A Fera Interior

A Fera Interior Lotte...




Resenhas - A Fera Interior


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Carline 06/07/2023

Não sei definir
Achei livro longo, muitos diálogos, muitos personagens, poderiam ter resumido algumas partes. e o final pra mim foi normal, nada de surpreendente
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PorEssasPáginas 21/07/2014

Resenha: A Fera Interior - Por Essas Páginas
Recebi esse livro gentilmente da Editora Vestígio há vários meses. Eu o solicitei após me deparar com algumas opiniões extremamente positivas sobre o livro, que me deixaram intrigada; a sinopse também é instigante, afinal, cinco homens assassinados e castrados e todo um caso envolvendo pedofilia? Tenso. Por meu desleixo, acabei lendo outros livros na frente dele e acabei pegando-o para ler só no final de abril. Final de abril. Terminei a leitura agora no começo de julho. São pouco mais de dois meses lendo um livro e, para mim, isso é muito tempo. Simplesmente esse livro não funcionou para mim; não conseguia ler e acabava lendo outros livros enquanto a leitura dele continuava emperrada. Estou até agora tentando entender o que aconteceu – no livro e na minha leitura dele. Aviso: essa resenha pode ser confusa e ligeiramente irritada, porque assim são meus sentimentos em relação a esse livro.

A Fera Interior começa como a maioria dos livros policiais que são uma série de um detetive: a apresentação do mesmo. O inspetor Simonsen é um homem inteligente, duro e teimoso até o último fio de cabelo; tem problemas de saúde, mas abusa, sendo constantemente reprimido pela filha. Quando finalmente está passando um tempo agradável com ela, é chamado pela polícia dinamarquesa para comandar e resolver um caso escabroso: cinco homens são assassinados. Seus corpos foram castrados e pendurados no teto de uma escola, enforcados e nus, em uma disposição no mínimo estranha – e muito sinistra. Simonsen junta sua equipe e começa a tentar resolver o caso, em meio a muitas intrigas, especulação da imprensa, opinião pública negativa e a ação por detrás dos panos dos assassinos, o que só complica ainda mais o que já estava complicado.

Ok, é uma ótima premissa, não? Para melhorar, há toda essa discussão em torno de pedofilia. Vou ter que contar isso, pode ser spoiler, então se você não quiser saber, tape os ouvidos, pule para o próximo parágrafo, porque lá vai: os homens assassinados são pedófilos. Isso muda um pouco sua visão do caso, certo? Bem, para mim muda – e para quase toda a opinião pública da Dinamarca, segundo o livro. A polícia, claro, tem que solucionar o caso – um assassinato é um assassinato, afinal, um crime hediondo, e os culpados devem ser punidos. Isso é óbvio. Mas a gente se compadece bem menos quando sabe que as vítimas cometeram esse tipo de atrocidade, não? Os assassinos se tornam… uma espécie de vingadores. É uma questão bem interessante, porque o leitor se vê encostado na parede: e a ética, e a moral? O que é certo ou errado?

Sim, isso foi uma ótima discussão que o livro propôs. A premissa do livro, o tema, a discussão que ele levantou são pontos fortíssimos. No entanto, detestei completamente a leitura, do começo ao fim. Como assim?! Bem, vou tentar explicar (e entender). Abaixo, um dos trechos que mais me irritou no livro:

“Deve falar devagar e dar instruções claras. É assim que elas respeitam você. E isso serve para todas as mulheres.” Página 412

Mas vamos lá. Primeiro: o livro não anda. Ele é travado, emperrado, a narrativa simplesmente não avança. É um texto intricado, complexo, denso demais, confuso ao extremo. É um texto que não cativa, não envolve, não instiga. Eu simplesmente não tinha vontade de virar as páginas. Cada vez que eu pegava o livro para ler era um martírio. Quando eu dava conta, não tinha captado nem metade da ideia do parágrafo, da página, do capítulo, e tinha que voltar atrás para entender. Depois de um tempo isso começou a me cansar e eu simplesmente desisti de ter esse trabalho; se não entendia, eu prosseguia mesmo assim, o que gerou uma bola de neve e, no final do livro, eu estava mais perdida que cachorro em dia de mudança. Se entendi 30% do livro foi muito. Então pode ser culpa minha, e não do livro, posso ser uma leitora obtusa, mas, para mim, há três palavras com C que resumem esse livro: ele é cansativo, confuso e chato.

