A Metamorfose

A Metamorfose Franz Kafka




Resenhas - A Metamorfose


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@aprendilendo_ 07/07/2020

Resenha de Metamorfose
“Caixeiro-viajante”, esse é o nome dado ao profissional responsável por vender os produtos em locais diversos de onde são realmente produzidos. No passado, quando ainda longe de uma tecnologia de transporte extremamente eficaz e rápida, esses trabalhadores tinham uma importante função para as indústrias e empresas ao espalhar o produto por geografias distantes. Nesse contexto, em Metamorfose, de Franz Kafka, acompanhamos a virada de situação de Gregor Samsa, um caixeiro-viajante, quando, em um dia aleatório, ele acorda com o corpo alterado para o de um pegajoso inseto.

Apesar de ser escrito em 1912, o livro fora publicado em 1915, apenas nove anos antes da morte por tuberculose de seu autor. Com cerca de 70 páginas e apenas um ambiente, a fama da obra certamente não é proporcional ao seu tamanho, afinal, é considerada como um dos maiores clássicos do século XX. Quando Gregor é transformado em algo parecido com uma barata, acaba perdendo o seu emprego o qual era diretamente responsável por manter a estabilidade econômica da família Samsa (nota-se que esse é justamente o foco, no livro, as pessoas dão muito mais atenção ao fato da perda do trabalho do que para a metamorfose em si). A partir disso, o narrador em terceira pessoa passa a descrever como os parentes e o pobre homem lidarão com sua transformação inesperada e com as consequências de não terem mais alguém para ajuda-los em seu sustento.

Antes de iniciar a obra, talvez seja fundamental ter-se a noção de que as literaturas de Kafka quase sempre abordam problemas da sociedade através de analogias e circunstâncias oníricas, com tons de realismo e fantástico. Nesse conto não é diferente. A metamorfose do protagonista é descrita de uma forma perturbadoramente lógica e representa sua ida de empregado para desempregado, incapaz de gerar dinheiro e de como isso afeta, tanto a própria mente quanto a das pessoas ao nosso redor. Pois como é percebido, não é apenas Gregor o transformado, mas toda a sua família começa a ter seu caráter desfigurado. Assim, o autor é bem sucedido em retirar qualquer resquício de felicidade de sua trama. Há uma dura e melancólica exposição da humilhação a qual cresce conforme as páginas, percebemos o amor modificando-se para amargura, abandono e raiva.

Cabe aqui ressaltar, trata-se muito mais de uma história criada para ser crítica do que uma história a qual tornou-se uma crítica. Dessa forma, não temos grande profundidade nos personagens e ambientes, há apenas uma explosão de ocorridos narrados para embasar a visão kafkiana de uma sociedade enclausurante, colocando o leitor como expectador e não personagem em si. Como consequência, não é gerado apego aos indivíduos e quem sabe sequer empatia sincera o que pode trazer uma sensação de falta de intimidade narrativa. Talvez, se a obra tivesse algumas páginas a mais, eu não teria me agradado nem um pouco e passaria a ter um sentimento estafante por conta de tal característica somada à incomoda situação tão friamente exposta. Apesar disso, por seu diminuto tamanho e forma fluída de ser desenvolvido, o livro consegue cumprir o seu papel e prender até o fim pelo fator curiosidade enquanto expõe uma visão dolorosa de como nos comportamos em certas condições, quando a sociedade insiste em rebaixar alguém à posição de mero parasita.

Metamorfose é um tanto quanto cru, mas igualmente instigante e com uma ótima capacidade de explorar várias possíveis interpretações. Por isso, em face de seu autor ser importante para o cenário literário e proporcionar um pensamento tão diverso capaz de gerar bons debates sobre o tema, o livro ainda é uma ótima peça para se ter em sua estante e eventualmente ser relido em momentos diferentes da vida para boas novas ponderações.

Para mais resenhas, acesse: aprendilendo.com.br

site: https://www.aprendilendo.com.br/post/resenha-de-metamorfose
@aprendilendo_ 09/07/2020minha estante
Com certeza, inclusive acredito ser essa característica de tirar alguém da zona de conforto um dos principais motivos para o sucesso do livro. Não é todo dia que vemos uma metáfora tão extrema, é um diferencial o qual o torna quase necessário de ser lido.


@aprendilendo_ 09/07/2020minha estante
Isso mesmo, rsrs. Espero que tenha uma ótima releitura.


Rammy 10/07/2020minha estante
Eu comprei um box com três livros de Franz Kafka: A metamorfose, o Processo e o Castelo.
Queria saber se são continuação um do outro.


@aprendilendo_ 10/07/2020minha estante
Oii, tudo bem? Não, são três histórias diferentes, a propósito, ótima compra, são as 3 mais famosas histórias do autor.


Rammy 11/07/2020minha estante
Oi Pedro!
Que bom!! Muito obrigada!! ?


@aprendilendo_ 11/07/2020minha estante
Por nada!


Ana Caroline 17/07/2020minha estante
Esse livro é tão desconfortável e mesmo assim não consegui parar de ler.


@aprendilendo_ 17/07/2020minha estante
Senti a mesma coisa lendo, a forma pela qual temos a narrativa causa um grande desconforto ao mesmo tempo que instiga a curiosidade para ver o final.


Deyse 17/07/2020minha estante
Livro muito perturbador, desconfortável, mas necessário! (como toda literatura kafkaniana)
Faz refletir como o indivíduo só vale algo se for útil pra sociedade que está inserido, caso não, ele é facilmente descartado.


@aprendilendo_ 17/07/2020minha estante
Concordo com você. Acredito que Metamorfose seja um livro o qual em um momento ou outro sempre será usado em citações e debates justamente por causa de seu exagero metafórico. Por isso mesmo acredito ser quase essencial pra todo leitor o qual queira aprofundar seus conceitos culturais e sociais.


Leka 01/09/2020minha estante
Leitura rápida e fluida. Termina em uma sentada no sofá. Clássico indispensável para quem quer ficar com uma história marcada na cabeça e meditando sobre ela por vários dias. É angustiante e fascinante ao mesmo tempo, se tornou um dos favoritos do ano pra mim. :)


@aprendilendo_ 01/09/2020minha estante
Concordo com você, é um livro bem interessante, pretendo ainda reler ele algumas vezes durante o passar dos anos.


Juba 07/11/2020minha estante
Só eu que odiei esse livro???


@aprendilendo_ 08/11/2020minha estante
Kkkkk, por qual motivo você não se identificou?


Olívia Flôr 12/11/2020minha estante
"[...] percebemos o amor modificando-se para amargura, abandono e raiva": Foi exatamente o que eu senti!

Ótima resenha!


Juba 27/04/2021minha estante
O livro tem 90 páginas mesmo


Rafaela 25/05/2021minha estante
Acho que justamente a simplicidade da história a torna tão complexa!


Ari 04/07/2021minha estante
Estou lendo este livro, logo fui buscar comentários aqui no skoob sobre ele. Me deparei com esse seu texto. É interessante algumas partes, porém, contém spoilers. Considero chato, isso.


Alê | @alexandrejjr 19/10/2021minha estante
Vitória, sobre a questão da versão reduzida: não, é a versão original mesmo, só a diagramação que pequenininha.


Sabrina 02/11/2021minha estante
Adorei a resenha e concordo com o que foi falado.
É um livro curto e simples, e talvez o motivo disso seja justamente demonstrar a rapidez com que os sentimentos mudam, quando as pessoas deixam de nós servir.


