A Caçada

A Caçada Andrew Fukuda




Resenhas - A Caçada


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Yasmin 12/12/2013

Universo sombrio e criativo, que reconstrói uma mitologia conhecida de forma única.

esde que conheci o livro no Goodreads fiquei bastante em dúvida sobre a premissa. Afinal como conseguiram a faceta de eliminar todos os seres humanos da face da Terra, e por isso mesmo quando soube que a Intrínseca lançaria fiquei contando os dias para ver o livro na lista de lançamentos. A premissa de Andrew Fukuda é notável e a forma como ele desenvolve uma mitologia toda nova em torno do que conhecemos como vampiros é fascinante. Conheçam A Caçada.

A história começa nos apresentando o protagonista, de sua preparação exaustiva até suas suposições sobre ser ou não o último, eper, ser humano existente. Ele não se lembra do nome que recebeu. Seu pai, que lhe ensinou tudo, e martelou até tudo se tornar um hábito. Não sorria, não encha os olhos d'água, não faça qualquer coisa que provoque o suor, não deixe nenhum pelo crescer, não durma em sala de aula, não se destaque, sente na frente para não espremer os olhos tentando enxergar, corte as unhas todos os dias, passe manteiga na pele para disfarçar o odor, polir as presas falsas todos os dias e assim por diante. É assim que ele vem sobrevivendo sozinho desde que o pai sumiu. É uma rotina exaustiva e algumas vezes ele quase foi descoberto. Tenta ficar longe dos cavalos porque eles denunciam seu cheiro. Pratica natação porque é o único esporte que não denuncia o suor excessivo. Senta na primeira carteira para enxergar na luz cinzenta, quase negra da sala de aula. Durante os dias, às vezes ele se permite sair, enquanto os outros dormem. Os outros não são vampiros, eles são as pessoas normais e os humanos são os epers, a raça inferior em extinção. O pai disse para ele nunca se esquecer, ele não é eper, ele é humano. Quando a notícia de uma nova caçada eper chega ao colégio todos ficam alvoroçados, coçando os pulsos feitos loucos e babando descontrolados. Ele faz seu melhor para soar igual, mas em seu íntimo fica desesperado. Quando seus números são sorteados, ele não tem tempo de buscar seus equipamentos. Sabe que começará a cheirar mal e se a caçada acontecer será descoberto no mesmo instante. Mas no centro de pesquisas eper, ele descobrirá mais do que o próprio nome e pela primeira vez as coisas sairão do controle. Ele se chama Gene e não está sozinho.

É a partir dessa premissa que o autor construiu sua história. Recriando uma das mitologias que mais fez sucesso nos últimos. Vampiros como nunca vistos antes. Eles são a raça dominante, não se chamam de vampiros, e são sanguinolentos. Mesmo a menção sobre um ser humano causa alvoroço e descontrole. Rasgam suas vítimas vivas e comem tudo. Saem à noite, e como acreditam que os humanos, chamados de epers estão em extinção comem carne crua.

A narrativa em primeira pessoa é tensa e cativa o leitor desde o começo, através da voz de Gene vivemos suas tensões e medo. As descrições são precisas e bem colocadas, a ambientação é viva e funciona de forma fantástica em favor da trama. Fukuda faz mais do que apresentar seu universo, ele constrói uma trama cheia de nuances e camadas. A sensação de nunca saber o que virá é um dos pontos marcantes da história. A história se passa toda antes a caçada em si, e esse é outro ponto que o autor acertou. O desenrolar é em um ritmo fluido, mas que transpassa com riqueza os sentimentos do protagonista, e o clima do ambiente. E ao marcar isso na trama a história ganha e muito.

Assim como Gene o leitor fica na dúvida, será que existem outros humanos em volta de Gene? Apenas se passando por "pessoas" comuns? É um tanto sombrio os sentimentos que passam por Gene e o encontro dele com outros epers, outros humanos foi no tom perfeito. Foi estranho e assustador ver Gene admirado com uma expressão facial ou um sorriso. O autor foi perspicaz e inteligente em suas escolhas, não esquecendo de nenhum detalhe. Desde o menor hábito humano até a coisa mais comum de nossas vidas, tudo foi usado em favor da trama e de forma brilhante. O fim é o ápice de tensão, com um ritmo frenético a história se encerra com uma mudança e evolução, deixando no ar perguntas interessantes, e principalmente dúvidas curiosas.