O personagem principal, Simonsen, é enervante. Fiquei com tanta raiva dele – por ele ser um o cara que todos dizem ser inteligentíssimo, e por isso ele é incrivelmente arrogante, mas no fundo, não achei que ele fosse tão brilhante assim -, mas com tanta raiva, que me vi no final torcendo pelo assassino. Em nenhum instante os autores conseguiram me aproximar do personagem. Na realidade, de nenhum personagem. Nenhum deles é interessante – ou, pelo menos, os autores não conseguiram passar isso, cativar o leitor. Cheguei a confundi-los durante a leitura, ainda mais porque os capítulos são em diferentes pontos de vista, e os autores se perdem em descrições desnecessárias sobre lugares ou situações – situações essas muitas vezes pessoais (de alguns personagens), que não acrescentam absolutamente nada à história. Concordo: é preciso entrar sim na vida dos personagens, mostrar um pouco além da trama principal, para que o leitor se conecte a eles, mas é preciso também ser eficiente nesse momento; não dá pra ficar contando umas coisas que não têm nada a ver com nada, que não chegam nem perto de chamar atenção do leitor, e depois achar que isso é desenvolvimento de personagens.

“(…) e vou prendê-lo. Em algum momento vai cometer um erro, um simples e pequeno erro, e então vou pegar você. Estou no topo da cadeia alimentar e tenho muita, muita fome.” Página 424

Enfim, eu quase nem lembro de nenhum dos outros personagens do livro além de Simonsen e do assassino – que sim, eu lembro o nome, mas não vou falar, claro. Só isso já demonstra o quanto esses outros personagens foram interessantes.

Mas mesmo assim prossegui na leitura. Por quê? Porque acho injusto julgar um livro sem julgá-lo por inteiro, do começo ao fim. Vai que o livro melhora depois da página 100, 200? Ok, é um pouco tarde para melhorar, mas pode acontecer. Vai que o final é brilhante? No mínimo o livro pode ganhar mais uma estrelinha. Então eu segui até o fim. E o fim…

Bem, basta dizer que o final é decepcionante. É bem pouco criativo, tem uma cena super clichê, uma sequência de embrulhar o estômago (no mau sentido – e foi nessa que eu torci para o assassino e quis dar com uma machadinha no detetive) e termina totalmente sem graça. O final, ao invés de me dar alguma esperança, apenas removeu a última estrelinha que eu poderia dar e sepultou a história. Nunca mais leio um livro desses autores, juro. Sei que não é bom falar “nunca”, mas, no momento, é meu sentimento. E fiquei com trauma de livros escritos por irmãos/casais dinamarqueses. Tinha lido mais um antes, não foi desses autores, foi de outros e… também não foi legal. Sei lá. Vai ver é problema meu, vai ver tenho uma personalidade quente demais para esses dinamarqueses gélidos. Porque, acredito, é esse o maior pecado de A Fera Interior: ele não emociona, não envolve, não encanta. Ele nem mesmo impacta, como deveria um romance policial. Ele só é gelado.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-a-fera-interior
Mi 15/07/2015minha estante
Terminei o livro agora e o que o detetive faz com o alpinista no final me deixou com tanto ódio, destruiu qualquer possível simpatia que eu pudesse ter por ele, e pior acabou com as chances de ler qualquer outro livro com esse Simonsen, golpe baixíssimo e como leitora não gostaria de acompanhar um detetive que foi capaz de fazer isso. Você está certa em dizer que é um livro gelado.


Hannah 18/02/2016minha estante
Acabei agora de ler o livro e senti o mesmo que você!
Arrastado, chato, era um ótimo enredo,mas os autores conseguiram estraga-lo!
Foram quase 20 dias de leitura e senti que perdi o meu tempo.
Ainda bem que não fui a única que achou isso. Já estava me achando uma péssima pessoa.


