À sombra da lua

À sombra da lua Marcos DeBrito




Resenhas - À sombra da lua


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Vinicius.Veloso 26/03/2019

Impossível ler o livro e não captar a essência romântica e mórbida de Álvares de Azevedo. Aliás, sabiam que o personagem Álvaro foi inspirado neste grande autor da era ultraromântica?

Conheci Álvares de Azevedo na adolescência e apaixonei-me por sua escrita em Noite na Taverna e Macário. Assim, foi realmente uma surpresa positiva e memorável ler, na fase adulta, "À Sombra da Lua", com traços estilísticos e narrativos próximos de nosso poeta do século XIX.

Além desse saudosismo que a obra me causou, gostei bastante também da pesquisa histórica, especialmente sobre Licaon e São Cristóvão. Impossível mencionar também o personagem Valêncio, com seus inesquecíveis dilemas entre fé e razão. E que personagem, meus amigos!

Confesso que não aproveitei a obra na sua integralidade, porque passei por problemas pessoais e precisei interromper a leitura algumas vezes. De toda forma, é uma excelente indicação de leitura nacional contemporânea, com gostinho de clássica.
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@livrodores 14/03/2019

ÀSombra da Lua
É tão difícil absorver todos os acontecimentos de um livro que eu não consegui largar, conhecem aquela sensação de só estar em paz se tiver devorando a trama? Então foi assim que eu fiquei com essa história, que sem duvidas se tornou a minha favorita do autor, onde ele conseguiu detalhar tudo minuciosamente ganhando assim ainda mais o meu coração!
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Toda a trama se passa nos séculos passados, dividida entre a chegada da família Cesari ao Brasil em 1893 e o presente em 1920 onde a Vila Socorro procura por alguma ajuda já que animais e pessoas estão sendo mortos brutalmente!
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Álvaro é o grande centro das atenções nessa história e é possível perceber logo no início, onde ele foi alvo de uma grande tragédia na sua infância envolvendo sua família e que acaba carregando essa mancha depois de anos! Acompanhamos também nascer um romance entre ele e Alana, filha do médico local e que já estava prometida a outro!
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Toda a trama de desenrola lentamente, sendo bem detalhada do jeitinho que eu gosto! Vamos conhecendo mais sobre as atrocidades cometidas na vila, sobre o passado da família Cesari que sempre foi unida e amável, mas mesmo sobre tanta perfeição carrega um segredo!
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Outro personagem de destaque é o velho sábio Valêncio que aparece na cidade e percebemos sua grandiosa participação nos acontecimentos, ele carrega consigo um vasto conhecimento religioso e que pode ajudar na descoberta do que está acontecendo!
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Foi tão legal e inusitado ver uma lenda que eu conhecia desde pequena se tornar real nessas páginas, dando uma aproximação maior ainda a tudo que estava acontecendo! Não é um simples história sobre lobisomem, o autor conseguiu inserir elementos importantes para que a história tivesse uma pegada nacional e real!
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Jess 02/11/2018

1920, Vila Socorro. No vilarejo no interior de São Paulo começa aparecer corpos trucidados. O perigo é humano? Ou é um animal à solta? Os moradores estão preocupados, com medo do desconhecido e a incerteza da próxima vítima, procuram todas medidas possíveis pra combater esse mal .

Paralelo à esse mistério, temos o romance proibido entre Álvaro, o jovem solitário sobrevivente de uma tragédia, e Alana, a filha do médico e prometida à outro.

" É uma sombra do inferno! Depois que o sol se esconde, as trevas caem sobre esta vila e as esralas são testemunhas de que aqui caminha um servo do demo."

Ao contrário da falta de conhecimento dos personagens, o leitor sabe logo de princípio o motivo de todo o terror. Mas saber o demônio que traz tantos pesadelos, é só um detalhe comparado à toda grandiosidade do livro .

Narrado em diferentes anos: 1893, 1906, 1907, 1920; o livro intercala entre o presente e passado da Vila Socorro, nos trazendo segredos e encaixando todas as respostas. Os capítulos começam com a fase da lua no determinado momento, pois é nas noites de lua cheia que o mal desperta .