Leitura rápida, com um ritmo instigante e um universo brilhante. Partindo de uma mitologia conhecida Andrew Fukuda construiu uma história inovadora e fascinante. Uma história pulsante, repleta de tensão com um tom diferente e um protagonista sozinho em um ambiente hostil. A edição da (...)

Termine de ler o último parágrafo em:

site: http://www.cultivandoaleitura.com/2013/12/resenha-cacada.html

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dianna_soares 10/06/2020

Estou arrepiada
Esse livro estava na minha estante desde 2015 e eu nunca dava a devida chance. Até que esse ano resolvi ler e me surpreendi. O começo é meio lento, por ser bem introdutório sobre o universo, a sociedade em que eles estão inseridos, os personagens. Mas quando as coisas começam a ganhar forma, eu já não conseguia mais largar o livro. O autor fez um ótimo trabalho nas descrições do ambiente e das cenas de ação, eu consegui visualizar tudo muito bem e ter as mesmas sensações que os personagens.

E no final tem um plot twist que me deixou boba! Com certeza pretendo continuar essa trilogia.
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vihhh:3 06/01/2021

Bora chamar de Opnião , não resenha...
Entrei na história sabendo um pouco o que esperar, não o suficiente para invalidar a experiência.
A forma como o mundo é mostrado não foi muito do meu agrado, mas se desconsiderar isso e focar no que o escritor quer passar nesse primeiro livro, é possível aproveitar uma história que envolva vampiros, massacre, sobrevivência, autoconhecimento, humanidade e amizade pelos olhos de um adolescente que perdeu todos muito cedo, aprendeu como sobreviver sozinho, sempre a sombra do medo de saber que sua existência é um fio fácil de romper, mas que nunca esqueceu quem ele é e pode ser.
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MiCandeloro 24/11/2013

Inacreditável! Me fez perder o sono!
O que vocês fariam se fossem um espécime em extinção, obrigado a andar camuflado em meio a milhares de predadores, tendo que cuidar dos mínimos detalhes para evitar se transformar numa refeição num piscar de olhos? Vocês resistiriam bravamente, ou seria um fardo tão pesado a se sustentar que sucumbiriam na primeira oportunidade?

Conheçam Gene, o último espécime da raça humana, pelo menos até onde ele imagina. Gene vive num mundo dominado por monstros sugadores de sangue e, para sobreviver, precisa fingir ser um deles. Isso implica numa cuidadosa rotina diária de se limpar, raspar os pelos, cortar unhas, controlar expressões faciais, bocejos, pigarros, bem como utilizar-se de presas falsas.

Gene aprendeu com o pai que o mais importante de tudo era passar despercebido dos demais, não chamar muita atenção para si, se camuflar. Ele tem conseguido essa façanha por anos, por mais que, muitas vezes, ele desejasse por um fim a tudo, já que não é fácil viver sozinho e num mundo de mentiras. O que ele não daria para ser ele mesmo, para sorrir, para ter com quem conversar? Mas ele não pode se dar esse luxo, jamais.

Se sua vida já não era difícil o bastante, a vida lhe coloca na berlinda. Depois de 10 anos de seca para os sugadores de sangue, o Soberano da nação anuncia uma nova caçada aos epers que faz o povo ir à loucura! Mas os epers não estavam extintos? Pelo visto não. E como que, por ironia do destino, Gene é uma das pessoas sorteadas para participar da caçada, evento este que qualquer um daria a vida para participar.

Imaginem que delícia é sentir um cheiro de eper, sentir seu sangue esguichar na boca e abocanhar uma carne bem fresquinha? Se for de uma fêmea virgem, ainda melhor. Mas como Gene será capaz de participar de uma caçada em que ele próprio pode se tornar a caça num piscar de olhos, afinal, ele é um eper. Será que Gene conseguirá manter-se vivo até o final da caçada, ou sem querer colocará sua cabeça numa bandeja para ser desfrutada na próxima refeição dos monstros? Querem saber o que vai acontecer? Então leiam!

***

Desde que li a sinopse de A Caçada na lista de lançamentos da Intrínseca fiquei fascinada pela história. Imaginem um mundo em que nós humanos é que somos as presas e os sugadores de sangue é que são a maioria! Será que isso seria possível um dia?

