transaction engine no original" para o leitor entender a escolha do tradutor e a idéia original no autor. E claro, revisão de tradução pega bem também.


lluuccas 06/11/2020minha estante
A mesma impressão que eu tive. Tenho vontade de dar outra chance mas não sei se vale a pena.


cecília :D 13/07/2021minha estante
Oi, tudo bem? Por acaso você teria alguma indicação de livros steampunk? Estou querendo começar a ler algo do gênero, mas não sei por onde começar


Maria.Clara 12/01/2023minha estante
Exatamente o mesmo comigo




Rafaela 24/08/2020

O começo do livro promete mas a leitura é cansativa e confusa.
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Mandy 08/08/2020

Eu nunca detestei tanto um livro
A historia começou muito bem e tinha uma premissa excelente o que, aparentemente, não foi o suficiente para que o livro se tornasse cansativo e sem pé nem cabeça.
O autor inventou tantas criaturas que não dava para acompanhar a história e causava uma confusão (mesmo com um glossário de duas páginas no final). A vezes era preciso reler o mesmo capitulo várias vezes para tentar entender o mínimo possível.
Foram meses o lendo e pensando inúmeras vezes em abandona-lo, até que decidi terminar de ler na força do ódio.
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Larissa2127 02/08/2021

Maravilhoso
O livro traz um universo inédito, personagens cativantes.
Muitas pessoas não gostaram muito, mas eu particularmente amei. No início é meio difícil de compreender, pois como eu disse é um universo totalmente novo, então fica um pouco complicado de vizualizar alguns elementos, mas com o tempo tudo se descomplica.
Nos momentos de tensão parece que você está assistindo um filme de ação, ou até mesmo que está lá, vendo tudo ao vivo, sua adrenalina vai pro alto.
O livro é simplesmente cativante, teve minha atenção do início ao fim.
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Adriana 12/01/2014

A Corte do Ar de Stephen Hunt
No começo achei o livro meio lento ( porém necessário para conhecer e entender a historia), mas isso só até chegar mais ou menos na pagina 100. Depois disso o livro fica simplesmente sensacional. Uma leitura que te prende e te surpreende a todo momento. Este foi o meu primeiro Steampunk, e amei a experiência, o cenário é totalmente diferente ao que estou habituada, com personagens grotescos e a riqueza nos detalhes nos passa uma imagem de uma Londres Vitoriana que jamais imaginei.
O livro é uma mistura de tudo, ação, intriga, drama, aventura, tem magia, homens vapor, Reis mutilados, Soldados com poderes especiais, etc...
O livro é contado por um narrador, e por este motivo, sabemos tudo o que esta acontecendo, em todos os momentos da historia. Sendo assim acabamos embarcando na aventura junto com os nossos protagonistas.
Há, e eu não posso me esquecer que, o que mais me chamou a atenção do livro logo de cara foi a capa. Ela é simplesmente linda, e tem um detalhe, que é demais. A capa tem essa escotilha e na contra capa esta o dirigível, quando ela se abre um se separa do outro pois são independentes. Totalmente diferente e lindo.

Corte do ar é uma organização altamente secreta existente acima das nuvens, que policia e vigia a situação de Chacalia. Que também são conhecidos como observadores do céu. E homen-vapor são seres mecânicos feitos de ferro e rodas de engrenagens, são muito inteligentes, e chamam os humanos de "corpo-macio". Já os cantores do mundo, são feiticeiros que buscam energias das forças magicas da terra. Os habitantes viajam em aerostatos, que são naves que se assemelham a um dirigível. Os Lupocaptores são agentes que espalham o terror em nome da corte do ar.

Molly é uma das órfãs do orfanato portas do sol da cidade de Chacália, e após ser dispensada de mais um trabalho pois ela tem o "péssimo habito" de ser distraída e de gostar de ler no horário de serviço. Mas acaba sendo contratada por um bordel , como aprendiz, mas logo se vê em uma grande enrascada quando as pessoas envolvidas a ela começam a serem assassinadas, quando na verdade o alvo real seria ela. Com um assassino em seu rastro, sua única alternativa é fugir para a cidade subterraria de Tristeesperança com a ajuda de Marchas Lenta (um homem vapor), um lugar dominado por rebeldes e maquinas e medo.
Mas quando ela é resgatada pelo repórter da cidade de Chacália e levada de volta para a superfície tendo ele como seu protetor, Molly fica cada vez mais perto de descobrir o porque de sua vida esta correndo tanto perigo e qual o mistério disso tudo.

