A base do iceberg

A base do iceberg Flávio Sanso




Resenhas - A base do iceberg


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Fernanda 11/11/2013

[Resenha] A Base do Iceberg - Flávio Sanso


Olá!

Meninas (os) vamos a resenha do livro mais inteligente da minha vida até hoje. rs


Quando a Sol, chamou-me para ler o livro e fazermos um SORTEIO entre nossos leitores eu não hesitei.

Bom está aqui à resenha a qual eu sinceramente espero ter conseguindo escrever de forma a fazer jus ao livro e que exaltem suas caracterizas excepcionais.

Flávio Sanso – escreveu este livro de forma a surpreender seu leitor ao final da obra. Confesso não ter imaginado tal fim, até chegar próximo a ele.

Pedro é um personagem cheio de ideologias e aficionado pela história de seu país ao qual Donatelo Veras é seu principal ídolo por ter vencido e acabado com a tirania estabelecida por Ranchel D´Ávila.

Mas Pedro anda tão cego que não foi capaz de vê o que se passava em baixo de seu nariz. E creio que muitos de nós somos assim, cegos para os acontecimentos que nos rodeiam.

E além do mais, Pedro esta sofrendo por causa de problemas em seu casamento.

Miguel um amigo que sempre lhe deu incentivos para construir ser primeiro livro, ou seja, a biografia de Donatelo Veras e sua trajetória vitoriosa, que veio a mudar o país com sua ideologia desinteressada, mas o final caro leitor lhe trará grandes surpresas.

Surpresas para com as grandes vitórias de Donatelo quanto para com as percepções das ações incentivadores de Miguel.

Este livro me fez pensar sobre a nossa própria história, até porque sempre imaginei que há mais coisa ai do que imaginamos.

O Flávio – soube fazer suas críticas a respeito de nossa sociedade de forma inteligente e reflexiva. Além de que, o livro está cheio de intrigas e mentiras. Isto porque o livro trata do caráter humano e mostra que nem tudo é o que parece ser e que vemos apenas a superfície dos outros e quase nunca sua verdadeira essência e verdadeiras intenções.

As características com a nossa sociedade são gritantes.

O livro do Flávio é diferente de todas as minhas leituras já feitas.
A linguagem usada na escrita é de tamanha inteligência, quanto à essência da escrita, a escolha das palavras e a forma com a qual ele abordou a história.

A Base do Iceberg - eu o julgo como o livro mais inteligente que já li até o momento.

Leia também a resenha da Sol no blog Meu Meio Devaneio


E fiquem atentos, pois vem SORTEIO por ai.


Beijokas da Fê :*

site: http://fernandabizerra.blogspot.com.br/
Glau Tambra 11/11/2013minha estante
Que linda resenha Fernanda! Parabéns, fiquei curiosa para ler o livro.


Fernanda 11/11/2013minha estante
Obrigada Glau.

O livro é realmente bom.




Euflauzino 27/08/2014

A verdade submersa sob os porões de um país

Ainda me encontro sob o impacto absurdo deste livro, que custou a me ganhar. Linguajar rebuscado, quase machadiano e isso não é por acaso. Então, vou até a orelha do livro e noto que o autor nasceu em 1980 – novo demais. Num primeiro momento não consigo associá-lo a uma obra tão contundente, então paro e o reverencio – o livro é um espetáculo!

A construção da identidade de um país nem sempre é forjada por ideais nobres e fraternos. Há conchavos, embustes e negociatas. Esse é o estilo que bem conhecemos e que Machado de Assis tão bem declama na epígrafe do livro:

“A verdade sai do poço sem indagar quem se acha à borda.”

A contracapa de A base do iceberg (Schoba, 324 páginas) já vem me emocionando, palavras que como uma picareta vão abrindo minha cabeça, fazendo-me enxergar o mundo:

“É estranho abrir os olhos após o nada. A existência, que havia sido suspensa, é acionada pela claridade, e então emergimos do grande vazio em que estávamos mergulhados. Acordar é um ato desesperador…”

Pedro é um jornalista, um idealista que todos os dias acorda e vai se arrastando para seu trabalho. Lá sempre se depara com seus companheiros e aguarda a chegada de seu patrão, o velho Iago, para as malfadadas reuniões em que será novamente humilhado:

“… Seu Iago e a sua chegada pomposa. Ele, indiferente. Ela, perturbadora. A partir de então, minha sensação de incômodo passava a alcançar níveis opressores. Fez-se um silêncio amplo que abrigava silêncios diferentes entre si, uns por reverência, outros por adulação, o meu por constrangimento.”