E não só de amor e horror o livro é construído. Quero destacar Valêncio, um personagem que chega pequeno e em plano de fundo, mas aos poucos se mostra um dos mais importantes. Com questionamentos sobre razão, religião e nossa humanidade, as páginas em que Valêncio brilhou foram as que me fizeram surtar mais. Um personagem que busca respostas pra não se entregar à loucura e que levantou dúvidas que existem em mim. Foi um dos personagens que mais gostei de conhecer nessa minha vida de leitora .

Pra quem já leu, tem um conto na Amazon: Parábola do retorno. Muito bom também! Traz um pouco sobre Valêncio antes de chegar na Vila Socorro .

Caminhando entre cenas românticas e mortes, À sombra da Lua é um livro macabro e apaixonante, capaz de desesperar qualquer leitor são. Apesar de ter um gancho pra uma continuação, o livro é bem completo .

Com narrativas semelhantes e abordando folclore, acredito que quem gostou de O escravo de Capela, vai gostar de À sombra da Lua.

site: www.instagram.com/saymybook
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Inlectus 12/10/2018

Muito bom!
Poucas vezes vi um autor brasileiro tão vívido ao escrever.
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Thiago Barbosa Santos 18/01/2018

É sobre contar uma história de lobisomem e ser original
As histórias de assombração, do mito do lobisomem, atravessaram gerações e são frequentes no imaginário popular, na tradição do conto oral, na literatura de cordel, enfim, são histórias contatas e recontadas excessivamente ao longo de todo esse tempo. Portanto, o autor que decidir voltar ao assunto, corre grande risco de ser repetitivo, contar uma história já batida. Definitivamente não foi o caso de Marcos de Brito.

O cineasta e roteirista estreou na literatura com "À sombra da lua", um romance que resgata o mito do lobisomen de uma forma original, com um enredo extremamente interessante, que prende o leitor desde as primeiras páginas na história trágica da Vila Socorro, um vilarejo do interior de São Paulo condenado a conviver com a fera amaldiçoada, que nas noites de lua cheia promove a sua carnificina e aterroriza os moradores.

A Vila Socorro é reduto da imigração italiana, recebeu várias famílias, que chegaram ao lugar em busca de uma vida melhor. Entre os imigrantes, a família Cesari. O patriarca é um homem de bem, trabalhador, que ama a esposa e os filhos, mas sofre com uma maldição desde que chegou à adolescência. Nas noites de lua, ele dorme fora de casa, na floresta, para buscar suas vítimas e ao mesmo tempo poupar os familiares de um possível massacre quando está possuído pela fera.

As mortes vão se acumulando na Vila Socorro e a população está em polvorosa querendo uma solução para o problema.

Voltando para a família Cesari, em uma manhã, o cenário encontrado na casa dos italianos foi devastador. A esposa e as seis filhas mortas, dilaceradas, sangue e membros por toda a parte, apenas o pequeno Álvaro, o caçula, vivo, mas sendo perseguido por Cesari, com um machado na mão, tentando atacar o menino (no fim do livro este episódio misterioso foi revelado), salvo pelo padrinho, que chegou na hora e evitou uma tragédia ainda maior. As mulheres foram enterradas, o chefe da família tido como louco e morto pela população. O menino Álvaro foi ficando por lá, cresceu e morou na mesma casa da tragédia, sozinho.

Os anos se passaram e as mortes nas noites de lua cheia continuaram atormentando a Vila Socorro, que tentava buscar explicações para todo aquele terror, e o principal, eliminar o assassino cruel. A fera já era outra, Álvaro, o filho, herdou a maldição do pai.

O livro mostra também um triângulo amoroso entre Álvaro, Alana e Vicente. Este último é um dos homens mais empenhados na Vila em colocar um fim nas mortes. Caçador de mão cheia, ele busca assassinar o ser (desconhecido por todos) que promove as matanças. Alana se apaixona por Álvaro e tem um relacionamento com ele, mas por pressão familiar, acaba aceitando o casamento com Vicente. Álvaro fica magoado ao ser trocado e, ao sofrer a mutação, invade o quarto da moça e a mata cruelmente, devorando sua carne.

O acontecimento gerou uma comoção ainda maior e os esforços para descobrir o segredo deste fenômeno maldito se intensificam, até que o alcaide local pede ajuda na capital, que envia uma importante autoridade de segurança. Uma espécie de exército é formado para combater esse ser assassino. Neste meio tempo, um ex-padre da cidade se dedica a pesquisar este fenômeno do lobisomem e tenta convencer a cidade de suas teorias. A população o ridiculariza, mas depois todos descobrem, da pior maneira, que ele estava certo.

