Devo Tudo ao Cinema

Devo Tudo ao Cinema Octavio Caruso




Resenhas - Devo Tudo ao Cinema


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Bruno 03/11/2013

Cinema é vida
Certo dia, vi numa rede social que esse livro havia sido lançado. Meus primeiros pensamentos foram “Adorei o título!” e “Que legal, mais um conhecido lançando um livro!” É muito bom ver pessoas que admiramos realizando seus sonhos. Conheci o Octavio por meio de uma paixão em comum: o cinema – através de uma rede social de filmes. Depois passei a acompanhar alguns de seus textos, gostei bastante e, verdade seja dita, não era surpresa que seu livro tivesse tamanha qualidade.

Pra começar, eu me identifiquei muito com a história. Eu também adorava minhas “viagens à locadora na infância”, voltava sempre com um VHS novo e sempre queria assistir mais e mais filmes. Assim como o pai de Antonio, eu gravava vááários que passavam na TV, e tenho as fitas guardadas até hoje – além de também catalogar todos os filmes que tenho (coisa que CONTINUO fazendo, com os VHS e DVDs, numa média de 600 filmes).

E são várias as minhas semelhanças com Antonio, o protagonista do livro. A introversão, a timidez, o bullying sofrido, o sentimento de incompreensão, o “ato impulsivo” da adolescência (que no meu caso também deu errado), o gosto pela escrita, a publicidade como curso, a monografia relacionando a publicidade com o cinema, o aprendizado da língua inglesa sem cursos (ok, não me considero fluente, mas já é uma grande semelhança). Eu também fiz teatro, eu também escrevi roteiros de filmes e de uma peça.

O livro me fez lembrar da emoção de minha primeira ida ao cinema. Fez lembrar até do dia que, ainda pequeno (não lembro minha idade, mas era menos de 10 anos, isso eu sei), menti pra minha mãe que ia ao cinema com “coleguinhas e seus responsáveis”, quando na verdade eu não tinha ninguém com quem ir, e ia sozinho mesmo, no cinema de um bairro aqui perto. Lembrei também de quando eu pegava os bonecos e criava histórias com eles, coisa que era quase uma rotina aqui em casa, e tinha até plateia (minhas primas, rs). E fazia “minifestivais de cinema” aqui em casa, por dias seguidos, com direito a um guia dos filmes que eu colocaria no meu videocassete.. Nostalgia pura. Saudade de quando um dos maiores problemas que eu tinha na vida era saber que a fita estava acabando e que eu precisaria pedir à minha mãe pra comprar uma nova, pra continuar gravando os filmes que eu queria. Ou, pior, que eu precisaria apagar algum filme pra gravar outro que considerava melhor – só que eu sofria pra desgravar quaisquer filmes, rs.

Os sonhos mágicos de Antonio se misturam à história do cinema, e é fascinante rever trechos de como tudo começou, ver nomes como os dos irmãos Lumière e do George Méliès.

A obra segue informando, fala de técnicas, informa, alerta, inspira, faz você confiar mais nos seus sonhos e, principalmente, acreditar que é capaz de realizá-los. O fato é que eu terminei o livro com sorriso no rosto e essa sensação é simplesmente incrível. Ganhou pontos comigo simplesmente por ser uma obra que me desperte essa vontade de nunca desistir, de seguir em frente, rumo àquilo que tanto quero, rumo à realização dos meus sonhos – e olha que são muitos.

Uma pergunta, feita no posfácio, fica no ar: será que é “ficção ou uma história bem contada de fatos reais”? Bom, sendo uma ou outra, o efeito é o mesmo, e esse se tornou um de meus livros favoritos.
Obrigado por essa obra, grande Octavio.

P.S.: Sim, essa história poderia virar um bom filme, hein? E eu voto a favor! ;)


Nota: 4.5
Octavio Caruso 30/04/2014minha estante
Fico emocionado ao ler sua análise, Bruno. Esse meu "filho" literário está me dando muito orgulho.
Obrigado pelo carinho com meu trabalho.
Forte abraço.


Sandra Rosa 05/11/2020minha estante
Meus VHS mofaram ?




Wagner 11/11/2018

PAREDES COLORIDAS...

(...) Meu quarto passaria a refletir meus gostos pessoais. Mesmo que grande parte do meu armário ainda guardasse roupas dos meus pais e os móveis houvessem sido de outros parentes, minha individualidade estava assegurada nas paredes coloridas (...)

in: CARUSO, Octávio. Devo tudo ao cinema. Rio de Janeiro: Litteris, 2013. pg 42.
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