A Lâmina na Alma

A Lâmina na Alma Guy Gavriel Kay




Resenhas - Tigana


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Nickyzinhaa 23/10/2016

O nome da cidade que não pode ser falada
Tigana - AS lâmina da alma, primeiro livro de 2 volumes, escrita por Guy Gavriel Kay, trata-se de um livro com a temática de fantasia e história épica, trazendo em si um mundo novo, com suas próprias gírias, costumes, vestimentas e vários aspectos culturais, sendo a base um sistema absolutista monárquico, caracterizado por seu enredo envolver as guerras por conquistas de territórios.
Começa assim um livro maravilhoso, com uma linguagem de vai da forma culta a informal. Com enredo e desenvoltura deste de forma descritiva e bem elaborada, seus personagens são bem trabalhados e suas ações dão ainda mais uma dica sobre o seu caráter.
Devin é filho de um dono de fazenda em Asoli, com seus dois irmãos gêmeos, vivem tranquilamente, dotado de uma perfeita memória que possui seus lados positivos e negativos, descobre-se um cantor nato, consegue entrar em uma companhia, onde viajara por quase toda Península da Palma. Depois de anos nela, uma séries de acontecimentos o leva a se juntar ao Príncipe de Tigana, Alessan para recuperar sua cidade e nome esquecido, devido ao Tirano chamado Brandin, feiticeiro que ao perder seu filho mais novo e querido na batalha pela conquista de Tigana.
Sendo descoberto a verdade sobre onde nasceu, Devin vai entrar nessa resistência, sendo o caminho tortuoso, sendo constantemente pego por ações que vão faze-lo questionar sua moral e ética.
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JesuisCami 06/07/2016

Resenha: Tigana-A lamina na alma
Tigana era uma cidade onde existia um reino e muitas pessoas,tradições,cultura,música,lendas.. mas tudo é perdido por causa de um assassinato de um príncipe que queria tomar aquela cidade e seu pai tomado pela dor destrói a cidade e por ser mago lança um feitiço para que as pessoas que morassem lá não pudessem lembrar do nome da cidade além das pessoas de outros lugares não saberem de sua existência e isso gera uma revolta e luto muito grande nas pessoas tiganesas, aos poucos juntam-se e lembram daquela cidade e decidem retomar o nome para o povo e fazer com que todos lembrem deles.

Opinião:A história é muito bem construída, as vezes confusa pela quantidade de personagem mas depois que pega o enredo fica bem fácil de entender o que se passa,mostra o que é preciso para um povo ficar unido e mesmo com muita dor e luto continuarem sobrevivendo.
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Samuel Simões 22/03/2015

SURPREENDE demais! Muito bom!
Não esperava nada deste livro e me surpreendi demais!! Com uma história fascinante e rica em detalhes e personagens e brigas por poder e terras! Uma fantasia medieval a altura dos elogios que tem na capa! Um livro brilhante e o autor é incrível para nos conduzir por além de seu mundo com o príncipe Alessan! Vale demais a pena!! Leiam!!
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Albarus Andreos 22/12/2014

Confuso, para dizer o mínimo
Não posso me lembrar da última vez que tive de recomeçar a leitura de um livro, após já ter avançado consideravelmente (no caso, fui até a página oitenta), por não estar conseguindo absorver completamente a narrativa, seja por um estilo um tanto quanto confuso (e aí até credito a falha, parcialmente, à preparação do texto por parte da editora), seja por haver uma série de informações jogadas, de forma muito rápida e sem as conexões necessárias para torná-las mais palatáveis. E afirmo que jamais havia feito isso duas vezes, embora na terceira tentativa as coisas já se mostrassem mais fáceis de absorver (Deus é Pai!). Tigana: a Lâmina na Alma (Editora Saída de Emergência, 2013), vem da primeira leva de livros lançados pela SDE no Brasil, e exige um esforço de interpretação um pouco mais apurado, diferentemente do que está acostumado o leitor de fantasia mediano.

A história, basicamente, inicia-se com um flashback que marcaria profundamente a história nesse mundo fictício, batizado como península da Palma, baseado numa realidade com toques e nomes italianos e nas lutas das suas cidades estado, na idade média. Dito isso, temos que no local travou-se uma batalha sangrenta onde um rei invasor, detentor de conhecimentos místicos, massacrou os locais. Esse rei, Brandin, vindo do império de Ygrath, é inimigo de um outro soberano, Alberico, de Barbadior, e ambos estão subjugando a península, dividindo-a entre si, sob o peso de seus exércitos e sua magia. Bem, isso é o que nos conta o narrador, pois magia mesmo é difícil de encontrar nesse livro. Fico aqui raciocinando se deveria mesmo ser inserido no gênero fantasia, pois ela praticamente não aparece, nem seres fantásticos, nem espadas mágicas ou qualquer coisa do tipo, a não ser pelo fato de que Brandin apagou o nome de uma das províncias da Palma da memória das pessoas, após a morte de seu filho numa batalha.