Enquanto isso temos o jovem Oliver Books que leva uma vida pacata na cidades de Cem Cadeados, de onde ele não tem permissão para sair, nem a passeio, onde ele é obrigado a assinar um livro de presença uma vez por semana se quiser viver em "liberdade". Tem como tutor o seu tio Titus, o dono da pousada Setenta Estrelas, que ficou responsável por ele após a morte de seus pais. Após a chegada do hospede, convidado de seu tio, o Sr. Harry Stave. Sua vida muda completamente, e para sempre.
Quando volta de uma de suas idas a delegacia para assinar o livro de presença, chegando em casa se depara com a empregada da casa degolada na cozinha, seu tio assassinado no andas de cima, o Sr. Harry pedindo telepaticamente, que ele ficasse acalmo, pois a casa havia sido invadida, e que eles precisavam fugir imediatamente. Já que será acusado do assassinato de seu tio e de mais duas pessoas.

A partir dai a vida destes dois jovens se modificam e uma incrível aventura começa, recheada de perseguições, tramas, segredos desvendados pois Harry na verdade é um agente da Corte do Ar que esta enfrentando algumas dificuldades em sua missão, seu tio Titus na realidade era um assobiador (uma espécie de informante) e seu pai era um grande agente da Corte do ar. E Molly tem em seu sangue um segredo que a torna alvo de inimigos do Estado.


site: http://meupassatempoblablabla.blogspot.com.br
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DeiaMolder 26/09/2019

Leitura finalmente concluída. Esse livro foi decepcionante, pensei que por ser um steampunk seria leve e fluido como as obras anteriores que li, mas não, foi uma leitura morosa, travada, muitos personagens, muitas palavras criadas para aquele universo. Normalmente seria enriquecedor, o autor criar um universo e suas idiossincrasias, mas esse tinha tanta coisa que ficou confuso.
Molly e Oliver serão confrontados por um poder antigo que se julgava destruído há milênios e que agora ameaça a própria civilização. Seus inimigos são implacáveis e numerosos, mas os dois jovens terão a ajuda de um formidável grupo de amigos, dentre eles o infame Stave, um homem-vapor, um sábio-deslizante, um sussurrador e muitos corpos macios. A leitura prometia, mas não aconteceu. Pena.
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Bia 27/10/2015

Muito fraco
A estória promete muito e decepciona mais ainda. É pobre de enredo, pobre de ação, pobre nas descrições...
Os personagens não cativam, não emocionam, não inspiram. A trama não empolga, não instiga, não seduz.
É vago demais pra quantidade de elementos fictícios. É superficial demais pra idéias que o leitor não tem como conhecer.
O autor criou tantas criaturas fantásticas, conceitos confusos, organizações, complôs e clichês que se perdeu no meio da estória.
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Jessica Oliveira 14/12/2013

A Corte do Ar
Em A Corte do Ar, primeiro livro da série Jackelian, nós conhecemos Molly Templar e Oliver Brocks, dois orfãos que nunca haviam se visto mas que o destino acaba fazendo com que seus caminhos se cruzem.

Molly vive no orfanato Portas do Sol, onde os orfãos são encaminhados para se tornarem aprendizes nos negócios locais. Já tendo sido despedida de vários empregos, Molly agora é encaminhada para o bordel mas quando vai atender o seu primeiro cliente eis que ela é inexplicavelmente atacada por ele e testemunha o assassinato de uma outra prostituta. Somente sua esperteza e desenvoltura a salvam, mas em seu retorno ao orfanato uma série de acontecimentos bizarros a fazem perceber que algo muito sinistro a persegue.

Molly foge, ficando apenas alguns passos à frente de seus agressor, um assassino chamado Conde de Vauxtion. Assim inicia uma série de aventuras que a levarão a uma cidade rebelde nas entranhas da Terra, e depois de volta, enquanto ela se esforça para compreender o mistério que paira sobre ela.

Oliver Brocks vive com seu tio, que cuidou dele desde a morte de seus pais em um acidente de aerostato. Tendo sobrevivido a esse mesmo acidente, Oliver sofreu uma exposição prolongada a Brumaencantada, uma experiência que geralmente transforma a pessoa em um ser com "super-poderes". No entanto, ele permanece surpreendentemente normal.

Tudo muda quando Oliver encontra seu tio assassinado e se vê como o principal suspeito do crime. Somente com a ajuda de Harry Stave, um agente misterioso da Corte do Ar, Oliver consegue escapar da prisão e fugir de Chacália. Juntos os dois vão procurando ajuda dos diversos amigos de Harry ao longo do caminho. Só que mais uma vez o destino prega uma peça e Oliver se vê detentor de um enorme dom incomum, tendo que lutar não só por sua vida, mas por sua terra natal.