Só que Pedro é o retrato da inércia, muitas vezes parecido comigo e essa identificação doeu em mim:

“… eu queria me ver livre do meu trabalho e de todas aquelas sensações que ele provocava, mas entre o querer e o fazer o que se queria havia grande distância que eu não cogitava percorrer, porquanto era típico da minha personalidade esperar, com irritante omissão, que tudo se acertasse por si só.”

Insuflado por seu colega Miguel, a abandonar o emprego, toma coragem e se demite. Miguel tem planos para Pedro, e estes planos incluem a confecção de uma biografia. Sabedor de que Pedro está em crise no casamento e agora sem emprego graças a uma forcinha sua, Miguel o provoca a escrever sobre a vida de Donatelo Veras, líder da Revolução Fraterna. O final de um casamento é sempre doloroso, cada gesto fere, machuca, destempera e Catarina, mulher de Pedro, acaba por desenvolver pensamentos que reforçam a angústia do casal:

“… Em grande parte do tempo, era dominada por uma irritação, sem qualquer motivo aparente… me sentia como se fosse agredida pela sua presença. Aqueles defeitos que são tão comuns e insignificantes ganhavam dimensão exagerada. Era atordoante ouvir o som que ele produzia quando mastigava os alimentos…”

Pedro é um amante da história de seu país, que tem como ícone maior, Donatelo Veras. Um país fictício, mas que poderia muito bem ser o nosso, domina juntamente com o fracasso de seu casamento cada parte de seu pensamento. E as palavras ditas pelo líder vão sobrepujando tudo:

“… o povo civilizado é aquele que, para o seu próprio bem, tem a coragem de desconstruir frases feitas. Os fins não justificam os meios”.

É por frases como essa que Pedro venera Donatelo e por tantas outras que recheiam o livro:

“… Certa vez, afirmou que a única diferença entre tratar um animal e um ser humano era a maior paciência que se deveria ter com a propensão de um deles de sempre reclamar da vida.”

Então Pedro mergulha fundo na execução deste trabalho. No início o faz com tanto prazer que acaba superando as expectativas do velhaco e sedutor Miguel.

Porém, Pedro tem um último pedido. Quer saber o que aconteceu ao líder após deixar o poder, acha que sem isso a história de seu livro não estará completa. E é a partir daí que ele toma conhecimento de algo que o fará alterar completamente sua opinião sobre todos os valores sob os quais sua vida fora edificada.

Nesse momento a história fictícia se confunde com a história real. Logo me veio á mente os absurdos crimes cometidos por Conde D’Eu, sob as ordens do patrono do Exército Duque de Caxias. Segundo Julio José Chiavenatto, em seu livro “Genocídio americano”, no dia 16 de agosto de 1869 ocorreu a Batalha de Acosta Ñu, ou Ñu Guazu (Diário do Exército). Nesse local havia um capinzal muito grande onde estavam 3.500 crianças paraguaias, centenas de mães, e 500 veteranos paraguaios. Mais de 20.000 soldados brasileiros cercavam o local, sob o comando do Conde d’Eu, que ordenou aos soldados atearem fogo no mato para queimar vivos as crianças, mulheres e soldados paraguaios. Segundo relatos do tenente Alfredo d’Escragnolle Taunay, “muitos soldados brasileiros choravam e vomitavam ao ter que cometer o bárbaro crime”.


site: Leia mais em: http://www.literaturadecabeca.com.br/resenhas/resenha-a-verdade-submersa-sob-os-poroes-de-um-pais-a-base-do-iceberg-flavio-sanso/
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Literatura 03/09/2014

A verdade submersa sob os padrões de um país
Ainda me encontro sob o impacto absurdo deste livro, que custou a me ganhar. Linguajar rebuscado, quase machadiano e isso não é por acaso. Então, vou até a orelha do livro e noto que o autor nasceu em 1980 – novo demais. Num primeiro momento não consigo associá-lo a uma obra tão contundente, então paro e o reverencio – o livro é um espetáculo!