Com o mistério desvendado, Álvaro foi preso e morto no corpo de lobisomem. A Vila Socorro finalmente viveu momentos de calmaria...até a próxima lua. Como foi morto transformado na fera, a maldição não foi totalmente desfeita, tanto que na noite em que a bela lua despontou no céu, a besta retornou em forma de espírito e dizimou a população. Poucos sobraram na manhã seguinte. Os que sobreviveram abandonaram a cidade. O ex-padre fez uma oração no túmulo de Álvaro para tentar livrar o rapaz de vez desta maldição.

A narração vibrante foi uma bela estreia de Marcos de Brito na literatura. Uma história muito bem desenvolvida e que seduziu centenas de leitores a voltar ao mito do lobisomem e sentirem, ao final da leitura, que se depararam com uma trama original, apesar de o tema ser consolidado.

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Livros, câmera e pipoca 23/10/2017

Um terror nacional muito bem escrito!
A história se passa na cidade de Vila Socorro, que fica no interior paulista, onde várias mortes violentas estão acontecendo. Os fatos são narrados em dois tempos diferentes, temos o presente, que narra a vida de Álvaro e também temos flashbacks do seu passado, que narra a chegada de seu pai ao Brasil. À medida que as lembranças do passado são contadas ao leitor, percebemos que Bastiano guarda um grande segredo. À Sombra da Lua foi uma agradável surpresa, achei muito bem escrito, o autor soube mesclar a mitologia do lobisomem com a ciência e as crenças regionais. Leia a resenha completa no blog.

site: https://livroscamera.wixsite.com/meusite/single-post/2017/10/23/A-Sombra-da-Lua
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Tiago Toy 24/09/2017

Dá para reinventar algo já consolidado? Dá.
O conceito da licantropia é o pavor que equilibra os benefícios da transformação. O relato de um humano amaldiçoado pela licantropia é fascinante quando sentimos o horror de enfrentar um animal incontrolável e sobrenatural partilhando do mesmo corpo, prestes a sair e destruir o que ou quem estiver na frente assim que perder o controle. É o conceito básico de O Médico e o Monstro. Todos temos um monstro interior, e cabe a nós respirar fundo e controlá-lo.

Marcos DeBrito preferiu deixar o autocontrole de lado e obteve êxito em criar um dos mais pavorosos lobisomens já vistos. Até certo ponto você pensa: “Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas esse lobisomem é igual a qualquer outr...”, e então grita: “OPA! Não acredito. Que demais!”. Nunca pensei que a clássica criatura pudesse ser reinventada do modo como Marcos o fez e continuar assustando. A resposta é: assusta, e muito.

Em À Sombra da Lua, lançado pela Editora Rocco, cuja trama se desenrola entre os anos de 1893 e 1920, acompanhamos mortes violentas acontecendo em um vilarejo em Vila Socorro, interior de São Paulo, quando a religião e ignorância eram as piores armas — em ambos os sentidos — à disposição do homem. Sabendo dosar romance, drama e terror como um mestre já solidificado em sua área, Marcos apresenta fortes conhecimentos em discussão política e religiosa, além de saber exatamente quais palavras usar para manter a atenção do leitor. Um presente extra é a possibilidade de “visualizar” as cenas, descritas como se o leitor estivesse assistindo um filme. Não dá para negar que é trabalho de um cineasta — e dos bons.
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Michael Chagas 19/08/2016