Uma história rica em detalhes e complexidade. Às vezes a complexidade da história desvia o fluxo da narrativa com acréscimos desnecessários. Um exemplo disso é a apresentação em detalhes das filósofias de cada facção política de Chacália.

Os personagens e cenário são a verdadeira força de A Corte do Ar, uma mistura de diversos elementos como: homens-robôs, mágia, seres sobrenaturais e óbvio tudo isso passado em uma Era Vitoriana (Sim, apesar da história parecer que se passa em um futuro longíquo, ela se passa no passado!), faz com o leitor viaje nesse magnífico enredo. As aventuras vividas pelos personagens nos fazem "suar", por diversas vezes me vi incapaz de largar o livro por ainda não ter chegado ao final de determinado conflito.

No decorrer da livro podemos perceber o amadurecimento dos personagens que ao iniciarem suas aventuras eram apenas orfãos fugindo de algo, mas que ao chegarem ao final se tornaram pessoas fortes e com bastante peso para determinar o curso da história.

Apesar de seu ínico lento, A Corte do Ar me deixou querendo mais e ávida pelos próximos livros da série. Posso dizer com toda a certeza que a minha estréia no gênero Steampunk foi com o pé direito. Leitura mais que recomendada.

site: http://www.booksandmovies.com.br/2013/12/a-corte-do-ar-stephen-hunt.html
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27/01/2016

Abandonei
Olha, eu odeio abandonar livros mas não deu.
A leitura começa cheia de animação e expectativas mas no decorrer das páginas, tudo vai ficando um tanto monótono.
O livro é muito em detalhado, os personagens são muito interessantes e tem uma narrativa ambiciosa e rica porém parece que tudo se perde com o andar do livro.
Pra ser sincera, não sei bem onde está o erro mas não foi um livro que me agradou.
Não é um livro ruim, é um Steampunk autêntico, porém deixa a desejar em alguns aspectos.
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iaritza 01/07/2020

"Nossa alma livre não poderá jamais, jamais ser conquistada! Não enquanto houver um chacaliano capaz de dizer: 'Nao! Sou eu quem escolhe os meus pensamentos, sou eu quem escolhe os meus líderes, sou eu quem decide qual o meu livro de culto. Minha lei será sempre a lei do povo e não o capricho de qualquer brutamonte com um sabre afiado o suficiente para roubar a coroa da cabeça de quem lhe antecedeu.'"
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Evandr0 18/08/2017

Não tenha medo de ler.
Antes de falar sobre a história, preciso deixar claro certos pontos sobre essa obra:

Ela é muito rica em detalhes.
O livro provoca o leitor.
Se você não gosta de pensar, ou tem medo de que tudo não faça sentido, se limite à minha resenha.

A Corte do Ar tem um modo interessante de contar a história, jogando o leitor de personagem para personagem, acontecimento para acontecimento de uma forma brusca, causando um certo incômodo no começo da leitura. No início do livro, cada personagem tem seu capítulo, o que faz parecer que estamos lendo 2 livros desconexos que se passam num mesmo universo. Há quem não goste disso, eu gostei muito.

No livro são apresentados vários personagens e termos que facilmente são confundidos por sua quantidade e, grande parte desses termos, poderiam ser ignorados, pois poderiam ser quaisquer outro que existem na realidade. O ponto disso é que o livro tenta jogar o leitor para longe do universo do livro, ao contrário do que é o senso comum.

Nesse livro você sabe que nada é real, sabe que tudo aquilo é impossível e isso traz uma liberdade muito grande ao ler e tentar imaginar as coisas.

No livro tem um glossário que ajuda a entender alguns desses termos irreais, mas eu acho que a graça está em não entender ao certo o que está havendo. Por exemplo: Numa certa parte da história, é citado um animal que estava numa caverna. Não há descrição sobre como ele é, mas todos personagens sabiam, e conheciam sua espécie. Eles citam o nome da espécie do animal e sabem exatamente o que é, mas nós como leitores, não fazemos ideia de como eles são até que, muito tempo depois, é dada uma descrição dele.

Isso faz com que seja divertido esperar uma próxima página, pois não se sabe o que esperar. Provoca o leitor a não parar de ler pois, nunca se sabe quando o acontecimento que se está passando vai ser pausado para outra coisa totalmente desconexa começar.