A construção da identidade de um país nem sempre é forjada por ideais nobres e fraternos. Há conchavos, embustes e negociatas. Esse é o estilo que bem conhecemos e que Machado de Assis tão bem declama na epígrafe do livro:

“A verdade sai do poço sem indagar quem se acha à borda.”

A contracapa de A base do iceberg (Schoba, 324 páginas) já vem me emocionando, palavras que como uma picareta vão abrindo minha cabeça, fazendo-me enxergar o mundo:

“É estranho abrir os olhos após o nada. A existência, que havia sido suspensa, é acionada pela claridade, e então emergimos do grande vazio em que estávamos mergulhados. Acordar é um ato desesperador…”

Pedro é um jornalista, um idealista que todos os dias acorda e vai se arrastando para seu trabalho. Lá sempre se depara com seus companheiros e aguarda a chegada de seu patrão, o velho Iago, para as malfadadas reuniões em que será novamente humilhado:

“… Seu Iago e a sua chegada pomposa. Ele, indiferente. Ela, perturbadora. A partir de então, minha sensação de incômodo passava a alcançar níveis opressores. Fez-se um silêncio amplo que abrigava silêncios diferentes entre si, uns por reverência, outros por adulação, o meu por constrangimento.”

Só que Pedro é o retrato da inércia, muitas vezes parecido comigo e essa identificação doeu em mim:

“… eu queria me ver livre do meu trabalho e de todas aquelas sensações que ele provocava, mas entre o querer e o fazer o que se queria havia grande distância que eu não cogitava percorrer, porquanto era típico da minha personalidade esperar, com irritante omissão, que tudo se acertasse por si só.”

Insuflado por seu colega Miguel, a abandonar o emprego, toma coragem e se demite. Miguel tem planos para Pedro, e estes planos incluem a confecção de uma biografia. Sabedor de que Pedro está em crise no casamento e agora sem emprego graças a uma forcinha sua, Miguel o provoca a escrever sobre a vida de Donatelo Veras, líder da Revolução Fraterna. O final de um casamento é sempre doloroso, cada gesto fere, machuca, destempera e Catarina, mulher de Pedro, acaba por desenvolver pensamentos que reforçam a angústia do casal:

“… Em grande parte do tempo, era dominada por uma irritação, sem qualquer motivo aparente… me sentia como se fosse agredida pela sua presença. Aqueles defeitos que são tão comuns e insignificantes ganhavam dimensão exagerada. Era atordoante ouvir o som que ele produzia quando mastigava os alimentos…”

Pedro é um amante da história de seu país, que tem como ícone maior, Donatelo Veras. Um país fictício, mas que poderia muito bem ser o nosso, domina juntamente com o fracasso de seu casamento cada parte de seu pensamento. E as palavras ditas pelo líder vão sobrepujando tudo:

“… o povo civilizado é aquele que, para o seu próprio bem, tem a coragem de desconstruir frases feitas. Os fins não justificam os meios”.

É por frases como essa que Pedro venera Donatelo e por tantas outras que recheiam o livro:

“… Certa vez, afirmou que a única diferença entre tratar um animal e um ser humano era a maior paciência que se deveria ter com a propensão de um deles de sempre reclamar da vida.”

Então Pedro mergulha fundo na execução deste trabalho. No início o faz com tanto prazer que acaba superando as expectativas do velhaco e sedutor Miguel.

Porém, Pedro tem um último pedido. Quer saber o que aconteceu ao líder após deixar o poder, acha que sem isso a história de seu livro não estará completa. E é a partir daí que ele toma conhecimento de algo que o fará alterar completamente sua opinião sobre todos os valores sob os quais sua vida fora edificada.

Nesse momento a história fictícia se confunde com a história real. Logo me veio á mente os absurdos crimes cometidos por Conde D’Eu, sob as ordens do patrono do Exército Duque de Caxias. Segundo Julio José Chiavenatto, em seu livro “Genocídio americano”, no dia 16 de agosto de 1869 ocorreu a Batalha de Acosta Ñu, ou Ñu Guazu (Diário do Exército). Nesse local havia um capinzal muito grande onde estavam 3.500 crianças paraguaias, centenas de mães, e 500 veteranos paraguaios. Mais de 20.000 soldados brasileiros cercavam o local, sob o comando do Conde d’Eu, que ordenou aos soldados atearem fogo no mato para queimar vivos as crianças, mulheres e soldados paraguaios. Segundo relatos do tenente Alfredo d’Escragnolle Taunay, “muitos soldados brasileiros choravam e vomitavam ao ter que cometer o bárbaro crime”.