“A maldição do lobisomem é elevado ao mais alto nível de descrição e tragédia”.
Eu não tinha lido nenhum livro do escritor Marcos DeBrito, então resolvi escolher o seu primeiro romance, o livro À Sombra da Lua. Não me decepcionei. Fui surpreendido positivamente. Monstruosamente o autor me ganhou logo nas primeiras páginas.
Com um prólogo direto e muito bem escrito, Marcos Debrito já nos coloca na Grécia Antiga numa mini-estória que mostra como a lenda do lobisomem surgiu. Aquilo já me animou bastante. A forma como o escritor escreve é fantástica, ele encontrou seu jeito e descreve detalhes horripilantes com maestria. Mas há também no livro, cenas românticas, um amor proibido, vingança, tragédia, morte, sangue, Lua Cheia.
Mas do que se trata o livro? O livro se passa em duas linhas temporais, onde uma se trata do presente em 1920:
Narra estória de personagens extremamente vivos e bem construídos, moradores de Vila Socorro que moram em paz e com uma fé extremamente forte em Jesus Cristo, até que casos estranhos começam a correr na Vila; Galinhas dilaceradas, porcos atacados, pessoas começam a morrer, por causa de um ser que todos imaginam ser uma raposa ou um lobo. Personagens como: Duas amigas Alana e Flávia apaixonadas por amores proibidos, um corajoso jovem Vicente, pais de família preocupados, uma mãe adorável chamada Clemenzia , um idoso que estuda livros sombrios com nome de Valêncio que acaba impondo sua crença, dizendo que todos aqueles ataques se tratava de um ser que outrora o povo não acreditava estar lhe dando; um doutor importante pai de Alana, o Dr. Dário, um homem vestido de preto chamado Ulisses que chega à cidade para uma missão e o jovem Álvaro que tem toda uma tragédia na infância, onde ele é o sétimo filho e acaba presenciando uma desastre horrendo com sua família, e a outra linha temporal se passa contando justamente o ocorrido com a família de Álvaro que só se revela no final do livro, alternando entre presente e passado.
Entre tantas tramas e tantos personagens vemos que Marcos Debrito consegue conduzir a estória com todo drama que o livro se propõe a colocar na mente do leitor. O monstro que é o lobisomem e sua aparição é descrito com cenas horripilantes de tirar o fôlego. Mas não é só isso. A religião VS crença popular. Em quem acreditar? O povo só acredita nas coisas que conseguem ver e tudo é contado com opiniões coerentes e fortes.
O livro é sensacional. Horror, medo, mortes, mitologia, crença, religião, amor proibido, traição.
Tudo isso está no livro e de uma forma bem colocada. Não podia ser melhor.
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Gim 31/05/2016

Um livro sensacional do inicio ao fim. Nos faz lembrar os contos antigos que nossos avós ( em grande maioria) nos contavam. Uma ótima leitura, vale muito a pena!
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Ricardo Santos 22/05/2016

ficou devendo
Li 50 páginas do livro e desisti. Mesmo lendo a versão física, mais agradável, apesar do papel branco, não consegui ir adiante. A ideia é boa. Terror histórico nacional. Adoro tramas de terror com ambientação histórica. Mas a execução é bem fraquinha. O texto é bem escrito, mas os personagens não têm vida, a trama não é muito original com a coisa do herói humilhado e solitário que é apaixonado pela filha do todo poderoso do lugar. Este é um exemplo perfeito de texto fluente, mas sem pegada.
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Saleitura 09/05/2016

À Sombra da Lua, escrito pelo brasileiro Marcos DeBrito e publicado pela editora ROCCO, traz-nos uma nova história de lobisomens. Dessa vez, a narrativa possui um ar mais macabro e que leva o leitor para uma caminhada no meio de diversas teorias relacionadas a existência - ou não-existência - dos seres conhecidos por nós como lobisomens.
O livro conta a história da pequena Vila Socorro, que no ano 1920 passa por uma crise que promete levar o pequeno povoado à inexistência: Ataques cruéis deixam milhares de vítimas, e conforme o tempo vai passando e nenhuma atitude vai sendo tomada, a população começa a se revoltar e pedir por justiça.
No meio da confusão e do medo que se instauraram na vila, o romance ainda encontra uma forma de marcar seu lugar no coração de dois jovens que estão fadados ao amor proibido. Àlvaro, sobrevivente de uma tragédia que massacrou sua família; e Alana, a filha do rico médico local.
E partindo desses princípios, a história se desenrola e se transforma de maneira surpreendente para suas poucas 286 páginas.

