spoiler visualizarDay 20/04/2022
Uma idéia boa, mas o tédio e a repetição reinam.
Ler o Silo é lee uma base clichê de ficção distópica, pelo menos é o que me contou os fãs deste tipo de obra.
A ideia é que pessoas estão isoladas em um silo, que elas não podem sair. Se alguém desejar sair ou se mostrar uma pessoa de ideias "estranhas" será punida mandada para fora do silo, onde limpará as lentes que mostram o mundo fora do silo.
A partir daqui, entra o spoiler, então, cuidado.
O autor tenta manter mistérios sobre quem é vilão e quem é mocinho durante o livro, mas falha. Questões de corrupção não é algo oculto ao mundo atual e é, pela primeira metade do livro, o motivo do silo ser um "lugar ruim".
Na primeira metade temos falha de intimidade. Duas personagens descem as escadas bebendo água do mesmo cantil e quando sobem, dando clareza que se gostam e vão ficar juntos, cada um bebe água num cantil que pertencia ao outro. Aparentemente, no silo, é mais íntimo usar a coisa do outro do que a mesma coisa juntos.
Temos a nudez feminina sendo abusada. Jules sai do silo para fazer a limpeza e quando chega ao outro silo, tira a roupa e está nua. Sua nudez é reforçada no mesmo parágrafo como se o autor tivesse que berrar ELA ESTA NUA, ELA PODE SER HEROÍNA, POIS ESTA NUA GENTE!
Essa nudez é reforçada quando ela precisa mergulhar e logo que aparece já é uma personagem sexualizada.
Além da sexualização de uma mulher usada como personagem principal para tentar ser "homem não machista", Jules sempre precisa de um homem em seu enlace. É o que fala dela sobre o vídeo, o que informa sobre lugares secretos, o que faz a manta térmica... Jules não consegue pensar de verdade.
Na segunda metade do livro o ator não só enfia a nudez da mulher em alta, como joga cenas escatológicas e até sexualiza crianças. Ele quer chocar, mas já estamos entediados.
Entediados porque o livro corta em boas fases e começa a narrar detalhes que ninguém mais quer saber. Ele repete que bolhas de ar são como pérolas, faz as pessoas suarem como se estivessem no Saara, reforça vezes seguidas que os ambientes estão frio, que a água é gelada... Ele repete para gerar conteúdo e nos entedia.
Tédio é uma sensações que se dá ao ler Silo, uma obra que tem uma ideia interessante e fracassa pesadamente em sua execução. Um livro incompleto que se arrasta em mais dois, o segundo sendo tudo o que ocorreu para os silos serem necessários, o terceiro sendo a continuação direta do primeiro. (Um quarto livro trás histórias do silo).
Silo é uma obra que tirou o autor de minhas listas de leitura.