Misturado a isso temos a introdução do personagem principal, Devin D’Asoli, um jovem fazendeiro com muito talento para a música; ele sai de sua terra, Asoli, no norte da península, e viaja o mundo com uma trupe de artistas. Nessa trupe conhece Catriana, uma linda cantora, um pouco inexperiente na arte, mas extrovertida e geniosa — e linda! Em Astibar, um Duque de nome Sandre, há muito deposto e exilado por Alberico, planeja sua própria morte, com o intuito de invocar o ódio de antigos nobres, inimigos seus, no esforço comum de expulsar ou matar Alberico, o“mal maior”. Esse plano passa pela colaboração de seu filho do meio, Tomasso, um homossexual que finge ser depravado e escandaloso, mas que na verdade é muito ciente de seus deveres e interpreta o papel de bicha louca apenas para que possa assim passar "despercebido", como ameaça aos inimigos.

Devin segue Catriana durante os ritos fúnebres para os quais foram contratados para cantar. Num aposento secreto no andar de cima da casa, ouvem uma conversa entre alguns membros da família Sandrini, em que se afirma que na vigília, que se realizará na parte da tarde, em uma cabana de caça na floresta, fatos importantes que envolvem essa revolta se concretizarão. Catriana, para “enrolar” Devin, transa com ele (!), com o intuito de que não preste atenção à discussão e assim possa continuar com os próprios planos secretos, junto com um grupo que conheceremos depois, na cabana (cara, muito forçado isso!).

A vigília é então realizada após o caixão ser levado para a tal cabana, Tomasso e seus familiares se reúnem lá, com os dois nobres convidados, inimigos de seu pai, e o contexto é revelado a eles, pois assim “planejou detalhadamente o pai”, pois estão às vésperas do Festival das Brasas, e Alberico não poderia impedir que os rituais fúnebres se realizassem e até permitiria que o corpo do antigo Duque voltasse a Astibar, para a visitação final dos seus antigos súditos.

Entendeu? Tudo isso acontece nas primeiras oitenta páginas, e com um rigor de detalhes que ainda inclui as divindades veneradas pelos habitantes da Palma, as bebidas que gostam, os locais que habitam e vários personagens secundários e suas ações, que nem me atrevo a incluir também nessa resenha, por simples questão de espaço. E, claro, como já citei, há certo despreparo com relação à preparação do texto (paradoxal, não é?), que falha em alguns momentos com a pontuação e exagera na prolixidade de algumas passagens. Aliás, as partes internas das capas trazem um mapa lindo da península. Ótimo, se não fosse o erro infantil de atribuírem erradamente o topônimo Barbadior, o império do leste, à capital da ilha de Chiara, que deveria ser Sangarios, como o próprio livro mostra num outro mapa interno. Ao invés de ajudar, o mapa atrapalha, e muito. Tenha dó, Editora!

Ficaria espantado ao saber que alguém chegou a esse ponto com uma só leitura, tendo entendido certinho, concatenado todos os fatos e reunido todas as pontas, sem qualquer problema. Você conseguiu? Uau. Parabéns! Sinto-me aqui uma besta quadrada, mas como quem está escrevendo a resenha sou eu (e você pode fazer a sua também, esmiuçando brilhantemente todos os fatos com sua perspicácia), vou é tentar explicitar do que estamos falando em Tigana, mas sob minha ótica, óbvio.

Que porra é essa de Sandre se matar para reunir os antigos inimigos na cabana de caça? Não tinha jeito mais fácil? Não dava para trocar mensagens usando o velho truque do espião disfarçado, ou informantes? Que planejamento é esse, afinal, que ele engendrou para reunir os dois nobres, sabendo que “um sexto integrante” estaria presente? Como sabia? Não se fala em magia ou premonição até aqui, na história, para corroborar essa possibilidade. Aliás, como Catriana sabia que os familiares de Sandre se reuniriam naquela determinada sala, onde tem um aposento secreto, naquele determinado horário? Como saberia que estariam lá, no exato dia?

Bem, com o decorrer da trama vemos que não é bem assim, mas há pessoas envolvidas que não poderiam ter concordado com coisa toda... O descarte de Tomasso, logo no início é um desperdício de bons personagens, sendo que Guy Gavriel Kay não pode se dar a esse luxo, como vemos no decorrer da trama. Chega a parecer que propor um personagem gay não passa de um mero afago ao público LGBT. E o incesto que avassala as existências de Dianora e do irmão, depois (ótimos personagens que acabam por ser introduzidos)? Para que serviu? O autor parece querer chocar e tirar o leitor de sua zona de conforto, mas não consegue incutir valor a esses argumentos. Na verdade, parece que falta planejamento. Planejamento ruim é a palavra de ordem aqui.

