Conversas com Kubrick

Conversas com Kubrick Michel Ciment




Resenhas - Conversas com Kubrick


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Edmilson 07/01/2014

Leitura prazerosa
A leitura deste livro é muito fluida. Pode-se lê-lo em poucas sentadas. Michel Ciment intercala críticas sobre alguns dos filmes de Kubrick, bem como entrevistas com ele e com seus diversos colaboradores (diretor de fotografia, cenógrafo, ator, produtor). Através dos textos, conseguimos visualizar bem a genialidade de Kubrick, o modo como pesquisava seus temas até a exaustão e como levava a sério a arte cinematográfica.
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Guilherme.Monteiro 13/05/2021

Bastidores da mente de um gênio
Stanley Kubrick é o maior diretor da história. E essa afirmativa acaba se tornando ainda mais concreta ao ler esse livro, pois não se trata apenas de curiosidades sobre o processo criativo do diretor, mas também inspira e instiga quem ama a sétima arte, ao adentrarmos em uma mente genial sob várias perspectivas, desde da mais crítica e analisada de Michel Cimet (que conduz todo o livro) aos depoimentos e entrevistas de diversas pessoas que trabalham com Kubrick, assim como algumas entrevistas com o próprio que são aulas de processo criativo e, principalmente, cinema em geral. Senti um pouco de falta de mais comentários críticos sobre alguns filmes do diretor, por ter uma filmografia curta daria pra extender um pouco mais isso. Mas é um livro muito interessante e certamente indispensável pra qualquer amante de cinema, e principalmente aos fãs dos filmes de Stanley Kubrick.
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Eduardo.Mathias 03/05/2021

Ultimato do Kubrick em um quadro descentralizado
O livro é um ultimato de conhecimento da vida, das entrevistas e da personalidade, e por fim, da obra do Stanley Kubrick
Porém tem uma narrativa e montagem bem abaixo do esperado
O crítico Michel Ciment não me agrada com sua narrativa mescla de acadêmica com referências mescla de não desenvolvida
Todas as análises dos filmes nesse livro são sem o aprofundamento devido e parecem resumos de TCC jogados, que o autor não quis ter o trabalho de desenvolver
Além de referências acadêmicas ou filosóficas que podem não ser tão claras para alguns simplesmente citadas
E fechando o ultimato, o último ponto negativo é o endeusamento cego de Kubrick.
Kubrick foi um ótimo diretor, mas o livro gasta todas as 320 páginas para te contar isso, em vez de tentar te comover (como Kubrick comove em seus filmes) do porquê

De resto, deixo em sugestão o filme KUBRICK BY KUBRICK, lançado ano passado
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priscila.saatmam 14/12/2017

Loucura genial
Ciment não quer apenas falar quem foi Stanley Kubrick, ou, o que ele fez pelo cinema, o autor eleva os níveis, vai além, ele mostra a essência de Kubrick e como isso está atrelado ao cinema.

Para quem não sabe Stanley Kubrick foi um cineasta que deu vida á filmes como Lollita, O iluminado, Laranja mecânica etc... Incluindo, eu mesma não sabia. Esse livro é uma ótima fonte de informação e inspiração.
Kubrick é um louco! Mas no melhor de todos os sentidos. Sua loucura é genial, dai o fato de ser tão mal entendido entre os críticos de cinema. Ele não queria simplesmente contar uma história por contar, ele queria dar sua voz às histórias, cada filme dirigido por Kubrick é a voz dele próprio contando a história, é tipo um pai contando uma história ao filho na cabeceira da cama, só que isso numa tela de cinema.
Cada parte desse livro me encantou e emocionou, Kubrick a primeira biografia que cai nas minhas mãos, é um livro que pede calma para ser apurado e muitos post-its.
Da mesma forma como fala de Kubrick, o livro conta um pouco sobre a história do cinema, sobre técnicas de fotografia. Incrível.

