Limonov

Limonov Emmanuel Carrère
Emmanuel Carrère




Resenhas - Limonov


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Marília 03/03/2024

Realmente a vida de Limonov parece uma obra de ficção, nos mostrando como coisas e pessoas incríveis podem existir.
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Procyon 29/03/2023

Limonov ? comentário
Emmanuel Carrère traz memórias semificcionais de uma figura detestável, marcada por sexo, drogas e violência no geral. O resultado é uma mescla eficiente de ficção com reportagem biográfica, onde esse narrador-personagem, tão presente na narrativa, entra num conflito interno a respeito dessa figura contraditória e expõe sua visão particular sobre o objeto biografado. Ao mesmo tempo que conta a história de um indivíduo, ele aborda toda a conjuntura russa do final comunismo e do pós-comunismo.

Por vezes Carrère tenta convencer o leitor de que a figura ambígua de Limonov não é tão detestável assim ? e, na verdade, pelo menos pra mim, é de fato bastante detestável. Essa complexidade psicológica, no entanto, não faz do livro algo complicado de se ler; pelo contrário, é um livro bastante instigante, que não tem tanto compromisso jornalístico, mas com a literatura mesmo (embora encontre, na sua contextualização histórica, a maior parte de suas qualidades). Carrère é descompromissado com os ditames biográficos ao se inserir no romance e refletir sobre o próprio processo de escrita do livro ? e é onde ele mais captou minha atenção.
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Luma 05/02/2023

Um bom trabalho jornalístico
Para mim valeu mais a leitura mais pelo conteúdo histórico e político apresentado do que pela vida do Limonov que no mínimo é uma figura controversa...
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andrealog 03/02/2023

Parece o passado, mas é sobre o presente
A vida de Eduardo Limonov parece uma história de ficção, mas é verdadeira! Para quem quer entender um pouco da alma russa ao final da URSS, com os respingos até hoje no país e nas ações atuais do governo russo, esse livro é fundamental. Instigante e esclarecedor!
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Faluz 20/01/2023

Limonov. - Emmanuel Carrère
Um personagem descrito com toda a força narrativa de uma vida intensa que se desenrola em conjunto com eventos importantes e grandioso da política mundial.
Trata de costumes, literatura, vida social, prisões e revoluções com visões de mundo características do seu momento histórico.
Escrita apaixonante.
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Dani 11/09/2022

O autor fez uma biografia sem esconder nada de ruim (em maior proporção) ou de bom da personalidade seu herói Eduard. As partes que contam a história política da Rússia se tornam um pouco confusas para quem não entende muito do assunto.
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Milena.Berbel 16/08/2022minha estante
Acho interessante como uma boa resenha pode despertar a vontade de ler um livro que, antes, não me chamava muito a atenção.


Gabriel 16/08/2022minha estante
Legal que gostou, Milena :)
É uma chave de leitura. Não é perfeito, mas acho que vale a leitura.




Camila Aranha 25/04/2022

Limonov
Para falar bem a verdade, não achei o Limonov uma pessoa incrível ao ponto de ganhar atenção para uma biografia (romance de não-ficção, melhor dizendo). No meu entendimento, a biografia diz mais sobre o autor (que parece admirar Limonov por sua coragem em viver a vida ao máximo, coragem a qual o autor não teve) do que sobre a importância de Limonov em si. Entendo a importância que teve na história russa, mas passaria despercebido no meu radar.

O que mais gostei do livro foi que em determinado ponto, quando se discorre sobre a carreira de Limonov na política, fala bastante sobre a história da Rússia. Achei bem legal, pois conhecia pouco sobre a história desse país e me despertou a curiosidade para saber mais sobre o país e sua literatura tão famosa.

No mais, o livro conta as desventuras em série vividas pelo rebelde Limonov. Nada extraordinário e notório ao meu ver, mas ao mesmo tempo acredito que toda história tem dia importância.

Trecho que gostei: ??mas quem é que não forja um personagem? Que simplicidade é verdadeiramente simples??
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jessyhehe 07/04/2022

:(
Dei nota baixa porque não consegui me conectar ao livro. Não sei se foi a escrita ou o personagem. Mas enfim, talvez releia futuramente, pois a parte que fala um pouco da história da Rússia achei muito interessante.
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Cássio F B 22/02/2022

Limonov
Eu juro que a cena na qual o protagonista enfia uma vela de cera no ânus é extremamente significativa para a sua história e representa muito bem o abandono que o personagem sente.
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Dani 18/10/2021

Um ótimo trabalho biográfico.
Gosto do jeito que Emmanuel Carrère conduz a história, gosto dele misturando a vida de Limonov com a sua e com a história da Rússia.
E exceto a vida de Carrere, a história de Limonov e de seus país é uma grande montanha russa de emoções.

