Desde que a editora começou a lançar os livros da Lisa Gardner que me apaixonei pelo estilo da autora. O gênero policial estava bastante estagnado e a autora traz mais do que inovação, traz uma pesquisa realista e uma trama que se desenrola com naturalidade, porém o único problema foi a editora começar pelo quarto livro, depois lançar o cinco e só agora o dois. Os livros dela são tão bons que não fez diferença, mas sinceramente espero que a editora lance o primeiro em breve. Agora conheçam mais essa brilhante história de Lisa Gardner.
Annabelle Granger passou a vida inteira mudando de cidade para cidade desde que tinha sete anos de idade. Um dia chegou em casa e seu pai disse para escolher apenas duas coisas em seu quarto que eles iriam partir. Na época ela era apenas criança, mas à medida que os anos iam passando e a família se mudava para uma nova cidade ela começou a ter raiva do pai. Raiva das mudanças sem explicação, raivas dos incessantes treinos contra ameaças invisíveis e raiva por tanta mudança ter matado sua mãe. Mas agora Annabelle está de volta a Boston, como Tanya Nelson, a cidade onde viveu na infância e que viu seu tão paranoico pai morrer atropelado por um táxi. Os anos de treino transformaram-na em uma pessoa solitária, com três trancas na porta, um sistema de segurança extra e que trabalha em casa quando pode. Annabelle estava começando a confirmar que o pai foi neurótico atoa quando viu a matéria no jornal, uma cova coletiva com o corpo de seis garotas foi encontrada no subterrâneo do Hospital Psiquiátrico de Boston, e a polícia já identificou um corpo como Annabelle Granger. Quando D.D. e Bobby recebem Annabelle na delegacia duvidam de sua história. Uma vida de fugas sem registros é quase impossível. Com ainda mais perguntas do que antes dos dois precisarão descobrir onde Annabelle se encaixa nessa história antes que seja tarde demais. Afinal seu pai estava certo ao fugir? Existe mesmo alguém atrás dela após tantos anos?
É a partir dessa premissa que a autora desenvolve uma trama brilhante, com os melhores elementos do gênero, marcado por excelentes personagens e um tom realista que coroa tudo de forma perfeita. Gardner mais uma vez mostra como se faz um bom investigativo, com ambientação rica e crível, desde os procedimentos da polícia até os menores trejeitos dos personagens. Uma ótima autora, com uma trama intrincada e instigante nas mãos, desenvolve pistas e reviravoltas de forma harmoniosa e perspicaz conduzindo o leitor por uma história fluida, impossível de largar antes do final e ainda sem um gostinho de quero mais.
Nesse segundo volume da série o foco entre os três personagens principais, D.D., Bobby e Annabelle é bastante equilibrado, sobrando uma pontinha até para o romance. Eu sabia que já tinha ouvido falar no nome de Annabelle e foi perfeito saber de onde ela veio depois de ter lido os livros quatro e cinco. A trama trouxe um criminoso inteligente, audaz e sem escrúpulos no centro das investigações, mas Gardner de maneira inteligente joga com os acontecimentos, cria pistas e muda a trama de forma a deixar o leitor na dúvida até o final, o que sem dúvida rendeu um dos melhores fins entre os três livros da autora que já. Uma história que sem dúvida vai ficar marcada tanto pela trama inteligente como pela riqueza de elementos realistas e interessantes. Gardner se supera ao transportar a polícia de Boston para as páginas de sua história.
Leitura rápida, agradável, instigante por si e não apenas pela trama eletrizante. Lisa Gardner se firma como uma das melhores autoras do gênero e também como uma das que mais é fiel a realidade. D.D. é uma detetive fantástica, longe de ser canastrona e brilhante em sua forma de agir. Esperando ansiosa pelos outros livros da série. A edição da (...)
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