A obra, hora editada pela Saída de Emergência, traz um posfácio à edição brasileira que muito elucida esse certo “descontrole” que noto nas páginas de Tigana. Fiz questão de lê-lo antes e depois de terminada a leitura. Fica claro a intenção de fazer uma história com os contornos medievais italianos. Fica também clara a intenção de mostrar como certos “líderes” usam a prática de tentar “mudar a história” com gestos surpreendentes. O autor cita uma fotografia tirada na Tchecoslováquia, quando da Primavera de Praga, uma revolução massacrada pelo regime soviético, no ano de 1968. Ele cita uma fotografia, com dirigentes comunistas, que após a revolução tem um de seus retratados apagado da foto e substituído por uma planta (!), numa rudimentar manipulação fotográfica, numa época anterior ao advento do Photoshop. Apagar uma pessoa seria então um gesto maior que simplesmente matá-la. Essa prática de manipular fotografias era contudo muito utilizada por Stalin, em seu cruel regime que reduziu a União Soviética a um continente surreal no mundo. Fotos desse tipo há aos montes. Procure no Google para saber mais.

Num trecho anterior, o autor diz que antes de começar a escrever Tigana, a única imagem que tinha em mente era uma reunião realizada às escondidas, numa cabana de caça, no meio de uma floresta, que tinha uma pessoa a mais, do ponto de vista dos presentes, sentada numa janela. Exatamente a cena retratada no final daquelas oitenta páginas iniciais do livro. Ora, o livro todo foi escrito para arcabouçar essa cena? Sim, foi. Isso e mais a ideia central de que alguém (ou, no caso, um povo inteiro), pode ser apagado da história pela simples vontade de um tirano. O esforço do autor para tornar o livro um objeto coeso e único tropeça continuamente nas intermináveis reflexões dos personagens sobre a perda de identidade dos indivíduos que nasceram em Tigana, no expurgo de uma história, com o simples esquecimento de uma nome, ato da magia vingativa de Brandin. Por que raios o autor foi meter isso tudo numa obra de fantasia, fica no reino no insondável. A intenção pode ter sido boa, mas o ditado já dizia que “o inferno está cheio de boas intenções”.

A mim, parece, que Guy Gavriel Kay não alcançou os objetivos a que se propunha. Temos um livro amarrado, no sentido de que não deslancha, desamarrado, no sentido de ter muitas pontas soltas (que prometem ser elucidadas no próximo volume da série, parece), e personagens complexos demais, que acabam, por si só, retirando a história do foco e restringindo-a a si mesmos. Tigana é um livro de personagens, com uma temática absurdamente densa ao redor de si, com poucos diálogos e sem a desenvoltura da boa fantasia. Como disse antes, inserir a obra na literatura fantástica é estranho, parece até um descuido. Ficaria melhor como uma metáfora, mais a George Orwell, do que ocupando o lado esquerdo de obras como O Senhor dos Anéis, de Tolkien, ou A saga da Espada de Shannara, de Terry Brooks, essas sim, fantasias legítimas.

site: www.meninadabahia.com.br
Ana Vidal 25/05/2016minha estante
comecei a ler hj e estou odiando. leitura difícil e rebuscada. vc tem q pensar MUITO pra poder entender a estória. sorte q o livro me custou R$ 5,00 kkkkkkkkkkk




Carol 19/10/2014

Fantasia de qualidade
Emocionante e inteligente, o roteiro se desenvolve revelando fatos e personagens sem uma ordem linear e fazendo com que aos poucos o leitor junte o quebra-cabeça que forma o pano de fundo para a história. Uma ótima leitura.
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neo 09/09/2014

Eu me sinto até culpada ao dar uma estrela a esse livro. Certo, certo, não é exatamente culpada, já que acho sim que Tigana mereça essa nota, mas, talvez, um tanto errada. Praticamente todo mundo adorou ler Tigana (é só dar uma olhada no número de resenhas positivas e comparar com o de negativas, já que essas, aliás, quase não existem) e, bem, eu odiei. Talvez a culpa seja, em parte, minha; estou numa maré de azar para livros esse ano e Tigana meio que era a grande aposta de 2014, uma tentativa de elevar a qualidade das minhas leituras. Não funcionou. Tigana piorou tudo, sendo bem sincera.