Caso tenha lido a minha última resenha aqui pro Saleta de Leitura, eu falei lá que histórias que tratavam da licantropia não eram exatamente meu enfoque quando eu procurava algo para ler. Para ser mais sincera, eu costumo me desviar de tais enredos. Este livro, no entanto, por ser curto e de autoria brasileira, chamou minha atenção um pouco mais.
Quanto à narrativa, o autor me surpreendeu. Descreve as situações e os sentimentos de maneira poética e real, colocando o leitor na cena de maneira absurda. Nos momentos mais violentos e macabros, Marcos DeBrito conseguiu transmitir o horror e o desconforto muito bem, o que tornou tais cenas muito mais interessantes e palpáveis.
Como um livro de terror e suspense, À Sombra da Lua está de parabéns e superou em extremo minhas expectativas. Quanto ao romance e a construção de personagens, no entanto, há certas discussões que pretendo promover aqui.
O romance seguiu uma linha terrivelmente clichê: A mocinha indefesa, filha de pai rico, que se apaixona pelo menino durão, misterioso e pobre, mas que não pode viver sua história de amor porque seu pai espera que ela se case com o garoto perfeito: rico, belo, gentil e cavalheiro. E portanto, a mocinha e seu amor resolvem viver um romance proibido que acaba em sofrimento.
Se o autor me prendia em sua narrativa macabra, ele me entediava em seus momentos românticos. Sempre que eles chegavam, só faltava eu pular as páginas que tomavam e voltar ao que realmente me interessava. O amor entre os dois não me pareceu real, e o romance passou um ar estranho, de dependência que saía do nível saudável.
Outra coisa que me incomodou na história foi a construção de personagens. Nenhum deles conseguiu me conquistar, e apesar de que a premissa de muitos deles fosse perfeita, suas personalidades não foram bem desenvolvidas e deixaram um ar de "Ok, só mais um personagem. Nada demais". Os que deveriam me passar raiva, não conseguiam, e os que deveriam gerar compaixão, dificilmente geravam.

E por fim, tenho completa consciência de que na época em que o livro se passa, as mulheres não tinham lugar, e viviam à mercê do homem, sem voz ou poder de escolha. No entanto, acredito que o autor deveria ter se adaptado melhor às demandas da sociedade atual, e inserido em sua obra, se não uma personagem feminina forte - O que sera a melhor alternativa. Afinal as mulheres neste livro são ou extremamente delicadas, ou simplesmente invisíveis -, o autor poderia ao menos ter adicionado palavras e/ou sinais que expressassem sua discordância quanto ao machismo daquela época.
Mas pelo contrário, a narrativa fez parecer que o autor concordava com tal retratação feminina, e a forma como ele descreveu as mulheres, criando-as como criaturas de aparência perfeita, e irritante delicadeza, me frustrou em certos momentos.
Uma personagem em especial, a melhor amiga de Alana, me fez sentir que poderia ser algo a mais. Sua mente inteligente e estrategista, no entanto, foi usada na história simplesmente para descobrir como ter o homem de seus sonhos. E quando chegavam as cenas de real ação, ela simplesmente se tornava burra.

Sei que pela resenha fiz parecer que odiei o livro. Mas a verdade é que não. Foi uma experiência interessante, e que me fez sair da minha zona de conforto da maneira que eu definitivamente estava precisando.
E por isso, À Sombra da Lua merece, na minha opinião, 3,5 estrelas de 5. Se indico? Sim, em especial se se interessar por romance, tragédia, e se não se ofender facilmente no que se refere a assuntos que tratam de religião, de Deus e do diabo, de maneira um tanto quanto diferente.
Resenhado por Ana Carolina
http://www.skoob.com.br/usuario/2583884-ana

site: http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2016/05/resenha-sombra-da-lua-de-marcos-debrito.html
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I Love It Group 03/03/2016

Resenha de Karollyny Lima
Logo no início do livro somos apresentados à história de Licáon, que se passa em 1249. Licáon era Rei de Arcádia, mas era um rei maldoso, capaz de fazer as maiores atrocidades. Eis que, um belo dia, ele teve a petulância de enfrentar Zeus e, assim, recaiu uma maldição sobre ele, na qual ele se tornou um bicho e seu império foi totalmente destruído.

A história dá um salto e vai para o ano de 1920, quando nos é apresentada a Vila Socorro, localizada no interior de São Paulo, que está sofrendo com a violência e seus moradores tentavam a todo custo trazer a paz novamente para o vilarejo.

No meio dessa confusão, onde aconteciam várias reuniões entre os moradores daquele pequeno vilarejo para tentar achar uma solução para pegar quem estava matando sem piedade, surgia uma paquera entre Álvaro, o único sobrevivente de sua família e Alana, a filha de Dário, o médico local.Após a última reunião, que acabaram não chegando a um consenso, Álvaro resolve ir para casa, mas Valêncio, que tinha chegado à vila havia pouco tempo queria a todo custo falar com ele, deixando o rapaz bastante desconfiado. Para Valêncio, Álvaro esconde algo e acha que é sobre aquilo que procura.

