A Lâmina na Alma

A Lâmina na Alma Guy Gavriel Kay




Resenhas - Tigana


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Lucas 17/02/2014

Polêmico é uma palavra que poderia definir a obra de Guy Gavriel Kay – um livro que te conquista aos poucos. Mas calma isso passa longe de ser uma critica desconstrutiva da obra, a suposta confusão no inicio do livro é apenas um pontapé para as descobertas que surgem adiante.

Um grupo amistoso liderado pelo Príncipe Alessan tem como objetivo destronar dois grandes poderosos reis que governa o continente e libertar seu povo de um feitiço - o nome de sua terra não pode ser pronunciado ou se quer lembrado. Até aqui já temos uma poderosa história, mas Tigana guarda muito mais que isso.

O que dizer dos personagens criados pelo o autor? Emblemáticos e do tipo que as aparências enganam. Tanto homens quanto mulheres estão em conflitos com sua própria personalidade e claro com a dos outros também. Alessan faz o gênero astuto e que não se importa com o que deva fazer para atingir seus fins, talvez, até se importa, mas não deixa se abalar por isso. Catriana é exuberante e exala sensualidade, não aceita ser subjugada por ninguém.

Baerd é corajoso e inteligente, mas por debaixo de toda bravura também esconde suas feridas. Devin, sem dúvidas é o grande trunfo da estória, é ousado e uma metamorfose ambulante. Não por ser volúvel, mas por está em constante aprendizado. Dianora é uma mulher cheia de segredos e determinação, que aos poucos vai ganhando confiança do leitor.

São tantos personagens e cada um de suma importância na história que é impossível falar sobre todos, mas deixo aqueles que neste primeiro livro ganharam mais destaque. Personagens bons pedem cenários excelentes e Kay nos oferece: características que se viajássemos no tempo para a península itálica, identificaríamos facilmente os locais retratados no livro.

Confesso que fiquei com muito medo de me decepcionar com o livro, porque ele vinha com uma promessa incrível de que era marcar minha vida para sempre. Posso dizer que ele acaba de cumprir essa promessa e se me perguntarem uma dica de literatura épica, prontamente responderei Tigana.
O livro traz tudo que uma literatura épica precisa: magia, honra, conspirações, tavernas, lealdade, aventura, paixão, amizade e neste caso acompanhado de um bom vinho azul.

Não posso finalizar esta resenha antes de dizer que a Editora Saída de Emergência caprichou mais uma vez em um de seus livros publicados aqui no Brasil, temos um mapa bem elaborado e colorido dentro do livro. E isso só afirma minha ideia de que todo livro que tem mapa é bom.

Que venha o próximo livro que pelo visto guarda boas doses de surpresas e aventuras.
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Gabriel.Oliveira 13/02/2023

Tem potencial
Gostei da primeira metade de Tigana.

Achei interessante a história girar em torno de um lugar amaldiçoado com o esquecimento e da luta de seus filhos pela preservação da memória. No posfácio o autor comenta que no mundo real é comum que forças dominadoras se esforcem para conter, ou até mesmo destruir, outras culturas. O livro fala sobre isso, só que num ambiente fantástico. Interessante, né?

O livro tem inspiração na antguidade ali da Itália, o que achei refrescante e bacana.

Dá pra dizer que gosto da maioria dos personagens, mas alguns são melhores (no sentido de mais legais) que outros de uma maneira mais díspar do que o ideal. Além disso, algumas decisões tomadas pelo pessoal são meio difíceis de engolir, principalmente a vontade esmagadora que os jovens, que nem se lembrar da vida em Tigana, têm de recuperar a glória de seu lugar de origem.

As cenas de ação são bem poucas, creio que caberia mais adrenalina na história. Mas dá pra levar tranquilo com o andar dos acontecimentos. Talvez seja falta de cabeça minha, mas também senti falta de explicações mais detalhadas. As coisas ficam muito no ar e não é difícil perder o fio da meada, ainda mais quando o outro núcleo é apresentado.