Meu problema com esse livro começou com os personagens. Faz um bom tempo que não discordo tanto com as resenhas de sites que sigo quando se trata de personagens complexos em livros de fantasia, principalmente porque, para muitos, essa é justamente uma das melhores coisas sobre Tigana. Mas para mim os personagens apresentados e construídos (hm) pelo autor não poderiam ser mais unidimensionais e previsíveis nem se tentassem. Catriana é a básica garota ruiva com um temperamento ruim a quem o autor tentou dar um pouco de profundidade e originalidade (falhou miseravelmente, devo dizer) ao acrescentar um pouco sobre seu passado à história. Alessan é o típico príncipe exilado lutando para recuperar seu lar perdido, Alberico é o já manjado vilão egoísta e sem escrúpulos e Dianora é possivelmente a personagem mais sem sal (ou lógica) de todo o livro. E o protagonista é basicamente uma casca. Os únicos que apresentaram alguma possibilidade de serem bons foram Tomasso e Brandin, e mesmo esses dois não funcionaram para mim. E, devo dizer também, Devin possui a motivação mais fraca que já vi. Entendo Alessan e Baerd serem tão obcecados com recuperar o nome de Tigana porque eles presenciaram a coisa toda, eles sentiram a perda da pátria deles na pele. Devin (e Catriana, de certo modo) não passou pelo que eles passaram, e nada irá me convencer ("isso é uma questão de se identificar com seu lar, de conexão com o lugar" não cola comigo no caso do Devin, me desculpem) de que a lâmina na alma dele é justificável.

Pois bem, meu problema continuou com o modo com que o sexo foi tratado no livro. Não foi pela quantidade (eu sempre me senti meio de escanteio, já que li As Crônicas de Gelo e Fogo e em nenhum momento me senti afetada de modo negativo - ou positivo - pelo sexo presente na série, então, sério, não foi pela quantidade mesmo), mas sim pelo modo. Nunca vi um jeito tão piegas e melodramático de descrever sexo e juro que nunca revirei tanto os olhos enquanto lia cenas desse tipo. Cheguei ao ponto de literalmente pular parágrafos para me salvar um pouco das descrições absurdas usadas pelo autor, e isso é algo que realmente abomino fazer. Mas foi necessário para manter minha sanidade.

Em um debate vi certa vez alguém dizer que o sexo era descrito desse modo por causa do elemento latino na narrativa (para quem não sabe a Palma é inspirada na Itália) e isso me deixou com uma pulga atrás da orelha. Isso não é, afinal, o estereótipo de que latinos = sexo sendo perpetuado? Nós somos latinos, obviamente, então paremos um momento para refletir se isso é realmente tudo o que queremos que seja relacionado a nós em livros, filmes e outros meios de narração de história. Sério.

Outra coisa que me incomodou bastante foi o modo com que as mulheres foram representadas. Super apoio mulheres como seres sexuais e etc, etc, etc, mas os motivos para mulher na cena + homem na cena = sexo nesse livro me pareceram meio bizarras. (Pequeno spoiler!) Catriana tem sua primeira vez com um cara que ela mal conhecia dentro de uma espécie de armário para tentar impedi-lo de ouvir uma conversa (!!!!!), Dianora passa anos e anos sem matar o cara que arruinou sua vida porque ele é bom de cama (não, isso não é amor, minha gente) e praticamente todas as mulheres do livro são sexualizadas de algum modo. Eu não teria problema nenhum com isso se não fosse algo tão na cara feito para que os homens somente (é meio difícil ser uma garota e ler fantasia de vez em quando, já que boa parte dos autores parece se esquecer de que nós existimos). Não é a mulher ser sexual por ela mesma, é ela ser sexual porque os homens gostam e hashtag eu não estou aqui pra isso.

Por último, o livro não tem clímax. Sim, eu sei que a obra original foi dividida em dois volumes aqui no Brasil, mas Tigana - A Lâmina na Alma continua sem clímax do mesmo jeito. Foi um erro da editora, obviamente, mas no momento em que um livro é publicado ele está sujeito a receber críticas relacionadas ao conteúdo que chega ao leitor. E o conteúdo que chegou até mim não tem nem rastro de clímax, infelizmente.

Em conclusão, sim eu odiei praticamente todos os aspectos de Tigana. Não, vou, porém, chegar ao ponto de dizer que ninguém deve ler esse livro, já que muitas (e quando digo muitas realmente enfatizo o muitas) pessoas adoraram a história, então quem sabe você que está lendo essa resenha agora não goste também. Ou seja, é sempre uma boa ideia ler para ter sua própria opinião.

site: http://lynxvlaurent.blogspot.com.br/
Jaqueline 16/08/2021minha estante
Concordo




Priscila 17/08/2014

Um misto de fantasia e História
Tigana é um livro bem elaborado, com muitos personagens, vidas que se entrelaçam e mundos que você aprende a gostar. Uma história rica em detalhes em informações necessárias para o esclarecimentos, às vezes um pouco cansativa, mas realmente incrível, quando analisada de forma mais profunda.