Li A Caçada numa sentada, ávida para descobrir o que ia acontecer com Gene e impressionada com a narrativa envolvente e violenta do autor. Não li Jogos Vorazes, apenas assisti ao primeiro filme, mas achei à temática muito parecida, principalmente em relação a tudo que envolve a caçada e a preparação para o evento em si. Além disso, enquanto lia, também me lembrava muito do livro The Walking Dead, A Ascensão do Governador, porque não são poucas as partes em que nos deparamos com mortandade, sangue, tripas e cenas nojentas. Para quem tem estômago e não se importa com tamanha brutalidade, A Caçada é um prato cheio. Porém, sei que este estilo não agrada a todos, então já serve de alerta.

Achei curioso o fato do autor ter criado uma nova raça sem denominação própria. Em momento algum ele os chama de vampiros ou de algum outro nome. Ele simplesmente os chama de "pessoas", já que eles são os normais e nós, os humanos, é que somos os selvagens para eles: os epers, a raça inferior. Se por um lado esta criação de personagens foi extremamente original por parte de Andrew, por outra me incomodou um bocadinho, já que o tempo todo, na minha cabeça, é como se estivéssemos lidando com vampiros e os víssemos como eles realmente são: animalescos e nojentos, e não lindos e desejáveis como os vampiros com os quais eu estava ultimamente acostumada.. kkkk Sacanagem, os vampiros caíram um pouquinho no meu conceito depois desse livro, fiquei meio traumatizada.. kkkk

Só tenho algumas observações a fazer: achei que muitas das pontas ficaram soltas, por exemplo, de onde vêm essas "pessoas", a partir de quando e por que eles dominaram o mundo, como eles se reproduzem e por que os epers quando mordidos não se transformam neles? Como eu sou extremamente curiosa, fiquei aguardando no livro aquelas cenas que explicariam muitas das minhas dúvidas, mas não houve. Talvez o autor explique melhor essas questões nos outros livros da trilogia, terei que aguardar para saber.

Apesar do livro ter muita ação, violência e drama, ele também conta com uma pitada de romance, o que para mim é sempre muito importante, e digamos que tudo passou a ficar muito mais interessante quando o par romântico de Gene se revelou na história. Justamente por isso, quase morri de apreensão no final e não creio que o autor tenha sido tão cruel a ponto de colocar aquele desfecho como definitivo. Imagino que no segundo livro ele irá retomar o objetivo do Gene de onde parou.

Bom, o que posso dizer é que o livro mexeu comigo, invadiu meus sonhos e meus pensamentos e me fez viajar numa história de terror, eletrizante do início ao fim. Andrew Fukuda realmente conseguiu me surpreender e, para quem curte livros assim, leiam, pois será um prato cheio!

Resenha originalmente postada em: http://www.recantodami.com/2013/11/resenha-a-cacada.html
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naniedias 12/12/2013

Um mundo de vampiros onde um ser humano precisa se camuflar para continuar vivo.
Muito fraco.

Vou começar a falar pela parte boa, que me chamou a atenção nessa história.
Quando vi a sinopse do livro, o enredo já me deixou bastante curiosa. Temos muitas histórias de vampiro por aí, mas uma em que os vampiros são a regra e o humano é a exceção?! Isso para mim era novidade. Nunca havia lido nada em que um humano era o diferente e tinha que se camuflar para sobreviver.
Fiquei curiosa para conhecer a história.

À princípio, é bastante interessante nos depararmos com o universo criado por Andrew Fukuda. Os vampiros são os donos do mundo e os epers (como os humanos são chamados no livro) são visto como "gado", simplesmente para saciar a fome dos vampiros. Entretanto, a fome sem limites acabou por exterminar a maior parte dos epers.
Em um canto, ainda existe um humano, o protagonistas deste livro, que desde pequeno foi ensinado pelo pai a se manter incógnito, a esconder os sinais de que é um humano de todos os vampiros que rodeiam sua vida. Por mais difícil que seja, ele vive como um "garoto normal" (mesmo que o normal seja ser um vampiro) e vai à escola todos os dias, convive com os vampiros e se atém às leis criadas pelo pai (que morreu há algum tempo, deixando-o sozinho no mundo) para não ser descoberto.
No outro canto, o governo faz um anúncio especial: ainda existe uma pequena reserva de epers. E uma Caçada será feita! Alguns cidadãos bastante sortudos serão escolhidos para participar e terão a chance de saborear um (ou alguns) epers.
No meio de tudo isso, o protagonista se torna um sortudo: irá participar da Caçada. Mas o que seria sorte para todos os seus conhecidos, para ele é um imenso azar. Afinal de contas, ele mesmo é um eper e não será tão fácil se esconder em meio às outras pessoas numa situação como a da Caçada.