CrisVieira~ 03/11/2017minha estante
Obrigada pela sua opinião!
Eu detesto também encontrar este tipo de livro e acabar me automartirizando apenas porque espero que o final compense a leitura massacrantemente chata.
Outra coisa, você já leu o livro 'Quem tem medo do Lobo' da Karin Fossum? É que eu recomendo porque também não estou acostumada a ler romances policiais escandinavos mas este me prendeu. E tem toda esta coisa da emoção que eu não encontrei em outros. Não sei se vale a recomendação, mas não custa dar uma olhada.
P.S.: Li o livro em um dia de tão eletrizante que era.
Um abraço!




Psychobooks 27/12/2013

Esse é um daqueles casos de amor à primeira vista, essa capa é uma das mais 'creepy' de todos os tempos e enquanto você está lendo o livro, percebe que ela está diretamente relacionada ao livro, e isso é lindo demais!

Essa é uma daquelas séries policiais em que a equipe de investigação é a mesma para todos os livros, mas a história central/assassinato, é resolvido no próprio livro. Podem ficar tranquilos que a história de 'A Fera Interior' tem começo, meio e fim, sem terminar em cliffhanger ;)

Enredo

Dessa vez, não quero dizer muito sobre o enredo, foi uma surpresa boa descobrir aos poucos qual seria o assunto principal tratado no livro e gostaria que vocês tivessem uma experiência parecida com a minha.

Logo no primeiro capítulo, duas crianças encontram 5 pessoas mortas no ginásio do colégio, eles foram assassinados e mutilados de forma brutal. Logo somos apresentados à equipe de investigação de Konrad Simonsen que teve suas férias interrompida para desvendar esse crime bárbaro que chocou até mesmo os policiais mais experientes.

Narrativa e desenvolvimento do enredo

Logo no primeiro capítulo fiquei fisgada pela escrita dos irmãos Hammer, mas logo em seguida o ritmo de leitura caiu um pouco, porque muitos personagens precisavam ser apresentados e foi passado um 'panorama' sobre as leis da Dinamarca sobre o assunto principal do enredo. Assim que essa fase inicial chega ao fim, o leitor é sugado para o andamento das investigações, cada nova descoberta revela muitas pistas e deixa o leitor cada vez mais em dúvida se realmente quer que esse crime seja desvendado.

As informações e números apresentados em 'A Fera Interior' são realmente assustadoras, não sei dizer quais dados são fictícios e quais são reais, meu conhecimento sobre as leis da Dinamarca é nulo, mas é aterrorizante pensar que as mencionadas no livro possam ser reais. Esse é um assunto social importante, espinhoso e, infelizmente, pouco discutido.

'(...) Simplesmente era uma coisa sobre a qual não se fala, assim como não se fala sobre cagar. (...)'
Página 148


A narrativa é feita em terceira pessoa, sob o ponto de vista de diversos personagens, mostrando as motivações, frustrações, dificuldades e os dois lados da investigação.
- Personagens

Eles são muitos! Sério! No começo precisei fazer uma listinha para me auxiliar, os nomes parecidos e apelidos acabaram me confundindo, mas depois que me familiarizei com todos, a leitura flui melhor.

Como eu disse anteriormente, temos o ponto de vista dos dois principais grupos: os investigadores e os autores dos assassinatos. Os dois grupos são bem distintos, é claro que nada justifica o assassinato de uma pessoa, mas - por causa das suas motivações -, os autores de tal atrocidade também conseguem conquistar a simpatia do leitor, que acaba ficando dividido em vários momentos sobre qual rumo gostaria que as investigações tomassem.

Concluindo

Não ganhou as cinco estrelas pois algumas pontas ficaram soltas, elas não eram tão importantes para a trama central, mas sabe quando você fica se perguntando: 'O que aconteceu com tal coisa?', 'Então aquele fato não tinha tanta importância assim...'. Também teve a confusão de personagens como já citei acima. Isso não tira o mérito do livro e pode ser que muitos leitores nem percebam.

'A Fera Interior' é um romance policial extraordinário, além de tratar da investigação de uma chacina, ele traz à tona um assunto de extrema importância social que deixa o leitor refletindo durante dias e esse 'ir além' é o que diferencia o livro de tantos outros dentro do mesmo gênero.

Leitura mais que recomendada para quem quer um bom romance policial escandinavo.

