Lua Vermelha

Lua Vermelha Benjamin Percy




Resenhas - Lua Vermelha


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Jung Angel 17/01/2014

Resenha Lua Vermelha
O Livro contém três camadas de história, que vão se interligando conforme você vai avançando a leitura. Aqui em Lua Vermelha ficamos a par da história de Patrick Gamble, Chase Willians e Claire Forrester. Dentre as três a que menos me chamou atenção foi a de Chase, mas isso não significa que não gostei, pelo contrario, gostei sim, mas se for dividir com vocês dentre as três as que mais me agradaram tenho que contar que foram a de Patrick e Claire.

Pessoal vocês, vão ter que me perdoar, mas sabe aquele momento em que você termina um livro que fez vocês suspirar e soltar mil coraçõezinhos de amor por ele, e acaba que as palavras somem, para tentar explicar o quanto gostou dele, e quanto a história é boa? Bom eu me encontro assim sem palavras, elas resolveram fugirem de mim, e por assim não sei se consegui expressar tudo o que eu queria a respeito da leitura a não ser dizer que Ameiiiii Lua vermelha.

P.S: Se a resenha ainda não estiver online no blog, não se preocupem que logo será publicada. A resenha/opinião aqui no skoob é um resuminho da resenha completa que será ou já foi publicada no blog.

Acompanhe as resenhas/críticas completas no blog "Lendo com a Angel". Se puder siga e comente que ficarei muito feliz por sua companhia!

site: https://lendocomaangel.blogspot.com/
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Lucas 17/01/2014

Alucinante e estarrecedor. Doce e chocante. Essas são umas das muitas palavras que podem servir para descrever o livro de Benjamim Percy. “Lua Vermelha” me conquistou desde o anúncio de seu lançamento, seja por sua capa emblemática ou pela sinopse convidativa.

“Lua Vermelha” é uma história sobre lobisomens, ops! Voltando e dando REC, é uma história sobre licanos. Vítimas de um vírus, o lobos, que provoca mutações genéticas e os transformam em lobos. E é numa sociedade dividida entre infectados e não infectados que o livro será ambientado. Eles podem ser sua namorada (o), seu vizinho (a), o carteiro, a garçonete de sua pizzaria favorita ou pode ser você.

Mas, como toda regra existe exceção, a uma parte dos licanos que são cruéis e te deixará com o estômago revirado com suas cenas nada convencionais. Tanta perversidade chamará atenção do governo que tentará a todo custo insurgir diante da República Lupina, onde lupinos inocentes terão que também pagar o preço pelas as atrocidades cometidas por seus irmãos lobos.

É nessa situação que a jovem Claire se encontra, depois de agentes do governo terem invadido sua casa e matado seus pais. Em fuga, refugia-se na casa de sua tia Miriam, porém, o que ela não sabe é que seu pesadelo estava apenas começando. Do outro lado, está Patrick Gamble que de uma hora para outra vira o menino prodígio, tudo porque ele sobreviveu a um ataque de lupinos quando estava dentro de um avião, indo passar um período de doze meses com sua mãe.

Benjamin Percy criou personagens carismáticos, resistentes e que estão em constante evolução. Personagens que se entrelaçam e conduz a narrativa de uma forma viciante e saborosa.

A narrativa em terceira pessoa tem uma estrutura quase poética e faz com que imaginemos a cena descrita imediatamente. Dessa forma a leitura transcorre com uma facilidade alucinante e sagaz.

Preenchido com diálogos inteligentes e com uma riqueza de detalhes que não se torna cansativo, você não para a leitura até chegar à página final. O livro traz um tema bastante recorrente no mundo atual – a exclusão social.