Andresa.Correia 17/04/2022minha estante
Uma obra breve mas fluída, chega a despertar indignidade ao término, isso se analisada por uma breve percepção, mas logo constatamos que há infinitas possibilidades de interpretação, e cada uma mais real que a outra, chega a doer, uma dor social e cruel, você só vale o que pode proporcionar para outros, o sofrimento solitário e insignificante para a maioria, isso é que toca, essa relação de sentidos às vezes óbvia e disfarçada de máscaras.


Steel 18/05/2022minha estante
(Spoiler) Cara, incrível como ele perde sua humanidade ao decorrer do livro, podendo ser interpretado de muitas formas, o fato de ele ter se transformado mudou totalmente o ambiente da casa. Os familiares pararam de ser tão dependentes dele e aprenderam com as circunstâncias a lidar com os problemas, apesar de no fim não se importarem mais com a barata. Muito bom?


Millena.Gehlen 12/07/2022minha estante
Nossa que livro interessante, terminei com um sentimento de revolta, angústia e tristeza. Que obra magnífica, se tivesse lido antes enquanto estava na escola não teria percebido a magnitude, como percebi ao ler ele agora.


Hanna Gaby 28/08/2022minha estante
A METAMORFOSE
A simplicidade que essa obra coloca o outro como descartável, é uma experiência catártica.

Me choca a forma como o outro é descartável diante de suas condições ? sejam elas físicas, espirituais ou emocionais.

O outro é completamente descartado de sua comunidade após enfrentar um problema. Mostrando o isolamento e alienação que um passa quando ?a vida continua? para aqueles ao seu redor, mesmo enquanto você enfrenta dificuldades e parece paralisado diante delas.

Outra coisa também é como as vezes o ser humano está tão envolto em seus próprios problemas que não percebe as mudanças absurdas que se impõe sobre o indivíduo? e ele tenta continuar, mesmo que já não seja possível. É preciso parar, analisar sua nova carcaça e traçar uma nova rota para que a vida seja preservada. No fim, é essencial cuidar de si ? ninguém dará mais valor a você, do que você mesmo!


Luiz 23/10/2022minha estante
Nesse livro curto e surpreendente é mostrada o papel daqueles que apenas nasceram para servir, e não serem servidos. O capitalismo encachapado na família Sansa mostra que o valor de alguns é medido pelo capital que produz, fora isso, morra como uma barata!


maabtl 31/03/2023minha estante
necessário pra caramba


borges 26/04/2023minha estante
Meu deus! Tirou as palavras de minha boca


Kayky17 10/05/2023minha estante
Como faço para escrever igual a você?


CheGuelara 29/06/2023minha estante
Resenha excelente!


Arthur 14/07/2023minha estante
maluco virou um besourãokkkkk


Flavio56 04/09/2023minha estante
Top demais! Kafka era um pessimista e podemos falar também Existencialista, pois tratou nesse livro o absurdo da vida ( para usar um termo de Camus) Indispensável.


Téia Alves 08/09/2023minha estante
Livro desafiador!!


jessxlana 11/09/2023minha estante
Muito bom! Faz você entrar na mente de Gregor e se imaginar como seria toda essa situação e principalmente o fato da sua família ter tanto nojo e repulsa de você. Ao mesmo tempo que é totalmente compreensível a reação da família. Adorei ler.


madu.justino 30/12/2023minha estante
quarto ano seguido relendo essa obra, fico surpresa por sempre esquecer o final... mas realmente a sua capacidade interpretativa muda bastante, você pega novos detalhes e até esquece porque grifou alguns trechos. é uma ótima experiência.


Heloisa516 06/01/2024minha estante
É um livro incrível! Tem uma prosa que é precisa e envolvente. Através dessa metamorfose, Kafka aborda temas profundos como solidão, conformismo, inadequação e humilhação, e nos faz sentir a agonia de Gregor aceitando a sua metamorfose.
Enfim, É uma obra que permanece relevante, convidando o leitor a descobrir novas nuances a cada releituraA Metamorfose é um clássico que nos desafia a questionar nossa própria humanidade e as complexidades que nos cercam, e vale muito sua leitura!


Sandra763 05/03/2024minha estante
Leitura rápida e reflexiva. Quanto somos importantes nos dias de hoje?? Até quando ??? Forte




Robson 28/03/2011

O pequeno grande livro de Kafka
Em poucas páginas, em um estilo ousado e objetivo, Kafka criou uma das mais perturbadoras obras da literatura mundial.


Tudo começa com a inesquecível cena de Gregor Samsa acordando e percebendo que se transformou em um inseto monstruoso. É interessante notar, que o que mais impressiona aqui é a naturalidade com que o autor retrata toda a situação de Gregor, ele o faz de uma maneira tão sucinta e objetiva que parece que estamos vendo uma pessoa sofrer de resfriado ou algo assim.


Não existe em nenhum momento aquela reação que se é esperada de uma pessoa que sofre de uma terrível transformação física, o que se vê aqui é somente a constatação de que Gregor não poderá naquele dia cumprir o ritual diário de sua vida: acordar cedo, pegar o trem e prosseguir com a sua profissão de caixeiro-viajante. Toda a situação é vista como um obstáculo que impossibilita Gregor de seguir sua vida imediata, cotidiana.


Nada na obra de Kafka é escrito sem muita tristeza e desolação, parece que o que ele realmente pretendia ao escrever o livro, era fazer o leitor acordar de um transe profundo no qual este não se da conta de que de uma hora para outra, todos os conceitos e todas as certezas que temos podem ser subvertidos sem qualquer aviso ou prevenção; é como se Kafka nos desse um tapa na cara (como quem diz: acorde para a vida ou as coisas podem mudar e você pode se ver indefeso subitamente).


Esse sentimento de impotência é ressaltado pelo próprio autor em uma carta: Precisamos de livros que nos afetem como um desastre, que nos angustiem profundamente, como a morte de alguém que amamos mais do que a nós mesmos, como ser banido para florestas distantes de todos, como um suicídio. Um livro tem que ser o machado para o mar congelado dentro de nós.


Então Kafka já havia criado uma narrativa singular, cuja sensação de impotência em relação à história é sempre presente não só para Gregor, como também para o leitor.


O que resta ao leitor é ter que se conformar com a situação cujo ponto de partida ele desconhece, permanece oculto até o último momento. O que permanece é a dúvida, pois tanto Gregor quanto o leitor não sabe o porque do protagonista ter sido transformado em um inseto.


Isso pode servir como uma metáfora para a própria falta de humanidade e espírito caridoso da grande maioria das pessoas, que em certas oportunidades tratam de forma injusta ou até humilhante seus semelhantes, simplesmente porque estes causam problemas.


Isso se reflete em um trecho do livro em que a família de Gregor decide dar fim a toda a situação matando-o (por assim dizer), visto que este último não consegue ajudar no sustento da família, já que não pode trabalhar e garantir mantimentos para esta.


Esse livro funciona como uma espécie de espelho para inúmeras situações que presenciamos em nosso cotidiano, como filhos que resolvem colocar os pais em asilos, porque estes dão muito trabalho e já não ajudam (de uma forma ou de outra), sendo chamados até de parasitas, a questão aqui é a seguinte: como você pode simplesmente desprezar alguém que te ajudou a vida inteira porque tal pessoa não corresponde mais as suas expectativas, e como se sentiria essa pessoa? Se você pensou em um inseto, então estamos na mesma conversa, certo.