Agora, é muito difícil - pra mim - comprar essa ideia de herói vendida pelo autor.
Limonov é alguém cheio de adjetivos, mas não consegui ve-lo como herói, assim como acho q nem bandido ele conseguiu ser.

É extremamente incômodo o seu jeito de ser, pensar e agir. E isso pra minha leitura foi bem legal! Pude sair da zona de conforto.
Mas o homem Limonov pra mim é detestável.
?
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Gisa 17/10/2021

Quando Emmanuel Carrère se propõe a falar sobre o contexto histórico da União Soviética, acontecimentos da Rússia e seus personagens políticos, o livro é interessante.

Quando se dispõe a falar sobre Eduardo Savenko (O Limonov) é de revirar o estômago, um personagem detestável por todos os ângulos, egocêntrico e babaca, um grandicíssimo idiota.

Quando descreve Limonov como "nosso herói" eu só sei revirar os olhos e lembrar do Pedro Bial apresentando o BBB.

Quase abandonado, mas lido.
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Paulo Sousa 23/09/2021

Leitura 22/2021

Limonov [2011]
Orig. Limonov
Emmanuel Carrère (Paris, 1957-)
Alfaguara, Selo TAG 2017, 371p
Trad. André Telles
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?É na Ásia central, continua Eduard, que ele se sente melhor no mundo. Em cidades como Samarcanda ou Barnaul. Velhas cidades esmagadas pelo sol, empoeiradas, vagarosas, violentas. Lá, à sombra das mesquitas, sob as altas muralhas, há mendigos. Cachos inteiros de mendigos. São velhos esquálidos, calejados, desdentados, não raro cegos. Vestem uma túnica e um turbante encardidos, têm à sua frente um pedaço de veludo sobre o qual esperam que lancemos moedinhas e, quando lançamos, não dizem obrigado. Não sabemos o que foram suas vidas, sabemos que terminarão na vala comum. Não têm mais idade nem bens, supondo que um dia os tiveram, mal lhes resta um nome. Soltaram todas as amarras. São destroços. São reis? (pag. 371)
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Até ler este livro, eu nada sabia sobre Edward Veniaminovich Limonov, um ativista do comunismo fascista russo que também foi escritor, poeta e jornalista. Inclusive, até mais ou menos na página 100 achei se tratar de um personagem criado por Carrère, num romance que mistura fatos e ficção, cujo estilo foi classificado como jornalismo literário.
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Ledo engano.
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Isso porque, de fato, Limonov existiu (faleceu em 2020, aos 77 anos) e, conforme contado no livro do escritor francês, uma espécie de biografia jornalística, teve uma vida bem movimentada tanto artística quanto politicamente.
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Limonov nasceu dois anos antes do fim da Segunda Grande Guerra, numa cidade industrial distante três horas de trem de Moscou. Teve uma infância e adolescência parcialmente comuns, não fosse sua iniciação em pequenos crimes - roubo em sua maioria, e o encontro com a poesia, quando iniciou sua vida literária. Saindo da cidade Natal, Limonov esteve de 1966 a 1974 em Moscou onde passou um tempo vivendo da confecção de calças jeans, muitas delas vendidas ao intelectuais e literatos. Nesse tempo, começa sua militância política, levando-o a ser forçado a deixar a União Soviética. Limonov muda-se para Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde vive até 1980. Sua estada na América é conturbada, Edward passa dificuldades financeiras, já que não consegue espaço no mundo literário local já que o autor sempre se apresentou como árduo defensor do regime comunista, o que não era bem visto pelas editoras americanas. Nessa época, vive com moradores de rua (no livro, Carrère descreve cruamente as experiências homossexuais entre Limonov e negros em situação de rua, que ele ia encontrando pelas ruas nova-iorquinas).
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Após a frustrante passagem pela nação à qual Limonov se referiu como ?maldita casinha desprovida de espírito ou propósito na periferia da civilização?, se muda para Paris, onde vive até 1991. Na capital parisiense sua sorte muda e logo Edward se torna um ativo frequentador dos círculos literários franceses. Com algum prestígio ganhos pelos livros que conseguira enfim publicar, todos com teor ?underground?, Limonov volta para a Rússia em 1991, quando de fato seu ativismo toma corpo. Apoia vivamente a guerra que assolou a Sérvia, colapsou a então Iugoslávia e participou diretamente numa patrulha de atiradores na Guerra da Bósnia. Todas essas atuações dissidentes acabaram chamando a atenção do governo russo, que o classificou como terrorista. Limonov acabaria preso em 2001, sendo acusado, entre outras coisas, de reunir um exército para invadir o Cazaquistão. Cumpriu pena reduzida de 4 anos, tendo vivenciado a realidade de um campo de trabalhos forçados, até ser solto. Enquanto esteve preso, Limonov escreveu oito livros, entre ensaios e poesia. Ao sair, retoma sua atividade política se filiando ao Partido Bolchevique Nacional, o qual acabaria tendo seu funcionamento proibido pelo governo russo em 2007. Teve frustrada também sua tentativa de criar um novo partido político, sucessor ao NBP, e chamado ?Outra Rússia? (este só oficialmente registrado em 2019) e acabaria se candidatando como opositor do então primeiro colocado nas pesquisas, Vladimir Putin, em 2012?
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Carrère lega um livro tempestuoso, cru, uma narrativa sem preocupações com os altos e baixos de seu ?biografado?. Ao ler, não pude deixar de notar, nas várias passagens da vida de Edward Limonov, certa semelhança com outro ativista político ferrenho, descrito nas páginas de Jorge Castañeda: ?Che Guevara: a vida em vermelho?, livro que li em 2009 e que sugiro vivamente sua leitura. Nele, Castañeda, um jornalista impecável, narra a trajetória de vida de Ernesto Guevara de la Serna, o Che, um homem intransigente, inflexível, nada parecido com o ideário construído em volta de sua imagem, a cuja postura inclemente muitas vezes usou da própria pistola para tirar a vida de companheiros de campanha em julgamentos sumários no meio da mata. Como todos sabemos, Che não se acostumou com os frutos da vitória obtida pelo campanha de Fidel Castro em Playa Girón, na ilha de Cuna onde acabou sendo nomeado ministro. Buscou contribuir em outros confrontos, primeiro na África (onde fugiu acossado pelas tropas governistas do Congo), e depois na Bolívia, a cujas selvas se embrenhou e onde, numa emboscada, acabou sendo morto.
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As duas histórias tem diversas semelhanças entre si, sobretudo no fecho, quando ambos os heróis falham em seus intentos de mudar regimes, de apoiar regimes, de se filiarem e atuarem em guerrilhas e, no final, acabam desaparecendo, ou por emboscada - como foi o destino de Che, ou por abandonar a causa, como Limonov. Assim como Che, que teve uma vida bem agitada, sempre em busca de uma nova luta, Limonov também soube fazer de sua existência um mar de problemas, e daí extrair matéria viva para seus escritos. Ambos tiveram seu momento de brilho; mas, como escrito na citação que separei e que abre este singelo review, perderam todas as amarras, são destroço.
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Apreciará este livro quem tenha prévio e bom conhecimento de política e de história, principalmente da Rússia, sendo este o motivo por eu ter demorado tanto em concluir a leitura. Nada que desabone a obra, é claro.
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Pandora 18/09/2021

