Resenhas - O Mestre Das Iluminuras

Cris 23/04/2023

Acho q o título deveria ser Jovem ViúvaProprietária de Feudo
O livro tem como ambiente a Inglaterra na Alta Idade Média, num período precursor da Reforma Protestante. Mescla ficção com personagens históricos reais e fatos que aconteceram. A escrita é um pouco cansativa apesar da história ser bem dinâmica. Particularmente o desfecho não me agradou.

cid 10/08/2009

"When Adam delved and Eve span, who was then the gentleman?" (nos tempos de Adão e Eva quem era o senhor feudal?).
Gostei muito do livro, principalmente dele falar de John Ball, personagem real chamado de o padre doido de Kent.Embora o enredo da estória passe a margem das lutas pela igualdade, John Ball era insistente nos principios da igualdade social, sendo lider da Revolta camponesa de 1381.Ter lido sobre essa figura histórica me foi totalmente gratificante. Numa época em que se dizia que a ordem social , que incluia senhores feudais e servos era desejo de Deus e refletia a ordem Divina necessária no mundo , John Ball perguntava :
Nos tempos de Adão e Eva , quem era o senhor feudal ?
É claro que John Ball foi enforcado e esquartejado na presença do rei Ricardo II, por suas idéias e lutas,mas não foi esquecido.

MizukaYoshino 25/01/2022

Para ser honesta, ainda estou tentando entender o que achei realmente deste livro.
Não demorou muito para que a escrita e a história me cativasse, sendo que por vezes me vi largando o livro apenas por obrigação.
A história se passa durante a reforma protestante, o que no é algo legal (principalmente por que acredito que ainda não havia lido nenhum romance focado nisso), nos mostrando a vida tanto de uma parte da nobreza quanto dos trabalhadores.

O que me deixa sem saber em que pé fiquei com o livro é o fato de acontecerem muitas coisas antes da metade do livro, pra chegar no final e ter maiores acontecimentos ainda.
Se for ler, não deixe o epílogo de fora.

Bee 06/08/2010

Decepcionou...
Como gosto muito do que concerne à arte medieval, em especial a arte gótica, fiquei muito empolgada quando descobri esse livro, aqui mesmo no Skoob. Esse ano tive a oportunidade de começar a lê-lo, mas sinto dizer que fiquei bastante desapontada com o título e não consegui lê-lo até o final.
"O Mestre das Iluminuras" oferece uma visão extremamente superficial da Reforma Protestante. Uma clara dicotomia onde todos os personagens "bons" tem algo contra a Igreja Católica e todos os personagens "maus" são defensores do sistema compromete a profundidade da construção destes. Tudo o que vem da Igreja Católica, até mesmo as belíssimas catedrais góticas, é menosprezado pela autora; não vejo isso como uma ofensa pessoal (visto que não sou uma pessoa religiosa), mas como uma falta que compromete a verossimilhança da história e acarreta perda de interesse do leitor. A própria personalidade dos personagens é rasa. Personagens bons sem defeitos, personagens ruins sem qualidades.
Também existe, ao meu ver, certas incongruências históricas no que diz respeito aos hábitos dos personagens. Homens e mulheres medievais descritos como perfumados, asseados e bonitos me parecem mais uma caricatura da época, vista através de um prisma moderno, do que uma reconstrução histórica de qualidade.
As tramas, tanto a trama principal quanto a paralela, não me pareceram interessantes ou bem construídas até o ponto onde li, girando sempre em torno do embate dos Protestantes Bons vs. Católicos Maus com romance barato salpicado aqui e ali; após certo ponto, limitei-me a folhear o livro. Simplesmente não consegui terminá-lo.