Percy fugiu dos estereótipos dos livros que vem sendo lançados atualmente e criou uma obra inovadora e prazerosa. “Lua Vermelha” me arrebatou de uma maneira sem igual e as expectativas estão lá em cima para o próximo livro e tudo indica que vai superar seu antecessor.

site: http://livrosecontos.blogspot.com.br/
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Rotina Agridoce 16/01/2014

ok
Posso dizer que este livro não é apenas sobre lobisomens, é uma mistura brilhante de gêneros e que revela a criatura em todos nós, é um debate sobre o que é ser humano e onde as nossas prioridades se encontram. O autor teceu uma brilhante trama hipnótica de histórias conectadas, Benjamin Percy nos permite acompanhar um elenco de personagens, bons e maus, em uma jornada épica.
"Lua vermelha" é a história de Claire Forrester, uma jovem que vê seus pais serem mortos em nome da segurança nacional, e que logo, ela própria se torna uma das caçadas. É a história de Patrick Gamble, o único sobrevivente de um ato terrorista a bordo de um avião que nos mostra exatamente o quanto violentos os licanos (o que o autor chama seus lobisomens) pode ser. E é a história do Chase Williams, um presidente recém-eleito, que herda o pesadelo do levante licano, e promete reparar os danos feitos nos Estados Unidos.

O autor conduz este romance de forma incrível, sua capacidade revela-se de muitas maneiras diferentes - em uma narrativa de um futuro próximo onde a presença licana se sente como uma possibilidade, e não uma fantasia, no uso de seu conhecimento de tecnologia e de armas de fogo para nos educar como a violência e o desespero se desenrolam em um ritmo alarmante.

A violência é uma parte necessária deste livro, mas não é sensacionalista. As cenas de batalhas não são bonitas nem heróicas, mas trágicas, e é claramente evidente no remorso e sofrimento de seus personagens sobreviventes suportar.
De um modo geral eu gostei desse livro. Apesar da presença de lobisomens na história não há nenhum aspecto sobrenatural. Os lobisomens são mostrados como produtos de mutação e os licanos, como eles são chamados, tem que tomar uma bebida que controla seus instintos selvagens e isso os fazem sofrer discriminação e quando essa discriminação se intensifica, um grupo de resistência decide atacar. E assim o governo inicia uma caçada aos licanos.

A capa é simples, mas bonita. E o trabalho de diagramação, revisão e tradução estão ótimos.

"Lua vermelha" de Benjamin Percy é um livro interessante, com uma premissa fascinante e envolvente, com várias questões políticas e sociais que leva os leitores a uma viagem através da condição atual da sociedade. Recomendo.

site: http://www.lostgirlygirl.com/2014/01/resenha-298-lua-vermelha-benjamin-percy.html
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Fun's Hunter 14/01/2014

Lua Vermelha
Patrick irá passar uma temporada na casa de sua mãe. Quando entra no avião não imagina que viverá um dos piores dias da sua vida. Tudo faz parte de um plano da Resistência Lupina, uma plano onde ninguém deverá sair vivo.
Ao contrário do esperada, Patrick se torna o único sobrevivente do ataque, ele se torna o Menino-Milagre.
Claire e sua família estão infectados pelo príon (agente infeccioso) lobos (Sim, neste livro os licanos são pessoas doentes!) e, sem saber, este será o último dia que verá seus pais com vida. Após os ataques da Resistência, possiveis aliados são mortos ou presos. Ela consegue fugir, mas viver não será assim tão fácil.
O governador Chase Willians é um homem polêmico! Não nega nada do que faz... Os jornalistas estão sempre de olho, fotografando suas "diversões" particulares.
O que esses três personagens possuem em comum? Tudo! Os acontecimentos farão seus caminhos cruzarem de uma maneira que nunca imaginaram.

Ela se transformou poucas vezes. Não por ser proibido, não porque poderia ser presa, mas porque não gosta de como isso a faz se sentir. Tão grotescamente alterada.
Página 28

Passar pela transformação é algo totalmente proibido, as pessoas infectadas devem fazer uso de um remédio para auxilio no controle e não transformação. O volpexx causa alguns sintomas colaterais e , por este motivo, muito licanos não o utilizam, eles conseguem falsificar o exame de sangue mensal que devem apresentar.
Para alguns a transformação é libertador, é aceitar o que realmente é!