A trama do livro é muito bacana! A ideia de um ser humano se escondendo é até interessante, mas as explicações do autor em seu livro são extremamente falhas. Em diversos pontos.
Até mesmo no final! O livro acaba como o fim de um capítulo (e até naquele momento eu nem mesmo sabia que se tratava de uma série!) e isso sempre me desagrada muito. Enquanto li as últimas páginas, eu me senti bastante agoniada porque achava que tinha páginas de menos e que o autor não iria conseguir finalizar o que estava contado.
Bem, eu não estava errada! Ele não conseguiu. O livro acaba do nada e isso é bastante frustrante.

O problema é que não é apenas o final que deixa milhares de perguntas, todo o livro é entremeado de incertezas.

Para começar, não entendi por que o garoto tem que se socializar com os vampiros e esconder que é humano!
Em momento nenhum ele fala como será o seu comportamento depois que se tornar um vampiro. Aliás, aparentemente o pai foi mordido (e não explica como isso foi possível! Já que os vampiros não conseguiriam se controlar perante um eper e o comeriam por inteiro) e quis se matar. Mas não há explicação do porquê ele não poderia viver como um vampiro... ou por que o garoto não poderia se tornar um vampiro também e viver como a espécie que domina o mundo. Seria mais fácil, certo? Há alguma motivação (claro que há! Ou ao menos deveria existir), mas ela não fica explícita no livro... e eu não consegui encontrá-la nas entrelinhas.
Além disso, levando-se em conta que há uma motivação bacana para que ele não queira se tornar um vampiro, ainda existe a questão dele estar (forçadamente) no meio de vampiros. Por quê?! O que o leva a ter que ir para uma escola cheia de vampiros todos os dias? Por que não vive simplesmente em sua casa e estuda com o pai? Se for por conta da lei (por exemplo, uma lei do estado que obriga os adolescentes a frequentarem as escolas tradicionais), por que não houve lei nenhuma quando o pai morreu? O autor não diz em momento algum o que leva o protagonista a frequentar a escola. Tampouco deixa claro como ele sobrevive sem um adulto responsável (já que, aparentemente, ele não trabalha para se sustentar).

Aliás, o autor não fala muito sobre o mundo que criou e deixa praticamente nada claro para o leitor (e se está nas entrelinhas, devo dizer, está muito bem escondido por ali!). E apesar de ter me sentido frustrada com o final, esse é verdadeiramente o ponto que mais me desagradou.
O livro é narrado em primeira pessoa pelo protagonista, então sabemos basicamente o que ele sabe - ou melhor, o que ele compartilha enquanto narra a história. E o protagonista é um tanto desinteressante. Um personagem que foge de tudo, que passa o tempo inteiro se escondendo - que não faz nenhuma pergunta e vai aceitando tudo o que lhe é imposto (seja nas regras do pai, na escola, no sorteio ou no lugar para onde ele vai se preparar para a caçada). É um cara absolutamente sem atrativos.

Não é mencionado se o mundo cheio de vampiros chegou a esse ponto evoluindo do nosso próprio mundo, se está no futuro, ou se é uma realidade alternativa. Se os vampiros existiram desde sempre e aos poucos se tornaram a raça dominante, se são uma evolução da raça humana ou uma espécie de doença criada em laboratório. Se o mundo onde vivem é o nosso com as mesmas fronteiras, se existem novas fronteiras, outros países, outros lugares. Se os vampiros estão em todo o mundo ou se aquele é um local isolado e o único de onde eles têm notícias. Tudo o que me passa pela cabeça são perguntas que me faço baseada em possibilidades criadas por mim mesma - porque não há uma única pista durante toda a história que faça com que o leitor bole teorias ou se faça tais questionamentos. Não há nada.
Tampouco fica claro como os vampiros se comportam. Como exatamente eles se nutrem? E como o organismo funciona? Eles envelhecem na mesma velocidade que um ser humano? Se reproduzem? O autor insere alguns detalhes em seu livro (como, por exemplo, o fato deles não terem emoções, não transpirarem, não gostarem (e nem precisarem) de nenhum alimento vegetal, de não demonstrarem emoções (riem coçando o pulso, algo que não faz absolutamente sentido algum), de um sexo absurdamente sem sentido), mas não explica exatamente a diferença entre um vampiro e um ser humano.