2021 foi o ano das biografias. Já perdi a conta dos livros biograficos lidos ao longo dos últimos meses, Limonov do Emmanuel Carrère foi mais um desses textos.

Ganhei Limonov de presente de um amigos Alexandre e botei ele erroneamente na pilha dos livros russos, mas o autor é francês, só o Eduardo Savenko, nome de nascença do Limonov, é russo. Perdão pela lerdeza meus livros.

Sobre a biografia, é um mergulho no mundo russo pós-Segunda Guerra mundial, Limonov se move pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e nós nos movemos com ele, vai para os Estados Unidos, volta para uma URSS em colapso, luta em guerras nos Balcãs, faz coisas discutíveis na Ucrânia, escreve poemas e livros e enquanto o Emmanuel Carrère vai contando essa verdadeira Odisseia de um Russo do século XX a gente vai com ele. É uma viagem cheia de reviravoltas.

O livro é muito interessante, ampliou bastante minha visão do mundo russo na segunda métade do século XX. Nem sempre concordo com as opiniões políticas e históricas do Emmanuel Carrère e o Limonov não é um personagem que dá para amar, ele é realmente um homem de seu tempo e se a masculinidade é tóxica hoje, imagina como era 70/60/50 anos atrás.

De toda forma, esse é um excelente livro reportagem de conteúdo rico e instigante. Acompanha a trajetória de uma pessoa que nasceu filho de um oficial do exército da URSS, foi deliquente, operário, poeta, mendigo em Nova York, mordomo de bilionário, soldado nos Balcãs, político e tantas coisas mais. Um livro assim com um personagem desses é um achado, uma viagem. Muito massa, mesmo quando achamos o protagonista um mala sem alça e o biógrafo um francês privilegiado com opiniões das quais divergimos.
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de Aquino 06/09/2021

Molotov
Pessoalmente esse livro foi um tapa porque não esperava nem 15% do que acabei me deparando. Uma vida turbulenta, contraditória e fascinante. Vale muito a leitura.
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