Gabriel Aleksander 18/04/2015Exagerado e nonsense O Enredo
Whit e Wisty estão cada vez mais próximos do conflito iminente com o “O Único que é O Único” e para isso eles precisam desenvolver seus poderes ao máximo, já que o grande líder da Nova Ordem também possui grandes habilidades que aparentemente anulam os poderes de fogo de Wisty, sugando qualquer chance de vitória por parte da Resistência.
O problema para os irmãos Allgood é que muitas pessoas importantes já foram tomadas deles desde que essa aventura começou, o que acabou desestruturando os mesmos. Seus pais, Celia e sua amiga revolucionária Margô, estão fora da equação e agora os jovens bruxos terão que formar novos laços e decidir em quem confiar e se existe alguém digno de tal ato.
Em meio ao caos, os integrantes da Resistência decidem organizar um grande show de rock na tentativa de relaxar e ao mesmo tempo reafirmar sua oposição ao governo opressor vigente. Nesse fatídico evento, Wisty conhecerá um roqueiro que irá mudar sua vida e redefinirá alguns conceitos, como confiança, amizade e até mesmo o amor...
Os Personagens
Depois de tantas perdas e situações difíceis pelas quais os protagonistas passaram, as esperanças em torno de um possível amadurecimento dos mesmos eram grandes. Porém, para a minha decepção, os personagens não evoluem ou amadurecem, as atitudes inconsequentes e totalmente ilógicas são contínuas nesse volume, assim como no anterior.
Os personagens secundários da história são pessimamente desenvolvidos e muitas vezes me perguntei o porquê deles pelo menos existirem na história. Podemos dizer, resumidamente, que a história gira em torno de 4 personagens e nada mais, tornando os demais ali presentes completamente desnecessários.
Apesar de todos os pontos negativos presentes nessa franquia, não posso deixar de levar em consideração que “O Único que é O Único” se configura como uma verdadeira ameaça para os irmãos Allgood, conseguindo alimentar a história com ações cruéis e construindo situações que, se não fosse pela predileção com a qual os protagonistas geralmente são abençoados, s mesmos não conseguiriam escapar e seriam facilmente derrotados.
A comicidade funciona na narrativa?
Inexplicavelmente os autores decidiram manter uma característica da série, que ao mesmo tempo a diferencia das demais obras presentes na literatura, e m contrapartida a torna insuportável.
A ideia de inserir alguns alívios cômicos em uma distopia até parece interessante em um primeiro momento, entretanto, a forma exagerada como essa comicidade é empregada em “O Dom” retira toda a credibilidade que a narrativa ou os personagens poderiam ter, fazendo com que o leitor não leve a sério nenhuma situação posteriormente apresentada, mesmo que tal acontecimento seja crítico e essencial para o desenvolvimento da história.
Opinião Final
A leitura de “O Dom” foi um verdadeiro suplício. Não consigo me recordar quantas vezes pensei em abandonar o livro e ir fazer alguma coisa mais proveitosa do que ficar preso a uma narrativa fraca, nonsense e absurda.
Em grande parte das vezes os autores confundem as idades de seus personagens, criando uma inconstância no comportamento dos mesmos, o que cria episódios que confundem o “cômico” com o “ridículo”.
Se você gostou de “Bruxos e Bruxas”, é aconselhável que procure diminuir suas expectativas para a continuação do mesmo. Já para aqueles que, assim como eu, acharam o primeiro livro mediano e viam esperanças para uma possível melhora em sua construção e desenvolvimento, devem pensar duas vezes antes de gastar seu tempo dando uma segunda chance para tal série.
Sem dúvida alguma a série escrita por James Patterson e Cia, está oficialmente abandonada por mim. Já vi algumas resenhas positivas sobre a continuação de “O Dom”, mas nem algo desse tipo me convencerá a me arriscar mais uma vez em uma aventura nada atrativa como essa.
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