Sobre o enredo: De gênero Steampunk, o livro trata sobre dois personagens que lutam pelas suas vidas. Um garoto (Oliver) órfão que vive numa espécie de prisão domiciliar por ter tido contato com uma magia que todos temem, mesmo não apresentando nenhum resquício de que carregue em si as sequelas desse contato. E uma garota (Molly), também órfã, que vive num internato e tenta sobreviver aos maus tratos e abusos de seus responsáveis.

No livro são tratados temas como política, religiões, culturas, raças, magia e misticismos.

Amei ler esse livro, e recomendo a todos que queiram, assim como eu, mergulhar num mundo fictício em que visivelmente não existimos.
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Alan 04/02/2015

Dificil ler até o final.
Inicialmente, trata-se de edição do livro com uma bela arte de capa, mas, que ao mesmo tempo, torna-se um dos maiores pontos de fragilidade do livro quando se trata de dano físico ao manusear ou de ressecamento da película plástica que imita uma janela de dirigível. O papel é confortável a mão, e a impressão é de qualidade normal, não apresentando muitas falhas. Assim sendo, poderia ser um livro de qualidade boa em sua parte física se não fosse a sua fragilidade da capa.

Quanto à escrita, infelizmente é um dos pontos que o autor conseguiu destruir sua própria história. A técnica de descrição é vaga, não trazendo detalhes mínimos sobre o que esta tentando passar ao leitor, vários personagens poderiam ser substituídos por uma mancha branca com um ponto de interrogação que ainda assim seria mais descritivo. O mesmo vale para muitas cenas, as quais teriam sido ótimas se o autor não resolve-se coloca-las em duas ou três linhas.

Quanto aos personagens, poucos dos personagens mais atuantes na história possibilitam uma imersão do leitor. Em parte devido a forma como varias ações e atitudes são descritas, em parte pela falta de carisma. Alguns personagens principais chegam a causar uma certa repulsa a ideia de ler os trechos referentes a eles.

Quanto a personagens secundárias, embora trate-se de historia que é apresentada em mais de um livro, vários bons personagens, alguns que apareceram em cenas que, não fosse o estilo de escrita, seria ótimas, foram muito mal aproveitados.

Mas a pior parte de ler as descrições são os momentos de batalha, no qual muitas vezes poderiam ser resumidos em “eles lutaram, complete com sua imaginação o como foi”.

O segundo pior ponto do livro é a quantidade de ideias que foram incluídas na história. A quantidade de elementos e ideias que o autor inclui por capitulo e simplesmente trata como se sempre estivesse lá e o leitor não tivesse notado é muito grande. Pode-se até mesmo imaginar o autor como alguém facilmente impressionável, que tudo que via / lia, acabava colocando em seu livro. Em seus 26 capítulos podem ser contadas facilmente umas 15 grandes inclusões de ideias, além de muitas outras menores.

Não estou reclamando de haver tantas ideias no mundo, mas sim pelo fato de que tantas coisas foram tratados em pouco mais de 500 paginas, causando um acumulo gigantesco de ideias por pagina de forma que o autor conseguiu desenvolver de forma satisfatória uma quantidade ínfima delas.

Em resumo, para não criticar além do mínimo necessário o livro, posso dizer que seria um bom ultimo livro para uma historia desenvolvida em que as ideias tivessem sido apresentadas anteriormente, assim como uma ótima leitura para mestres de RPG procurarem coisas para colocar em sua campanha, mas um péssimo livro de forma isolada.
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@APassional 13/01/2014

A Corte do Ar * Resenha por: Rosem Ferr * Arquivo Passional
Os caminhos da Revolução, o futuro do ontem replicado no realismo do hoje, reflete as ideologias do Agora: Bem vindos a Chacália!

Entre o mistério que envolve e fricciona o passado dos protagonistas Oliver e Molly, ressalta-se a corrupção, ambição, ganância, intrigas, empoderamento mediante conspiração que envolvem os sistemas políticos totalitários.

Quer entender alguns meandros da situação política mundial?
Começe pela Corte do Ar, Hahaha!

Afinal Hunt lança sua “Série Jackeliana” em 2007, em um clima de forte pressão econômica e política que irá refletir-se na crise de 2008, esses elementos serão agregados na construção do universo huntiano em todos os sentidos e UAU, é genial.

Inúmeros vilões, cenários vitorianos decadentes, distópicos, a ciência corrompida pelo sistema. Manipulação: genética, farmacológica, psicológica, psíquica, política e social. Nooossa hein!