Terminei de ler Tigana e com o final quis ler o primeiro capítulo oferecido ao final do livro, mas detesto ler uma parte do livro e não ter o restante para acabar, então como sempre leio os agradecimentos ao final do livro resolvi ler o posfácio escrito pelo autor.

Ao meu ver Tigana era mais uma incrível história de fantasia com expectativas demais causadas por comentários que eu diria desnecessários, afinal ou um autor se faz por sua escrita ou o livro não vinga, independente se compararam ele ao autor mais aclamado do século, mas esse posfácio me fez gostar mais ainda da história e realmente entender o que o autor queria, ele desejou ao escrever que enxergássemos História, a que conhecemos a fundo ou não.

Achei brilhante o que Guy Gavriel Kay quis fazer e mostrar ao mundo, tantos países (mundos) foram liquidificados, tantas vidas perdidas, tantas dores e com o passar dos anos se não sobrarem relatos e se não houverem histórias que mostrem ao mundo os mundos perdidos, em breve as Tiganas do mundo real serão esquecidas com aqueles que um dia sobreviveram há uma terra congelante e foram libertos cinquenta anos após suas ruínas, já velhos, já prestes a levar consigo o que o mundo precisa ouvir: TIGANA!

Escrita originalmente: 10-03-14
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Nana 28/07/2014

“Tigana conta uma história poética e poderosa sobre a força da política e da religião,o custo do sangue e o preço do amor.”

Tigana é um livro fantástico que surpreende o leitor com seus mitos e magias. O livro relata a história de um país, chamado Tigana, que foi oprimido e amaldiçoado pelos seus conquistadores, mas a sua nação nunca perdeu a esperança de um dia poder ouvir o nome de sua terra natal.
Tudo começa na península de Palma, onde nos deparamos com o primeiro personagem. Devin é um jovem músico da Baixa Corte, que decide sair da vida no campo e se juntar a uma trupe de músicos andarilhos para mudar de vida.
No meio do caminho Devin conhece Alessan e Catriana, que se juntaram a trupe, mas mal sabe esse jovem que sua vida se transforma com a vinda desses dois músicos.
Alessan é o último Príncipe da antiga nação Tigana e se junta a Baerd para recuperar o que sobrou de seu país e libertar seu povo.
O Príncipe Alessan é o nosso herói de toda essa história, nunca vi um personagem que não tem medo de se arriscar tanto para ver seu povo livre. Alessan tem um amor imensurável pela música e é muito fiel aos seus amigos, porém não é tão cativante como os personagens secundários. Mas quem não se fecharia vendo seu país sendo destruído sem compaixão?
E por outro lado, o leitor será apresentado ao mundo da magia com dois grandes personagens que através desse poder governam os territórios da Palma: Brandin e Albérico.
Uma das coisas mais intrigantes desse livro foi me deparar com um vilão amoroso. Brandin tem uma capacidade de amar incontestável e não tem como você não se apaixonar por esse personagem. Já Albérico, o que falar dele? É um verdadeiro tirano, que ordena execuções sem arrependimentos.
O que o autor, Guy Gavriel, fez ao criar esses personagens é algo fantástico, como diz o editor no começo do livro “a grande força desta obra é precisamente a ambiguidade moral dos seus personagens”, pois o que se percebe é uma inversão de papéis entre heróis e vilões, sendo que tanto Brandin pode ser considerado vítima, como Alessan um monstro que faz qualquer sacrifício para alcançar o que deseja.
Tigana é uma obra extremamente complexa, no qual Guy Gavriel, considerado um herdeiro de Tolkien, constrói um mundo em cima de uma Itália medieval, com personagens marcantes e uma escrita extremamente detalhada, com suas religiões, seus costumes e lendas.
Aviso desde logo que não aconselho a todos os leitores lerem essa obra, pois por ser rica em detalhes você acaba se perdendo em alguns momentos, portanto indico Tigana para os amantes de fantasia.
Ademais quero parabenizar a Saída de Emergência pelo excelente trabalho, uma tradução incrível, uma diagramação impecável com folhas amareladas para dar certo conforto ao leitor e os mapas que encontramos ao longo do livro ficaram impecáveis.
Uma curiosidade sobre Tigana é que em sua versão original ele é em único volume, mas que foi dividido em duas partes, a primeira denominada “A lâmina na alma” e a segunda com o nome “A voz da Vingança” na tradução portuguesa, acredito que para facilitar na leitura.

