Antologia da literatura fantástica

Antologia da literatura fantástica Jorge Luis Borges...




Resenhas - Antologia da Literatura Fantástica


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Ana 28/09/2023

Não vou negar que estava achando chato, mas no geral , há mais pontos positivos do que negativos.
Os meus contos preferidos dessa antologia foram: Um lar sólido, de Elena Garro, que fala nada mais nada menos do que do reencontro de uma família no pós -vida;
A pata de macaco, de W.W. Jacobs que nos mostra o significado da máxima cuidado com o que deseja; O busto, de Manuel Peyrou; O caso do finado Mr. Elvesham, muito bom; Sredni Vashtar, arrepiante e com uma atmosfera sinistra; e A verdade sobre o caso de Mr. Valdemar, de Poe, que é sinistro. Os demais não me impressionaram tanto, mas o livro é bom. Fico aqui na esperança de que a Tatiana Feltrin fale dele em seu canal no mês do terror esse ano ???
Dayanne Soares 28/09/2023minha estante
Eu lembro daquele cara que faz um acordo com o demônio pra ir pro futuro pra saber se o livro dele fez sucesso, aí ele vai e ninguém lembra dele. Vendeu a alma a troco de nada


Ana 28/09/2023minha estante
Ah sim, esse tbm foi bom. Enoch Soames, algo assim




IvaldoRocha 24/03/2014

Deixando o bairrismo de lado.
Como toda antologia tráz a vantagem de apresentar um leque de escritores dos quais muitas vezes se tem contato pela primeira vez. Talvez o ponto fraco seja um excesso de escritores argentinos nem todos tão bons e é claro não aparecer nenhum brasileiro. Mas deixando o bairrismo de lado o livro realmente vale a pena.
Christian 28/03/2014minha estante
"Antologia da Literatura Fantástica" - Acho que o próprio nome já diz, não? Os grandes nomes da nossa Literatura em geral nao são literatura fantástica... Euclides, Machado, Guimarães, Clarice, etc. Ou os autores do nosso fantástico estão na obscuridade que nós brasileiros mal conhecemos, quem dirá estrangeiros. Não vi bairrismo nenhum.


IvaldoRocha 28/03/2014minha estante
Christian respeito e muito a sua opinião e agradeço o comentário, mas apenas para pegar um dos escritores que você citou, Machado de Assis tem vários contos que poderiam ter sido incluídos facilmente como fantásticos. Os óculos de Pedro Antão me parece um bom exemplo.


Thiago 11/04/2015minha estante
De fato, não somente o Machado, mas o Aluísio Azevedo, Lima Barreto, Guimarães Rosa, Lygia Fagundes Telles, tem contos que entrariam fácil.


Rafa 02/06/2015minha estante
Meia Noite em Ponto em Xangai da Lygia F. Telles. Esse conto é espetacular


Anderson 21/02/2016minha estante
Concordo. Gostei muito, mas fiquei o tempo todo pensando "porra, um aluízio azevedo cabia perfeitamente aqui". Boas leituras, abraços!


Alvaro 27/09/2016minha estante
Aos que não conhecem literatura fantástica brasileira recomendo ler Murilo Rubião.


Hildeberto 05/01/2017minha estante
Concordo com os comentários acima, e por isso gostaria de ver uma Antologia dos Contos Fantásticos Brasileiros. Existe muita coisa boa do gênero em nossa literatura que carece de uma melhor divulgação.




Fabi 23/08/2021

Esperava mais e fiquei com sensação de bleh.
Contos e trechos de contos fantásticos nesta antologia que, confesso, teve uma literatura arrastada.
Algumas vezes, senti falta de um contexto maior para a compreensão. Em outras, me perguntei o que havia de fantástico no que estava lendo.
Alguns contos realmente me chamaram a atenção e fiquei com a vontade de espremer o livro e só ficar com o créme de la créme, mas... nem do são flores. Neste caso, fantástico.
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Maira Giosa 16/08/2021

O que é a literatura fantástica? Como definimos um gênero que não está ainda classificado como tal, e não é assim disposto nas livrarias? Para mim, realismo e literatura fantástica são um só - e, descobri, o meu favorito - gênero ou não. .

Seja sobre uma família cujos nomes perduram por várias gerações, a história de um escritor fracassado que vende a alma ao diabo, um menino abençoado que cura as mazelas de todo um povoado ou uma epidemia inexplicável que cega toda a população, a literatura fantástica perpassa grande parte da literatura de ficção.