Lembre-se de que o fato de você ser licano não quer dizer que seja um monstro. Nunca se esqueça disso.
Página 98

Outros personagens nos são apresentados, alguns importantes outros apenas para morrer. O autor é desses que não sente pena ao eliminar determinado personagem, quando você imagina que tudo dará certo... Alguém acaba morrendo!

Lua Vermelha não é nada como o imaginei! A história é dividida em 3 partes, com acontecimentos relevantes ao desfecho da obra. Tudo é descrito de uma forma detalhada, o que te faz imaginar estar naquele mesmo local, mas sem se tornar algo cansativo ou monótono.
A Resistência Lupina é capaz de muitas coisas contra o atual governo, os ataques são extremos e não importa quantas vidas serão tiradas.
A ideia sobre o lobos é o grande diferencial de qualquer obra que trate sobre lobisomens. Os infectados levam uma vida normal entre os demais habitantes, somente os médicos e farmacêuticos tem acesso aos dados e sabem quem possui o príon. Existem pessoas que são totalmente contra isso, querem que todos sejam identificados!

Ela sorri. Por um segundo apenas. Seu rosto se contrai de felicidade. Não é uma expressão fácil e parece não se encaixar consigo mesma e com o horror das circunstâncias. Mas ela não consegue se conter. No fim das contas, vai conseguir. Vai viver.
Página 415

Eu gostei mais da outra capa quando a editora colocou em votação pelas redes sociais, achei essa um pouco esquisita. Como de costume da Arqueiro, o tamanho da fonte é reduzido, mas o espaçamento utilizado não deixa você se perder entre as linhas.
Me surpreendi muito com essa história, algo tão inovador e bem elaborado. O final deixa qualquer um com um gostinho de quero mais!


site: http://www.funshunter.com/2014/01/ResenhaLuaVermelha.html
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Elis 03/01/2014

Difícil fazer uma análise de um livro como este, o autor sabe como escrever de uma maneira em que parecemos estar vendo um filme enquanto lemos. É descritivo sem ser detalhista em demasia. Nos prende novamente a história quando começa a ficar monótona a leitura. Creio que o que pode ter atrapalhado um pouco a leitura foram as lembranças dos personagens, sem ela teríamos mais ação e movimento no decorrer das páginas. Claro que essas lembranças são interessantes e em alguns casos até essenciais, mas para mim elas poderiam ser os capítulos iniciais e depois o autor poderia dar continuidade aos fatos.

Aqui conhecemos Claire uma órfã em busca de desvendar a mensagem que seu pai deixou e assim quem sabe encontrar a verdade de quem eles eram e a única família que lhe resta.
Patrick é um jovem com pais separados que vai passar uma temporada com a mãe enquanto seu pai foi convocado para realizar uma missão. E acaba por descobrir fatos que o deixam sem chão.
Chase uma cara que fez um amigo de modo incomum e que acaba o levando a um alto patamar, a questão é que essa posição realmente transforma as pessoas em marionetes.

O mundo está dividido entre os humanos e os licanos, pessoas infectadas com um vírus, que aparentemente os faz passar por pessoas comuns, mas elas podem se transformar em lobos. Isso deixa parte da população com medo e outra com coragem. Fazendo assim que alguns tomem o partido que desejam. Como a leitura mesmo diz, como o ser humano tem a sua parte podre e violenta, eles também tem. Mas não podemos julgar todos pelos atos de alguns.

Eu curti a leitura, conhecer o que motiva os personagens a agirem de certa forma e o porque de eles pensarem de tal maneira, faz com que nos sintamos próximos deles. Os personagens irão se encontrar e desencontrar durante a obra. E no fim cada um terá seu destino e nós descobriremos o mistério e o plano que os licanos estavam armando.

Não conhecia o autor e fiquei admirada com o universo que criou, espero logo poder ter mais um pouco de Benjamin Percy. E bem, quem não quer uma continuação de Lua Vermelha? Eu quero saber o que será do futuro dessa história. Torcendo para ter uma sequência.