Em resumo, "O Mestre das Iluminuras" me parece apenas uma maneira da autora de reafirmar suas próprias visões acerca da religião ao invés de uma reconstrução cativante e acurada da Idade Média.
Se procura um bom romance que aborde o tema da arte medieval, aconselho que leia "Os Pilares da Terra", de Ken Follet, e fique bem longe de "O Mestre das Iluminuras".

mara sop 16/04/2019

Arte, religião e amor na Idade Média
Katherine é a dona de um feudo empobrecido após a morte do marido, sendo regularmente extorquida por padres ambiciosos vendendo indulgências. Após a partida de mais uma das extorsões de um padre, ela recebe a proposta de acolher um artista e sua filha em troca de uma ajuda de custa de um mosteiro próximo, a qual ela aceita. Mas na chegada do iluminista, ela recebe também a visita do chefe da polícia que está investigando a morte do mesmo padre que a extorquiu há poucos dias. Katherine então se desespera com a possibilidade de o assassinato ter sido cometido por um de seus filhos, e mente dizendo não ter recebido a vítima em seu castelo.

Mestre Finn é um renomado artista que está pintando um valioso livro das horas para um mosteiro, mas como está acompanhado da filha de 15 anos, não pode se hospedar lá, a solução é ficar no castelo de Lady Katherine, recentemente viúva e com dois filhos da mesma idade de sua Rose. Mas que ninguém sabe é que Finn está envolvido com o líder religioso que está traduzindo a Bíblia para o inglês, um relacionamento perigoso que pode levá-lo à prisão, e talvez até mesmo à forca.

Fazia tempo que eu namorava esse livro na estante pra ler, mas acho que li na hora certa! A trama é muito boa, retrata um período da história inglesa realmente conturbado, aonde se vêem os primeiros ecos da reforma protestante, com o mais sagrado dos livros sendo traduzido para a língua do povo, tirando um pouco do poder da Igreja. Um tempo cheio de revoltas, perseguições e muito perigo. O livro me envolveu por completo, recomendo para os fãs de romances históricos, não de romances de época.

site: encurtador.com.br/juBDF

Daniela742 05/02/2009

Supreendente...
Esse é um livro em que a gente fica de queixo caído qdo ele termina... o final é excelente!

Sandy 23/05/2012

No quesito história, o livro é bem interessante. No entanto, peca pela quantidade exagerada de metáforas e pela narração vagarosa, o que torna a leitura por muitas vezes enfadonhas.

Malu 01/04/2013

O Mestre das Iluminuras
Como romance histórico, o enredo é bem válido. Afinal, não fosse por meio dele, dificilmente saberia quem foi John Wycliffe, precursor da reforma protestante, ao editar a 1a. bíblia em outra língua que não fosse o latim ou francês normando, dois século antes das manifestações de Lutero e Calvino, contrárias ao poder absoluto da igreja católica.
Alguém em resenha anterior comentou sobre o excesso de higiene na obra, algo bem incomum pra época, por questões culturais e, segundo a própria história, estes hábitos começaram no Séc. XIV, onde se passa a narrativa, e tais hábitos provavelmente ainda não ocorriam com esta frequência, algo mais disseminado quando chegou a água encanada e produção industrial do sabão, séculos depois.
É recomendado como fonte de informação histórica, mas vale a pesquisa paralela para não difundirmos fatos um tanto inusitados para a época.

SellSo 26/07/2022

Desde o começo sabia que não estava diante de uma leitura fácil, mais não diga isso como uma crítica. Pelo contrário é um exímio elogio a surpreendente Brenda que em seu primeiro romance conseguiu nos transmitir de maneira primorosa um fascinante conjunto de montanhas russas de emoções diversas que foram aos poucos expressando as feridas de nossos corações, e nos conduzindo a maravilhosos acontecimentos que mesmo assim a narrativa nos ensinou a odiar, pois mesmo em tamanha alegria e festividade de uma vida quase que perfeita, houve tristeza, muita tristeza e desgraças sem fins que fizeram o coração de qualquer um lacrimejar de dor e lástima. Neste exato momento ainda absorto de mais emoções e ainda comovido da narrativa ímpar desta autora espetacular, me sinto tremendamente honrado de poder ter lido obra esta tão única e imaculada.