A Corte do Ar reflete um mundo “Bomba relógio” prestes a explodir, diante de uma sociedade caótica, onde a imaginação de Hunt condensa os piores elementos do absolutismo, capitalismo, comunismo, parlamentarismo e anarquismo e os amplifica em um quadro alucinante e assustadoramente real.

“Quando você se depara com a dinâmica das multidões, abater o lobo sem matar o rebanho se torna impossível” [Harry Stave, pg.170.]

No entanto, pontuando a crítica social e suavizando “de certa forma” o discurso, temos nos dois protagonistas o liame de aventura, que instiga o desvendar dessa complexa leitura para os não iniciados nos mundos steampunk, portanto:

Dica: comece a leitura pelo Glossário, familiarizar-se com os termos antes fará toda a diferença no decorrer da leitura, lembrem: a mente deve ser treinada... que o diga o Sussurrador.

Voltando aos nossos guias entre a vertiginosa rede de informações que seremos expostos, ufff! Oliver, meu predileto, rsrsrs... carrega elementos paranormais com suas habilidades, contatos e sonhos estranhos. Será que ele foi encantado em Brumencantada ou é um encantado? E Molly, criada na exclusão das ruas sujas e fétidas de Açomédio, será na verdade filha de alguma casa aristocrática? Estaria oculta por baixo de toda sua rebeldia, ousadia e coragem uma linhagem nobre?

Esses e outros enigmas - que não são a Lady Enigma Hahahaha! Nem a Observadora hehehe! Ou o Sussurrador Uhuuuu! - fazem da trama uma leitura ímpar, incomparável, antenadíssima com a realidade, portanto super necessária. O Bacana do swing desta “corte”, é que no decorrer do enredo nos deparamos com uma alusão à “CIA”, hummm! E logo, aos thrillers de espionagem, assim... o que lhes aguarda é muiiiiiiiiita ação.

São inúmeras as personagens secundárias, todas surpreendentes e bem desenvolvidas divididas a princípio nos núcleos Oliver, Molly e Corte de Chacália... que não é a do Ar. Esses núcleos irão integrar-se no decorrer dos acontecimentos mas até aí muito Arrrrrrrrr vai rolar, neste mundo tão “equivalente” ao nosso, Oliver e Molly correm incontáveis perigos, serão muitas descobertas e assombros... Hunt nos instiga a cada página.

Olhe... Compare. Assombre-se... Reaja! Acorde!
Chega de Brilho... Basta de Ervassussurante!

Brasileiras e brasileiros ... Ops, Povo Chacaliano hehehehe...

“Nossa alma livre jamais, jamais poderá ser conquistada!
...Sou eu quem decide qual o meu livro de culto.”
Simmmmmmmm... A corte do ar é o meu!

Sensacional! Necessário! Perfeito!
Super indicado... ao público do ensino médio
Leiam, discutam... Acordemmm! BANG!

Beijos Susssurantes... Rosem Ferr .:.

Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 10/01/2014.

site: http://www.arquivopassional.com/2014/01/resenha-corte-do-ar-stephen-hunt.html
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Nanda Soares 13/01/2014

A Corte do Ar de Stephen Hunt
Antes de ler este livro eu já conhecia um pouco de steampunk, porém nunca tinha lido nenhuma história sobre tal estilo. Então fiquei muito curiosa para conhecer a história de Stephen Hunt e acabei tendo o livro em mãos através da editora parceira Saída de Emergência. Além dessa curiosidade sobre o steampunk, decidi lê-lo por causa de algumas críticas muito boas que li em alguns sites. Porém, não só houveram boas críticas, o que é normal para toda obra.

A edição foi bem trabalhada, com uma capa linda e uma ótima revisão. Outra coisa que gostei bastante sobre os livros da Saída de Emergência. Este é o segundo livro da editora que pego para resenha e a primeira coisa que olho quando abro algum livro é a ficha técnica. Nunca vi tantos revisores sendo mencionados para a revisão de um livro. E acho que toda editora deveria investir nisso, porque já peguei livro com uma história incrível e péssima revisão que às vezes deixa a história sem sentido e difícil de ser lida.

Antes de começar a ler a história em si, eu leio tudo o que tem antes: sinopse, orelha, carta do editor e prefácio do autor (isso se estiver disponível). Em algumas resenhas, eu vi o pessoal reclamando das palavras desconhecidas na história e que só depois viram que o livro tinha um glossário e que não foram avisados disso. No próprio livro e antes de começar a história, se você for ler a carta do editor, tem dizendo que foi incluído um glossário de Chacália ao final do livro. Então sim, o aviso ocorreu. Além do que, para ler um livro vocês não devem somente ler o essencial dele, mas sim ler tudo que tem nele. Por isso que antes de iniciar minha leitura eu sempre faço essa análise completa da edição do livro para não ficar reclamando depois.