A coletânea fantástica (com o perdão do trocadilho), organizada por Adolfo Bioy Casares e Jorge Luís Borges - dois mestres deste quase-gênero - expõe alguns conceitos para definir, afinal, o que é a literatura fantástica e quais suas marcas registradas. Os exemplos que citei acima se encaixam, mas há muitos outros.

Na coleção, os contos foram escolhidos a dedo pelos organizadores, que também traduziram a maioria, e que depois ganhou novos adendos com a colaboração de Ursula Le Guin e Silvina Ocampo. Não tenho um só favorito, senão vários, como "Enoch Soames" (Max Beerbohm), "Sombras Costuma Vestir" (José Bianco), "Tlön, Uqbar, Orbis Tertius" (J. L. Borges), "O Destino é Bronco" (A. Cancela e P. de Lusarreta), "Casa Tomada" (Júlio Cortázar), o maravilhoso, talvez o melhor, "Um Lar Sólido" (Elena Garro), "O Conto Mais Belo do Mundo" (Rudyard Kipling) e "O Caso do Finado Mr. Elvesham" (H. G. Wells). São tantos exemplos que fica difícil, realmente, defini-lo. É ficção, sem dúvida, mas com um quê de assombroso. Fantasmas, monstros e transformações físicas são alguns temas recorrentes, mas não os únicos - como bem explicam os mestres.

Gênero ou não, catalogada ou não, a literatura fantástica beira ao surrealismo - embora muito realista -, e torna esta coletânea absolutamente imperdível aos amantes de boas estórias. E que deleite indescritível é namorar um livro por tanto tempo e, enfim, recomendá-lo. Mil vezes hurra à fantasia!

site: https://www.instagram.com/livrosdamaira/
Beatrix.Oliveira 29/03/2023minha estante
Muitos dos teus favoritos são meus também! Um Lar Sólido me pegou demais na surpresa e no humor. E acrescento A Expiação, da Silvina Ocampo, sensibilíssimo.




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mononoke 02/01/2022

um apanhado geral
É uma das antologias mais completas que eu já li, consegue abordar escritores de diversos países e diversas épocas escolhendo contos e trechos curtos que tomam no máximo 20 minutos cada. A vantagem é que te abre novos horizontes, mas por serem muito curtos acabam se tornando algo superficial. Vale a pena como um estudo e pra quem quer descobrir novos autores.
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Welma 15/07/2021

? "A nossa sociedade - global, multilinguística, imensamente irracional - talvez só possa descrever a si mesma com a linguagem universal e intuitiva da fantasia." (Ursula K. Le Guin)

Uma seleção de contos excelente de ponta a ponta ?

#literaturafantastica
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Biblioteca Álvaro Guerra 24/11/2021

O livro é uma antologia (como diz o próprio título) que surgiu de uma conversa entre amigos. São mais de 70 histórias fantásticas de leitura fluida e é uma ótima oportunidade pra conhecer um pouco do estilo da escrita de cada autor referenciado e depois procurar mais obras dos autores que mais agradou. É uma excelente introdução aos autores, como também à literatura fantástica em si.


Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!



site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/ 9788535931631
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 04/05/2019

Antologia da Literatura Fantástica
Editora Companhia das Letras - 448 Páginas - Capa e Projeto Gráfico de Daniel Trench - Ilustração da Capa de Marcelo Cipis - Tradução de Josely Vianna Baptista - Lançamento: 23/04/2019.

A literatura fantástica é uma referência constante na Argentina, escritores como Borges e Cortázar ajudaram a criar uma tradição neste gênero que tem se renovado ao longo do tempo, um bom exemplo desta nova geração é Samanta Schweblin, que foi finalista do Man Booker International Prize em 2017, juntamente com nomes já consagrados, em outros estilos, como Amós Oz e David Grossman. A Antologia, publicada originalmente em 1940 (mesmo ano do lançamento de A invenção de Morel de Bioy Casares), foi revista e ampliada em 1968, tornando-se um clássico da literatura hispano-americana, apesar das contribuições de várias nacionalidades.

