A Borboleta

A Borboleta Liége Báccaro Toledo




Resenhas - A Borboleta


5 encontrados | exibindo 1 a 5


esmp 02/05/2020

Não entendi.
Confesso que não entendi esse conto, não sei se faz parte de alguma trilogia, mas eu não pesquisei muito a fundo tb.
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Renata 25/06/2019

A Borboleta - Liége Báccaro Toledo
A Borboleta é um conto curto e singelo, que nos apresenta ao mundo de Edrim, um mundo onde os deuses criados pelo equilíbrio de luz e trevas possuem vícios e defeitos, à semelhança do panteão grego, e para onde os filhos destes deuses, cujos corações pendem para a escuridão e o ódio, foram exilados muito tempo atrás.

A história se passa em uma época de guerras entre homens e elfos, quando, apesar das trevas que pairam sobre o lugar, alguns corações bons emergem e desejam a paz e a justiça. Neste lugar, as pessoas que se apaixonam por alguém que não seja de sua raça são perseguidas e mortas, e assim conhecemos Lyriel, filha de uma mortal com um elfo, cujos pais são assassinados por causa deste amor. Para salvar a bebê a mãe de Lyriell faz um sacrifício, e por causa disso a única deusa que ainda conserva apenas o amor pelo povo a transforma em uma dragoa de beleza incomparável, com olhos de safira e asas de borboleta, um ser que os homens até então não conheciam. É contado que os deuses têm apenas uma chance de criar um dragão, e, para tanto, precisam sacrificar um ser humano escolhido, por isso essas criaturas são tão raras.

Lyriell é salva e criada por uma rara família mista, e cresce junto com o meio-elfo Eldar, e percebemos que há mais sentimentos entre os dois do que o de irmãos de criação. Mas, quando a jovem vence um antigo temor, ela se lembra do que aconteceu no dia em que se separou de sua mãe, e decide sair pelo mundo em busca de justiça. Torna-se, então, uma paladina, a “guerreira da borboleta”, pois, estranhamente, uma grande borboleta azul a acompanha por onde quer que ela vá, sem que nem mesmo ela saiba a razão.

Tudo muda, no entanto, quando a misteriosa borboleta adoece e Lyriell se vê completamente sozinha no mundo. A saudade de casa a faz retornar e encontrar o que deixou para trás.

O conto é delicado como um conto de fadas, uma história de amor que claramente tem o objetivo de sugerir muitas outras histórias. Ele possui uma carga emocional interessante, que prende o leitor e o faz simpatizar com os personagens mesmo a história tendo tão poucas páginas. Os dragões são muito diferentes e os métodos de suas criações são escolhidos pelos deuses, por isso cada um possui uma característica e uma personalidade própria. Uma leitura agradável, que com certeza vai cativar o leitor e fazê-lo desejar ver mais histórias no mundo de Edrim.
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Gabyh 12/05/2019

"Tomou o corpo daquela mãe que morrera em desespero e a transformou com suas próprias lágrimas, que vertera por amor. Transformou-a como ela desejara, despejando o dom da divindade naquele corpo frágil, e abnegando seu próprio direito de criar para testemunhar o que nasceria a partir da vontade daquela mãe. E então a Deusa viu surgir, à sua frente, uma criatura contraditória em sua natureza: ferocidade e delicadeza, fragilidade e força. A dragoa-mãe era linda e amedrontadora. Talvez aquela fosse uma expressão do amor de Katriana por sua filha. Do amor que uma mãe, se amasse verdadeiramente sua cria, poderia sentir. O perfeito equilíbrio entre força e doçura."

Sabe aquele conto que você começa a ler sem esperar muita coisa mas no fim acaba se encantando e ficando bem feliz de ter se deixado arriscar pela leitura de algo inesperado? Foi exatamente o que aconteceu aqui, confesso que comecei a leitura sem muitas expectativas, mas não me arrependi, a cada palavra me vi mais envolvida nesse mundo lindo e confesso que quando cheguei no final eu não queria acreditar que tinha acabado.

"A borboleta, por mais estranho que aquilo parecesse, tornou-se sua melhor amiga e companheira. Sempre fechada, sempre sozinha por mais que estivesse acompanhada, Lyriel não via mal em falar com aquela curiosa criatura que jamais a abandonava. Com o tempo, a Dama da Borboleta passou a ser vista como uma protetora excêntrica. Sua beleza e sua bondade a salvaguardavam de denominações mais maldosas, mas era certo que aquela mulher não era comum, falando com sua borboleta como se fala com um amigo. Talvez tivesse sido tocada pela Deusa, e não pudesse ser compreendida pelos mortais comuns. E realmente algum poder circundava Lyriel, algum encanto. Suas vitórias e conquistas na luta pelo convívio entre elfos e humanos seriam cantadas pelos bardos, mas depois de algum tempo ninguém mais sabia seu nome. Ela era apenas a Dama da Borboleta. (...) Uma imagem, um conceito andante, alguém que já não se sabia mais quem era além daquilo que realizava."