Tenho a impressão de que a segunda metade tem pouco espaço para toda a história se resolver, mas tenho vontade de seguir na leitura.
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ViagensdePapel 08/08/2017

Um livro que foi lançado em 1990 e 24 anos depois continua bastante atual. É assim que defino Tigana, a narrativa épica escrita pelo canadense Guy Gavriel Kay. Nesta primeira parte – A lâmina na alma – somos apresentados a um mundo bem diferente do nosso e a personagens bastante singulares. Tigana é uma nação oprimida por conquistadores que, por vingança, tiraram o direito do povo de saber o nome de sua própria terra. Com o intuito de recuperar a identidade perdida e destronar os tiranos que governam a Península da Palma, o príncipe de Tigana, Alessan, reúne um pequeno grupo e segue em busca de liberdade.

O começo da história é bastante confuso. São diversos nomes, tanto de personagens, quanto de locais, que confundem o leitor. Porém, ao decorrer da história, vamos conhecendo um a um e descobrindo a importância de cada um para a trama. Ali, todos têm a sua importância. Narrado em terceira pessoa, o livro não foca apenas em um núcleo de personagens. Somos agraciados com diferentes pontos de vistas, o que ajuda na compreensão da narrativa. Essa primeira parte funciona como uma introdução. Em A lâmina da alma nós descobrimos quem são e porque são importantes os personagens da história, assim como vamos descobrindo o que aconteceu com a terra que teve seu nome banido. Conhecemos Alessan, o misterioso príncipe de Tigana e líder do grupo que está em busca de liberdade; Baerd, braço direito de Alessan e de lealdade admirável; Catriana, a linda ruiva de personalidade forte; Dianora, que teve que renunciar a muitas coisas para ter sua terra de volta; entre tantos outros.

Para mim, o personagem mais importante da trama é Devin. Devin é um jovem que não tinha muitas preocupações na vida. Era sócio em um grupo itinerante, com quem cantava em diversos eventos ao redor da Península da Palma. Entretanto, de uma hora para outra, descobre que sua terra é Tigana e envolve-se com a missão de Alessan. O personagem gera uma identificação muito grande, porque, assim como nós, vai descobrindo sua origem aos poucos e desvendando os integrantes de sua equipe junto conosco. Além disso, o crescimento do personagem ao decorrer da trama é bastante notável. Conforme vai compreendendo seu povo e história, Devin vai amadurecendo e passando de jovem a adulto.



Leia a continuação da resenha, acesse o link abaixo:

site: http://www.viagensdepapel.com/2014/02/18/resenha-tigana-a-lamina-na-alma-tigana-1-de-guy-gavriel-kay/
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Cath´s 21/03/2014

Resenha Tigana.
As primeiras 100 páginas de Tigana podem te deixar confuso (e devem), pois é como se fosse a introdução que a história precisa, mais depois, é uau, a cada página você tem um novo desenrolar para deixar sua cara no chão.
Eu me peguei pensando em como fazer essa resenha sem fornecer spoiler, já que o livro começa num mistério que você vai desvendando pedaços até o final dele, que dai vem o capitulo do próximo livro que chega com mais surpresas.
Imagine uma nação que tem dois tiranos (que obviamente não gostam um do outro), um é o Brandin e o outro o Barbadior.
Mas vamos começar pelo inicio, o livro começa 18 anos antes em um batalha que sela o destino de Tigana (eu não direi o que acontece, para não perder a graça), depois vocês vão conhecer personagens que vão te acompanhar durante o livro: Alessan, Devin, Baerd, Sandre e Catriana.
Devin, Catriana e Alessan fazem parte de um grupo de músicos da companhia do Menico, só que durante os ritos da morte de Sandre se descobre que Catriana e Alessan não são somente isso.
E a parte um é para você conhecer a história desses personagens e da busca que eles irão enfrentar para recuperar sua liberdade.
Na parte dois você conhece Dianora (que eu adorei) e no final dessa parte você descobre que ela tem relação com o outro grupo anterior, mas também serve para entender que mesmo a vingança pode ter obstáculos e que Brandin teve os motivos dele para fazer o que fez e que dentro desse limite não é uma má pessoa.

