Americanah

Americanah Chimamanda Ngozi Adichie




Resenhas - Americanah


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Larissa3681 27/03/2024

O óbvio também precisa ser dito
Americanah é um livro para poucos, mas para todos, com a sua escrita Chimamanda nos chama atenção para a questão do racismo através do olhar de uma construção do preconceito atrelada ao colonialismo e o lugar do negro dentro da visão mundial
Ifemelu é uma personagem corajosa que traz consigo toda a carga de ter que se descobrir com a pessoa que precisa entender a sua raça em um país e continente aonde entender esse conceito se torna quase uma questão de sobrevivência, é interessante perceber que a personagem ao criar o seu blog para ensinar negros não americanos entender a negritude em um país ocidental e extremamente racista como o EUA, nos mostra como a percepção ocidental da inferioridade de pessoas negras é o reflexo e resquício do colonialismo europeu, vemos através das situações relatadas pela personagem no seu blog e vividas pela mesma ao longo do livro essa visão europeia totalmente presente até no racismo de negros americanos com pessoas negras dos países Africanos.
Chimamada também aborda ainda a triste distorção da beleza branca dentro da própria Nigéria ao relatar os elogios feitos a Kosi por sua pele mais clara e ao enaltecer os filhos de mestiços, e a procura das nigerianos por mega-hair chineses e cremes clareadores de pele.
Durante todo o livro vamos vendo o preconceito em suas diversas facetas, como: as visões da África pobre e ignorante na fala das pessoas que Ifemelu conhece, da hipocrisia do povo europeu nos capítulos relatados sobre toda humilhação sofrida por Obinze quando morou na Inglaterra, trazendo a tona o óbvio do europeu após saquear e violentar o continente Africano, tentar séculos depois de todas as formas expulsar imigrantes invertendo os papéis entre vítima e carrasco
Os acontecimentos com Dike também traz a tona as questões de que o racismo também é um assunto de saúde mental e educação
Vemos também o poder da manipulação seja ela religiosa representada pela mãe de Ifemelu, política relatada pela situação do governo na primeira parte do livro
O livro também aborda o machismo e como ele está presente no dia a dia sendo também um preconceito, o abuso sofrido por Ifemelu, a descrição das mulheres pelos homens ao longo do livro e a relação abusiva de tua Uju com o general
Por mais que o livro tenha o romance como ponto de partida é nas histórias de Ifemelu e Obinze quando estão separados que vemos os pontos de reflexão centrais da história, como os próprios relacionamentos de Ifemelu com Curt e Blaine mostrando o olhar de uma relação interracial e uma relação com alguém de cultura diferente, e de Obinze com Kosi mostrando os questionamentos do que é uma real felicidade amorosa
Chimamada consegue em uma única história trazer a luz inúmeras questões sociais que muitas vezes são camufladas em uma sociedade moderna que prefere as vezes fingir a inexistência de tais temas vestido a falsa capa do evoluímos com frases prontas como desculpa, como a clássica brasileira "O Brasil não é racista" "Tenho um amigo negro" entre outras
Americanah é um livro que diz que o Óbvio precisa ser dito, gritado, reafirmado e defendido até que não precise mais ser. Uma história que é um soco no estômago para no final você recuperar o fôlego da consciência, mudança e reflexão
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CSK 06/11/2023

Livro bem escrito, mas que não me ‘pegou’. Achei o livro interessante, mas cansativo.
Mostra diversas perspectivas e reflexões sobre questões raciais e feminismo em situações envolvendo o casal de nigerianos, Ifemelu e Obinzé.
Um ótimo livro para reflexões.
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Juliana 01/05/2024

Pra mim, Ifemelu é geminiana
Ifemelu vê tudo se tornar enfadonho com o tempo e urge a necessidade de uma nova aventura. Ela absorve o mundo e as pessoas com muita sede, até se saciar. E querer ir beber de outros lugares e outras companhias.

São muitas personagens aparecendo ao longo do livro e volta e meia alguém reaparece e você pergunta "essa era quem mesmo?".

Um livro que poderia ser mais curto, vendo pela minha lente. Mas provavelmente existem pessoas que se identificam com essa inquietude e impulsividade constante de Ifemelu.
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Anapsilva 25/02/2023

Este foi o meu segundo contato com a escrita de Adichie. A história de Ifemelu é tão verossímil, os relatos sobre as condições de migração me fizeram refletir bastante. A forma como as questões raciais foram abordadas é genial. Recomendo a leitura!
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NotCrazyLimitedEdition 28/01/2023

Impressionante. Emocional, interessante, diferente, o que quiser de bom aqui tem. Realmente uma experiência literária única que entra pra minha lista de favoritos
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amanda 09/01/2023

Mais do que um romance
Comecei a ler o livro com grandes expectativas por conta do peso do nome da Chimamanda e foi uma leitura muito agradável e reflexiva. Muito mais do que uma ?simples? história de amor, o livro aborda questões importantes acerca de etnia, raça, cultura, senso de pertencimento, imigração, dentre outros temas que não são necessariamente confortáveis para o leitor, ao mesmo tempo que conta uma história interessantíssima. Apesar de ter achado um livro desnecessariamente longo em alguns momentos, recomendo a leitura.
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Isabela 04/12/2022

Romance inspirador
Ai gente o que falar da queridissima Chimamanda?? Segundo livro q leio dela, depois de The thing around your neck, e só me apaixonei ainda mais pela escrita dela. Esse livro definitivamente entrou pro hall de livros favoritos. Incrível como ela consegue abordar TANTOS assuntos dentro de um único romance sem parecer uma coisa forçada, tipo"vou lacrar colocando isso aqui", tudo é bastante natural e se encaixa perfeitamente na história.