Parece-me que existe alguma coisa muito errada nesse utilitarismo cego; deixar uma pessoa de lado simplesmente porque não abraçam nossos anseios e expectativas; deve-se reconhecer que tal pessoa teve durante muito tempo, grande importância em nossas vidas, como no caso de Gregor, parece que o fato dele ter trabalhado e ajudado durante longo tempo sua família, não contribui em nada para este ser tratado como um mero inseto, seria o mesmo que abandonar uma pessoa doente na família ou um amigo, visto que este não pode mais lhe beneficiar, tratando-o como um nada, um inseto.


Ou o que devemos preservar em uma pessoa que nós é importante seja certamente a lembrança, de que essa pessoa é o que ela sempre foi, não o que se parece agora, tendo isso em mente é possível conviver em paz e aceitar essa situação com uma perspectiva diferente da que é mostrada no livro.


Infelizmente para Gregor e para o leitor de Kafka, o mundo que Kafka cria se mostra como sendo o mundo real: não é o mundo do era uma vez, mas do é, como se pode ler no texto, este uma espécie significação pura, tudo é o que é, sem nenhuma atenuação, como na própria vida.
Júlia 06/01/2012minha estante
O teu conhecimento sobre o autor, a obra e teu entendimento sobre o livro em específico fizeram da tua resenha a melhor que li aqui. O melhor desse livro é a forma de Gregor de agir com a situação, onde Kafka não a dramatiza do ponto de vista do homem que se torna inseto. Ele tenta de todas as formas diminuir a repulsa familiar e agradá-los com seu gosto pela música da irmã, perdão às agressões do pai, sem obter resultado algum. Ótimo livro, ótima resenha


Manini 19/06/2012minha estante
Essas edições que tem ai, tem quantidades de páginas diferentes, o conteúdo é o mesmo? to querendo comprar as edição da abril o conteúdo é o mesmo para todos, ou sofre muita alteração.


Yas 05/12/2012minha estante
Realmente é um livro muito lindo, o autor nos mostrou de uma forma um tanto inusitada como a sociedade trata algumas pessoas. Chorei só de ouvir o meu irmão comentar sobre a história!


rafael 13/01/2013minha estante
E o mais complicado de toda essa situação é que todos passam a vê-lo não só com uma parasita, mas também como uma ameaça, porque além dele ter parado de ajudar pela incapacidade, ele ainda dava prejuízo espantando a fonte de renda que seria os inquilinos no caso. O mais triste do livro é que a pessoa que mais o ajudou foi a primeira a levantar a decisão de dar um fim nele, sendo que o coitado do Gregor teve que carregar, mesmo que mostrando-se conformado, um fardo de culpa que não era dele, sendo que ele ainda se preocupava muito com a família e o auge do desfecho veio justamente do encanto que ele tem com sua irmã tocando violino...


Johnny B. 01/03/2013minha estante
Grande perspectiva... dá uma olhadinha no meu blog. http://www.bibliadekafka.blogspot.com.br/


Leticia 08/10/2013minha estante
Ótima resenha! Também adorei o livro. Uma coisa que eu achei interessante estava na introdução da edição que eu li, traduzida por Celso Donizete Cruz. Este escreveu algo para se pensar: se Gregor ainda era humano quando inseto, já era inseto enquanto humano?


Maria 31/10/2013minha estante
História triste, mas que reflete bem a essência humana no que se refere ao tratamento com o outro, sobretudo se esse outro se torna um "fardo".


mon.amour93 22/02/2014minha estante
Eu adorei a sua resenha. E sempre me vem um sentimento triste e de revolta quando leio metamorfose. Penso bastante em meus familiares, e é complicado quando se trata de pessoas com doenças sérias. Muitas vezes perdemos a cabeça...[sessão desabafo]
Enfim sua resenha expressa bem os sentimentos que eu senti ao ler.


Karol.Mendes 12/02/2015minha estante
Só de ler esta resenha já coloquei o livrinho na minha listinha! :D


Maria Isabel 26/03/2015minha estante
Simplesmente amei sua resenha, você conseguiu falar tudo o que o livro é, e isso não tem preço!


Nando 16/09/2015minha estante
A minha mente limitada só me permitia ver - ou pelo menos com mais ênfase do que as outras possibilidades - o Gregor como impotente diante de uma situação que se impôs sobre ele de forma inexplicável e sem perspectiva de mudança.
"Ah, sou um inseto, por que isso ocorreu e porque minha família mudou o modo como me trata?". Ele fica apenas a descobrir a conveniência das relações que se formam apenas por interesse, ou pelo menos assim é que se mostra.
Obviamente que em um momento ou outro do livro nota-se um pequeno resquício da consideração dos familiares, ou melhor "das" familiares, pois o pai não demonstra ou pelo menos eu não percebi - perdão, caso eu esteja errado - nenhuma demonstração de preocupação em relação ao filho.
Como exemplos de demonstração dessa pequena consideração em um momento ou outro temos a parte em que Grete, irmã de Kafka, e sua mãe - que durante o livro todo não é citado o nome, assim como o pai, revelando o tom autobiográfico da obra que todos já conhecem - retiram os móveis, então a mãe de Gregor fala algo parecido com "Será que fazendo isso" - retirar os móveis do quarto de gregor - "não estamos reconhecendo que perdemos todas as esperanças de melhora do estado atual de Gregor?" e mesmo a irmã quando cita que o fato de retirar os móveis - não tenho certeza se é na mesma cena imagina que retirando os móveis sobra mais espaço para o irmão "rastejar". Elas retiram os móveis e a Grete ainda deixa o canapé por saber que Gregor gosta de ficar ali "escondido". De certa forma vi como uma consideração ainda, mas enfim...

Excelente resenha do Robson. Só citei essa parte pra tentar complementar ou pra apresentar minha visão, mas se tratando de Kafka, o fato de ser algo quase alegórico já tira qualquer certeza em relação ao que o autor quis dizer.


Jéssica Duarte 18/02/2017minha estante
Que resenha maravilhosa, terminei o livro sem conseguir identificar o que estava ao certo sentindo até ler isso aqui.


Sarinha 05/03/2017minha estante
Eu tentei escrever uma resenha e você conseguiu transmitir na sua resenha tudo que eu estava sentindo e não consegui expressar. ?


Robson 03/07/2019minha estante
Grato a todos os que gostaram e dispuseram de seu tempo pra vir comentar aqui. Eu não sou escritor nem nada então, se consegui me expressar da forma que o livro faz nos sentirmos então... deve ser algo bom
De qualquer forma muito obrigado a todos, de verdade mesmo


Yale Monteiro 12/01/2020minha estante
Confesso que li o livro e não consegui receber as informações que você e a maioria leitores receberam. Não sei se é por causa da minha idade ou simplesmente não foi o momento certo, mas sua resenha clareou as coisas para mim. Essas lições estavam na minha mente porém pouco desenvolvidas e você me ajudou nisso. Obrigada.


Rafael.Passos 03/04/2020minha estante
Amei esse livro, é uma história curta e cheia de enredos para todos os tipos de leitores. É um grande clássico, sem dúvidas!


Daniel.Malaquias 27/05/2020minha estante
Perfeita análise, parabéns. Essa obra de Kafka realmente é uma indagação sobra a vida e um despertar de consciência em nossas mentes, por vezes inertes.


wesleyreis 09/06/2020minha estante
Não gostei muito do livro, mas depois desse comentário, o livro melhorou consideravelmente


Olívia Flôr 12/11/2020minha estante
Excelente resenha!