No posfácio exclusivo para essa edição o autor fala que tentou demonstrar a tirania, o nunca existir, segredos, dissimulação e lealdade. E eu digo que ele conseguiu isso, os heróis não são só heróis, dependendo do ponto de vista eles podem muito bem ser os vilões, e o tirano Brandin não é só tirano, é um pai que perdeu o filho e até hoje não superou a magoa.
O autor joga com itens que temos e tivemos no nosso mundo, só que em um ambiente de ficção. Eu adorei isso de não serem separados em heróis e vilões, pois é assim que os humanos são, inconstantes.
A história é muito bem feita, sem deixar rastros. Você tem surpresas e reviravoltas o tempo todo e quando chega ao final fica a vontade de ler logo a continuação, pois aqui no Brasil a Editora dividiu em dois livros. Então você vai para o capitulo do próximo livro e só fica mais curioso ainda.
Os personagens são bem feitos, cada um com seu jeito, gostei muito da Catriana, da Diadora, do Baerd e do Brandin.
Eu adorei o livro e estou me roendo porque quero o final, ainda mais agora que sei que vai ter mais uma surpresa durante a última parte.
Quanto a arte da editora novamente ela vem com os mapas da nação no livro, com todo um cuidado e cores fantásticas na combinação, e a capa também, a arte é muito linda como vocês mesmos podem ver.
Então fica aqui meu dizer: vá descobrir o que é Tigana.

Classificação: 05/05.

"Não existem caminhos errados. Apenas caminhos que você não sabia que teria de percorrer."

"Forçou um sorriso. Ela estava ali há muito tempo; era boa em dissimular, em sorrir, quando preciso. Mesmo para Scelto, a quem odiava enganar. E especialmente para Brandin, a quem precisava enganar, ou morreria."

site: http://www.some-fantastic-books.com/2014/02/resenha-tigana.html
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Raniere 14/03/2014

“Tigana” é um livro sobre identidade, magia, vingança, redenção, amor, fidelidade. Enfim, é um livro extenso. É um enredo extenso. E é um livro maravilhoso!

No começo do livro, o Gavriel nos faz ficar, propositalmente, confusos, sem entender algumas coisas, até que, em certo ponto do livro (não demora muito) a compreensão nos atinge com força, muita força. Quando esta me atingiu, eu pensei “QUE COISA GENIAL!”. Acredite, seu pensamento será algo semelhante.

Vou falar um pouco sobre a história, sem dar spoilers (prometo!): dois magos, os tiranos Alberico e Brandin, resolvem dominar toda a Península de Palma e travam uma guerra entre si. Brandin queria dar o trono para seu filho Stevan e, em uma guerra contra a península de Tigana, Brandin manda seu filho comandar a tropa, para ensiná-lo sobre o comando. Porém, seu filho é morto nesta batalha. Brandin, cego de raiva e sedento por vingança, vai para Tigana, chacina quase todos os homens, mulheres e crianças da cidade (alguns conseguem fugir) e lançam uma maldição contra Tigana: o nome da cidade, a cultura, etc., tudo é esquecido pelo mundo, e ninguém, além dos tiganeses sobreviventes, pode falar ou ouvir o nome Tigana. Neste retorno de Brandin para Tigana, Alberico domina a maior parte da província de Palma, e o poder dos dois grandes magos são como dois pesos em uma balança: se um morrer, o outro se torna ainda mais poderoso e controlará toda a província! Dentre os sobreviventes tiganeses, estão o Príncipe de Tigana, Alessan, que comanda os seus compatriotas Baerd, Catriana e Devin para resgatar a cidade natal deles.