A cada parte lida Kubrick me inspirava, me inspira, fiquei durante as noites me deleitando de seu pensamento. Kubrick sempre acreditou no que fazia, sempre soube o que fazia e porque fazia. Ler esse livro foi como ver um papo sabe e tomar anedotas. Um livro que me tirou da zona de conforto, para zona de pensamento. Maravilhoso. Leiam.
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Ana Wilder 05/01/2015

Requintes de informações maravilhosas sobre os trabalhos deste diretor enigmático.
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Danilo Vicente 31/10/2015

Tudo sobre Kubrick
O livro começa com avaliações um tanto técnicas. Mas, passada essa parte, gera muito interesse, especialmente em quem gosta do diretor. Entrevistas, bastidores de cada filme, a história de Kubrick. Muito bom.
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AbraaoBM 23/02/2016

Um prato cheio não só para cinéfilos mas também para produtores de conteúdo em geral. É uma grande aula. Possui pequenos erros de revisão e muitas vezes a tradução parece "truncada" mas não cortejei a tradução original pra saber se é o estilo do autor, enfim, nada que tire o brilho da edição linda com um papel de ótima qualidade.
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Adriana Scarpin 03/06/2016

Os ensaios das 100 primeiras páginas são de fato excepcionais, mas o restante do livro acaba caindo em mesmice de obviedades, com uma ou outra curiosidade inserida aqui e alí.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 03/09/2016

Michel Ciment - Conversas com Kubrick
Editora Cosac Naify - 384 páginas - tradução de Eloisa Araújo Ribeiro - prefácio de Martin Scorsese - lançamento no Brasil em 2013.

Uma biografia à altura de um dos cineastas mais polêmicos do século XX. Stanley Kubrick (1928 - 1999) foi o diretor que melhor soube transpor a difícil barreira que separa a literatura e o cinema, mesmo tendo descrito seus filmes como "uma experiência não verbal". Considerado pelos profissionais da área como um grande perfeccionista, Kubrick, assim como outros nomes do nível de Charlie Chaplin, Orson Welles, Robert Altman e Alfred Hitchcock, nunca foi agraciado com o Oscar de melhor diretor. Talvez a razão para isso esteja neste trecho do belo prefácio de Martin Scorsese: "Como todos os visionários, ele dizia a verdade. E, por mais que fiquemos à vontade com a verdade, ela sempre provoca um choque profundo quando somos obrigados a encará-la." Talvez, este "choque com a verdade" citado por Scorsese justifique o fato de cada um dos seus treze filmes ter sido recebido com reservas por boa parte da crítica especializada, principalmente Lolita, Laranja Mecânica, 2001 e O Iluminado. Hoje, todos os seus longa-metragens são considerados clássicos, mas ainda surpreendem as novas gerações de espectadores e inspiram roteiristas, diretores e produtores.

"Assistir a um filme de Kubrick é como ver o cume de uma montanha a partir do vale. Nós nos perguntamos como alguém pôde subir tão alto. Há em seus filmes trechos, imagens e espaços carregados de emoção que têm uma potência inexplicável, uma força magnética que nos aspira lenta e misteriosamente: o itinerário do menino percorrendo os intermináveis corredores do hotel em seu velocípede em O iluminado; o silêncio monumental do vazio sideral em 2001: Uma odisseia no espaço; o ritmo inumano da primeira metade de Nascido para matar [Full Metal Jacket], que vai crescendo até sua resolução lógica e sangrenta; a espetacular sala de guerra de Dr. Fantástico [Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb], a um só tempo aterrorizante e cômica; o futuro brutalmente pop de Laranja mecânica [A Clockwork Orange]; a intimidade crua dos diálogos entre Tom Cruise e Nicole Kidman em De olhos bem fechados." - Trecho do prefácio de Martin Scorsese (pág. 20)

Stanley Kubrick não costumava conceder muitas entrevistas o que aumentava o mistério em torno de seus filmes. Cada lançamento era precedido de muita expectativa porque, devido à tradição de originalidade do diretor, esperava-se sempre uma realização completamente diferente da anterior. No entanto, Michel Ciment tenta com este livro provar que existe uma "assinatura" que marca uma individualidade e coerência "difícil de ser elucidada devido à abundância e à diversidade das pesquisas formais e ao recurso à adaptação de obras literárias". De qualquer forma, cada produção dele é única, não existe outro filme mais violento do que "Laranja mecânica" ou terror psicológico mais intenso, imortalizado pela atuação de Jack Nicholson, como em "O Iluminado", nem tampouco algo parecido na história do cinema com "2001: Uma odisseia no espaço", que certamente não pode ser classificado simplesmente como ficção científica.