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Tami 06/03/2014

Uma história interessante
Nota: 3,5

"É estranho abrir os olhos após o nada. A existência, que havia sido suspensa, é acionada pela claridade, e então emergimos do grande vazio em que estávamos mergulhados. Acordar é um ato desesperador." (primeiras linhas, pág. 11)

Quando o autor me ofereceu a oportunidade de conhecer o seu livro, realmente não sabia o que esperar. A sinopse não nos explica muito o tom da história, ou de qual gênero ele era, e na época ainda não haviam resenhas do livro. Contudo resolvi arriscar mesmo assim.

Pedro é um jornalista que tem uma vida normal, mas não aguenta mais seu chefe e seu casamento também anda com problemas. Um dia sua mulher acaba por descobrir uma traição e eles terminam. Com essa reviravolta em sua vida, ele aceita a opinião de um amigo e resolver começar tudo do zero, largando também o emprego. Então aparece a oportunidade de escrever um livro sobre um assunto pelo qual é fascinado, a biografia de Donatelo Veras, líder da Revolução Fraterna. Contudo, como Donatelo optou por se isolar do mundo à medida que ficou mais velho, sua vida hoje é um mistério para todos, e isso deixa Pedro com a sensação de que sua biografia está incompleta. Porém essa busca vai levá-lo por muitas descobertas e situações impensáveis.

A base do iceberg é um livro narrado de forma diferente. Não sei bem como explicar, mas todo o tempo parece que estamos vendo a situação pelo lado de dentro do personagem, e não por fora. E isso não acontece apenas por ser narrado em primeira pessoa, mas também por sempre estarmos muito conectados com o que o personagem está sentindo. Em alguns poucos capítulos temos a narrativa de outros personagens, nos contando algum fato que acabou de acontecer por uma visão completamente diferente. Como os capítulos não tem título ou o nome de quem está narrando, isso chegou para mim de surpresa (pensei até que uma hora tinham errado na digitação e chamado Pedro de "ela"!). Achei uma grata surpresa, ainda mais pelos (mesmos) fatos narrados de forma tão diferente.

Eu, que sou péssima em História, me peguei pesquisando se realmente existia a tal de Revolução Fraterna. Afinal, o autor chega a nos explicar com detalhes como aconteceu a tal revolução, toda a vida do líder Donatelo e... não passa de uma invenção. Achei fantástico a forma como ela foi descrita, e seria muito interessante se algo assim realmente tivesse acontecido.

A diagramação do livro é simples, não encontrei erros, mas sinceramente não gostei muito da capa. A foto escolhida, as cores e como tudo foi distribuído deu a sensação de ser um livro antigo, além de não nos dar dica sobre a história. Uma pena.

A narrativa foi muito bem construída e não me cansou em nenhum momento. Contudo, ao analisar o livro após a leitura, senti que o autor poderia ter desenvolvido melhor a história, ou até mesmo dado mais destaque para alguns acontecimentos. Gostei bastante no geral, apenas acho que o autor poderia ter diminuído um pouco a parte inicial e desenvolvido mais as ações finais - ou simplesmente ter aumentado um pouco o livro. Não faltaram grandes explicações nem nada, só parece que a história acelera um pouco o seu ritmo mais para o final.

"Algo havia mudado em mim. Talvez não soubesse mais identificar com tanta clareza a diferença entre o verdadeiro e o falso, o certo e o errado, o heroico e a vilania. E de repente já não tinha a menor ideia do que fazer." (pág. 311)

Em resumo, gostei. Indico para quem gosta de leituras que não tem tanta ação, mais focadas no desenrolar da vida e dos pensamentos dos personagens. Também é interessante para conhecer esse fato histórico criado pelo autor, visto que no início de vários capítulos vamos conhecendo a biografia (muito bem) escrita por Pedro.

site: http://gavetaabandonada.blogspot.com.br/2014/02/resenha-base-do-iceberg.html
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Helena Dias 07/11/2014

maginem o que se passou pela minha mente no momento em que eu li o seguinte:

"É estranho abrir os olhos após o nada. A existência, que havia sido suspensa, é acionada pela caridade, e então emergimos do grande vazio em que estávamos mergulhados. Acordar é um ato desesperador. Se não nos damos conta disso, é por causa da reiterada prática de despertar a que estamos submetidos desde o primeiro choro. Ainda não conheço alguém, além de mim, que nunca tenha sonhado o tipo de sonho que se tem durante o sono."