Muito bonita a história entre Ifemelu e Obinze, eles são daqueles casais que fazem a gente acreditar no amor, em reencontros após tantos anos separados. Gosto como a Chimamanda fala sobre imigração, pois ela aborda as nuances de cada vivência de uma forma muito verdadeira e tocante, e ela desafia essa noção de que ir pros Estados Unidos ou pra Europa vai ser uma guinada na vida da pessoa. Tanto a Ifemelu quanto o Obinze passam por situações muito difíceis durante a imigração deles e quando retornam para Lagos a readaptação é outro desafio. Gosto como os dois não se tornam pessoas afetadas, que desprezam as próprias origens, mas buscam transformar a sua realidade de forma pequena, como o blog, e buscam a felicidade pessoal nesse processo.

Enfim, é um livro MUITO bonito, recomendo demais essa leitura, acho que foi minha favorita de 2022.
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Fe 19/10/2022

Acho que é um dos melhores livros que eu já li. Que delicia um romance que te faz torcer o tempo todo pelo casal ao mesmo tempo que nao é SÓ um romance e entra em diversas questoes extremamente importantes.

É o primeiro livro ambientado (em parte) no continente africano que eu leio e foi muito gostoso entender um pouco mais da cultura através dos olhos da protagonista.
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lu ð¿ 26/11/2021

nossssssa como ela tá americana !!
Um livro completamente necessário, independente de ter conexão com os EUA ou não. Uma história incrível, numa narrativa pouquíssimo popularizado desde de sempre. Ifemelu é uma mulher foda para [*****] que sabe do seu valor e q já sofreu muito na vida por machismo e racismo tanto nos EUA quanto na Nigéria. O enredo é incrível mas a terceira parte vira uma história de amor de traição do NADA e você fica se perguntando: seria tão ruim uma mulher só não ter um relacionamento?
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Cora Leopoldina 16/02/2021

Temática necessária
Chimamanda com certeza tem um lugar no meu coração, e claro que com esse livro n poderia ser diferente. A narrativa é necessária, com a abordagem de uma realidade que muitas pessoas têm receio em falar. O racismo velado e as questões de gênero são retratadas no livro de uma maneira muito orgânica, fazendo a narrativa ser racial-feminista sem dizer ser. Acho a autora muito inteligente em colocar os temas de forma tão natural dentro de uma linha mais banal-- o romance. Dito isso, acho que algumas partes do livro poderiam ser mais longas e outras nem tanto. Enquanto lia me peguei tendo algumas lacunas não preenchidas e outras super preenchidas sem nenhuma necessidade. Gostaria que alguns aspectos da vida de Obinze fossem mais claras já que a autora decide retratá-lo em grande parte do livro.
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relamounier 23/02/2020

Chimamanda consegue, em um trabalho de ficção, criar o ambiente de aproximação e distanciamento necessários para se compreender melhor a questão racial nos EUA.

O enredo do livro é comovente e super fluido, as questões sobre imigração e racismo foram perfeitamente encaixadas no contexto do livro, tudo tem um propósito claro ali e acrescenta à história. Nada é desnecessário nas mais de 500 páginas de Americanah.
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Vanessa.Issa 12/09/2017

Reading Challenge 2017 - A book where the main character is a different ethnicity than you
Reading Challenge 2017 - A book about an immigrant or refugee

Eu estava tentando usar um livro diferente para cada item do desafio, embora pudessem também se encaixar em outros. Mas, nesse caso, resolvi abrir uma exceção. Acho que ele se encaixa bem demais nos dois e, como já estamos em setembro, é provável que eu faça isso com alguns dos próximos itens também. Eu sei que ninguém se importa com isso, mas enfim... Gosto de deixar marcado aqui pra mim mesma.

Bom, vamos ao livro. Gente, que história!

Me envolvi demais nas emoções das personagens. Apesar de termos culturas muito diferentes, eu consegui me identificar bastante com a Ifemelu. Vemos ela enfrentando dificuldades de imigração, busca por um trabalho digno, preconceito racial e desigualdade de gênero. Vemos o quanto ela ainda é apegada às suas origens nigerianas, embora esteja nos EUA há muito tempo. Vemos o respeito pela religião, a relação com os familiares e amigos, e também sua vida amorosa. Em cada uma dessas passagens, ela consegue nos mostrar o quanto somos todos iguais.

Achei interessante também a forma como mostram a visão dela após voltar para a Nigéria. É como dizem, uma vez que você conhece mais partes do mundo, você nunca mais consegue ver a "sua casa" do mesmo jeito.

Foi uma leitura que apesar de longa, fluiu com muita rapidez. Não consegui largar! Adorei e recomendo.
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