Conforme o prólogo, escrito por Bioy Casares, a ideia do livro surgiu em uma noite de 1937, durante uma conversa com os amigos Jorge Luis Borges e Silvina Ocampo sobre literatura fantástica, quando decidiram então preparar uma seleção de contos e fragmentos de romances e peças de teatro sobre o tema, com base somente em suas preferências estéticas. É claro que uma primeira dificuldade neste tipo de compilação é a própria definição do que seria o gênero fantástico (sem falar nas unidades de estilo e época): viagens no tempo, pactos com o demônio, assombrações e até mesmo fábulas do oriente, comprovam que as narrativas são bastante abrangentes e antigas – "Antigas como o medo, as ficções fantásticas são anteriores às letras" correspondendo ao "desejo inesgotável de ouvir histórias", de preferência boas histórias.

Uma nota importante sobre a tradução é que a mesma foi feita a partir das versões de Borges e Bioy Casares e não das fontes originais, uma decisão acertada tratando-se de antologistas conhecidos por suas transcrições e citações apócrifas. Outra peculiaridade, talvez o maior charme desta fantástica antologia, é a inclusão de autores clássicos como Edgar Allan Poe e H. G. Wells ao lado de outros desconhecidos, criando-se uma nova perspectiva para o leitor, inclusive dos textos consagrados. Neste caso, um bom exemplo é o conto Enoch Soames de Max Beerbohm (ler o trecho abaixo), sobre um escritor frustrado que troca a sua alma pela chance de visitar o salão de leitura do Museu Britânico, cem anos depois, para saber se a sua obra resistiu ao tempo, um preço bem alto para satisfazer a sua curiosidade egocêntrica.

"Parecia-me estranho e monstruoso que Soames, em carne e osso, com sua capa impermeável, estivesse, nesse momento, na última década do outro século, folheando livros ainda não escritos e sendo olhado por homens ainda não nascidos. Ainda mais estranho e monstruoso era pensar que nessa noite e para sempre ele estaria no inferno. Não à toa dizem que a verdade é mais estranha que a ficção." - (p. 50) trecho do conto Enoch Soames de Max Beerbohm (1872-1956).

O humor não é incompatível com o gênero fantástico, como demonstra Bioy Casares no ótimo conto A lula opta por sua tinta, uma narrativa ambientada em uma pequena cidade do interior na Argentina na década de 1950. O protagonista, assim como toda a vizinhança, comenta sobre o desaparecimento do aspersor de irrigação do hotel local, um tremendo mistério que encontra explicação na visita de um ser do espaço que precisa ser regado constantemente, uma esperança de salvação para o planeta Terra, destinado a ser destruído pela própria humanidade ao fazer uso da bomba atômica, assunto sensível na época da Guerra Fria. Um texto bem ao estilo do mestre argentino, inteligente e carregado de sarcasmo e ironia.

"O tema desta crônica tem uma particularidade que não quero omitir: o fato não ocorreu em minha cidade, apenas: ocorreu na quadra onde passei toda a minha vida, onde fica minha casa, minha escolinha – segundo lar – e o bar de um hotel defronte da estação, no qual fomos, noite após noite, a altas horas, o núcleo inquieto da juventude do lugar. O epicentro do fenômeno, o foco, se preferirem, foi o armazém de d. Juan Camargo, cujos fundos limitam, pelo lado leste, com o hotel e pelo norte com o pátio de casa. Algumas circunstâncias, que nem todos relacionariam, anunciaram-no: refiro-me ao pedido de livros e à retirada do aspersor de irrigação." - (p. 97), trecho do conto A lula opta por sua tinta de Adolfo Bioy Casares (1914-1999).

Mesmo no caso de autores clássicos, como Edgar Allan Poe, a escolha do material não corresponde ao que seria previsível se a compilação fosse planejada por uma editora comercial. Contos como O poço e o pêndulo, O gato preto, e O coração delator são bem mais conhecidos do que o mórbido e assustador Caso do Senhor Valdemar, uma experiência de hipnotismo no limiar da morte. "Até que ponto e por quanto tempo o hipnotismo poderia deter o processo da morte". Lembro de ter assistido na televisão, no final da minha infância, uma adaptação deste conto para o cinema,Tales of Terror (Roger Corman, 1962), estrelado por Vincent Price, e aprendendo na ocasião o significado de "putrefação", que nunca mais esqueci e como poderia?

"Agora chego à parte inacreditável de meu relato. Mesmo assim vou prosseguir. Já não restava em M. Valdemar o mais leve sinal de vida; pensando que estava morto, íamos deixá-lo aos cuidados dos enfermeiros quando observamos na língua um forte movimento vibratório. Isso durou um minuto, talvez. Depois, das mandíbulas dilatadas e imóveis brotou uma voz, uma voz que seria loucura tentar descrever. É verdade que há dois ou três adjetivos parcialmente aplicáveis: poderíamos dizer, por exemplo, que o som era áspero, e quebrado, e oco; mas o horroroso conjunto é indescritível, pela simples razão de que jamais som igual rangeu em ouvidos humanos." - (p. 374), trecho do conto A verdade sobre o caso de M. Valdemar de Edgar Allan Poe (1809-1849).