Como já era de se esperar, a história se passa num passado! O autor focou em seu conhecimento sobre a Inglaterra vitoriana e georgiana e criou Chacália. Um mundo fantástico com robôs movidos a vapor, dirigíveis, carruagens, bordéis luxuosos e todo um clima steampunk. Somos apresentados a bandidos, aventureiros, encantados (humanos com poderes mágicos), cantores do mundo (uma espécie de polícia política mágica), homens-vapor, além de outros personagens que compõem todo o cenário.

Entre intrigas parlamentares e organizações secretas, temos Molly e Oliver, dois órfãos que se encontram fugindo de assassinos e que não sabem o porquê de aquilo estar acontecendo. Molly é uma órfã do Internato Porta do Sol que nunca se adepta aos seus trabalhos como aprendiz. Já Oliver é sobrinho de Titus, dono da Pousada das Setenta Estrelas. Oliver viver como um criminoso sob custódia, só pode viajar para onde o requerimento estatal, que tem que assinar toda semana, lhe permite. À princípio você não sabe o motivo pelo qual eles são órfãos e nem muito menos porquê estão sendo perseguidos, o que torna tudo um pouco confuso.

Enquanto eles estão sendo caçados muitos assassinatos acontecem. Uma das personagens diz que o motivo das mortes era para evitar testemunhas. Esse espaço vazio, mesmo que lá na frente esteja a resposta, não me agradou muito. Além de as cenas de ação serem um pouco mornas. Sim, mesmo com tantos assassinatos, eu achei tudo muito fraco ainda mais por causa de toda a expectativa criada antes do lançamento e até mesmo pelo o que está escrito na carta do editor. Bom, cada um tem uma opinião sobre determinada coisa, talvez a minha esteja entre a minoria.

Muitas personagem aparecem para acrescentar (ou não) algo na história. E mais uma vez eu volto a falar de pontos vagos. Acredito que alguns capítulos pequenos poderiam não ter existido, mas apenas alguns. Espero que eles tenho algum sentido nos próximos livros. A história é muito boa, porém acho que não foi muito bem aproveitada. Existem muitos detalhes, o que gostei bastante, pois é possível visualizar muito bem todos os ambientes e situações.

Para mim, foi um livro bom. Apenas isto, não é um daqueles que você pretende reler algum dia. Enquanto ao trabalho da editora, eu dou meus parabéns e agradeço por tratarem um livro tão bem.

site: http://universodepaginas.blogspot.com.br/2014/01/a-corte-do-ar-de-stephen-hunt.html
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Albarus Andreos 18/07/2014

Por que facilitar se dá para complicar?
Muito estranho. Esta é a impressão inicial deste resenhista, que não tem lá muito de leitor de ficção científica, ao começar a ler A Corte do Ar (Editora Saída de Emergência Brasil, 2013). Ficção científica, para mim, significa uma quantidade de informações que devem ser passadas para o leitor, de tal forma que ele adentre uma realidade futurística, ou ao menos cientificamente diferente do que temos no mundo quotidiano. Há uma massa de informação tecnológica que deve ser passada, e isso pressupõe, na maioria das vezes, a utilização de uma linguagem excessivamente explicativa, como se fosse retirada de verbetes de uma enciclopédia de ciências. O tesão do escritor de FC parece ser explicar o funcionamento da nave, do sistema físico que faz funcionar a dobra dimensional, ou a natureza dos implantes usados pelo Estado distópico, que mudam as pessoas. Tirando essa roupagem, a FC esconde por baixo o verdadeiro teor da história: drama, mistério, fantasia etc. Desculpem o simplismo desse não-fã de FC, mas, assim exporto, FC é só estética. Será?

Bom, e se esse expliquismo não acontecer? E se o escritor não tiver nem aí se você vai entender o que é um aerostato, ou um motor de expansão, ou o que são os assobiadores ou qual é a ideologia dos carlistas? E se o autor for usando essas bizarrices o tempo rodo, compondo frase após frase, como se a prolixidade fosse a coisa mais natural do mundo, e deixar o leitor boiando não fosse mero acaso, mas sua principal intenção? Aí as coisas ficarão por elas mesmas e você se sentirá um peixe-fora-d’água.