Confesso que senti um certo incômodo na apatia dele com a metamorfose, pois em momento algum ele se exaspera ou se rebela com a sua nova condição.

Adorei as reflexões que você conduziu!




Alane.Sthefany 20/03/2022

A Metamorfose - Frank Kafka
O início de todo livro é fundamental para o seu sucesso, e,
provavelmente, em A metamorfose , Kafka escreveu a primeira linha mais impactante da literatura contemporânea:
?Quando Gregor
Samsa, certa manhã, acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se
em sua cama metamorfoseado em um inseto monstruoso?
Essa única sentença
leva o leitor a imaginar todas as implicações de se acordar diferente,
depois de consideráveis ?sonhos intranquilos?.

[...]

Ah, e preste atenção ao
acordar depois de ler este livro: talvez você tenha sonhos
intranquilos, e certamente não será a mesma pessoa de antes.

PETÊ RISSATTI

[...] ?? Spoiler ??
Minhas Considerações do Livro
Metamorfose (Clássico) ???

Eu chorei lendo esse livro, e não esperava por isso. Mas durante a leitura, me coloquei no lugar de Gregor. Ele que em uma bela manhã, sendo um jovem comum, caixeiro viajante, trabalhador,
que sustenta a falência de sua família, encontra-se metamorfoseado
em um inseto monstruoso.

Senti que ele era como um desconhecido na própria casa, para a sua família, mesmo antes de ser sobrenaturalmente transformado nesse inseto monstruoso, antes mesmo dele sofrer uma Metamorfose.

A família dele me passaram a impressão de que só estavam escorando nele, sendo dependente do Gregor, o explorando, mesmo que o mesmo, fizesse de tudo para o bem-estar da família, que morava em um grande apartamento, mas que ele mal tinha tempo de aproveitá-lo, já que vivia viajando, devido ao serviço e as despesas e dívidas que deveria pagar (até mesmo da família). É notório, a esperança que ele tinha de deixar esse emprego, no entanto, tinha suas responsabilidades e também as da família sobre seus ombros, já que a irmã, era menor de idade e os pais já eram de idade e não tinha tanto robustez e força (segundo Gregor). Mas por incrível que pareça, depois de Gregor sofrer essa Metamorfose, todos eles mudaram suas rotinas, e começaram a se responsabilizar por eles mesmos (do contrário, morreriam de fome e a míngua).

Gregor passa a ser visto pelos outros ? e isso incluía
sua própria família ? como um parasita, uma criatura repulsiva,
nojenta, desagradável e indesejável.

?O parasita da família?

LOURENÇO MUTARELLI

[...]

Fiquei lendo, e vendo o total descaso que eles tratavam o Gregor e me emocionei diversas vezes, porque eu lembrei que isso que eles estavam fazendo com Gregor, reflete muitas coisas (já) vistas na sociedade (seja na escravidão de negros, seja no nazismo, na qual matavam judeus e outros, nos holocaustos ... na época em que esses não eram considerados seres humanos, com direitos iguais aos outros), e nos tempos atuais, reflete o que acontece por exemplo, quando chegamos na fase da velhice. Lembrei-me de uma pregação do Padre Fábio de Melo, sobre essa fase, que nós não temos nada mais a oferecer, no entanto, para aqueles que nos ama, não perdemos o nosso valor e o nosso significado.

A juventude é cheia de obrigações. E como é difícil você ser jovem/adulto e ao mesmo tempo, você não ter o direito de se cansar, de querer dar uma pausa, uma respirada, de um tempo. A gente tem uma agenda tão pesada e apertada, que muitas vezes não temos nem o direito de adoecermos. (Como ocorreu com Gregor, ao atrasar no serviço, e o gerente ir a sua casa)

E a velhice é esse tempo que nós temos o direito de viver essa doce inutilidade. Por mais difícil que seja aceitar essa fase da vida, que todos teremos que passar, não adianta fugir. Mais cedo ou mais tarde, na vida, nós teremos que experimentar esse território desconcertante da inutilidade.

A palavra é pesada, porém é o movimento natural da vida (nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer), quando a gente vai perdendo as nossas habilidades e as destrezas da juventude. O nosso vigor, a nossa força.

E muitas vezes pensamos que as pessoas gostam da gente, todavia, muitas só estão, na maioria das vezes, interessadas no que podemos proporcionar/fazer por elas.

E é nessa fase, que descobrimos quem nos ama de verdade, porque só nos ama, aquele que ficará até o fim, que depois da nossa utilidade, descobriu o nosso verdadeiro significado.
Se envelhecermos ao lado dessas pessoas, mesmo depois, de nos tornarmos "inúteis", ainda assim, não perderemos o nosso valor.

Aquela pessoa que olha para você e sabe que mesmo não servindo para muita coisa, ainda sabe que você continua tendo o seu valor e grau de importância na vida dela.

Ele termina o seu argumento assim:

"Se você quer saber se a pessoa te ama de verdade, é só identificar se ela seria capaz de tolerar a sua inutilidade.

Quer saber se você também ama alguém?
Pergunte a si mesmo, quem nessa vida, já pode ficar inútil para você, sem que você sinta o desejo de jogá-lo fora, pois só o amor nos capacita a cuidar do outro até o fim.

Feliz aquele que tem ao final da vida a graça de ser olhado nos olhos e ouvir a fala que diz:

Você não serve (mais) para nada, mas eu não sei viver sem você."

[...]

Amei os comentários e pontos de vistas de outros leitores do livro (todos eles eram também escritores), e separei as partes que mais gostei. ???

[...]

Em determinada altura, quando fica claro à família Samsa
que não verá de novo Gregor como ele sempre foi, o protagonista
deixa de ser chamado de ?ele? (er ) e passa a ser tratado de ?isso?
(es ) pelo narrador, que representa a visão que o mundo tem do metamorfoseado Gregor; no entanto, o leitor sabe que, em seu
íntimo, Gregor é a mesma pessoa, como se aprisionado naquele ser
temido, semelhante ao príncipe transformado em Fera do conto de
fadas francês, mas sem o poder e a ferocidade do nobre; o que lhe
resta é aceitar as sobras da família, os restos de comida, de
atenção, de afeto, de respeito. Gregor é reduzido à condição de
bicho pelos demais, relegado aos cantos da casa, escondido das
vistas das pessoas, retirado do convívio e, pela falta de voz e de
significância, aos poucos também se animaliza. Mas a essência do
ser humano ainda permanece nele, e por meio de suas emoções, ao
final do texto, o personagem revela ao leitor que o homem ainda
está ali.

PETÊ RISSATTI

[...]

Os leitores de A metamorfose (1915) deparam, desde o início da
novela, com a transformação fabular do jovem caixeiro-viajante
Gregor Samsa em um inseto repugnante, que sofrerá ainda mais
com o jugo que a família lhe impõe. A animalização de seres
humanos e a antropomorfização de animais também seriam
utilizadas por Kafka em ?A pequena fábula? (1920), breve narrativa
que pode ser tida como uma verdadeira síntese do universo
kafkiano :
?Ah?, disse o rato, ?o mundo torna-se cada dia mais estreito. A
princípio era tão vasto que me dava medo, eu continuava correndo e
me sentia feliz com o fato de que finalmente via à distância, à direita
e à esquerda, as paredes, mas essas longas paredes convergem
tão depressa uma para a outra que já estou no último quarto e lá no
canto fica a ratoeira para a qual eu corro?. ? ?Você só precisa
mudar de direção?, disse o gato e devorou-o.