Logo no início já vemos a aflição de uma mãe que precisa tenta a todo custo salvar a sua fila de ser morta, mas perceber que isso não será algo fácil já que estão sendo perseguidas e seu corpo não tem mais forças, em um determinado momento ela percebe que não tem outra saída, as duas vão acabar mortas, faz uma prece silenciosa a Deusa, mas escolhe ao menos que se ambas precisam morrer que vai ser de uma forma menos dolorosa, já que sua pequena filha conheceu pouco da vida.

A Deusa se sensibiliza daquela prece da mãe e acaba finalmente criando o seu dragão, uma criatura única e maravilhosa que não só salva a sua pequena filha, como o filho de uma outra mãe que também estava prestes a se afogar no rio, deixando para ele a responsabilidade de cuidar da sua pequena Lyriel, que cresce sabendo de sua história, mas ainda sim sendo muito amada por sua família adotiva.

"Deusa, por que nos fizeste tão frágeis? Por que não me proveu de garras e dentes e asas para defender minha cria, como fizeste aos animais e criaturas que vivem nas florestas? Por que não me fizeste nascer uma criatura monstruosa, pois teria eu preferido! Teria eu preferido, pois assim ninguém teria se aproximado de nós, ninguém teria apagado a luz de nossas vidas. As sombras fortalecem aquelas que as seguem. E a luz nos tornou belos e cheios de alegria, mas somos frágeis como a chama de uma vela. Oh, Deusa, quisera eu ser uma mãe fera! Quisera eu ter nascido uma besta..."

Por mais que se trate de uma história curta, é impossível não simpatizar com os personagens e querer saber um pouco mais sobre eles e suas histórias, a carga emocional que o conto trás é enorme, mas nos mostra como o vínculo de amor entre mãe e filha é grande e como o pouco tempo em que passaram junto influenciou em quem Lyriel se tornou, que a carga emocional de Katrina foi passada para a filha em seus últimos momentos mesmo que ela não soubesse disso.

"Por dez anos ela vagou por Edrim. Sozinha ou acompanhada, Lyriel buscava aplacar o anseio em seu peito. Tinha sede de justiça, e também sede de vingança. Lutava por equilibrar essas forças dentro de si, tentava focar-se na justiça, no bem, na vontade de ajudar aqueles que ainda tanto sofriam. Sua espada e seu escudo tornaram-se símbolos de luz e retidão. Era uma paladina. E chamavam-na a “Dama da Borboleta”. Pois onde quer que Lyriel fosse, havia sempre uma borboleta a acompanhando. Grande, com suas asas azuis brilhantes, ninguém sabia ao certo o que aquilo significava – nem mesmo a própria Lyriel – mas dizia-se que certamente seria alguma benção da Deusa."
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melissa 07/01/2016

Uma linda história do universo de Edrim
O conto começa com a humana Katriana fugindo com a filha nos braços. A criança é meio-elfo, o que no mundo de Edrim merece um destaque considerável (não vou contar pra não estragar a leitura). Katriana sabe que irão matar sua filha e tenta atravessar um rio com ela. Sinceramente, Liége me arrancou algumas lágrimas nessa parte com o monólogo de Katriana.

A Borboleta” é um conto sobre a filha, Lyriel. Como a maioria dos textos da Liége, existe um foco forte no romance e Lyriel terá sim uma história de amor para contar. Mas a narrativa não é exatamente sobre isso a meu ver, mas sim sobre o relacionamento mãe e filha. A presença de Katriana na vida de Lyriel é intensa, de diversas formas (e eu não vou contar de novo pra não dar spoiler) e é essa presença que vai comandar os acontecimentos, inclusive na transformação de Lyriel na misteriosa Dama da Borboleta, a mulher-guerreira que não fala com ninguém que habita as histórias folclóricas de Edrim, sempre vista na companhia de uma borboleta azul.

site: http://livrosdefantasia.com.br/2013/11/10/a-borboleta/
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Lívia Stocco 12/03/2015

Lindo conto!


O conto é delicado como um conto de fadas, uma história de amor que claramente tem o objetivo de sugerir muitas outras histórias. Ele possui uma carga emocional interessante, que prende o leitor e o faz simpatizar com os personagens mesmo a história tendo tão poucas páginas. Os dragões são muito diferentes e os métodos de suas criações são escolhidos pelos deuses, por isso cada um possui uma característica e uma personalidade própria. Uma leitura agradável, que com certeza vai cativar o leitor e fazê-lo desejar ver mais histórias no mundo de Edrim.

site: pargaia.blogspot.com.br e www.bhardo.net
Liége "Astreya" 11/04/2015minha estante
Muito obrigada, Lívia!! Fiquei mega feliz com seu comentário :DDDD! Que bom que gostou, e logo eu pretendo conhecer o mundo de Bhardo também \o/! As recomendações são sempre muito boas!




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