spoiler visualizarLenSa 24/02/2022
Trechos que eu mais gostei nesse livro:
" Já não divido mais a minha vida em duas partes: a espiritual e todas as outras partes. Creio que quando reconhecemos que Deus está sempre conosco, cada respiração pode ser uma oração. Orar não se resume apenas a algumas frases que dizemos a Deus enquanto estamos ajoelhados, mas também viver o nosso compromisso com ele de forma progressiva, a cada instante.
Mas a oração não se propõe a oferecer uma solução simples, e sim a ser um lugar aonde possamos levar as nossas preocupações e colocá-las aos pés de Jesus. Quando abordamos as nossas petições dessa maneira, elas se tornam não apenas um tempo para testar a resposta de Deus, mas uma oportunidade para liberar as ansiedades da nossa vida.
como o maravilhoso guarda-roupa de C.S. Lewis, que levou Lucy até Nárnia em O leão, a feiticeira e o guarda-roupa. A oração é o nosso escape deste mundo.
a oração não é uma obrigação ou algo no qual seremos testados no fim de cada semana. É o nosso tempo de engatinharmos para o abraço do nosso Pai e de lançarmos as nossas ansiedades sobre ele.
A oração não é algo que pertence à nossa lista de tarefas a realizar, mas sim à nossa lista de necessidades para viver!
Um dos maiores mistérios ? e desafios ? do nosso relacionamento com Deus em oração é saber que ele é tanto amoroso quanto poderoso. Se Deus fosse apenas amoroso, então, quando as nossas orações ficassem sem resposta, estaríamos em paz com isso, dizendo a nós mesmos que se ele fosse poderoso teria interferido. Se Deus fosse apenas poderoso, nós presumiríamos que ele era indiferente à nossa dor. Mas não é assim que Deus é. Ele não apenas nos ama com uma paixão que excede o nosso entendimento, como também é poderoso o suficiente para intervir a qualquer momento e mudar as nossas circunstâncias, o que às vezes ele faz, mas não na maioria delas.
?Posso perdoar, mas não posso esquecer? é apenas outra maneira de dizer ?Não vou perdoar?. O perdão deve ser uma nota cancelada ? rasgada ao meio e queimada, para que ela nunca possa ser mostrada contra alguém. ? Henry Ward Beecher
Eu nunca soube que tu vivias tão perto do chão Mas todas as vezes que estou prostrada Esmagada pelo peso desta dor, Sinto tua mão em minha cabeça Tua respiração em meu rosto E as tuas lágrimas em meu pescoço Tu nunca me dizes para me controlar Para reprimir o fluir de tantos anos Tu simplesmente te sentas ao meu lado Por tanto tempo quanto necessário Tão perto do chão.
Quando vivemos com alguém todos os dias temos muitas oportunidades de tratar essa pessoa de uma maneira, digamos, não exatamente como Deus gostaria. Nenhum casamento é perfeito; todas nós entendemos isso. Mas,
se desrespeitarmos o nosso cônjuge continuamente ? seja por qual motivo for ? sem resolver as coisas, iremos construir uma muralha não apenas entre nossos cônjuges e nós mesmas, mas entre Deus e nós. Pedro sabia disso quando escreveu: Vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas orações. (1Pedro 3:7)
O que estou querendo dizer é que estamos perdendo a arte de ouvir uns aos outros e de expressar com nossas palavras o conteúdo do nosso coração. Vivemos em uma sociedade sob um ritmo acelerado, na qual o dinheiro pode facilmente tomar o lugar do tempo. Isto se transmite para a nossa vida de oração. Se estivermos tão absorvidas no mundo material a ponto de não conseguirmos nos identificar com as pessoas aqui na Terra a nível pessoal e compartilhar o nosso ser interior com elas, como vamos nos relacionar com Deus? Que eu saiba, no céu não se faz entrega de flores.
O que é realmente triste acerca de tudo isso é que, em muitos casos, a nossa obsessão por amor material não apenas impede o nosso verdadeiro relacionamento com os outros, como também faz mal a eles.