RESENHA: http://fomevontadeler.blogspot.com.br/

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Anderson Tiago 22/06/2014

[RESENHA] Tigana: A Lâmina na Alma - Guy Gavriel Kay
É inegável afirmar, como já fiz várias vezes, que a literatura fantástica atravessa o seu melhor momento no Brasil. Um dos fatores que nos permite afirmar isso é, além do surgimento de novos autores, o fato de clássicos do estilo, antes inéditos por aqui, estarem sendo lançados em nosso país. Tigana, do autor canadense Guy Gavriel Kay, é um desses clássicos. Lançado originalmente em 1990, o livro foi indicado para o Aurora Award e o World Fantasy Award como melhor lançamento de fantasia, ganhando o primeiro. No Brasil, Tigana foi dividido em dois volumes: Tigana - A Lâmina na Alma e Tigana - A Voz da Vingança.

Kay iniciou sua carreira literária como assistente de Christopher Tolkien, filho de J.R.R. Tolkien, e trabalhou na organização de O Silmarillion. O próprio autor afirma que muito do que aprendeu sobre escrita e editoração vem dessa experiência e que todo autor de fantasia precisa ter um pouco de Tolkien. Uma das características inerentes ao trabalho de Kay é a criação de mundos fictícios inspirados em regiões do nosso mundo real. Em Tigana, a Península da Palma, onde toda a ação se desenrola, é a nossa Itália medieval. Todos os nomes remetem ao idioma italiano, tanto na escrita como na pronúncia: Chiara, Asoli, Tregea, Senzio, etc.


A história segue a trajetória de, principalmente, Devin d'Asoli e Dianora di Certando, no entanto os personagens secundários (alguns nem tão secundários assim) são muito bem explorados e aprofundados. Devin é um músico e sempre se sentiu deslocado no mundo. Isso tudo muda quando ele conhece Alessan, príncipe de uma nação esquecida, apagada da existência. Dianora, por sua vez, está confusa e dividida, entre o seu passado, sua missão em disputa com o amor não desejado. Os conflitos internos dos personagens, principais e secundários, são muito bem desenvolvidos. Se a motivação externa de algum deles pode parecer pouco convincente, suas ações são verossimilhantes, contudo, já que o desenvolvimento do enredo ocorre do ponto de vista interno dos personagens (de dentro para fora) refletindo em suas ações externas.

Tigana é uma história sobre memória, a perda dela e a luta pela sua recuperação. Quando o feiticeiro Brandin de Ygrath resolveu invadir a província de Tigana como parte de sua empreitada conquistadora da Península da Palma, seu filho Stevan foi morto pelo princípe Valentim di Tigana. Louco pelo ódio, Brandin não apenas destruiu Tigana, mas a amaldiçoou. A província foi apagada da memória, seu nome não podia ser dito, compreendido ou lembrado, por aqueles que não fossem nascidos em Tigana. Alessan, filho mais novo de Valentim, busca resgatar a glória perdida de sua província e não medirá esforços para ser bem sucedido, mesmo que isso signifique sacrificar vidas inocentes. Enquanto isso, Brandin encontra o amor nos braços de Dianora. O mocinho capaz de cometer atos de crueldade e o vilão que age por amor, algo tão comum atualmente na fantasia moderna, mas que, na época de seu lançamento, não eram tão comuns, transformam Tigana em um marco na literatura fantástica.

A única crítica negativa está relacionada à opção de dividir o livro em dois. É aceitável que tais atitudes sejam tomadas para atrair o grande público para o estilo, principalmente o público que não leria um calhamaço de mais de 700 páginas, mas o livro termina de forma abrupta e te deixa com a sensação de algo incompleto. A boa notícia, porém, é que a segunda parte, A Voz da Vingança, deve sair ainda esse semestre. Resta torcer para que outras obras do autor sejam lançadas no Brasil, e assim podermos acompanhar a sua evolução como autor.

Resenha assinada por mim para o site INtocados

site: http://intocados.com.br/index.php/literatura/resenhas/194-resenha-tigana-a-lamina-na-alma-guy-gavriel-kay
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ste 18/06/2014

Nessa resenha, farei diferente: começarei falando da parte gráfica do livro.

Logo no início é possível notar toda a dedicação que a equipe da Saída de Emergência teve: capa linda, mapas detalhados de todos os povos, tradução perfeita... aquelas coisas que eu costumo reclamar, sabe?

Achei que eu leria esse livro super rápido, porque a sinopse já tinha me ganho e some a isso o fato de que, como disse, a arte não deixou a desejar. Fui logo criando expectativas...

... O problema é que quando há expectativas, há decepções.

Grande parte do livro foi muito maçante, talvez pela linguagem a qual não estou acostumada ou pela falta de acontecimentos que "agitassem" o livro - sei que não é iogurte para ser agitado, mas vocês entenderam.