As mãos de todos tinham sido amputadas, mas os antebraços estavam intactos desde o cotovelo até o punho. As faces estavam desfiguradas. As genitálias também foram mutiladas - de forma a ficarem irreconhecíveis - ou arrancadas. A morte e os ferimentos davam aos homens uma aparência muito semelhante, como se os traços físicos próprios de cada um não existissem. Simonsen sabia que depois de examiná-los mais minuciosamente, a individualidade de cada um iria reaparecer.
Página 31 e 32


site: http://www.psychobooks.com.br/
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Vera Falcão 03/03/2015

Muito afoita ao ler A Fera Interior
Foi assim que entrei de cabeça nesse livro, porque foi o o primeiro que escolhi dessa coleção e por ser um tema muito delicado, difícil de ser abordado - a pedofilia. A trama é bem interessante - vingança é um prato que deve-se comer frio. E a questão de fazer justiça com as próprias mãos não é vazia ou inconcebível, apenas imagina-se como ficaria a vida das pessoas se todo mundo resolvesse agir assim, punir diretamente os que te magoam. Quanto ao "mistério", a resolução dos crimes, decifrei bem antes do final, mas isso não impediu que seguisse em frente. Não foi uma história de suspense/policial perfeita, mas chegou quase lá e serviu para refletir sobre o quanto estamos, atualmente, ignorando a ética, no seu sentido mais geral. E sendo a primeira criação destes 2 irmãos, calculo que irão melhorar muito nas próximas.
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GianiPlata 25/02/2016

A Fera Interior - Lotte, Søren Hammer
“A Fera interior” é o primeiro livro da série do detetive Konrad Simonsen, de autoria dos irmãos Hammer.
Antes de começar, quero informar que algumas coisas escritas aqui podem parecer spoiler, mas não são. Está tudo na sinopse do livro.

Cinco corpos nus e mutilados são encontrados pendurados no ginásio de uma escola, e a policia dinamarquesa chama o rabugento, mas super competente detetive Konrad para investigar aquela cena grotesca.
Durante a procura de “quem fez isso?” e “quem são eles?”, Konrad acaba descobrindo o que eles fizeram para terem um fim tão horrível. Os cinco corpos são de pedófilos mortos pela justiça do povo!
A mídia enlouquece! Pressionam todos os envolvidos, especulam tanto, e acabam divulgando coisas confidenciais que atrapalham na busca do responsável, pois, mesmo sendo pedófilos, aquilo é um assassinato. E de acordo com a lei do homem, o culpado deve ser punido.

Quando li a sinopse fiquei bastante empolgada. Adoro livros de investigação! São muito dinâmicos. As ações da policia e do bandido tem que ser rápidas, pois um tenta sempre estar um passo a frente do outro. Maaas... Infelizmente não encontrei toda essa agilidade nesse livro.
Os autores colocaram muitos personagens e muitas vezes eu fiquei perdida em meio tanta gente! A maioria das cenas também foi um problema no inicio. Eles começavam a falar de uma coisa e de repente alguém fazia um comentário sarcástico e o assunto mudava. Fora os detalhes desnecessários...

O tema em si foi bem escolhido. Pedófilos mortos pela população. Isso deixa alguns leitores meio desnorteados. Sem saber o que pensar.
Eles violentaram criancinhas! Devem morrer!
Mas será que é certo tirar a vida de um ser humano? Derramar o sangue deles não vai me fazer sentir melhor... Ou vai?!
Essas são as perguntas que se passam durante a leitura. Os motivos, os meios...
Sou a favor da pena de morte nesses casos! Mas pelas mãos do governo, não da população. Isso só gera mais violência e revolta.

Infelizmente não foi a leitura que eu esperava. Acho que se não informassem na sinopse que os mortos são pedófilos a história seria até mais interessante, pois o leitor ficaria ainda mais tenso quando descobrisse o que eles fizeram para estar naquela situação!
O livro é narrado em terceira pessoa, na maioria das vezes pela visão do detetive Konrad. A capa apesar de simples é meio tenebrosa e foi o que me chamou a atenção para esse livro. A diagramação é bem simples. A fonte tem um bom tamanho no papel acinzentado.