?Há esperança, mas
não para nós?.

FLÁVIO RICARDO VASSOLER

[...]

Como Kafka escapou desse corpo que nos disseram ser o
nosso?

Toda a sua obra não fez senão que isso: escapar desse corpo.

Uma das poucas novelas publicadas em vida, em 1916 irrompe,
deitado sobre as costas duras como couraça , Gregor,
metamorfoseado num inseto monstruoso. Mas como convencermo-nos dessa potencia metamórfica se Gregor, esmagado por um corpo
denso e largo sobre patas finas e incontroláveis, mostra-nos tão
somente o abandono, a solidão e a fragilidade na qual encerra-se e
na qual é deixado, dado a estranheza, a feiura e o medo que
provocava em toda a ?espécie humana??

(...) sua forma inseto, monstruosamente destruída pela
espécie humana.

Ler ou reler um clássico implica não somente em conhecer o
contexto desse autor e de sua obra (na maior parte póstuma). Mas
também deixarmo-nos tocarmo-nos pela força daquilo que depois de
cem anos ainda hoje nos interroga. Desalojando-nos de nossos
assentos.
Isso que nos toca está presente em toda a nervosidade que
percorre a sua narrativa. Nervosidade essa que em nada depende
do suspense. Já que desde a primeira linha de seu texto sabemos
que numa manhã um jovem comum, caixeiro viajante, trabalhador
que sustenta a falência de sua família, encontra-se metamorfoseado
num inseto monstruoso.
De onde vem então essa nervosidade que ainda nos toca,
pungente, presente ao longo de todo o texto?
Estaria ela na angústia desse homem cujo corpo vai pouco a
pouco alterando os seus movimentos, a sua possibilidade de estar
no mundo que lhe pertencia, de mexer a cabeça, ou de poder ou
não ainda falar? Curiosamente sua comunicação com a espécie
humana não se interrompe, porque de algum modo ele, em nenhum
momento, deixou de ser Gregor, mesmo sendo também, e ao
mesmo tempo, aquele ?inseto horroroso?. O que se interrompe de
fato é a comunicação da espécie humana com a sua espécie ?
metamórfica, que a partir de uma manhã passa a abrigar Gregor e o
inseto desconhecido no qual ele subitamente se transformou num
mesmo e diferente corpo.

[...]

Os estados de sufocação que experimentou Gregor no seu outro
corpo, escondendo-se para não assustar a espécie humana, mesmo
que frágil e inofensivo se sentisse ?ele mesmo?, são hoje estados
cada vez mais cotidianos em nossas vidas. Como se já não
respirássemos todos o mesmo ar.

ANA KIFFER


Quotes e Trechos Preferidos ?????

Bons
livros contam histórias que transformam a nossa vida. Ótimos livros
são aqueles que contam histórias que também se transformam ao
longo da transformação da nossa própria vida.

(Apresentação - OTÁVIO ALBUQUERQUE)
.

?Ah, Deus?, pensou, ?que trabalho penoso fui escolher! Dia após
dia viajando. As agitações comerciais são bem maiores do que na própria sede da empresa e, além disso, ainda me impõem essa
vexação que é viajar, as preocupações com baldeações, as
refeições irregulares, ruins, um convívio humano que sempre muda,
nunca perdura nem se torna afetuoso. Que o diabo carregue tudo
isso!?.

.
?Acordar assim tão cedo?,
pensou ele, ?deixa o sujeito estúpido". A pessoa precisa de seu sono.

.
[...] não esqueceu de se
lembrar, nesse ínterim, que reflexões calmas, inclusive as mais
calmas, seriam melhores que decisões desesperadas.

.
Estou estupefato, estupefato. Considerava o senhor uma pessoa calma, sensata, e
agora de repente o senhor parece querer começar a exibir
estranhas manias. (Gerente)

.
? Que vida quieta a família levava ? disse Gregor a si mesmo
e sentiu, enquanto encarava a escuridão diante de si, grande
orgulho por ter proporcionado aos pais e à irmã tal vida em um
apartamento tão bonito. Mas como seria, se agora toda a
tranquilidade, todo o bem-estar, toda a satisfação tivessem de
chegar ao fim de um modo apavorante?

.
Antes, quando as
portas estavam trancadas, todos queriam entrar para ter com ele;
agora que ele havia aberto uma porta, e as outras tinham sido
obviamente abertas durante o dia, ninguém mais entrava, e as
chaves também estavam do lado de fora.

.
Ali permaneceu a noite toda, que em parte passou em
semissono, do qual era despertado no susto pela fome, mas em
parte envolvido em preocupações e esperanças indistintas que o
levaram à decisão de que, por ora, precisava se comportar com
tranquilidade e, com paciência e máxima consideração pela família,
tornar suportáveis as vexações que ele, em seu estado atual, era
forçado a lhes causar.

.
[...] como não o compreendiam, ninguém
imaginava, nem mesmo a irmã, que podia entender os outros (...)

.
Gregor ganhara tanto dinheiro que teve condições de arcar, e de fato arcou, com os dispêndios de toda a
família. Isso se tornou um costume tanto para a família quanto para
Gregor: aceitava-se o dinheiro com gratidão, ele o entregava com
prazer, mas disso não resultava mais nenhum entusiasmo
excepcional.

.
Parecia ter recordado ao pai
de Gregor que, apesar de sua presente figura triste e repulsiva, ele
era um membro da família, que não podia ser tratado como um
inimigo, e que diante dele valia o mandamento do dever familiar de
engolir a aversão e tolerar, nada mais que tolerar . (Depois de quase matar Gregor, com uma maçã) ??

.
Não quero dizer o
nome do meu irmão na frente desse monstro e, por isso, eu digo:
precisamos dar um jeito de nos livrarmos dele.
(...)
Precisamos tentar nos livrar disso, isso ainda vai matar vocês, é o que vejo. Quando se precisa trabalhar tão duro quanto nós todos, não é possível ainda
aguentar em casa esse tormento eterno.

(Enquanto ele antes se sacrificava pela família sem medir esforços) ??

Você precisa simplesmente se livrar do pensamento de que isso é
Gregor. Nosso verdadeiro infortúnio foi termos pensado assim por
tanto tempo. Mas como isso pode ser Gregor? Se fosse Gregor, já
teria entendido há muito que a convivência de pessoas com um
animal desses não é possível e teria partido por vontade própria.
Então, não teríamos irmão, mas poderíamos tocar a vida e honrar
sua memória.

[...] fora deixado à própria sorte.

Quando terminou a
manobra, começou imediatamente a retornar em linha reta. Ficou
surpreso com a grande distância que o separava de seu quarto e
não compreendeu como, em sua fraqueza, tinha percorrido pouco
tempo antes o mesmo caminho quase sem se dar conta. Sempre
preocupado em rastejar ligeiro, mal atentou ao fato de que nenhuma
palavra, nenhum chamado de sua família, o perturbava. Apenas
quando já estava à porta, ele virou a cabeça, não totalmente, pois
sentiu o pescoço endurecendo, mas mesmo assim ainda viu que
atrás dele nada havia mudado, apenas a irmã havia se levantado.
Seu último olhar pairou sobre a mãe, que agora havia adormecido
por completo.