A história em si foi realmente uma ideia boa, talvez se fosse uma distopia, sabe? Algo mais futurístico, eu teria devorado, mas tenho grandes problemas com coisas mais "clássicas', podem me julgar.

Entre os personagens há um grande contraste: algum que eu poderia até dizer que não tiveram nenhuma influência significante na narrativa foram muito trabalhados e outros que deveríamos, que queremos saber mais, foram muito superficiais.

Tive que realizar a chamada "leitura dinâmica", pulando várias parágrafos e até páginas inteiras.

O ideal do livro foi bom, quer dizer: um povo inteiro que simplesmente some do mapa, que é apagado da mente das pessoas que lá não nasceram, que nem sequer são capazes de ouvir Tigana? Realmente chama muita atenção.

Você tem paciência para um vocabulário mais clássicos e páginas e páginas do mais puro nada? Leia.

site: http://devaneiosestrelares.blogspot.com.br/2014/06/resenha-20-tigana-lamina-na-alma-guy.html
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Lina DC 18/05/2014

Tigana foi lançado como um livro único, mas aqui no Brasil foi dividido em dois volumes: "Tigana - A lâmina na alma" e "Tigana - A voz da vingança". Então o leitor não se surpreende muito ao saber que o final de "A lâmina na alma" o livro termina de forma um pouco abrupta.
Narrado em terceira pessoa, o início do livro (até mais ou menos a página 100, 110) é um pouco arrastado. Talvez pelo enorme número de nomes diferentes apresentados que acabam confundindo um pouco. A história tem início quando dois poderosos governantes, que são feiticeiros perdem pessoas que amam em meio a busca pela expansão das terras. A história tem um toque de Europa Medieval, com comerciantes de vinhos por exemplo. A Península de Palma é basicamente dividida em províncias do leste e províncias do oeste, onde Brandin e Alberico governam. Como é de se esperar, as consequências de uma guerra acabam prejudicando o povo, nesse caso, mais precisamente a província de Tigana.
Cabe ao príncipe de Tigana, Alessan bar Valentin, tentar recuperar a província, mas existe um detalhe: ele não possui magia. Então como derrotar dois magos sem ter poderes? É aí que entra vários outros personagens que vão adicionando "algo" na história. São tantos personagens, como o grupo de músicos, que fica difícil descrevê-los individualmente. O livro é dividido em partes, e cada parte foca um pouco mais em determinado personagem.

"Aquilo durou desde aquela primeira noite por toda a primavera, e durante o começo do verão. O pecado dos deuses, como era chamado o que fizeram". (p. 239)


Não existe personagem inteiramente bom ou inteiramente ruim no livro. Eles são movidos por sentimentos e são falhos, como todo ser humano. São essas nuances de suas personalidades que permitem que nos identifiquemos com eles.
O livro inteiro é muito interessante e traz ao leitor não apenas uma guerra mágica ou disputa de terras, mas também permite refletir sobre causas e consequências dos nossos atos, ou o motivo de pessoas boas tomarem decisões ruins.
Um livro fantástico e uma leitura indispensável para os fãs do gênero.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um trabalho incrível. Na parte interna da capa e contracapa temos um mapa muito colorido e que passa a impressão de antigo para acompanharmos melhor a história. A capa é simplesmente linda e atraí instantaneamente a atenção.


"Não tinha certeza de haver conseguido formar a palavra ou se tinha apenas pensado nela, mas foi então que uma escuridão mais envolvente que jamais conhecera cobriu-o, como um cobertor ou uma manta, e a diferença entre o dito e o não dito não mais importava". (p. 159)


site: http://www.viajenaleitura.com.br/
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Leitora Viciada 09/05/2014

Tigana foi dividido em dois livros ao ser publicado no Brasil: Volume 1, A Lâmina na Alma e volume 2, A Voz da Vingança. Pesquisei sobre o autor canadense e descobri que originalmente o livro é na verdade um volume único. Esta resenha, portanto, é referente à A Lâmina na Alma.
O lado positivo de Tigana estar em dois volumes é que temos duas capas lindas. Mas acho que eu preferiria um volume só, pois o livro termina de forma abrupta. Fiquei com a impressão de não ser um final. Depois da descoberta vejo agora como um corte e talvez outros leitores tenham essa mesma ideia. Concluo que só poderei ter uma opinião sobre Tigana após ler a obra completa, visto que não é uma série, e sim um livro.