"Para mim, o mais difícil é encontrar uma história. É bem mais difícil do que arranjar dinheiro, escrever o roteiro, rodar o filme, montá-lo etc. O fato de cada um de meus três últimos filmes ter me tomado uns cinco anos vem do tempo considerável que levei para encontrar uma história que valesse a pena. Como nunca escrevi roteiro original, todos os filmes que fiz têm por origem a leitura de um livro. Sempre tenho dúvidas quando um livro me parece evidente para ser levado à tela. Em geral isso quer dizer que ele lembra demais outro filme, que sua mente reage muito facilmente e que é muito fácil saber como fazer um filme dele. Nunca tive a chance de encontrar uma história no momento em que terminava de fazer um filme. Acho que o prazo mais curto antes de encontrar um tema foi de um ano. Não há método sistemático que funcione. É como procurar alguém por quem se apaixonar. Não há muito o que fazer a não ser ficar com os olhos bem abertos." - Stanley Kubrick sobre "Nascido para Matar" (pág. 213)

As pesquisas que antecediam os filmes de Kubrick podiam levar muitos meses, desde a preparação do roteiro até a busca por locações, assim como os prazos dilatados de produção devido à sua obsessão com a análise, planejamento e execução de todos os detalhes (sempre foi, desde a adolescência, um grande jogador de xadrez). Em "O iluminado", por exemplo, foram fabricadas maquetes para cada quarto de hotel, porque Kubrick queria que ele ficasse parecido com um hotel de verdade para fugir do clichê de hotel mal-assombrado, tudo isso aumentava muito o tempo entre os lançamentos (doze anos entre "Nascido para matar" e "De olhos bem fechados", sua última obra, cuja estreia ocorreu pouco depois da morte do cineasta), fazendo com que a sua filmografia acabasse se tornando relativamente reduzida, apenas treze longas-metragens para cinquenta anos de carreira.

Fear and Desire [1953]
Killer´s Kiss (A morte passou por perto) [1955]
The Killing (O grande golpe) [1956]
Paths of Glory (Glória feita de sangue) [1958]
Spartacus [1960]
Lolita [1962]
Dr. Strangelove (Dr. Fantástico) [1963]
2001: A Space Odyssey (2001: Uma odisseia no espaço) [1968]
A Clockwork Orange (Laranja mecânica) [1971]
Barry Lindon [1975]
Shining (O iluminado) [1980]
Full Metal Jacket (Nascido para matar) [1987]
Eyes Wide Shut (De olhos bem fechados) [1999]

O título do livro, "Conversas com Kubrick", sugere que o mesmo seja formado apenas por entrevistas, mas na verdade é constituído também por ficha técnica da filmografia completa, bibliografia, índice remissivo e depoimentos de diretores de arte, roteiristas, figurinistas e atores que trabalharam em seus filmes, tais como: Malcolm McDowell (Laranja Mecânica), Marisa Berenson (Barry Lindon), Jack Nicholson e Shelley Duvall (O iluminado). Mais do que uma simples biografia, indispensável para entender melhor a história do cinema e do nosso tempo.
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Antonio Curi 10/09/2016

LIDO.
LIDO.
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Ernesto Loaiza 30/01/2021

Obrigado, Michel Ciment
Obrigado por extrair o máximo que pôde de Kubrick nessas fascinantes entrevistas. Pelos belos textos de análise das obras do diretor e da filmografia como um todo. Incrível poder ler depoimentos da época em que Stanley trabalhava, sempre uma admiração genuína por alguém que se esforçou ao máximo para trazer arte verdadeira às telas.
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