"No tom de voz Valêncio podia-se perceber algo misterioso. O velho sabia mais do que se permitiu revelar naquele primeiro encontro entre os dois."

Alana ainda não sabia o nome daquele jovem rapaz que preencheu seu coração, mas graças à sua amiga Flávia, ela não só descobre o seu nome, mas a sua história e, para piorar a situação, seu amigo de infância Vicente criou coragem para se declarar, deixando-a dividida entre o amor de um desconhecido e a segurança que seu amigo poderia lhe dar.

No decorrer da história, temos uns capítulos que remetem ao passado e conhecemos melhor a família Cesare, à qual Álvaro e sua trágica história pertencem. Durante um curto tempo na história, todos pensavam que o animal responsável pelas atrocidades ocorridas na vila estivesse morto, até que a próxima lua cheia chegara, causando mais sofrimentos. Na reunião dos moradores, então, Valêncio sugeriu o toque de recolher, para evitar mais desastres e assim foi feito. Enquanto isso Álvaro e Alana continuavam se encontrando às escondidas, desfrutando de seu amor, mesmo Vicente tendo-lhe pedido em casamento, do qual ela não queria aceitar, mas foi obrigada.

"- Foi ele quem tomou a decisão! - revelou indignada, olhando a amiga nos olhos. - Eu nem disse ‘sim’. O Vicente já chegou no almoço segurando o anel de noivado."

Após a morte de uma pessoa importante da vila, o caso foi levado ao conhecimento da Capital e foi solicitado ajuda, surgindo, então, na vila, Ulisses, que viera na tentativa de ajudar a trazer a paz novamente.O que Ulisses e a população da vila não imaginavam era o final que lhes aguardava!

site: https://www.iloveitgroup.com/resenhas/a-sombra-da-lua-marcos-debrito
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Luciana 17/02/2016

Em À Sombra da Lua ninguém é poupado, nem mesmo os apaixonados, velhos, mulheres e crianças.
À Sombra da Lua - Marcos DeBrito

Editora Rocco
288p.
Nota 3.5 / 5

O livro À Sombra da Lua nos leva a uma viagem entre os séculos XIX e início do século XX, em um pequeno vilarejo no interior de São Paulo, Vila Socorro que sofria com a violência que abatera a cidade nas últimas décadas.

A pequena Vila, que em sua placa de boas-vindas exibia o número atual de habitantes, há décadas vinha sofrendo alterações regulares. Todos os meses algum morador tinha em seu destino uma morte trágica e sanguinolenta. Em algum momento depois que o sol se despedia e o negro da noite cobria o céu algum morador era acometido por uma morte terrivelmente assustadora e violenta. A vítima era encontrada muitas vezes esquartejada e com uma enorme ferida no pescoço lembrando uma mordida brutal, com suas vísceras comidas e os restos misturados ao cenário macabro em que a morte se dera.
Após uma nova vítima ser encontrada os moradores de Vila Socorro (boa parte deles descendentes de imigrantes italianos) estavam impacientes e raivosos, todos esperavam uma solução do alcaide (algo semelhante ao prefeito) da Vila, pois muitos filhos, pais e maridos já haviam sido mortos, todos da Vila tinham algum parente ou conhecido que havia sido morto.
Sem condições de lidar sozinho com a população, o alcaide Ronaldo formara um grupo para ajudar na resolução dos assassinatos. Entre eles estavam, Carlos George um ex - proprietário de escravos e maior latifundiário da região. Dário Bastos o médico local responsável pelas autopsias e o Padre Antônio.
Todos procuravam entender e davam palpites sobre o que estava acontecendo na Vila, inclusive um senhor misterioso que tinham crenças que não seriam ouvidas sem ser motivo de chacota. O velho Valêncio acreditava que algo muito maior estava envolvido nas mortes, um ser demoníaco atacava as vítimas, em seus estudos era retratado como uma alma aprisionada em uma maldição que fazia com que o amaldiçoado assumisse a forma de lobo terrivelmente feroz.
Atitudes erradas são tomadas...As mortes continuam seguindo o mesmo padrão...O medo toma conta...Uma ajuda de longe é convocada...Grupos de caça são formados...Um amor proibido floresce...Um casamento arranjado é capaz de trazer ainda mais desgraça e sofrimento...Há ainda o mistério da casa da floresta...