A capa é bela, assim como o trabalho de toda a equipe da Saída de Emergência Brasil, editora que já conquistou o meu coração com Tigana e Mago. Estou muito impressionada com todo o material até agora apresentado. O cenário ao fundo é o que se destaca para mim, após terminar a leitura e observar a imagem. A cidade nela representada é tão próxima das descrições do autor, Descrições que marcaram minha imaginação.
A série é apresentada ao público brasileiro como "um épico sublime que mudou para sempre as fronteiras da fantasia." Concordo, porque é uma obra publicada em 1990 e após esse marco, o autor concretizou na elaboração de histórias fantásticas certas características. Estas, que incluem uma demonstração mais realista das personagens, se foram sendo utilizadas com maior frequência posteriormente.
As personagens de Guy Gavriel Kay seguem seus instintos, se entregam às paixões, à luxúria e possuem suas próprias convicções. Não podem ser catalogadas criteriosamente como "heróis" ou "vilões"; não podem ser julgadas com facilidade pelo leitor, pois são personagens complexas. E mesmo quando avaliadas pelos leitores, cada um terá sua própria visão.
O autor mantem o clima de magia naturalmente, através de um mundo com feiticeiros, mitologia exclusiva e uma história completa e convincente. Este mundo é totalmente crível e bem-elaborado. A política, a geopolítica, as crenças e tradições - todos os fatores necessários para um épico perfeito estão presentes na apresentação de Tigana. As intrigas e reviravoltas também fazem parte.

O começo do livro foi um pouco confuso para mim e a história efetivamente só fez sentido definido após a leitura de um terço dele. Agora compreendo: O fato do volume único ter sido dividido no Brasil.
Em compensação eu embalei na leitura, construí minha visão e me apeguei à trama. Foi como uma explosão de descobertas. Eu ligava cada vez mais os fatos e me encantei com A Lâmina na Alma. Foi extremamente satisfatório ter insistido na leitura.

Para ler toda a resenha acesse o Leitora Viciada.
Faço isso para me proteger de plágios, pois lá o texto não pode ser copiado devido a proteção no script. Obrigada pela compreensão.

site: http://www.leitoraviciada.com/2014/05/tigana-volume-1-lamina-na-alma-de-guy.html
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cotonho72 29/04/2014

Excelente!!!
Nesse excelente livro de fantasia a trama ocorre na Península de Palma, inspirada numa Itália medieval onde são comercializados vinhos, cereais e especiarias por terra e mar, que era governada por dois poderosos feiticeiros.
Alberico de Barbadior é governante e tirano das províncias do oeste (Astibar, Tregea, Ferraut e Certando). Ele exilou o antigo governante da cidade de Astibar, o Duque Sandre d’Astibar, que acabara de falecer e teve seu último pedido concedido por Alberico, passar uma noite e um dia na cidade que ele governara, onde iria ocorrer o tão esperado Festival das Vinhas.
Brandin de Ygrath era o governante e tirano das províncias do leste (Chiara, Asoli, Corte e Baixa Corte). Na luta pelo domínio das províncias com Alberico mandara seu filho Stevan de Ygrath para lutar na província de Tigana (Baixa Corte hoje), mas esse fora morto pelo Príncipe Valentin e com isso a sua ira se ascendeu de tal maneira que ele os aniquilou e esmagou sem misericórdia. Com sua poderosa magia ele apagou o nome da província definitivamente das mentes de cada homem e mulher que não tivessem nascido naquela cidade, ele fez com que todos os que estavam vivos não pudessem ouvir e se lembrar do nome daquela terra.
Ambos feiticeiros ainda lutam pelo domínio da total da Península e disputam o único território não ocupado, a decadente Senzio, mas a conquista não será fácil, pois um pequeno grupo de sobreviventes lutará contra esses dois tiranos.
Ainda temos como protagonistas dessa trama um grupo de músicos que se apresenta em diversos lugares e que viajam por toda a península em busca de aliados para tentar recuperar a sua nação. Devin d’Asoli bar Garin um jovem de 19 anos, estatura baixa e rosto pálido de criança, era tenor e cantava na companhia de Menico di Ferraut. Catriana d’Astibar, uma bela jovem de gênio difícil também é cantora, e o misterioso Alessan di Tregea (Alessan bar Valentin, príncipe de Tigana) tocava flauta de pastor de Tregea, e irá liderar esse grupo.
O autor Guy Gavriel Kay nos presenteia com um fantástico livro, pois possui uma narrativa impressionante, cheia de surpresas e reviravoltas, que envolve a busca pela liberdade de um povo e resgate de um nome. Outros personagens incríveis e importantes aparecem, tais como Baerd, um homem forte e muito corajoso que carrega muitas feridas e Dianora uma mulher sofrida que esconde muitos segredos, ambos enriquecem essa bela obra.
Assuntos como religião, amizade, honra, política, amor e ódio são fortes nessa incrível aventura cheia de magia, batalhas incríveis e sanguinárias e claro um grande romance, um prato cheio para os apreciadores da literatura fantástica.

site: devoradordeletras.blogspot.com.br
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