Gavriel nos dá uma história magnífica, complexa e sedutora, onde as cenas de violência e sexo são descritas detalhada e perfeitamente. Nos faz ansiar pela continuação (eu estou esperando ansioso por ela). É IMPOSSÍVEL não ver a influência de Tolkien em “Tigana”. É um livro que eu recomendo para todos os fãs de épicos de fantasia. Esta leitura não é apenas recomendável, ela é OBRIGATÓRIA!


site: https://www.facebook.com/EncontrosLiterariosRJ
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Nana 28/07/2014

“Tigana conta uma história poética e poderosa sobre a força da política e da religião,o custo do sangue e o preço do amor.”

Tigana é um livro fantástico que surpreende o leitor com seus mitos e magias. O livro relata a história de um país, chamado Tigana, que foi oprimido e amaldiçoado pelos seus conquistadores, mas a sua nação nunca perdeu a esperança de um dia poder ouvir o nome de sua terra natal.
Tudo começa na península de Palma, onde nos deparamos com o primeiro personagem. Devin é um jovem músico da Baixa Corte, que decide sair da vida no campo e se juntar a uma trupe de músicos andarilhos para mudar de vida.
No meio do caminho Devin conhece Alessan e Catriana, que se juntaram a trupe, mas mal sabe esse jovem que sua vida se transforma com a vinda desses dois músicos.
Alessan é o último Príncipe da antiga nação Tigana e se junta a Baerd para recuperar o que sobrou de seu país e libertar seu povo.
O Príncipe Alessan é o nosso herói de toda essa história, nunca vi um personagem que não tem medo de se arriscar tanto para ver seu povo livre. Alessan tem um amor imensurável pela música e é muito fiel aos seus amigos, porém não é tão cativante como os personagens secundários. Mas quem não se fecharia vendo seu país sendo destruído sem compaixão?
E por outro lado, o leitor será apresentado ao mundo da magia com dois grandes personagens que através desse poder governam os territórios da Palma: Brandin e Albérico.
Uma das coisas mais intrigantes desse livro foi me deparar com um vilão amoroso. Brandin tem uma capacidade de amar incontestável e não tem como você não se apaixonar por esse personagem. Já Albérico, o que falar dele? É um verdadeiro tirano, que ordena execuções sem arrependimentos.
O que o autor, Guy Gavriel, fez ao criar esses personagens é algo fantástico, como diz o editor no começo do livro “a grande força desta obra é precisamente a ambiguidade moral dos seus personagens”, pois o que se percebe é uma inversão de papéis entre heróis e vilões, sendo que tanto Brandin pode ser considerado vítima, como Alessan um monstro que faz qualquer sacrifício para alcançar o que deseja.
Tigana é uma obra extremamente complexa, no qual Guy Gavriel, considerado um herdeiro de Tolkien, constrói um mundo em cima de uma Itália medieval, com personagens marcantes e uma escrita extremamente detalhada, com suas religiões, seus costumes e lendas.
Aviso desde logo que não aconselho a todos os leitores lerem essa obra, pois por ser rica em detalhes você acaba se perdendo em alguns momentos, portanto indico Tigana para os amantes de fantasia.
Ademais quero parabenizar a Saída de Emergência pelo excelente trabalho, uma tradução incrível, uma diagramação impecável com folhas amareladas para dar certo conforto ao leitor e os mapas que encontramos ao longo do livro ficaram impecáveis.
Uma curiosidade sobre Tigana é que em sua versão original ele é em único volume, mas que foi dividido em duas partes, a primeira denominada “A lâmina na alma” e a segunda com o nome “A voz da Vingança” na tradução portuguesa, acredito que para facilitar na leitura.

RESENHA: http://fomevontadeler.blogspot.com.br/

site: http://fomevontadeler.blogspot.com.br/
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Anderson Tiago 22/06/2014

[RESENHA] Tigana: A Lâmina na Alma - Guy Gavriel Kay
É inegável afirmar, como já fiz várias vezes, que a literatura fantástica atravessa o seu melhor momento no Brasil. Um dos fatores que nos permite afirmar isso é, além do surgimento de novos autores, o fato de clássicos do estilo, antes inéditos por aqui, estarem sendo lançados em nosso país. Tigana, do autor canadense Guy Gavriel Kay, é um desses clássicos. Lançado originalmente em 1990, o livro foi indicado para o Aurora Award e o World Fantasy Award como melhor lançamento de fantasia, ganhando o primeiro. No Brasil, Tigana foi dividido em dois volumes: Tigana - A Lâmina na Alma e Tigana - A Voz da Vingança.