Em determinado momento, ele diz que os vampiros não fazem viagens longas por causa do sol.
Eu preciso mencionar isso, porque achei um grande absurdo quando li!
Por que eles não criariam simplesmente "pousadas" no meio do caminho onde poderiam tranquilamente passar o dia antes de prosseguir viagem?
Esse é só mais um ponto que não faz muito sentido durante a leitura...

As explicações do autor, ou melhor dizendo, a falta de explicações do autor fazem com que o livro perca seus atrativos.
Eu sei que é uma série (melhor dizendo, agora eu sei! Enquanto lia o livro, não sabia), mas não gosto quando nenhuma das minhas perguntas é respondida. E acho ainda pior quando tenho perguntas sobre as quais o autor sequer deu pista alguma. Crie um mundo diferente, insira uma realidade impensável, mas contextualize! Descreva esse mundo, suas nuances, suas divergências... faça isso ou o leitor ficará totalmente perdido e frustrado (eu fiquei!).

Como já mencionei, a ideia é bastante interessante (embora, infelizmente, nenhum porquê seja explicado) e a narrativa é bem gostosa. O autor escreve bem, isso é inegável.
Mas o livro peca em todos os outros quesitos. Os personagens não são interessantes nem são explorados, o mundo e seus habitantes são uma grande incógnita para os leitores, que ficam totalmente perdidos durante a leitura.

No final das contas, é uma pena que Andrew Fukuda não tenha conseguido desenvolver bem essa história - porque era realmente muito promissora e eu esperava muito mais da leitura.


Nota: 3


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Jacqueline 03/12/2013

Vampiros com hábitos alimentares de zumbis
Classificado com 3,5 estrelas.

"Muitos estão torcendo pelo anúncio de mais uma Caçada Eper. Outros são céticos: Os Epers já não estão extintos? Ninguém bebe seu sangue há anos."

Quando vi que a Intrínseca lançaria The Hunt, fiquei toda animada. Só que como estava acostumada com a capa americana, o livro acabou passando despercebido por mim, e acabei nem associando o nome. Foi ao pesquisar o nome do autor no Goodreads que descobri se tratar da distopia que eu estava de olho desde o ano passado. Tanta expectativa, para no final ter uma pequena decepção.

Imagine um mundo onde os seres humanos são os "monstros"? Gene convive com essa realidade, onde precisa se esconder e camuflar alguns reflexos para não ser descoberto, o que resultaria em ser a caça. Para isso ele não pode deixar nenhum pelo do corpo crescer, não pode sorrir, nem pigarrear, muito menos arregalar os olhos demonstrando surpresa, além de precisar estar sempre em dia com a higiene para não exalar nenhum odor que possa o identificar.
Quando o Soberano anuncia que haverá uma Caçada a epers após 10 anos sem, todos os cidadãos ficam em polvorosa com a hipótese de ser sorteado, e poder participar. Para Gene a Caçada é um verdadeiro pesadelo, e ao ser sorteado, ele precisará fazer de tudo para não ser descoberto e se tornar a caça.

A primeira reação que tive ao iniciar minha leitura foi: que viagem. E o mais crazy é que gostei. Preciso dar crédito a originalidade do autor em criar um mundo habitado por vampiros. Em nenhum momento ele os descreve como vampiro, mas as características citadas, como: presas, falta de emoções, não poderem sair à luz do sol e a sede por sangue, nos leva a crer que são.
Bram Stoker ficaria orgulhoso com algumas partes (e se reviraria no túmulo em outras). Aqui o instinto básico desses seres é o de matar, destroçar, e tomar até a última gotinha de sangue do eper capturado. Nada contra vampiros que brilham (Edward meu amor), mas aqui eles são maus e primitivos até o último fio de...er, até a última presa. A única parte que me deu aflição e nojinho, é o fato deles babarem constantemente, e viver salivando. Eca. O tique nervoso de coçar os pulsos e fazer sexo com o cotovelo (já posso ver os pontos de interrogação na mente de quem está lendo isso), meio que tirou a seriedade e quase transformou o enredo em uma paródia.

