Vanessa Meiser 10/12/2013balaiodelivros.blogspot.com.brGosto muito de livros de crônicas, costumo ler Martha Medeiros e adoro a forma como ela escreve. Eis então que tenho o prazer de conhecer uma nova autora que assim como a minha diva, também possui o talento de pôr o sentimento no papel. Este é o primeiro livro da Sálvia, uma jovem mãe amazonense que mesmo sendo tão nova já tem muito experiência de vida e conseqüentemente muito o que nos dizer.
Sálvia tem 3 filhos e quando estava grávida de sua caçula, a família descobriu que o marido estava doente e que pouco poderia se fazer para salvá-lo. Logo após o nascimento da pequena, ela fica viúva e com 3 crianças para criar sozinha.
Isto que acabei de contar não é considerado spoiler, pois a própria autora nos conta na contracapa do livro. Este acontecimento e todos que vieram depois dele é que motivaram o nascimento deste livro tão rico em sentimentos e emoções que fazem o leitor parar e pensar na própria vida e avaliar suas ações ou a falta delas e perceberem o que têm feito de bom tanto para si mesmo quanto para as pessoas que o rodeiam.
"Mel e Fel" é o livro certo para horas descontraídas e relaxantes, apesar de trazer em suas páginas temas fortes como a morte, separação, fé, entre outros, a escrita da autora é deliciosa e convidativa.
São crônicas curtas, o que favorece a leitura e a identificação do leitor, cada uma nos toca de formas diferentes e todas foram escritas com o coração com significados especiais.
Separei alguns quotes que mais me chamaram a atenção no decorrer da leitura, espero que gostem:
"É muito triste, ao longo da vida, constatar como as pessoas deixam de se comprometer com a palavra do bem, que constrói e edifica, para fazer aliança com a palavra do mal, que destrói e distancia." Pág 27.
"Não sei se posso, não sei se consigo. Somos tão limitados, são tantos os erros e as dificuldades. A porta é estreita. Mas o importante, penso eu agora, é o exemplo." Pág 31.
"O importante não é saber se conduzir a hora da conquista e do pódio, na hora em que se está vencendo. O que importa mesmo é saber o que fazer quando a luta está perdida e já não há muito a ser feito, como reagir e o que tirar para si quando a vida está batendo sem dó nem piedade" Pág 70.