Kay iniciou sua carreira literária como assistente de Christopher Tolkien, filho de J.R.R. Tolkien, e trabalhou na organização de O Silmarillion. O próprio autor afirma que muito do que aprendeu sobre escrita e editoração vem dessa experiência e que todo autor de fantasia precisa ter um pouco de Tolkien. Uma das características inerentes ao trabalho de Kay é a criação de mundos fictícios inspirados em regiões do nosso mundo real. Em Tigana, a Península da Palma, onde toda a ação se desenrola, é a nossa Itália medieval. Todos os nomes remetem ao idioma italiano, tanto na escrita como na pronúncia: Chiara, Asoli, Tregea, Senzio, etc.


A história segue a trajetória de, principalmente, Devin d'Asoli e Dianora di Certando, no entanto os personagens secundários (alguns nem tão secundários assim) são muito bem explorados e aprofundados. Devin é um músico e sempre se sentiu deslocado no mundo. Isso tudo muda quando ele conhece Alessan, príncipe de uma nação esquecida, apagada da existência. Dianora, por sua vez, está confusa e dividida, entre o seu passado, sua missão em disputa com o amor não desejado. Os conflitos internos dos personagens, principais e secundários, são muito bem desenvolvidos. Se a motivação externa de algum deles pode parecer pouco convincente, suas ações são verossimilhantes, contudo, já que o desenvolvimento do enredo ocorre do ponto de vista interno dos personagens (de dentro para fora) refletindo em suas ações externas.

Tigana é uma história sobre memória, a perda dela e a luta pela sua recuperação. Quando o feiticeiro Brandin de Ygrath resolveu invadir a província de Tigana como parte de sua empreitada conquistadora da Península da Palma, seu filho Stevan foi morto pelo princípe Valentim di Tigana. Louco pelo ódio, Brandin não apenas destruiu Tigana, mas a amaldiçoou. A província foi apagada da memória, seu nome não podia ser dito, compreendido ou lembrado, por aqueles que não fossem nascidos em Tigana. Alessan, filho mais novo de Valentim, busca resgatar a glória perdida de sua província e não medirá esforços para ser bem sucedido, mesmo que isso signifique sacrificar vidas inocentes. Enquanto isso, Brandin encontra o amor nos braços de Dianora. O mocinho capaz de cometer atos de crueldade e o vilão que age por amor, algo tão comum atualmente na fantasia moderna, mas que, na época de seu lançamento, não eram tão comuns, transformam Tigana em um marco na literatura fantástica.

A única crítica negativa está relacionada à opção de dividir o livro em dois. É aceitável que tais atitudes sejam tomadas para atrair o grande público para o estilo, principalmente o público que não leria um calhamaço de mais de 700 páginas, mas o livro termina de forma abrupta e te deixa com a sensação de algo incompleto. A boa notícia, porém, é que a segunda parte, A Voz da Vingança, deve sair ainda esse semestre. Resta torcer para que outras obras do autor sejam lançadas no Brasil, e assim podermos acompanhar a sua evolução como autor.

Resenha assinada por mim para o site INtocados

site: http://intocados.com.br/index.php/literatura/resenhas/194-resenha-tigana-a-lamina-na-alma-guy-gavriel-kay
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Lina DC 18/05/2014