Cissa 01/05/2010

Uma história bonita, triste e sensível que se passa durante a Idade Média (1350). A autora mesclou fatos verídicos com personagens criados por ela para nos mostrar como era a sociedade da época. A Igreja junto com a Monarquia dominavam as terras da Inglaterra de hoje. Massacrando o povo com impostos altíssimos e sob uma lei dura demais o povo vivia sob regime de escravidão enquanto a elite esbanjava em gastos supérfluos. Talvez tenha faltado um pouco mais de ação e agilidade ao contar a historia de Fin e Kathrin, mas mesmo assim é uma bonita história de amor e luta pela sobrevivência.

SunshinetySick 02/10/2022

Esse livro é muito bom. Um excelente enredo, com ótimo desenvolvimento de personagens, cativantes e esféricos, além de uma contextualização impecável dentro da época abordada. A polêmica das primeiras tradições da biblia para o inglês e o preconceito religioso, o dever ao rei.

O mundo da narrativa se expande desde a igreja e os pensamentos convergentes da época á ampla consciencia íntima de uma anacoreta que divaga sobre fé e maternidade; um iluminuras cuja vida é permeada de perdas e desilusões, mas que continua idealista proativamente justo; uma viuva que arrega o mundo sobre os ombros, seja no papel de mãe seja lutando para der reconhecida e respeitada ao gerir a propriedade sozinha; seja um anão; um oficial ganancioso; ou uma cozinheira fiel.

Assim, todos os personagens são cativantes à sua maneira, porém mais do que isso, o enredo se encarrega de entrelaçá-los em intrigas complexas e mistérios que somente natureza humana explica e permite. Morte, amor, fé.

É um livro que te envolve e mexe com seus sentimentos, conduzindo os personagens à situações cada vez mais miseráveis, sem mostrar-lhes a saida. É cruel e me peguei chorando mais de uma vez, mas isso é o que o torna genial. Sinceramente queria ter lido com mais calma e aproveirado página a página, mas minhas memorias sao turvas dado que não tinha muito tempo disponível pra leitura. Mesmo assim posso atestar que é um ótimo livro!

Michael 25/12/2017

Trata-se de ficção.
Pode parecer estranho, mas deve-se destacar que este é um livro de ficção. A autora se preocupou em manter o clima romântico entre certos personagens (não digo para não ter spoiler) e portanto não caberia escrever sobre a falta de higiene da época. Caso esteja procurando um livro de história, procure um livro de história, pois O Mestre das Iluminuras é ficção. Há certos momentos em que se deflagra pontos históricos importantes, mas este não é o foco. Em momento algum a autora demonstra desejo em narrar fatos verídicos. Alguns leitores criam uma expectativa de ler aquilo que já sabemos sobre a era medieval e se desapontam em não encontrar isso neste texto por ele não ser histórico. Acho engraçado reclamarem a falta de "realismo" neste tipo de FICÇÃO.

Aline.Andrade 15/07/2022

Reforma protestante e personagens históricos
Que livro show. Adoro quando os livros trazem personagens da vida real pra dentro de uma história fictícia. Valeu muito a leitura... Adorei

Mari Mayfair 24/05/2009

Leitura leve e gostosa. A história prende mas de uma forma sutil , recomendo pra quem gosta de certas intrigas e romance.

Adriano 27/07/2009

Um livro bom pra quem gosta de romances históricos. Personagens como John Wycliffe são citadas freqüentemente, apesar de não aparecerem. Diversos outras personagens históricas estão presentes no livro, o que é muito interessante.

O livro traça a mentalidade religiosa da época e a busca por reforma dentro da igreja católica. O esforço da tradução da biblia na língua do povo é o principal objetivo de Wycliffe, obra em que o mestre iluminador está trabalhando ao longo do livro.

Indicado para aqueles que gostam de história e religião, sem abrir mão de um bom enredo.