Recomendo a leitura para quem gosta de um escândalo. Pois é nisso que a mídia ira transformar as investigações de nosso detetive escandinavo.

site: http://aestranhaestantedagi.blogspot.com.br/2015/02/a-fera-interior-irmaos-hammer.html
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Gus 07/01/2018

Médio
Gosto muito desses romances de origem Nórdica, já estava "contaminado" pelo bom vírus Stieg Larson e pela brilhante escritora, também Sueca, Kristina Ohlsson. Comprei o exemplar por um preço bem em conta, por isso acho que valeu o CxB. Comecei a lê-lo achando que eu realmente conseguiria me adequar à história, porém, apesar de basear-se em um assunto bem sério, a Pedofilia, achei boa parte do livro possui inúmeras partes desinteressantes, fazendo com que a história fique cansativa, acabando não me prendendo tanto quanto as ficções dos outros dois autores. Poderia ter sido um livro com menor quantidade de páginas, cerca de 300, para ser eficiente.
O final não é tão previsível, mas também é fraco, por isso 3 estrelas.
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Carol Grayshadow 09/07/2023

Bom
Um livro com um tema polêmico e delicado que leva a vários debates, porém achei o livro muito longo e com a trama muito arrastada, entretanto interessante, que foi o que me levou até o fim.
Final um tanto simples para a quantidade de coisas que aconteceram ao decorrer da história.
Uma luta entre o que é moralmente correto e o que a sociedade entende por "olho por olho".
Para quem gosta de uma boa investigação é um livro bom.
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Mari Pereira 14/01/2024

Adoro um romance policial. Mas o problema do gênero é sempre se deparar com grandes clichês.
É o caso desse livro.
Até determinada parte ele parece que vai engrenar. Mas, depois, perde força. O final é tão ruim que desmerece o livro todo.
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Moonlight Books 11/01/2014

Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books, www.moonlightbooks.net
Eu sou fã de literatura policial, minha autora preferida é Agatha Christie, li todos os seus livros e guardo comigo o seu conceito de que a nossa poltrona predileta é o melhor lugar para resolver um crime. É muito gostoso colocar a mente para trabalhar junto com os detetives da ficção e tentar não só descobrir um assassino, mas também juntar todas as evidências, entender o motivo e aí sim, desvendar o mistério. Na verdade o melhor são as razões, pois é na motivação que você entende os detalhes daquele acontecimento e neste livro isso é o fator fundamental, pois além de nos fazer entender os assassinatos e a brutalidade que os acompanhou, também faz o leitor ficar em dúvidas sobre querer que o crime seja resolvido e se realmente os vilões, são vilões.

O livro começa de forma marcante, com duas crianças indo para escola numa manhã nebulosa e encontrando na instituição de ensino cinco corpos masculinos mutilados, sem as mãos e pendurados. Não é uma cena fácil de encarar e eu logo pensei em vingança, afinal a questão ali não era só matar, havia muito mais por trás de tudo. Logo entra em cena a equipe de investigação liderada pelo inspetor Konrad Simonsen que vai ter muito trabalho para reunir as pistas necessárias para resolver o caso, eles são obrigados a ir fundo no aspecto psicológico de cada testemunha, além de ter que viajar pelos quatros cantos do país para isso. Já adianto que é no passado que tudo teve início.

A equipe policial é grande, lembra bem séries de TV onde cada um desempenha um papel específico e tem um jeito todo seu de ser, eu gostei bastante deles, principalmente da Condessa, ela sabe ser dura quando precisa e também sensível em outras situações. O chefe, Simonsen é um policial capaz de tudo para desvendar um caso, usando até mesmo ferramentas nada ortodoxas. Eles são eficazes, brigam como uma grande família e no final entendem-se, são humanos e extremamente cativantes.

Além dos policiais, o rol de personagens envolvidos na trama é vasto, temos as testemunhas, familiares, jornalistas e claro os criminosos. No começo eu demorei para me acostumar com tanta gente, principalmente pelo nomes que são bem diferentes e as vezes eu precisava prestar muita atenção para saber se era homem ou mulher, mas depois que você lê umas cem páginas e está bem inserido no contexto essa dificuldade passa.