Tigana foi lançado como um livro único, mas aqui no Brasil foi dividido em dois volumes: "Tigana - A lâmina na alma" e "Tigana - A voz da vingança". Então o leitor não se surpreende muito ao saber que o final de "A lâmina na alma" o livro termina de forma um pouco abrupta.
Narrado em terceira pessoa, o início do livro (até mais ou menos a página 100, 110) é um pouco arrastado. Talvez pelo enorme número de nomes diferentes apresentados que acabam confundindo um pouco. A história tem início quando dois poderosos governantes, que são feiticeiros perdem pessoas que amam em meio a busca pela expansão das terras. A história tem um toque de Europa Medieval, com comerciantes de vinhos por exemplo. A Península de Palma é basicamente dividida em províncias do leste e províncias do oeste, onde Brandin e Alberico governam. Como é de se esperar, as consequências de uma guerra acabam prejudicando o povo, nesse caso, mais precisamente a província de Tigana.
Cabe ao príncipe de Tigana, Alessan bar Valentin, tentar recuperar a província, mas existe um detalhe: ele não possui magia. Então como derrotar dois magos sem ter poderes? É aí que entra vários outros personagens que vão adicionando "algo" na história. São tantos personagens, como o grupo de músicos, que fica difícil descrevê-los individualmente. O livro é dividido em partes, e cada parte foca um pouco mais em determinado personagem.

"Aquilo durou desde aquela primeira noite por toda a primavera, e durante o começo do verão. O pecado dos deuses, como era chamado o que fizeram". (p. 239)


Não existe personagem inteiramente bom ou inteiramente ruim no livro. Eles são movidos por sentimentos e são falhos, como todo ser humano. São essas nuances de suas personalidades que permitem que nos identifiquemos com eles.
O livro inteiro é muito interessante e traz ao leitor não apenas uma guerra mágica ou disputa de terras, mas também permite refletir sobre causas e consequências dos nossos atos, ou o motivo de pessoas boas tomarem decisões ruins.
Um livro fantástico e uma leitura indispensável para os fãs do gênero.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um trabalho incrível. Na parte interna da capa e contracapa temos um mapa muito colorido e que passa a impressão de antigo para acompanharmos melhor a história. A capa é simplesmente linda e atraí instantaneamente a atenção.


"Não tinha certeza de haver conseguido formar a palavra ou se tinha apenas pensado nela, mas foi então que uma escuridão mais envolvente que jamais conhecera cobriu-o, como um cobertor ou uma manta, e a diferença entre o dito e o não dito não mais importava". (p. 159)


site: http://www.viajenaleitura.com.br/
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Leitora Viciada 09/05/2014

Tigana foi dividido em dois livros ao ser publicado no Brasil: Volume 1, A Lâmina na Alma e volume 2, A Voz da Vingança. Pesquisei sobre o autor canadense e descobri que originalmente o livro é na verdade um volume único. Esta resenha, portanto, é referente à A Lâmina na Alma.
O lado positivo de Tigana estar em dois volumes é que temos duas capas lindas. Mas acho que eu preferiria um volume só, pois o livro termina de forma abrupta. Fiquei com a impressão de não ser um final. Depois da descoberta vejo agora como um corte e talvez outros leitores tenham essa mesma ideia. Concluo que só poderei ter uma opinião sobre Tigana após ler a obra completa, visto que não é uma série, e sim um livro.

A capa é bela, assim como o trabalho de toda a equipe da Saída de Emergência Brasil, editora que já conquistou o meu coração com Tigana e Mago. Estou muito impressionada com todo o material até agora apresentado. O cenário ao fundo é o que se destaca para mim, após terminar a leitura e observar a imagem. A cidade nela representada é tão próxima das descrições do autor, Descrições que marcaram minha imaginação.
A série é apresentada ao público brasileiro como "um épico sublime que mudou para sempre as fronteiras da fantasia." Concordo, porque é uma obra publicada em 1990 e após esse marco, o autor concretizou na elaboração de histórias fantásticas certas características. Estas, que incluem uma demonstração mais realista das personagens, se foram sendo utilizadas com maior frequência posteriormente.
As personagens de Guy Gavriel Kay seguem seus instintos, se entregam às paixões, à luxúria e possuem suas próprias convicções. Não podem ser catalogadas criteriosamente como "heróis" ou "vilões"; não podem ser julgadas com facilidade pelo leitor, pois são personagens complexas. E mesmo quando avaliadas pelos leitores, cada um terá sua própria visão.
O autor mantem o clima de magia naturalmente, através de um mundo com feiticeiros, mitologia exclusiva e uma história completa e convincente. Este mundo é totalmente crível e bem-elaborado. A política, a geopolítica, as crenças e tradições - todos os fatores necessários para um épico perfeito estão presentes na apresentação de Tigana. As intrigas e reviravoltas também fazem parte.