Em À Sombra da Lua ninguém é poupado, nem mesmo os apaixonados, velhos, mulheres e crianças. Nós leitores não seremos poupados de uma leitura repleta de sangue!!
Adrielle 17/02/2016minha estante
Adorei sua resenha, mostrou exatamente do que trata a história sem revelar demais e ainda deixando o leitor curioso. Eu já li o livro gostei muito,realmente não somos poupados!




Isa Cereser 14/02/2016

Um Nacional muito bom.
O livro começa contando a historia da chegada da família Cesari ao Brasil, onde residiram numa pequenina Villa chamada Socorro que fica em São Paulo. Até ai tudo bem, logo em seguida se passa anos e estamos no ano de 1920, onde conhecemos Álvaro que é o único sobrevivente da família Cesari, pois a mãe e suas seis irmãs foram brutalmente assassinadas, sobrando apenas o pai que foi morto pela população da Vila. Alana é a filha de um renomado médico da Villa, claro sendo assim de classe alta, assim como Flávia sua melhor amiga e Vicente seu amigo de infância. E assim se decorre o livro, intercalando presente e passado sempre na hora exata para irmos entendendo a história.
A Villa Socorro vem sendo assombrada por um assassino, este que toda lua cheia sai matando o que vê pela frente, medidas são tomadas na Villa mas a matança continua, até a chegada do Valêncio, um senhor muito simpático e que suspeita de quem esteja causando todas essas mortes somente em lua cheia. Junto com isso temos o romance secreto do moço pobre e da moça rica, Alana e Álvaro. Que se apaixonaram e tem encontros às escondidas, mas seu amigo Vicente tem planos de se casar com ela e seu pai super apoia esta união. Com isso temos Flávia que sempre foi apaixonada por Vicente e que bola planos para Alana e Álvaro ficarem juntos para ela ter o caminho livre. Mas o que ela não contava é que tem um lobisomem por trás disso tudo e que seus planos vão mudar drasticamente, para os quatro jovens.
Gente o que falar deste livro, havia tempos que não lia um livro com cenas tão marcantes e chocantes, sério se você não tem estomago forte, não leia ou pule essas partes. Pois o autor retrata muito bem as cenas de sexo, as cenas de pessoas sendo mortas, de cadáveres. Gostei pelo fato de o autor sempre surpreender, ele faz com que você se prenda ao livro de uma maneira incrível. Aconselho para quem gosta de suspense/terror a ler, é uma leitura agradável, rápida e estou sabendo que teremos continuação e já quero para ontem.


site: http://dicasdaisacereser.blogspot.com.br/2016/02/resenha-sombra-da-lua.html
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Rê. 19/11/2015

Tive o prazer de conhecer o Marcos DeBrito em um evento literário, Terror em Todo Lugar, mediado e promovido pelo Blog do Luke na Livraria Martins Fontes em 11.10.2015 e depois pude reencontrar esse autor no Sarau da Meia-Noite mediado pela Taberna Cultural em parceria com Redevamp, um especial DarkSide em 31.10.2015 na Livraria Cultura, mas até aí não havia ainda tido a oportunidade de ler sua obra, mas já foi remediado isso! Terminei recentemente de ler À Sombra da Lua que saiu pela Rocco, e ... NOSSA!!!

À Sombra da Lua é o que esperamos, com um pouco mais de tempero brasileiro! A história se passa em 2 tempos, em 1900 e 1920, uma ida e volta no tempo e na história de um personagem central que nos indica uma mesma vereda escura de pensamento, (mas um conselho: não se prenda a isso). Uma pequena e tranquila vila de interior, nos tempos de imigração italiana, que durante o dia vê a vida passar de forma pacata nas suas janelas e a noite, algo desconhecido e sanguinário aterroriza a região e seus moradores. Os lideres e os representantes da lei não sabem o que fazer ou como agir, caçam um animal nas matas, mas não é bem isso que existe lá, um mal licantropo é que se esgueira nas noites de lua cheia.

A obra é racional e ao mesmo tempo fantasiosa, misteriosa e ao mesmo tempo iluminada, traz a tona o melhor do terror e do talento brasileiro que tanto admiro e gosto!

Altamente recomendado, leiam e prestigiem a literatura nacional! Ainda mais os talentos do cineasta e literata Marcos DeBrito!
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