A narrativa é em terceira pessoa e vai de um lado para o outro, mostrando...

site: Leia o restante da resenha aqui, http://www.moonlightbooks.net/2014/01/resenha-fera-interior.html
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Lucas 01/07/2014

Dessa vez, decidi colocar a frase de efeito do livro no lugar da sinopse que é bastante reveladora. Até, porque desde o começo do livro você vai se questionar se realmente podemos fazer justiça com as próprias mãos.

O primeiro capítulo do livro já revela um caso tenso, complexo e trágico. Cinco corpos masculinos são encontrados mutilados e sem as mãos em uma escola por duas crianças. Não demora muito para que o inspetor Konrad Simonsen seja interrompido de suas férias para liderar o caso. Aliás, eu gostaria de entender porque na maioria das vezes o detetive sempre está de férias ou aposentado nos livros de romances policial. Acho que é um dos clichês do gênero.

Mas, voltando a investigação.... Este é o livro com uma equipe de investigação mais bem completa e estruturada que eu já li. Cada um tem uma função dentro da equipe e diga-se de passagem que todos são importantes. Dentro eles, se destacam a Condessa, Pauline Berg, Arne Pedersen, Poul Troulsen e claro, o Simonsen.

Simonsen é aquele detetive linha dura, marrento e que em poucas ocasiões dar ouvido aos outros, contudo é um bom sujeito. Mas, não é só a equipe policial que conta com um bom número de personagens não, isso se encontra durante todo o livro: temos os criminosos, as testemunhas, os jornalistas e os familiares de todos os envolvidos. São muitos nomes para se familiarizar e de início isso é bastante confuso, uma vez que são nomes bem complexos e com a história se passando na Dinamarca.

A narração é feita em terceira pessoa, mas ora pelo o ponto de vista dos policias, ora por ponto de vista dos criminosos. A intenção dos irmãos Hammer é que o leitor entre conflito consigo mesmo, se ele apoia ou não os assassinos. Porque se de um lado temos que nada justifica um assassinato, por outro, temos as motivações dos assassinos que são bastante convincentes.

Os assassinos não se arrependem do que fazem, acreditam que aqui se faz e aqui e se paga. Eles se veem como malfeitores do bem e que só está fazendo aquilo que as autoridades públicas deveriam fazer, mas preferem centrar suas forças em prende-los.

Por mais atraente que fosse as justificativas dos criminosos não consegui apoia-los. Estaria sendo dúbio se fizesse isso, para mim o errado é errado e cada um deve pagar por suas atrocidades perante a justiça. Claro, que você sente raiva do governo dinamarquês por tratar um assunto delicado e desumano de uma forma tão relaxada.

As leis e as estatísticas dinamarquesa para o crime que gerou outro crime são absurdas, e como não tenho conhecimento sobre a política deste país, não posso dizer se os dados apresentados são reais ou não.

Os assassinos conseguiram atenção da mídia para este tipo de assunto, não apenas por causa dos assassinatos, mas por criarem fóruns de debate, blogs e site relacionados ao assunto, manifestações e outras ações. E essa parte, realmente achei bem bacana e o triste é saber que eles poderiam ter feito tudo isso sem precisar de mortes, mas enveredou para outro caminho.

A resenha ficou bastante extensa, mas é impossível ser simplista num assunto tão delicado. O final me desapontou um pouquinho, porque não explica se a luta dos criminosos foram ou não em vão. E a sensação que dar é que mais uma vez o debate fica na geladeira. Enfim, “A Fera Interior” me fez sentir parte da investigação, onde cada um desempenha sua função e uma investigação não é tão fácil de resolver como parece.

site: http://livrosecontos.blogspot.com.br/
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Dri 16/08/2014

A Fera Interior (Konrad Simonsen #1)
Eu diria que A Fera Interior é meio thriller, meio investigação policial, escrito pelos irmãos dinamarqueses Hammer e 1º livro da série Konrad Simonsen.

Sintam o drama: logo no começo do livro, 2 crianças encontram cinco homens pendurados por cordas no teto do ginásio da escola, nus e mutilados.