Bizarrices a parte, eu diria que a premissa é uma mistura de Jogos Vorazes com The Walking Dead. Na Caçada temos muita ação, e tripas distribuídas para tudo que é lado, o que é um prato cheio para quem tem estômago forte e adora desmembramentos. Eu curti e não conseguia parar de ler, mesmo não engolindo alguns furos.
Para começar não temos um pano de fundo. A construção do "mundo" deixou a desejar, já que não temos detalhes quanto a localização. A origem dos vampiros não é explicada. Não sabemos de onde Gene vem, nem como sobreviveu todos esses anos sem ser descoberto, e também não fica claro a forma como os humanos foram extintos do mundo. Mas tenho esperança que os próximos livros da trilogia venham explicar todos os pontos que ficaram em aberto.

A narrativa em primeira pessoa foi muito bem vinda. Dava aflição ao ver Gene tentando esconder a qualquer custo qualquer traço que pudesse revelar que ele era um eper. O romance suavizou o enredo, e gostei muito da forma como Fukuda o conduziu.
Com todos os percalços, A Caçada cumpre o papel de entreter. Se você está em busca de uma distopia repleta de ação, tripas, violência e uma pitada de romance, sem se importar com muitos detalhes, eu recomendo.

site: www.mybooklit.com
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Ju Ribeiro 11/09/2015

Gene é um garoto que vive disfarçado, um eper. No mundo onde vive, pessoas como ele são devoradas em questão de segundos, por isso, ele usa presas falsas, raspa os pelos do corpo diariamente, não pigarreia, boceja, não dorme em sala e tem um estoque de garrafas de água em casa. Seu pai, que desaparecera misteriosamente, ensinara-lhe a manter escondido, não chamar atenção e sobreviver no mundo dos sugadores de sangue. Apesar de sentir-se solitário às vezes, o garoto sabe que precisa resistir e não pode ceder à tentação de por um fim a tudo.

Como se não bastasse, após muitos anos, o Soberano anuncia uma nova Caçada Eper, o que deixa todos em completo êxtase, já que até o dado momento, acreditava-se que os epers estava instintos. Todos sabem que a Caçada é um banquete farto, uma vez que o sabor de um eper é muito diferenciado e que poucos tem a chance de experimentá-la, portanto todo mundo quer ser sorteado. Todo mundo, exceto Gene. E por uma infelicidade do destino, quem é um dos sorteados?

Estou muito feliz de poder compartilhar com vocês a resenha desse livro. Esse ano, muitos livros tem me conquistado e entrado para minha lista de favoritos (eu só tenho 7 no skoob). A Caçada é meu mais novo queridinho.

O Gene é um garoto que vive escondido e sente a falta da família em um mundo onde as pessoas coçam o pulso ao invés de rir quando acham algo engraçado. É genial como o autor não se refere aos habitantes enquanto vampiros, mas como se naquela sociedade, os "sobrenaturais" fossem os humanos, ou melhor, os epers.

Imagino que seja fácil errar tão feio quando se trata de epers, desviar rapidamente da verdadeira pesquisa científica para teorias sem o menor fundamento. Afinal, se os papéis fossem invertidos e fossem as pessoas que tivessem sido extintas, as teorias provavelmente seriam carregadas de exageros e distorções: em vez de dormir em suportes, eles dormiriam em caixões; como criaturas da noite, seriam tão invisíveis ao olho humano que, mesmo na frente do espelho, não teriam reflexo; pálidos e macilentos, seriam tomados como seres fracos e benignos capazes de coexistir pacificamente com epers, de se controlar para não devorá-los e sugar-lhes o sangue; todos seriam sempre incrivelmente bonitos e teriam o cabelo perfeito. Provavelmente haveria puras invenções também: a capacidade de nadar a uma velocidade vertiginosa debaixo d'água; e ideias risíveis e ridículas de romances entre pessoas e epers.
Quando tem que fingir felicidade extrema por ter sido sorteado para participar da Caçada Eper, tudo piora para Gene. Como ele e os outros caçadores passam os cinco dias que antecedem o evento no Instituto Eper, que promove a caçada, o garoto não tem mais acessoa a suas coisas, entre elas, seu barbeado, cortador de unhas e, principalmente, garrafas de água para tomar banho.