Uma Antologia reunindo 75 textos de Jorge Luis Borges (Tlön, Uqbar, Orbis Tertius), Julio Cortázar (Casa tomada), Macedonio Fernández (Tantália), Carlos Peralta (Rani), Silvina Ocampo (A expiação), para citar somente alguns dos escritores argentinos, é uma recomendação certa e que, definitivamente, não pode faltar em sua biblioteca. O livro foi resgatado do espólio da finada editora Cosac Naify e lançado agora pela Companhia das Letras com posfácios de Walter Carlos Costa e da escritora Ursula K. Le Guinn (publicado como introdução à edição norte-americana, The Book of Fantasy, pela editora Viking em 1988).
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Alexandre 01/05/2020

A biblioteca de Borges!
O livro reúne fantásticos contos que valem pena serem lindos. Uns mais que os outros. Vale a pena.
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va 06/05/2021

"Uma mulher está sentada sozinha em sua casa. Sabe que não há mais ninguém no mundo: todos os outros seres estão mortos. Batem à porta." (Sozinha com sua alma)
Organizada por Borges, Adolfo Casares e Silvina Ocampo, essa antologia traz os mais diversos contos e microcontos da literatura fantástica. Por ser uma antologia, o ritmo de leitura não é linear: algumas muito intrigantes, outras nem tanto. Recomendo uma leitura intercalada com outros livros. É uma ótima introdução à literatura fantástica ou pra quem já é amante do gênero.
Usando criaturas e acontecimentos sobrenaturais, tais histórias fantásticas nos fazem refletir sobre o que é real e como essa realidade pode ser interpretada, usando os desdobramentos da nossa imaginação como chave . Os títulos que mais gostei: Sennin, Os cativos de Longjumeau, O destino é bronco, Um fantasma autêntico, O gesto da morte, Uma noite na taberna, Um crente, Um lar sólido, O conto mais belo do mundo", O gato, A expiação, A última visita do cavalheiro enfermo, Rani, Ponto morto, O busto, A verdade sobre o caso de M. Valdemar, Sredni Vashtar, O caso do finado Mr. Elvesham.
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Gu Henri 09/11/2019

O livro em si, seu conteúdo físico, o formato das letras, a cor das bordas das folhas, e esta incrível capa fazem-no merecedor de um lugar em qualquer biblioteca. (Ah Cosac Naify, que saudades!) - E, sobre o conteúdo, transita entre altos e baixos, num conto é interessante, mas há muita coisa irrelevante, contos que já não soam como soariam quando foi lançada essa Antologia, outros que, se veem eternizados na nossa memória, e aqui se vê quais foram as grandes inspirações de Borges, e que ao terminarmos a Antologia já não sabemos se Borges é genial ou meramente alguém que lia muito e que copiou muito de uma literatura que era posta de lado pela intelectualidade.

Do que se pode concluir é que, ao vermos as datas dos contos orientais, principalmente chineses, entedemos que o fantástico parece ou pareceu apenas ter sido posto de lado e sido marginalizado apenas no Ocidente, ou tenha adentrado outros rumos que fizeram-no se tornar outros gêneros literários, devido ao rápido desenvolvimento tecnológico dos países, ou simplesmente porque algumas correntes e movimentos - tais como realismo - se tornaram tão famosos e prosperos.

Mas, se observamos atentamente o que se poderia pôr numa Antologia como esta, certamente Dante, Goethe, Shakespeare, e tantos outro clássicos teriam um lugar, pois grande parte da literatura é fantástica no sentido de ter uma dimensão que se distingue da realidade, metafórica ou folclórica, religiosa e até mesmo alguma coisa do realismo.
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Rafael 29/02/2020

Trabalho gráfico impecável da saudosa Cosac Naif, com textos excelentes (e outros que se arrastam), bom para conhecer novos autores.
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Maria.Batagin 10/06/2023

Muito bom
O livro todo tem altos e baixos como acontece sempre em um livro de coletânea de contos.
O conto que valeu por todo o livro foi o conto ? a pata de macaco ? - seus desejos tem consequências.
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