Recomendo a leitura aquelas pessoas que gostam de ação, apesar de momentos violentos essa é uma obra que foi bem elaborada. Os licanos são mais monstruosos que alguns lobos fofos criados na ficção dos dias atuais. E uma coisa que gostei é a menção de fatos recentes da nossa realidade.

Confira no blog:

site: http://amagiareal.blogspot.com.br/
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Rainy Girl 28/12/2013

Lua Vermelha
Lua Vermelha não é apenas mais um livro sobre lobisomens. Ele é uma miscelânea dos gêneros sobrenatural e horror com uma estória arrebatadora, personagens selvagens e cenários muito bem descritos. Com uma premissa fascinante Lua Vermelha revela a criatura escondida dentro de todos nós.

A humanidade vive lado a lado com os lobisomens (uma forma científica de licantropia que é produzida por príons). Enquanto não há tensão, os lobisomens são capazes de coexistir, mesmo sendo tratados como cidadãos de segunda classe. Mas são as questões raciais e políticas que colocam a guerra em andamento. A desintegração dos Estados Unidos é observada através das divergências políticas, experiências genéticas e a luta pelo domínio da energia e tecnologia.

Claire Forrester é uma jovem que vê seus pais serem mortos em nome da segurança nacional e acaba descobrindo porque ela sempre se sentiu estranha, ela é uma licana. Os pais de Claire eram pessoas tranquilas que tentavam viver abaixo do radar, eles falsificavam os exames de sangue e não tomavam o volpexx — um remédio que reprime os instintos selvagens. Quando seus pais são assassinados a única esperança para Claire vem na forma de um bilhete misterioso que a leva até a casa da tia, que também é uma licana.

Patrick Gamble está viajando de avião para ficar com a mãe por um tempo, porque seu pai foi convocado para lutar na guerra contra os licanos. Durante o voo, um licano mata todos, menos ele, no avião. Com a notícia do ato terrorista, ele acaba tornando-se uma espécie de milagre e vira uma subcelebridade. Chase Williams é um governador que age de todas as formas ruins possíveis e não liga a mínima para isso. Ele prega que se for presidente vai reparar os danos nos Estados Unidos, ao descobrir a cura para o vírus da licantropia e matar os rebeldes.

O caminho de Claire, Patrick e Chase se cruzam de formas diferentes. Claire sofre com o preconceito aos licanos, Patrick é o humano que começa a ver ao seu redor um novo mundo lotado de ódio tanto pelos licanos quanto pela humanidade. Chase é um livro aberto em seu ódio pelos licanos, e ele sabe que o sentimento é recíproco, pois os licanos querem tranformá-lo naquilo que ele mais odeia.

Lua vermelha se destaca com uma história dura de condução e imagens de virar o estômago. O livro traz uma mistura de distopia, policial e sobrenatural que combinam perfeitamente. E como fã dos livros policiais com temática sobrenatural, eu adorei cada capítulo!

site: http://the-sook.blogspot.com.br/
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@APassional 03/12/2013

Lua Vermelha * Resenha por: Rosem Ferr * Arquivo Passional
Projetando Ficção na realidade ou Realidade na Ficção?
Um mergulho na natureza humana ou melhor seria dizer:
Desabrochando o animal interior?

Os licanos de Percy não são nada fofos, nem tem a maquiagem romântica das infinitas sagas sobrenaturais da atualidade, quem assistiu a trilogia “Anjos da Noite” pode ter um perfil dos guerreiros da resistência licana que enfrentam humanos sob o pretenso intuito de conquistar direitos políticos e sociais, entretanto manobras de poder estão por baixo das lideranças, tanto licanas como humanas.

Todo licano é humano e todo humano é licano. Serão Prions – elementos genéticos ativados – que irão determinar a liberação de impulsos selvagens, ardilosos, ambiciosos, letais... Será? É o que diz o manual de Neal Desai.