(Minutos depois, a irmã o tranca no quarto. Partiu meu coração ele indo em direção a família, e ao som do violino que estava sendo tocado pela irmã, mesmo no estava deplorável que se encontrava, para logo depois, acontecer isso, e voltando sem forças e energia para dentro do quarto, para não atormentar a família) ??
.

O corpo inteiro lhe doía, mas para ele era como
se as dores fossem ficar aos poucos mais e mais fracas, até por fim
desaparecerem por completo.
(...)
Então, sua cabeça se afundou sem que fosse de sua
vontade, e das ventas correu seu último e fraco suspiro.

[No outro dia, quando a faxineira foi ao quarto de Gregor] ???

? Vejam só uma coisa, senhores, ele bateu as botas; está lá
caído, bateu as botas para valer!

? Morto? ? disse a senhora Samsa, olhando para a faxineira
com ares interrogativos.

? É o que quero dizer ? respondeu a faxineira.

? Bem ? disse o senhor Samsa ?, agora podemos agradecer
a Deus. ? Ele fez o sinal da cruz, e as três mulheres seguiram seu
exemplo.

[...] ??

? Bem, a senhora não precisa fazer
caso de como jogar fora aquele negócio que fica no quarto ao lado.
Já está em ordem.

???
Vladi 20/03/2022minha estante
Esse livro está no meu radar, ainda não li nada desse autor. Parabéns pelas suas resenhas, são muito completas.


Núbia Cortinhas 20/03/2022minha estante
Nossa! Fiquei emocionada, fiquei com vontade de ler esse livro. Parabéns pela linda resenha! As suas resenhas arrasammm!!


Alane.Sthefany 20/03/2022minha estante
Vladi e Núbia, muito obrigado !!! ???

Recomendo bastante, leiam com calma, já que cada um tem uma interpretação do livro.
Por ser algo anormal, e aberto a novas ideias, devido as metáforas e figura de linguagem do próprio enredo em si.

Eu escrevi o que me venho na mente ao ler.

Quero muito saber a interpretação de vocês.

Espero que gostem, e que tenham a mesma experiência ou até melhor que a minha ao lê-lo. ???


Ricardo 20/03/2022minha estante
Quando eu li esse livro, eu não esperava que fosse tão bom..
Rendeu muitas reflexões..
Adoro ver as resenhas e ver o que outras acham do livro..

Bela resenha, parabéns. :)


Núbia Cortinhas 20/03/2022minha estante
O legal tbm é que dá pra ter uma breve noção da escrita pelos quotes, acho isso muito legal mesmo. Sempre leio com calma as tuas resenhas, sei o quanto é trabalhoso escrever.


Alane.Sthefany 21/03/2022minha estante
Núbia,

Eu não sou besta, procurei a edição com a linguagem acessível, kakakakakaka...
Geralmente a Antofágica.

Recomendo essa, que eu vi umas pessoas reclamando sobre o vocabulário, a escrita, mas nessa edição foi muito fácil ???

Eu nem leio sinopse, e você lendo os Quotes ? ?????


Alane.Sthefany 21/03/2022minha estante
Rick,

Ahh, muito obrigado!!! ?
Nem eu, eu li, somente por ler mesmo, já que foi uma recomendação de alguém que eu admiro muito.

E não espera que eu ia gostar tanto ??

Sim, muitas reflexões... Adoro quando um livro causa esse efeito em mim ?


Núbia Cortinhas 21/03/2022minha estante
Kkkkkkkkkkkk espertinha hein!?!! ???

Lannêh, eu sou o tipo de leitora que lê tudo num livro... Primeiro eu cheiro o livro, depois leio a sinopse que vem atrás do livro, depois as orelhas (se tiver), dedicação, agradecimento, todos os direitos reservados, quem fez a capa..., sumário (gosto de saber os títulos dos capítulos), introdução...

Ah e um dicionário Aurélio do lado, e uma caderneta ( para anotar datas e quem é quem - mas em thriller que tem muitos personagens).

Menina se vc se dá ao trabalho de escrever os quotes, vai ter alguém que os lerão kkkkk, não deixa de ser um contato com o livro. ?????


Núbia Cortinhas 21/03/2022minha estante
Rick eu também sempre procuro resenhas para saber a opinião da galera. E se for negativa e eu estiver com muita vontade de ler eu leio assim mesmo, não me deixo influenciar, pois a leitura também vai muito do momento e estado de espírito do leitor.


Mariana 21/03/2022minha estante
Aí amoooooo. Quero reler e quero essa edição aí. Meu coração foi partido, oh família....


Alane.Sthefany 21/03/2022minha estante
Núbia,
Nossa, realmente você vivencia e perscruta o livro minuciosamente, chocada ?????

É que eu achava que só lia os quotes, quem já tinha lido o livro, até porque eu escrevi quase a história inteira dele ???

Principalmente para mim, que não leio sinopse, por atrapalhar minha experiência com leitura, mas se não atrapalha a sua, pode ir em frente ??


Alane.Sthefany 21/03/2022minha estante
Mari,

Eu amei tbm ?
Que família !!! ??
Você vai amar essa edição, a linguagem é perfeita.
E claro, reler um livro, sempre trás novas experiências ???


Núbia Cortinhas 21/03/2022minha estante
Eu não ligo pra spoiler não kkkkkk as vezes a ansiedade é tanta que vou pesquisar seja livro, filme


Núbia Cortinhas 21/03/2022minha estante
(continuando pois enviei sem querer)
... Filme ou série. Eu tenho que trabalhar mais a paciência kkkk
Spoiler pra livro até eu chegar a ler a parte eu já esqueci, não perco o interesse ou o ritmo. Até porque eu leio vários livros ao mesmo tempo.


Ricardo 21/03/2022minha estante
Já eu, tenho a maior aversão a spoilers, tento saber o mínimo possível do livro, pra cada coisinha ser uma surpresa pra mim, sla acho é mais legal assim :)


Cris 31/03/2022minha estante
Este livro está na minha lista. ?


Alane.Sthefany 31/03/2022minha estante
Cris,

Se for a Edição da Antofágica, a leitura será muito acessível.

Espero que goste, quando for ler ???


Cris 31/03/2022minha estante
Não sei qual é a edição. Vou dar uma olhada. Obrigada pela dica. ?


Alane.Sthefany 31/03/2022minha estante
Por nada ?


Marcelo 15/04/2022minha estante
Minha filha vai ler este livro na escola e eu vou junto que é para ajudar. Não sei a edição, mas espero que seja menos rebuscada e possa assim aproveitar a história. Obrigado pela resenha, já me animei a ler este.


Alane.Sthefany 15/04/2022minha estante
Marcelo,

Essa edição é a mais fácil, da Antofágica, não sei como são as demais, porém essa é muito acessível e de fácil compreensão,super recomendo.

E parabéns, por incentivar sua filha, e ser um grande exemplo de leitor para ela, tenho certeza que só somará na vida dela o hábito de leitura. ??




Lara.Bia 18/01/2021

Ele virou uma barata? De que tamanho?
O livro possui cerca de cem páginas, mas consegue transmitir intensas emoções desde o começo. A angústia só cresce com o decorrer do livro, as descrições de dores e a frustrante família do personagem só piora a situação para ele.
Creio que Kafka buscava retratar a hipocrisia dos homens e da sociedade daquela época, mas que não muda muito em relação aos dias de hoje.
Esse livro é desesperador, leiam, é muito bom!
Le 18/01/2021minha estante
É muito bom msm!