O começo do livro foi um pouco confuso para mim e a história efetivamente só fez sentido definido após a leitura de um terço dele. Agora compreendo: O fato do volume único ter sido dividido no Brasil.
Em compensação eu embalei na leitura, construí minha visão e me apeguei à trama. Foi como uma explosão de descobertas. Eu ligava cada vez mais os fatos e me encantei com A Lâmina na Alma. Foi extremamente satisfatório ter insistido na leitura.

Para ler toda a resenha acesse o Leitora Viciada.
Faço isso para me proteger de plágios, pois lá o texto não pode ser copiado devido a proteção no script. Obrigada pela compreensão.

site: http://www.leitoraviciada.com/2014/05/tigana-volume-1-lamina-na-alma-de-guy.html
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cotonho72 29/04/2014

Excelente!!!
Nesse excelente livro de fantasia a trama ocorre na Península de Palma, inspirada numa Itália medieval onde são comercializados vinhos, cereais e especiarias por terra e mar, que era governada por dois poderosos feiticeiros.
Alberico de Barbadior é governante e tirano das províncias do oeste (Astibar, Tregea, Ferraut e Certando). Ele exilou o antigo governante da cidade de Astibar, o Duque Sandre d’Astibar, que acabara de falecer e teve seu último pedido concedido por Alberico, passar uma noite e um dia na cidade que ele governara, onde iria ocorrer o tão esperado Festival das Vinhas.
Brandin de Ygrath era o governante e tirano das províncias do leste (Chiara, Asoli, Corte e Baixa Corte). Na luta pelo domínio das províncias com Alberico mandara seu filho Stevan de Ygrath para lutar na província de Tigana (Baixa Corte hoje), mas esse fora morto pelo Príncipe Valentin e com isso a sua ira se ascendeu de tal maneira que ele os aniquilou e esmagou sem misericórdia. Com sua poderosa magia ele apagou o nome da província definitivamente das mentes de cada homem e mulher que não tivessem nascido naquela cidade, ele fez com que todos os que estavam vivos não pudessem ouvir e se lembrar do nome daquela terra.
Ambos feiticeiros ainda lutam pelo domínio da total da Península e disputam o único território não ocupado, a decadente Senzio, mas a conquista não será fácil, pois um pequeno grupo de sobreviventes lutará contra esses dois tiranos.
Ainda temos como protagonistas dessa trama um grupo de músicos que se apresenta em diversos lugares e que viajam por toda a península em busca de aliados para tentar recuperar a sua nação. Devin d’Asoli bar Garin um jovem de 19 anos, estatura baixa e rosto pálido de criança, era tenor e cantava na companhia de Menico di Ferraut. Catriana d’Astibar, uma bela jovem de gênio difícil também é cantora, e o misterioso Alessan di Tregea (Alessan bar Valentin, príncipe de Tigana) tocava flauta de pastor de Tregea, e irá liderar esse grupo.
O autor Guy Gavriel Kay nos presenteia com um fantástico livro, pois possui uma narrativa impressionante, cheia de surpresas e reviravoltas, que envolve a busca pela liberdade de um povo e resgate de um nome. Outros personagens incríveis e importantes aparecem, tais como Baerd, um homem forte e muito corajoso que carrega muitas feridas e Dianora uma mulher sofrida que esconde muitos segredos, ambos enriquecem essa bela obra.
Assuntos como religião, amizade, honra, política, amor e ódio são fortes nessa incrível aventura cheia de magia, batalhas incríveis e sanguinárias e claro um grande romance, um prato cheio para os apreciadores da literatura fantástica.

site: devoradordeletras.blogspot.com.br
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