Em um mundo que relembra a Guerra da Secessão americana, questões de poder envolverão luta racial, domínio sobre a energia e tecnologia, mutações, experiências genéticas de microbiologia, os bastidores da política, terrorismo, e a desintegração brutal dos E.U.A.

Uma leitura para estômagos fortes hehehehehehe,
se tiver nojinho hummmmm!

São 66 capítulos entrecortados em pequenos trechos, saltitantes entre personagens de maior ou menor importância, que às vezes irão apenas situar uma localização ou demonstrar algum tipo de violência, aliás neste ponto a trama é total gore, muito sangue e descrições bemmmm sinistras.

A narração em 3ª pessoa, é rica em detalhes quanto ao cenário dos fatos, mas principalmente na construção das personagens Patrick e Claire que desenvolvem-se no decorrer do enredo, amadurecendo diante de nossos olhos, suas convicções irão desenhar-se conforme são expostos a uma gama de fatos que delinearão suas personalidades de adultos na parte 3 da trama.

O desenvolvimento de Chase é em reverso, bipolar e surpreendente. O autor encontra em Chase inúmeras facetas que lhe dão oportunidade para construí-lo e desconstruí-lo como persona, em um contexto que surpreende pela habilidade no uso das possibilidades que o autor oferece a esse anti-herói, aliás, o universo de Percy é mesmo a terra dos anti-heróis, é a vida como ela é, em períodos de guerra, dura e cruel, ninguém será bonzinho nesta trama.

Com vilões de arrepiar de tão perversos, o clima vai ficando cada vez maiiiiis tennnnnnnnsooooo, pois vocês nem sonham do que esses caras são capazes, o cruel Puck, o dissimulado Búfalo, e os psicóticos Max e o “Homem Alto”, ou seja cada protagonista tem seu vilão particular e juro que não queria estar no lugar de nenhum deles, affffff!

A verossimilhança com o mundo real torna a trama cada vez mais assustadora, no que refere-se a minorias marginalizadas, exclusão racial e social, manifestações que germinam numa revolta de consequências bizarras e, tão mais assustadora quando refletimos o quão próximo disto podemos estar. O terror encontra-se na periferia da realidade, Percy fricciona o que pode estar acontecendo neste exato momento, afinal o EUA encontram-se em um momento crítico de pressão popular muito similar ao enredo de Lua Vermelha, só mudam os atores mas a peça encenada... hummmm!

Uma trama que vai sendo construída aos poucos, inserindo personagem a personagem, é como uma música, senti uma estrutura de trilogia até a parte 2, no entanto na parte 3 o autor parece querer correr para fechar todos os pontos em suspensão e finalizar, masssss... deixa dois rabinhos em relação a dois coadjuvantes de peso: Miriam e Puck, levando-nos a crer que Lua Vermelha é um prelúdio... Embora não haja nenhuma previsão de continuação, espero que Benjamin Percy nos ofereça outras Luas, hehehehehe, Eu quero!

Mais uma vez a Arqueiro nos surpreende com um lançamento quase simultâneo EUA/Brasil, colocando-se na ponta quanto à satisfação dos leitores mais antenados, I love it!

Atualíssimo, original, inovador, impressionante.
Me instigou a várias reflexões sobre a realidade.
E o bom livro é o que te tira do lugar comum, ou não?

Excelente leitura!
Beijos Licanos...
Rosem Ferr:.

Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 02/12/2013.

site: http://www.arquivopassional.com/2013/12/resenha-lua-vermelha-benjamin-percy.html
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Felipe Miranda 24/11/2013

Maravilhoso!
Diferente de todas as minhas experiências literárias, Benjamin Percy ganhou um lugar especial na minha estante. O lugar onde ficam os livros que ganharão sequências e que, além de estar feliz por isso, mal posso esperar para lê-las.

Patrick Gamble está abandonando tudo que o faz sentir-se alguém, a Califórnia, os amigos, o colégio, o pai, e está indo passar doze meses com sua mãe, com qual não cultiva nenhuma espécie de intimidade, ela é uma estranha e sua nova cama confortável como um caixão. Seu pai fora convocado para uma missão de doze meses, sua unidade fora reativada e ele irá lutar em uma guerra. Uma guerra contra os licanos.