Esse nada mais é que o primeiro parágrafo do primeiro capítulo do livro. Gente, O LIVRO JÁ COMEÇA BOM!!

Eu fui convidada pelo autor para fazer essa parceria. Busquei informações sobre o livro e, quando li a sua sinopse, achei deveras interessante. O que eu não imaginava era que esse interessante fosse se transformar em sensacional. Exatamente, meus caros leitores, esse livro é simplesmente um dos melhores livros que eu li esse ano. Eu o recomendo, sem nenhuma sombra de dúvidas.

"A ausência do amor estava muito clara, mas, considerando que eu havia consolidado uma relação repleta de companheirismo, cuidado e respeito, não seria esse amor um mero capricho?" p. 54

Primeiramente, o que eu tenho a dizer é: precisamos de mais escritores assim nesse Brasil!! Além de ter a escrita impecável, Sanso deixa transparecer certa classe digna dos grandes escritores brasileiros, sem aquele tom de rebuscado arcaico. Pelo contrário, ele sabe usar muito bem e com precisão, toda a extensão de palavras presentes no nosso complexo vocabulário sem tornar isso maçante. Existe fluidez na sua forma de se expressar, o que torna a leitura rápida. Por vários momentos, pensei em como a maneira de escrever do autor me lembra Chico Buarque...

Leia mais:

site: http://cafecomlivroo.blogspot.com.br/2014/11/resenha-sorteio-base-do-iceberg-flavio.html
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Amiga Leitora 28/04/2015

A Base do Iceberg por Blog Amiga da Leitora
Assim que chegou, o livro A Base do Iceberg, chamou bastante minha atenção devido a sua capa. As cores preta, branca e as diferentes tonalidades de cinza se encaixam formando um contraste, que particularmente me encantam, e as formas acima do que parece ser uma escada são outros elementos que me chamaram bastante atenção. Capa mais do que aprovada, vamos ler a Sinopse. Bom, logo de cara ela me conquistou também, pois deixou clara que a história estaria fortemente ligada a história, e como literatura e história são minhas duas paixões, eu fiquei mais do que empolgada para começar minha leitura.
Logo nas primeiras paginas desse livro, somos apresentados a Pedro, um jornalista que esta insatisfeito com sua vida, mas que não esta disposto a fazer nada para mudar essa situação, e que é eloquentemente apaixonado por uma figura histórica de nome Donatelo Veras.
A falta de iniciativa de Pedro é compensada pelo o que podemos chamar de Universo, por isso enquanto o jornalista continua a viver o marasmo que é sua vida, o universo ao seu redor começa a se movimentar para que as coisas sejam diferentes. E é nessas “movimentação” que Pedro encontra Nina, uma garota por que se sente atraído, devido a sua inteligência e conhecimento, que a mulher de Pedro também insatisfeita com a vida conjugal, encontra motivo para pedir o divorcio e que Miguel, colega de trabalho de Pedro incentiva-o a se demitir.

O jornalista vê seu mundo ser virado de cabeça para abaixo e se isolata de tudo e todos que conhece. O único com quem mantém contato é Miguel, e é esse ex-colega de trabalho que propõe a Pedro uma oferta de emprego, que não só tratará estabilidade financeira, mas também uma luz na vida do mesmo.

A proposta de Miguel é que Pedro escrava uma Biografia de Donatelo Veras. Sem pensar duas vezes, o jornalista aceita a proposta e se envolve completamente em fatos históricos, da Revolução Fraterna e tudo mais que possa ser ligado a Donatelo Versa. E é partir daí que entramos numa viagem com Pedro na qual descobrimos que existem muito mais por trás da história do país do que nos conta os livros didáticos.
No que diz respeito a escrita, confesso que a primeira coisa a me chamara a atenção foi o domínio que o autor Flávio Sanso tem sobre a escrita e o português. O autor em diversos momentos utiliza sinônimos muito bem encaixados, palavras que não são cotidianamente utilizadas , mas que enriquecem o textos entre outros pormenores. E o mais interessante é que esses artifícios gramaticais utilizados pelo autor não tornam o texto mais difícil , nem na compreensão e nem na leitura.