Priscila 21/01/2021minha estante
Quero ler ?


Lara.Bia 21/01/2021minha estante
Eu recomendo bastante!


Clemente 22/01/2021minha estante
Quando eu li esse livro me veio à ideia que a tal metamorfose pudesse ser a alusão a uma doença contagiosa da época, tuberculose ou sífilis. Doença que transformava o indivíduo em um pária, na sociedade e na própria família. Mas não pesquisei essa relação, só ficou na cabeça a ideia. Mas realmente é um livro inquietante.


Lara.Bia 22/01/2021minha estante
Faz bastante sentido, eu acho que pode ser uma alusão a isso sim


Flávia 27/01/2021minha estante
Muito bons seus comentários!!




Isabella.Lubrano 07/08/2015

Rápido e potente, como uma noite de pesadelo
“Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se metamorfoseado em um inseto monstruoso”

Há exatamente 100 anos, o mundo conheceu a frase de abertura mais drástica e surpreendente da história da literatura.

Há 100 anos, o jovem escritor tcheco Franz Kafka publicou o seu livro mais conhecido: "A Matamorfose", uma pequena novela em três capítulos – sucinta e potente como uma noite de pesadelo.

Quem nunca ouviu dizer que essa ou aquela situação é kafkiana? Geralmente a pessoa quer dizer que a tal situação é estranha, meio bizarra. Mas não é bem assim.

Tudo que tem a ver Franz Kafka, na verdade, é cercado de mistério. Ninguém tem realmente certeza do que ele queria dizer com as histórias perturbadoras que ele escrevia.

Um homem normal acorda um dia transformado num inseto gigante, que provoca medo, nojo e vergonha na própria família. Por que isso acontece, nós não sabemos. E mesmo sem dar nenhuma resposta, “A Metamorfose” se transformou num clássico incontestável, lido com fascinação por leitores de todas as idades, no mundo inteiro.

Significados complexos, sim. Mas a verdade é a linguagem é muito simples e fácil de entender. E as tais situações kafkianas que ele imaginava, para muita gente, traduzem dilemas do homem moderno.

Essas situações, em que a pessoa de repente se vê refém de uma força muito maior e confusa e não tem nenhuma possibilidade de se defender, é o que Franz Kafka nos apresenta em “A Metamorfose” e muitos outros livros também.

São situações, verdadeiramente, Kafkianas.

site: https://www.youtube.com/watch?v=ddOFIKlN9nA
Jeferson 29/09/2020minha estante
Um dos primeiros que eu li por causa do ce. Hehehe.


Carlos.Gleidson 28/11/2022minha estante
Gosto muito do seu canal do youtube. Um abraço!




Rosangela Max 21/05/2021

Que delícia de leitura!
É um livro curtinho, mas não o subestime!
A ótima tradução torna a leitura mais fácil e o resto fico por conta da escrita impecável de Franz Kafka.
É aquele tipo de livro que nos envolve tanto que, quando nos damos conta, já terminamos.
As ilustrações desta edição enriquecem ainda mais a obra.
Júlio 21/05/2021minha estante
Tá na minha lista! Essa edição da Antofágica é um luxo...


Michela Wakami 21/05/2021minha estante
Também amei! ??


Rosangela Max 21/05/2021minha estante
Realmente é uma edição que vale a pena ter. ??


Guilherme Dehon 20/06/2022minha estante
Simplesmente Surreal!




gabytes 01/11/2023

Capitalism in a nutshell
Uma metáfora f0da e atual sobre a mão de obra descartável em um sistema que define o valor de cada ser humano com base no que (e enquanto) ele produz, e como isso molda as dinâmicas familiares. Enfim, uma reflexão impactante para quem vive e respira isso todos os dias..
Pk_Affonso1408 01/11/2023minha estante
Vi muito da incapacidade do ser humano na impossibilidade de prover o sustento de sua família. Triste e desesperador deve ser na mente de uma pessoa ter que depender dos outros à sua volta e se sentir inútil.


gabytes 02/11/2023minha estante
Verdade, Affonso. É algo muito comum que nem sempre paramos pra refletir: "o que se seria de mim (e as pessoas ao meu redor)se acordasse de manhã um inválido?" Assim como o protagonista o primeiro pensamento da maioria das pessoas não seria o PQ disso ter acontecido e sim "como vou trabalhar assim?" Kkkkkkkkk


maicon.frasson 02/11/2023minha estante
Solidão. Se tivesse que definir em uma palavra, é como o faria. Seguimos fingindo que o despertar do fim tem a opção soneca.


gabytes 09/11/2023minha estante
Solidão, exatamente


Will 13/11/2023minha estante
Interpretação interessante. Uma outra alegoria que vejo é sobre sexualidade, no quesito da não aceitação e da não compreensão daqueles que rodeiam o nosso protagonista.


gabytes 14/11/2023minha estante
Uau nunca olhei por esse lado! Realmente faz muito sentido. É interessante como diferentes perspectivas extraem interpretações tão distintas ?




Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

A metamorfose, Franz Kafka - Nota 9/10
Fazia tempo que um livro não conseguia me impactar tanto. Kafka consegue, aos poucos, despertar sentimentos no leitor. Não é um parágrafo ou um capítulo que são mais fortes. O efeito das palavras de Kafka é diluído e, quando percebi, a história de Gregor já estava me incomodando.

A obra traz a história de Gregor Samsa, um caixeiro viajante insatisfeito com sua profissão, mas que trabalha para sustentar sua família. Em um dia qualquer, Gregor acorda transformado em um inseto. Na primeira parte da obra, o leitor acompanha a descoberta dessa metamorfose pelo próprio protagonista. Kafka vai desenvolvendo as sensações de Gregor - físicas e psicológicas - sobre esse acontecimento bizarro. E é incrível a capacidade do autor em envolver o leitor no que está sendo narrado. Você sente que aquela metamorfose poderia estar acontecendo com você. E, na minha opinião, é disso que sai a genialidade do livro: essa capacidade de mexer com quem o lê, criando uma história angustiante e perturbadora em pouco mais de 100 páginas.

Nas segunda e terceira partes, Kafka narra a descoberta dessa metamorfose pelos pais e pela irmã de Gregor. Aqui o autor trabalha com o realismo mágico, pois lida com um fato completamente incomum de forma natural. E muito embora Gregor tenha mantido sua personalidade, passou a sofrer uma forte rejeição pela família. Ou seja, não bastasse o desespero com a transformação física vivida - em um monstruoso inseto - ele também começa a perceber que seus pais passam realmente a tratá-lo como um inseto qualquer, e não mais como um integrante da família que trabalhava para poder sustentá-los. Esse comportamento dos outros personagens também incomoda o leitor, pois Kafka trata essa indiferença da família de Gregor com muita naturalidade. É um retrato cru da degradação humana.

Já ansioso pelas próximas leituras de Kafka!

"Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso. Estava deitado sobre suas costas duras como couraça e, ao levantar um pouco a cabeça, viu seu ventre abaulado, marrom, dividido por nervuras arqueadas (...)”

site: https://www.instagram.com/book.ster
Aline AS 19/01/2022minha estante
?




Dyllan.Johnny 29/01/2024

Quando certa manhã Gregor acordou de sonhos intranquilos
?Não vá embora sem me dizer uma palavra capaz de mostrar que o senhor me dá pelo menos uma pequena parcela de razão!?