“[...] Ela levantou-se, irritada, e caminhou em direção à entrada do ginásio, o irmão logo atrás.
Havia cinco pessoas penduradas no teto, cada uma por uma corda. Estavam nuas e de frente para ela.
- Não são esquisitos?
- São – ela falou e fechou a porta.
Pôs o braço em volta dos ombros do garoto.
- Podemos jogar bola agora?
- Não, não podemos. Temos que procurar um adulto. […]”
pag. 10



O inspetor-chefe Konrad Simonsen está de férias na Jutlândia do Norte com seu carregamento de cigarros e sua filha Anna Mia. Mas, como não seria um thriller se houvesse toda essa tranquilidade, o sossêgo logo acaba, um carro de polícia vem à sua procura e Konrad vai às pressas para a Escola Langbaek em Bagsvaerd, para investigar este crime brutal. As suspeitas rapidamente recaem sobre o zelador da escola. Porém, nem tudo é o que parece...

No grupo de Homicídios de Konrad Simonsen, encontramos Nathalie von Rosen, a "Condessa", que aparentemente, gosta muito de seu chefe um tanto quanto estranho.

Leva algum tempo antes que a polícia seja capaz de identificar os cinco cadáveres mutilados, porém, quando descobre-se que todas as vítimas são pedófilas, o clima fica ainda mais macábro. E para piorar, a imprensa sensacionalista fica como um bando de urubus em cima da investigação, pondo em risco o trabalho da polícia com suas interferências incessantes. Konrad é pressionado a esclarecer o caso, a pressão só aumenta pelo fato das vítimas serem pedófilas. Também descobrimos que a filha de Konrad, Anna Mia, tem uma conexão com o zelador Per Clausen.

O livro é escrito em terceira pessoa, e não só sob o ponto de vista de Konrad. Como vocês podem ver, o livro não trata só de uma investigação sobre assassinato, mas também de pedofilia, rendendo muito pano pra manga. Uma leitura interessante, mas que não superou as minhas expectativas.

Outra coisa que gostaria de dizer: quem já leu Segunda Sombria da série Frieda Klein, provavelmente deve ter percebido algumas semelhanças... a mídia pressionando por resultados, um membro da equipe apaixonada pelo chefe (em ambos os casos pelo investigador-chefe)... enfim, pra mim foi impossível, durante a leitura, não comparar ambos, pois Segunda Sombria foi um livro que adorei ler e com o mesmo gênero.

Para quem gosta de uma investigação policial com certa polêmica, então A Fera Interior é uma boa pedida.

site: http://mylivrofavorito.blogspot.com.br/2014/07/resenha-fera-interior-lotte-soren-hammer.html
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Bettina Afonso Garcia 26/12/2018

Decepcionante.
Final totalmente inesperado - no péssimo sentindo da palavra. A história apesar dos inúmeros personagens e nomes difíceis, que me fizeram voltar páginas para relembrar de alguns fatos e a função de determinado personagem - o que dificultou a minha experiência de leitura, foi me trazendo interesse através de uma questão tão delicada e criminosa como a pedofília. Levantando o questionamento sobre a punição de quem pratica esse crime.
Senti certa tensão nos capítulos finais, mas, nada de muito surpreendente.
A história deu várias voltas desnecessárias, diálogos um pouco chatos e desnecessários também, vários clichês sobre a personalidade de alguns personagens, como o detetive que já está aposentando, mas, é o único e melhor para resolver um caso como esse.
Enfim, decepcionante, pensei que teria uma grande leitura, com grandes discussões sobre algo que infelizmente vimos ou ouvimos no nosso cotidiano.
No final, foi só uma leitura para passar o tempo, nada que me fizesse ficar refletindo sobre o que li, como as boas leituras nos fazem sentir.
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Clau Melo 06/07/2023

Literatura dinamarquesa
Literatura dinamarquesa, 2013. Romance policial.

Cinco corpos masculinos mutilados – castrados – e um rico empreendedor que denuncia na mídia a falta de firmeza da justiça dinamarquesa para com os pedófilos. O inspetor Simonsen, que tem experiência demais para não desconfiar das coincidências, logo compreende que está diante de um plano de grandes dimensões, cujos pormenores ainda desconhece…

Neste primeiro romance, intenso e cativante, Lotte e Søren Hammer constroem uma intriga milimétrica e engenhosa sobre um assunto ainda tabu na Dinamarca, a pedofilia. Pintando o retrato de uma opinião pública que toma partido dos assassinos, os autores levam o leitor a questionar suas próprias certezas éticas.
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