O texto é bastante fluido e envolvente, o que tornar a leitura do texto “ rápida”. O único momento em que eu dei uma “travada” na leitura foi num trecho muito descritivo do livro, e eu comecei a ler um linha e saltar duas , mas esse trecho foi só em um capitulo e logo o livro voltou ao “normal” haha.

Os fatos históricos narrados na história fazem alusão a alguns fatos históricos brasileiros, mas são completamente fictícios. Apesar disso a construção feita pelo autor nós faz pensar que tudo realmente aconteceu.
Quem assim como eu é apaixonado por história, tem obrigação de ler esse livro, muitíssimo interessante e inteligente. Quem não é muito fã de história, mas gosta de uma boa leitura, deve ler também.
Beijos , Anna (:



site: http://www.amigadaleitora.com/2013/12/resenha-base-do-iceberg.html#.VT-7s9JViko
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Vanessa Vieira 25/03/2016

A Base do Iceberg - Flávio Sanso
O livro A Base do Iceberg, romance de estreia do carioca Flávio Sanso, nos traz uma história inteligente e repleta de profundas reflexões. A trama do autor é intricada e muito bem escrita e até mesmo nos apresenta uma certa analogia sobre o cenário político atual. Minha única ressalva foi quanto a fluidez do texto, que ao meu ver acabou deixando um pouquinho a desejar.

Pedro é um jornalista apaixonado pela história de seu país, principalmente por um marco conhecido como Revolução Fraterna. Em meio ao caos vivido pelo fim de seu casamento e por sua frustrante vida profissional, ele resolve embarcar em um projeto audacioso que consiste em escrever a biografia de Donatelo Veras, uma das grandes figuras da Revolução Fraterna. Tal biografia se mostra a porta de entrada para um mundo cheio de surpresas e reviravoltas e revela a Pedro que ele tem muito mais além a descobrir do que o seu raso conhecimento permitia.

A Base do Iceberg se mostrou um livro inteligente e reflexivo e nos trouxe uma grande verdade: até que ponto conhecemos o que realmente se descortina ao nosso redor? Partindo desta incógnita promissora, Flávio Sanso nos revela uma trama mirabolante, repleta de reviravoltas e mistérios. Os personagens tiveram sua humanidade explorada ao extremo e suas qualidades e defeitos salientados de modo quase que palpável, os tornando até mesmo próximos do leitor. Porém, infelizmente, o ritmo da trama deixou um pouco a desejar e acredito que tenha até mesmo pecado por conta do excesso de alguns detalhes, resultando em algumas passagens mornas e lentas. Narrado em primeira pessoa por Pedro e contando também com pontos de vista dos personagens principais do enredo, o livro nos traz uma mensagem profunda e mostra que o bem e o mal reside em cada um de nós.

"O pior julgamento é aquele em que somos os juízes de nós mesmos."

Pedro é aficionado pela história de seu país e ao mesmo tempo em que possui uma curiosidade aguçada, também sofre de uma certa inércia. Por mais idealista que seja, algo o puxa para trás e faz com que ele lustre seu lado comodista. Com o fim de um casamento de anos e um emprego que mais parecia um pesadelo, ele é persuadido por seu amigo Miguel a fazer algo novo e audacioso que dará rumo e sentido para sua vida. Motivado, Pedro se demite e resolve escrever a biografia de um de seus maiores ídolos, Donatelo Veras, líder da Revolução Fraterna. Não contente após o fim do polêmico livro, Pedro resolve ir atrás da figura que motivou suas páginas e conhecer um pouco mais de sua história. Sua jornada é inebriante, promissora e cheia de descobertas e surpresas. Ao ter a sua humanidade trabalhada com afinco no enredo, Pedro se mostrou uma pessoa cheia de acertos e erros e, acima de tudo, de arrependimentos. O olhar sobre o protagonista é profundo e até mesmo nos proporciona a oportunidade de desnudá-lo e traçar um pouco de seu perfil emocional e psicológico, o que deveras se mostrou algo bastante interessante.