“Tudo bem, eu te dou um glossário no final do livro, para você ir seguindo!” Meu velho... Na boa, glossário não rola. Parar a narrativa para ir lá atrás do livro ver o que significa lupocaptor, ou cartola, ou celga e ervasussurrante, é um tiro no pé. Mesmo porquê, o que temos no glossário de A Corte do Ar é falho, e você continuará confuso, pois há um quê de má tradução, ou de editoração descuidada (nem sei se descuidada é o termo certo... Parece que o próprio revisor não entendeu o que muitas das frases queriam dizer, como eu), ou de períodos longos demais sem pontuação precisa, ou ordem inversa das frases... enfim, que atrapalha MUITO. Imagino que até Lewis Carroll precisaria de algum LSD para atingir o que Stephen Hunt está querendo dizer.

E como um peixe eu fui, nadando a esmo, nesse texto que parece ter sido escrito por um doidão chapado. Stephen Hunt vai introduzindo a personagem Molly Templar, falando de como ela é uma mocinha órfã criada pelo sistema de um mundo movido a engrenagens de bronze, com dirigíveis singrando os céus e seres movidos à vapor, circulando de um lado para o outro. Não vou usar o termo “robô” pois ele nunca aparece no texto, e embora existam, esses seres possuem consciência, livre-arbítrio, alma e fé! Já Molly é explorada como mão de obra barata, tendo que fazer serviços degradantes aqui e ali, como todas as garotas da instituição assistencial Portas do Sol. Um nome singelo para uma casa sinistra, onde seu gestor lucra com a mão-de-obra barata advinda da exploração das jovens.

Os nomes escolhidos pelo autor, para objetos, tipos humanos, instituições, acontecimentos históricos, lugares geográficos etc., às vezes traduzidos, às vezes não (por decisão editorial), são geralmente MUITO ruins. Mas é possível perceber que isso é proposital, por alguma razão. Hunt opta por nos meter num mundo em que o estranhamento parece ser a principal atração. Fica tudo escuro, na maioria das vezes só subentendido, no campo metafórico, intuído. E os nomes são os termos mais escalafobéticas que você possa imaginar, dando apenas algum sentido relativo à sua função na trama, ou tendo um sentido absolutamente indecifrável, mesmo. A Corte do Ar é difícil de ler. Não é um livro indicado para jovens leitores.

Aliás, o autor diz, numa entrevista dada no início do livro (num excelente trabalho da Editora Saída de Emergência Brasil, além da capa muito caprichada), que a intenção dele era escrever um livro de fantasia. Uma fantasia que fugisse do medieval clássico, como estamos acostumados, mas ainda assim uma fantasia. Então, podemos considerar que o que temos nesse livro, descola-se muito da tradicional ficção científica, com algumas ideias muito porra-loucas, mesmo. Dá a impressão que Stephen Hunt usa até algum de fluxo de consciência na sua escrita, pois as palavras vão se encadeando, evoluindo e se ligando, sem que se atenham realmente à coesão ou coerência, inerentes à escrita tradicional.

E por isso temos magia misturada a essa tecnologia inusitada de homens-vapor e portos imensos, abarrotados de dirigíveis, bombas barbatana e aerostatos movido a motores de expansão, além de esquisitices como um povo caranguejo, só para ficar num exemplo. Há uma divisão/ confusão política totalmente diferente nesse mundo, que lembra uma época próxima aos idos do Século XX, por aí, com um atrito imenso de ordem política que opõe monarquistas, comunitistas (comunistas) e puristas. Há coalisões de Estados e hostilidades entre elas, advindas de guerras passadas que ainda não cicatrizaram. Há a fé Circulista se opondo ao Caotyl Selvagem numa inusitada coleção de palavras que se mostram inglesas e outras de pura influência inca/ asteca/ maia. Há organizações criminosas, guildas comerciais e confrarias sinistras que agem contra ou a favor do sistema.

Se você já estava confuso, relaxa e goza, porquê só dá para ir adiante se você se deixar levar. E por aí vamos conhecendo Oliver Brooks, um jovem cuja vida pregressa parece tê-lo jogado além das fronteiras de Chacália (sim, nome horrível, né!), dentro de Brumaencantada, onde mutações físicas e mentais afetam irreversivelmente aos seres humanos. Surpreendentemente, é resgatado depois de dois anos, ileso (pelo menos é nisso que ele quer que as pessoas acreditem), mas sem memória. Os cantores do mundo (também não sei o que são eles, talvez sejam magos), estão no pé do rapaz, querendo que ele se torne um Guardião, mas Oliver se recusa a usar uma coleira de Gideon (heim?), como o Capitão Faísca (ha ha ha..., não estou brincando, há um personagem com esse nome, mesmo!).