Um livro com uma carga psicológica sem igual, que te faz questionar a natureza humana nas suas vertentes mais profundas. A trama fica ainda mais pesada quando se sabe da real relação de Kafka com o pai. Livro maravilhoso.
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Marlonbsan 17/02/2020

A Metamorfose
Gregor Samsa, um caixeiro-viajante, ao acordar se vê transformado em um inseto. E, a partir daí, narra como tudo em sua volta muda com relação à casa e aos seus familiares, além de tentar entender e aceitar sua nova forma.
O livro é narrado em terceira pessoa e a leitura, de maneira geral, é fluida, tem poucos diálogos e foca mais em contar como acontecem os fatos, desde a Metamorfose de Gregor até o desfecho do livro. Por ser um clássico, a tradução pode ficar meio rebuscada ou até confusa dependendo da versão.
O livro traz questões familiares muito bem desenvolvidas no quesito convívio. Há uma relação de impotência em meio a uma mudança muito brusca com um membro da família, podemos traçar um paralelo da Metamorfose de Gregor com uma doença terminal em que haja uma dependência muito grande de outras pessoas para suas necessidades básicas, além de mostrar como tudo isso os afetam, tanto no dia a dia, como no fato de precisarem trabalhar ou voltar a trabalhar. E claro da própria impotência e aceitação de Gregor com sua situação.
A literalidade do livro expõe que Gregor realmente se transformou num inseto, com patas, seu corpo tem o formato e as características de um inseto. Cabe a nós buscar interpretações e significados nas entrelinhas, supor explicações e expor nossas opiniões de como enxergamos a obra. Mas qual era o intuito real de Kafka? Se cada pessoa que lê enxerga pontos diferentes, interpretam de forma diferente, qual era a interpretação do próprio Kafka? Qual era seu verdadeiro intuito? A única pessoa que poderia responder, com certeza, seria ele e talvez seria diferente do que a maioria supõe.
É um livro que se necessita estar aberto às diversas ideias e tentar buscar nas entrelinhas os significados.

Foto e resenha no meu Instagram @marlonbsan, quem puder, segue lá :D


site: https://www.instagram.com/p/B8rBZ8tDDz0/
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Victoria (Vic) 20/07/2020

Diferente de tudo que eu já li
Eu sinceramente nem sei o que dizer nessa resenha. Estou impactada até agora. Comecei não gostando do livro, não gostando muito da escrita, não estava envolvida. Não entendia como o Gregor poderia estar lidando tão bem com o fato de ter virado um inseto. Eu não sei a partir de que ponto a leitura me fisgou completamente, provavelmente quando percebi que o livro todo era uma grande analogia e a partir daí, eu não conseguia largar mesmo sentindo o mais absoluto horror.

Kafka escreve de uma forma em que o leitor se sinta totalmente na pele daquele ser humano transformado. Sentimos medo, repulsa, agonia, impotência e completo terror. Nos sentimos abandonados, rejeitados, jogados de lado por aqueles que mais deveriam nos amar. Não entendemos o que está acontecendo: o porquê da transformação, a passagem do tempo, o abandono gradual do ser humano, a desesperança de melhora, a iminência de um desastre.

O livro me deixou completamente embasbacada, sendo diferente de tudo que eu já li. É um livro perturbador e tocante. Conseguimos compará-lo com tantas situações... é um livro para sentir. Triste, inteligente e maravilhoso!
Danielle 20/07/2020minha estante
Eu separei ele para ler esse mês. Espero gostar também.




Alê | @alexandrejjr 20/01/2021

O desconfortável prazer do estranhamento

Não há muito a dizer sobre o que dito já foi. No entanto, sempre podemos acrescentar. E esse será o esforço deste texto.

"A metamorfose" é um dos poucos livros do mundo que deve ser considerado um clássico, no sentido de ser uma obra que nunca irá terminar de dizer algo aos leitores. Franz Kafka alcançou, através da forma literária, o êxito dos gênios.

Claustrofóbico, agonizante, surreal, irreal, metafórico. Escolha a sua classificação e ela poderá encontrar eco nesta obra. O fato é que o desconfortável prazer do estranhamento presente em "A metamorfose", seja ele físico, psicológico ou existencial, faz com que você saia, se não diferente, no mínimo reflexivo. E isso, meus caros leitores, é o que muda o mundo. Lembre-se sempre: a literatura muda pessoas.

A novela (ou seria um conto?), escrita no início do século XX, é muito mais do que apenas uma simples estória sobre a transformação de um ser humano, Gregor Samsa, em um "inseto monstruoso". É um ensaio conciso sobre a ambiguidade absurda da existência moderna.

Leia Kafka. Releia Kafka. Espalhe Kafka. O inseto monstruoso precisa, mais do que nunca, ser conhecido, principalmente nesses tempos em que a sociedade vive um constante processo de desumanização.
Ana 20/01/2021minha estante
?? que resenha maravilhosa ?


Alê | @alexandrejjr 20/01/2021minha estante
Obrigado por ter lido ela, Ana. ?


Valscabral 28/01/2021minha estante
Muito boa sua resenha. Já comprei o livro. Será meu próximo!


Alê | @alexandrejjr 28/01/2021minha estante
Boa, Valéria! Depois de lido, se quiser compartilhar algo, não hesite!


Valscabral 29/01/2021minha estante
Obrigada Alê!! Essa troca é muito importante!


Poliana 22/07/2023minha estante
Suas resenhas são sempre muito boas!


Alê | @alexandrejjr 22/07/2023minha estante
Gentileza sua, Poliana! Agradeço a leitura.




nana 30/12/2020

a degradação humana sendo retratada claramente
ambas as obras são de extrema importância e qualidade. ao longo delas, é possível notar diversos entendimentos do próprio Kafka, suas relações familiares e amorosas e muitas outras opiniões ocasionais que vão surgindo no decorrer da leitura..

contudo, acredito que apenas com uma releitura conseguirei absorver o livro de uma maneira mais complexa e exata, particularmente não funcionou muito comigo..

(ps.: essa edição possui comentários e notas que auxiliam muuito na compreensão e interpretação dos fatos.. recomendo!)
peedroferreiraa_ 31/12/2020minha estante
Bela resenha...


peedroferreiraa_ 31/12/2020minha estante
A releitura vem em 2021? Com nova resenha? Com 5 estrelas?


nana 03/01/2021minha estante
acredito que sim, mas não sei quando..
é provável que eu atualize essa minha primeira avaliação do livro de acordo c o que eu achar necessario


peedroferreiraa_ 04/01/2021minha estante
Justo.




Rafael.Melandri 20/01/2022

Muito bom !!
Leitura fácil que prende sua atenção com uma história irreal, mas que descreve sentimentos reais humanos.
Utilizando a metáfora da metamorfose, o livro mostra como são frágeis os relacionamentos, onde as pessoas são valorizadas por aquilo que elas podem oferecer ao invés de seus valores morais.
Joga na cara do leitor o egoísmo humano na preocupação com os seus próprios problemas, e como as pessoas perdem o seu valor quando deixam de ser produtivas, passando a serem vistas como inúteis e fardos pesados. São desprezadas como um inseto !
Antonio 20/01/2022minha estante
Baita livro!


Rafael Kerr 20/01/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Me chamo Rafael Kerr e sou escritor. Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria - O oráculo. Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




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