Para piorar, uma sorteada é ninguém mais, ninguém menos, que Julia Brasa, uma garota por quem Gene costumava ser atraído. Como ter um crush quando se é um eper não é nada recomendável, Gene se afastou da ruiva, mas à essa altura, Julia já estava na dele e... Bem, serem o sorteados para a Caçada significa uma nova aproximação.

Eu adorei esse livro. Confesso que ao saber que era comparável à Jogos Vorazes, eu fiquei com os dois pés atrás, mas o livro me surpreendeu muito e tem potencial para ser uma série de sucesso. Mais uma vez eu deixo aqui o meu elogio à Editora Intrínseca, seguido de uma crítica: Arrasaram na capa, muito bonita, a diagramação e formatação também são ótimas, mas mais uma vez a editora não deixou claro em NENHUM lugar que trata-se do início de uma série, o que é um erro, já que nem sempre o leitor procura uma trilogia/série nova. Logo, melhore Intrínseca.

Fora isso, o livro é ótimo.

site: www.raciocinacomigo.com
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Kauan404 06/12/2020

Interessante
O livro tem uma trama muito intrigante com personagem bem desenvolvidos e um romance apaixonante, porém o desenvolver da histórias no meio não me prendeu muito, não lerei o segundo, mas mesmo assim indico para ler o primeiro pois como eu disse é interessante.
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ClAudia 16/01/2021

Interessante
Mas achei que da metade em diante se arrastou demais.

Gostei muito da premissa, um humano sobrevivendo em meio aos vampiros, se adaptando e tal. Mas tinha tanta coisa óbvia, tanto clichê, que foi me dando muita preguiça.

O Gene foi muito lerdo. Tava na cara quem a Julia Brasa era de verdade e simplesmente fiquei POSSESSA dele não ter ido tomar agua e banho no lago nos Epers antes. Muito burro, meu deus. O dia inteiro livre pra zanzar por todo lado e o burro fica lá sofrendo de desidratação kkkkkk como a gente acredita que ele conseguiu sobreviver tanto tempo sozinho????

Me surpreendi apenas com o final, não esperava mesmo.

Achei juvenil demais, mesmo gostando de YA. Quero ler a sequência, mas vai demorar.

Não enxerguei nenhum gatilho.
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Star 24/01/2023

Bom pra passar o tempo
Não estava dando muita coisa para este livro e fui felizmente surpreendida pelo que estava nele. Gostei da estranheza dos vampiros e em como a história se desenrolou, o livro te dá sempre o "gosto de quero mais", e o final frenético te deixa com essa leve ansiedade de saber o que vai acontecer na próxima página. Uma leitura muito envolvente com o leitor eu diria.
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Gabrielle Duarte 30/05/2020

NÃO É mais uma história clichê de vampiros
Lembro que quando li a primeira vez, por volta de 2013/14, eu adorei. Essa deve ser a 3ª vez que leio, eu acho, depois de alguns anos, e definitivamente eu ADORO esse livro.

Para mim, que não tenho lá grande bagagem e experiência com literatura vampírica (além de crepúsculo, risos), essa história me pareceu muito original, diferente. As "pessoas" que compõem a sociedade na qual a história se desenvolve são criaturas vampirescas, porém nunca se autodenominam como vampiros ou palavras similares; nós os identificamos devido às características que eles apresentam, clássicas dos vampiros a que estamos acostumados. Na verdade, em nenhum momento do livro eu me lembro de ter lido a palavra "vampiro", o que achei interessante. Só reforça a ideia de que eles são a maioria, as "pessoas normais" nessa coisa toda, e os humanos (por sua vez a minoria, as criaturas estranhas e quase extintas) necessitam de uma denominação diferenciada: são os chamados Epers.

Gene, quem narra a história do seu ponto de vista, é um adolescente Eper que vive disfarçado de uma "pessoa normal", camuflando os sinais naturais de sua espécie que anunciariam para o resto da sociedade que ele é na verdade um humano, também conhecido como "o prato preferido de todos aqueles com os quais ele é obrigado a conviver". E é com isso que ele lida todos os dias, vivendo uma vida muito solitária de mentiras, pisando em ovos a todo momento e evitando ao máximo chamar muita atenção, sob o medo de ser descoberto e morrer da pior maneira.

Ele, durante 17 anos, estava indo muito bem. Até que é sorteado para a Caçada Eper, um evento onde os cidadãos sorteados ficam livres para caçar, matar e saborear a tão desejada carne de Eper. Mais especificamente, dos (supostamente) últimos Epers vivos. A partir daí, ele tem que lidar com o holofote de ser um Caçador e descobrir um jeito de sair dessa situação, que não é nada amigável para alguém que não está a fim de comer carne humana (e nem de ser comido também).