Começamos quando um atentado mata inúmeras pessoas no bordel onde Molly está sendo treinada para ser puta; o tio de Oliver, cujos negócios o sobrinho nunca soube direito o que eram, é também assassinado. Molly, desesperada e sem saber o que está acontecendo, tem então que correr por sua vida, e Oliver, cujas provas forjadas acusam-no injustamente, é resgatado por Harry Stave, um homem sinistro que foi muito amigo de seu tio. Molly tem que sumir dentro dos subterrâneos, auxiliada por um homem-vapor chamado Rodas Lentas, e Oliver passa a ser protegido pela organização secreta ilegal, da qual Harry faz parte, conhecida como Corte do Ar. Durante o livro todo, não entendi se a Corte é amiga ou inimiga, mas vamos lá... Basicamente há uma conspiração política correndo no submundo, onde o fanático Tzlayloc quer conseguir o poder para os igualitaristas. Essa ideologia amalucada mistura comunismo e fé exacerbada e as histórias de Molly e Oliver vão correndo em paralelo e só se juntam lá adiante, quando os dois personagens, de alguma forma, viram super-herois, reagindo ao vilão com poderes mentais ou pistolas etéreas que vieram não se sabe de onde.

E só então que notamos que o autor está nos contando uma boa história, com sua linguagem new weird, toda própria, que vai diminuindo gradativamente o estranhamento inicial (ou então, já estamos tão anestesiados que não ligamos mais...). Parece que ele queria que ficássemos realmente confusos, que esse era o sentido de toda aquela informação e nomes ruins desconexos. Sim, havia uma razão. Nesse momento, Stephen Hunt já nos tem na palma da mão, e estamos fugindo com Molly, após retirar a mocinha de sua zona de conforto (se é que se pode chamar assim sua sobrevivência patética sob as vicissitudes do sistema) e Oliver, que não se lembra de nada referente ao tempo em que passou além de Brumaencantada, mas que trouxe de lá poderes mentais assustadores (pode conversar com “fantasmas” e otras cositas más).

A história fica até mais absorvente no final, quando a guerra finalmente começa, mas a ambientação continua (para variar) bem ruim, devido ao excesso de elementos totalmente alheios à realidade que conhecemos. A fantasia, essencialmente, precisa de subsídios fantásticos para se fazer acontecer, mas esses elementos, quando em excesso, prejudicam a fluência da história e passam até a jogar contra a imersão do leitor. A fantasia de Hunt se faz às custas de muitas e muitas ideias que tem que ser explicadas e não são. Apenas intuímos as coisas e, portanto, não podemos “visualiza-las”. O excesso de estética compromete a história, deixando-a lenta e, às vezes, incompreensível.

É um tal de ter que parar para pensar o que Hunt está querendo dizer, ou se esforçar para somente adivinhar, que dá nos nervos. Frustração pura, e a frustração atrapalha a leitura. Você acha que as coisas vão melhorar lá pela página 100, mas então os neologismos e as esquisitices continuam pipocando aqui e ali, e Stephen Hunt, com a cabeça cheia da fumaça de seu cigarrinho de ervasussurrante, continua dificultando a leitura. E isso não muda nas páginas 200, 300 e 400... Veja só o que encontro na página 436, por exemplo:

“Os sacerdotes traçaram alguns sigilos no vidro de ativação e os uivos de Alpheus passaram a encher apenas a galaria subterrânea.”

Se você acha que eu, por ter lido o livro até o fim, sei o que é “sigilo” e “vidro de ativação”, está redondamente enganado. Essas coisas aparecem assim, do nada. É claro que, como com tudo mais até aqui, posso supor o que sejam esses termos. Tudo bem que expliquismo é ruim, mas, porra! Isso deveria vir então aos poucos, capítulo a capítulo; um pouquinho aqui, um tiquinho mais para adiante, mas não acontece nunca. Cá para mim, parece que o autor está tirando um grande sarro na cara do leitor. Temos um mundo totalmente novo, uma boa história e um estilo escroto de contá-la. Quem reclama do convencional, da mesmice e do pastiche, tem um prato cheio. Mas digamos que este leitor aqui começa a achar que um pouco mais de caretice funcionaria melhor. Altamente indicado se você curte mascar foolha ou é viciado em cafél.

site: www.meninadabahia.com.br
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