"Reconheço que sempre tive medo de lidar com linhas divisórias, e por isso sempre imaginei ser assustadora a possibilidade de ultrapassar o limite entre a lucidez e a inconsciência, tal como alguém que hesita caminhar mar adentro, temendo que o próximo passo seja em solo mais profundo."

Em síntese, A Base do Iceberg se mostrou um livro profundo, inteligente e abrangente. Sua linha de raciocínio foi muito elaborada e a escrita do autor é clara, sucinta e rebuscada, se assemelhando a de muitos escritores consagrados. Um único ponto que destonou com o brilhantismo da trama foi o ritmo da narrativa que, em alguns momentos, se mostrou lento e travado. A capa do livro nos traz uma ilustração bem interessante além de analógica e a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho e revisão de qualidade. Mesmo pecando em alguns aspectos, não deixo de recomendar o livro.

site: http://www.newsnessa.com/2016/03/resenha-base-do-iceberg-flavio-sanso.html
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Yvens (Saga Literária) 24/02/2017

[RESENHA #28] A BASE DO ICEBERG - FLÁVIO SANSO
Resenha: Em "A Base do Iceberg" conhecemos Pedro, o protagonista da obra. Ele é um jornalista que ama história política, em especial a história do revolucionário Donatela Veras, que tem sido seu objeto de pesquisa e estudo por vários anos.

"É estranho abrir os olhos após o nada. A existência, que havia sido suspensa, é acionada pela claridade, e então emergimos do grande vazio em que estávamos mergulhados. Acordar é um ato desesperador." p. 11.

Pedro tem uma vida normal, todavia não aguenta mais o seu chefe, no seu casamento enfrenta diversos problemas, em determinado momento sua mulher acaba descobrindo algo que gera desdobramentos nessa relação, esses fatos aliado com humilhações que sofre em sua vida, Pedro acaba aceitando a opinião de um amigo e tenta recomeçar a vida.

"O tempo se encarregou de dissolver as expectativas, e aquele rosto refletido na superfície escura representava duas realidades excludentes entre si: a de um garoto ingênuo ou a de um adulto fracassado." p. 12.

Em determinado momento surge para Pedro uma grande oportunidade, escrever um livro sobre um tema pelo qual é fascinado, a biografia de personagem histórico favorito, Donatelo Veras, líder da Revolução Fraterna. Todavia, como Donatelo escolheu por se isolar do mundo. hoje sua vida é um mistério, algo que deixa Pedro com o sentimento de que a biografia está incompleta, desta forma Pedro vai em busca de preencher as lacunas, algo que vai desdobrar em situações novas e descobertas impensáveis.

Hoje, a resposta é bem clara: eu sentia a estranha necessidade de ser infeliz." p. 39.

Os capítulos são narrados ao longo do livro em primeiro pessoa, alternando entre os personagens, como Pedro, miguel, Catarina, Donatelo, Juliano ou Carola. por isso nós somos levados para um série de sensações.

"Algo havia mudado em mim. Talvez não soubesse mais identificar com tanta clareza a diferença entre o verdadeiro e o falso, o certo e o errado, o heroico e a vilania. E de repente já não tinha a menor ideia do que fazer." p. 311.

Opinião: Nesse livro temos uma narrativa muito boa, que nos consegue cativar e prender nossa atenção, trata-se de uma história original e bem trabalhada, o autor foca a trama no desenrolar, nas situações do cotidiano e nos pensamentos dos personagens.

Os fatos históricos presentes na trama fazem alusões em fatos históricos brasileiros, então não completamente fictícios. Gostei bastante dos flashbacks e dos sentimentos presentes como medo, angústia, anseios, arrependimento e esperança, o que contribuiu para me levar à reflexão. Este é um livro que precisa ser lido com calma e atenção devido aos detalhes.

A Schoba fez um trabalho muito bom nesse livro, revisão e diagramação ficaram excelentes, não tenho nada para reclamar, nenhum ponto negativo. Recomendo para todos.

site: http://www.sagaliteraria.com.br/2016/03/resenha-base-do-iceberg.html
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