Ouvimos as pessoas nos dizerem que o caminho para Deus é mais claro por intermédio de alguém ou alguma coisa. Que se apenas lermos este livro, o autor nos dirá como alcançar a Deus. Que se enviarmos mais dinheiro para aquele ministério, alguém falará com Deus e receberá uma resposta em nosso favor.
Tolice! Deus fala com o seu povo por intermédio da sua Palavra, por meio do conselho de amigos tementes ao Senhor, e ao nosso próprio coração através do Espírito Santo.
Temos um Pai que ama falar com seus filhos, portanto procure ouvir a sua voz mansa e suave.
D.L. Moody, The Joy of Answered Prayer
...
Aquele menino nunca aprendera a ler ou a escrever. Tudo que ele sabia eram as letras do alfabeto. Um dia, um pregador itinerante visitou as crianças e lhes disse que, se um dia elas estivessem com problemas, deveriam orar e Deus as atenderia e enviaria ajuda. O menino finalmente encontrou um emprego e foi ser aprendiz de fazendeiro. Seu primeiro trabalho na fazenda era cuidar de algumas ovelhas. Por mais que tentasse, ele não conseguia mantê-las todas juntas. Lembrando-se das palavras do pregador, ele decidiu orar e pedir a Deus para ajudá-lo a controlar as ovelhas, então ele se ajoelhou no campo para orar. Um homem passando pelo campo ouviu uma voz suave vindo detrás
de uma cerca, e, quando olhou para ver quem era, viu o menino de joelhos, recitando o alfabeto: ?A, B, C, D...? Perguntou o que ele estava fazendo, e o menino disse que estava orando. O homem disse: ? Isto não é orar. Você está apenas recitando o alfabeto. O menino lhe disse que não sabia orar, mas que acreditava que se desse a Deus tudo o que sabia, Deus poderia organizar as letras em uma oração por ele e lhe dar o que ele precisava.
Agora estávamos separados de Deus pelo nosso pecado e lançados para fora do jardim. Querubins com uma espada flamejante que se revolvia foram colocados à entrada para que não pudéssemos entrar novamente. Eu costumava ver isso como uma punição, mas agora entendo que retirar Adão e Eva do jardim provavelmente tenha sido o primeiro ato de graça direcionado aos pecadores. Deus sabia que se Adão ou Eva encontrassem o caminho de volta para o jardim e comessem da árvore da vida, eles viveriam para sempre no seu estado caído (ver Gênesis 3: 22- 23). O coração de Deus jamais permitiria que isso acontecesse porque a partir de então estávamos arruinados. Deus não queria que vivêssemos para sempre na nossa ruína, por isso colocou um limite de tempo no nosso caminho de volta ao lar. Através de muitos quilômetros, enfrentando desertos e fome, a uma terra de leite e mel, a profetas e reis, através da liberdade e do cativeiro, ele nos conduziu pela Via Dolorosa a um lugar chamado Gólgota, onde, com amor e misericórdia incríveis, pela primeira vez a Divindade foi dividida enquanto Jesus levava em seu corpo perfeito e sem pecado os pecados dos filhos de Adão e Eva. Até que, tendo absorvido cada último vestígio do nosso pecado, ele clamou: ?Está consumado!? E o véu do templo foi rasgado do céu à terra para que os homens e as mulheres pudessem novamente entrar na presença de Deus no frescor da brisa da tarde e andar e falar com ele. Nem tudo havia sido restaurado. O caminho daquele lugar de sacrifício e aqueles que andam nele, embora cobertos pelo sangue do Cordeiro, ainda levam as marcas de Adão. Eles passam pelo divórcio e pela morte, pelo câncer e pela traição, pela morte dos sonhos e pelas decepções da vida. Mas não é para sempre. Haverá um dia para cada filho de Deus quando o retorno em que estamos nos levar ao lar. Até então, um dos maiores presentes na nossa jornada é o fato de termos uns aos outros, pois não fomos projetados para fazer essa viagem sozinhos. Infelizmente, temos tendência a ser vulneráveis uns aos outros ou a tirar vantagem da ajuda uns dos outros. "