Gosto bastante de como a história se desenrola, de como esse universo pós apocalíptico é construído e de como os vampiros são retratados como ANIMAIS SELVAGENS, sem romantizações (ainda que eles se considerem superiores na escala evolutiva em relação aos humanos, que na visão deles são os verdadeiros selvagens). Gostei muito também de como o livro termina com perguntas muito instigantes sobre a continuação, que eu espero ser tão animadora quanto esse primeiro livro.
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mayara.marinheiromartinelli 19/09/2023

Esse livro foi lançado na onda de distopias de jogos vorazes e confesso que teria sido uma surpresa ter lido ele no lugar de inúmeras séries de mais sucesso na época, por mais que haja falhas de enredo e pontos que não são muito críveis, como o fato de ninguém sentir o cheiro de suor ou outras secreções humanas nos nossos protagonistas, eu gostei bastante de como os vampiros são retratados aqui, as cenas de ação são boas e gosto bastante do tom de terror e gore que temos, o romance é chato e dispensável! Vamos ver a continuação da série!
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Pratelivros 22/06/2015

Eeeeeeeeca! (Partes nojentas, mas um livro bom)
O livro nos apresenta um mundo onde os seres humanos - Epers - foram praticamente extintos. O planeta é agora povoado por seres que em muito lembram vampiros (o autor não os nomeia,mas eles se alimentam de carne e sangue humanos,não suportam luz do dia e dormem como morcegos,então são vampiros e ponto). Os epers são considerados iguarias raríssimas.Se Gene fosse descoberto não levaria nem 30 segundos para que fosse devorado onde estiver. Por isso as regras do pai, que ele seguia à risca todos os dias: presas falsas, depilação corporal, eram vitais.
Mas a Caçada ameaça esse plano. Se os outros caçadores não descobrirem seu segredo convivendo com ele, descobrirão assim que a Caçada tiver inicio,devido ao físico inferior e ao cheiro que exalaria com suor. Em suma, Gene está muito,muito ferrado.

Minha primeira impressão do livro foi: Que nojo. Veja você mesmo:

"Um aluno balança a cabeça violentamente, espirrando saliva para todo lado e alguns respingos caem em mim. Estamos todos babando, formando pequenas poças de saliva sobre as mesa e no chão"
Gene

Pois é. O livro é recheado de cenas dessas, que tendem a, prepare-se, PIORAR durante o livro.
Nojo e preconceito inicial a parte, esse é um livro realmente interessante. Isso porque Andrew Fukada é um escritor excepcionalmente bom. Ele consegue criar tensão até mesmo nas partes sem nenhum tipo de ação. O suspense do livro te deixa alerta por páginas, capítulos a fio.E no final, o que ele faz? Mais suspense.Conseguiu aguçar minha curiosidade pelo próximo livro.Esse cara sabe entrar na sua cabeça.

"Comparável a Jogos Vorazes"
Segundo a Kirkus Review

Quanto a afirmação acima: Não força né...Mas concordo que os gêneros são parecidos e pode agradar fãs da série.
É, sim, um livro primorosamente construído. Tudo se encaixa ao seu tempo. Boa escrita e uma ótima história. Os fãs do gênero vão adorar e quem não é pode se surpreender ao dar uma chance.

OBS: Para ler a resenha com seus efeitos completos, imagens e gifs, acesse o link abaixo:

site: http://pratelivros.blogspot.com.br/2015/02/resenha-cacada-andrew-fukuda.html
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Vick 03/05/2020

Humanos Estranhos
Gente que livro interessante esse ... o meio não me prendeu muito, mas do meio pro final a história tomou um rumo totalmente diferente. Ai descubro que tem o segundo livro (affs), mas vai valer a pena. Leiam gente, vocês vão adorar.
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Lourdes 28/04/2017

Evolvente,a todo momento você se pergunta se o Gene ira sobreviver e torce pra que isso aconteça, mas a trama deixa muitas perguntas sem respostas. O autor não dá explicações e nem detalhes sobre o mundo que criou. Não sei se é proposital para que se adquira o próximo livro,o que acho desnecessário pois só a interrogação final já é suficiente pra instigar o leitor.
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