Posso comparar os licanos a lobisomens, mas prefiro que o preconceito não invadam suas mentes, esse livro reforçou a ideia de que nem todos os livros que envolvam lobos são toscos, previsíveis, ou que não há nada novo a ser explorado a respeito. Essa era minha opinião sobre, e estou feliz em afirmar que foi devidamente lapidada. Os licanos são resultado de uma espécie de vírus, o lobos, que provoca mutações genéticas anormais nos infectados. A estória é ambientada em uma realidade onde licanos e seres humanos convivem em parcial harmonia, os licanos registrados são obrigados a tomarem um coquetel químico que controla as transformações e contém os impulsos selvagens sob controle. Muitos veem isso como uma negação de sí mesmos, como é de se esperar, eles não são vistos com bons olhos e o preconceito cresce cada vez mais, quando a descriminação se torna insuportável, e emendas que reconhecem o lobos como uma ameaça a segurança pública e a saúde, entre outras reduções de direitos básicos, uma guerra explode e a lua será banhada a sangue.

“A máquina da morte. Patrick não sabe ao certo o que o sargento quis dizer com isso. Se estava se referindo aos Fuzileiros Navais ou ás Forças Armadas. Á base ou á República. Ou quem sabe a vida. Talvez a máquina da morte fosse a vida, um grande pesadelo de engrenagens potentes e dentes cortantes como os de uma serra elétrica que nunca para de destroçar corpos.” Trecho da página 229

Claire cursa o último ano do ensino médio e planeja uma fuga de tudo que constitui a sua vida, ela anseia por algo mais, por qualquer aventura que ela sabe que jamais encontrará na aldeia fria e cercada de árvores em que vive. Ela é uma licana e acaba de conseguir a fuga que tanto quis, sua casa foi invadida e seus pais foram mortos. Ela escapou por pouco e precisa encontrar uma forma de sobreviver pois está sendo caçada. Furgões blindados e sedãs pretos com placa do governo rondam as ruas com faróis apagados. O motivo? Uma célula terrorista de licanos foi considerada responsável por uma série de atentados a aviões de todo o país. Agora, todo e qualquer licano pagará por uma parcela de rebeldes sem controle. Centenas de pessoas foram mortas e o presidente garantiu reação rápida e severa. Patrick Gamble estava no voo e sobreviveu, não por ter sido corajoso e enfrentado o licano responsável pelo massacre, mas por que escondera-se debaixo de um cadáver e se fingira de morto. Isso não é algo para ser narrado e revivido, é algo para se esquecer, mas não será tão simples assim quando se é conhecido como o Menino Milagre, o voo 373 jamais sairá de sua mente.

“De repente tudo parece se resumir ao número dois: os dois dedos, os dois vídeos, os dois nomes pelos quais ela é conhecida, o sol e a lua, os infectados e os não infectados, os Estados Unidos e a República, o presidente e seu adversário, Matthew e Patrick, Reprobus e Miriam. Claire sente que está partida ao meio – o mundo inteiro está.” Trecho da página 313

O governador Chase Williams é um livro aberto, ele frequenta boates de striptease, atira pipocas em partidas de basquete e anda depressa demais em seu barco com duas loiras de biquíni sempre a postos. Os jornalistas o amam e ele não liga, não se importa, ele é independente e isso o faz gente da gente, ele é adorado por todos e seu mandato é considerado estável até que ataques licanos se tornam frequentes e atitudes pedem para serem tomadas. A promessa de uma vacina é cobrada intensamente pela imprensa. A guerra pode ser um ponto negativo para seu mandato, ele contará com o auxílio de Augustus ou Búfalo, para manter tudo sob controle. O que ele não esperava é ser atacado e infectado por um licano e tornar-se aquilo que tanto se empenha para dizimar. Chase funciona como o típico personagem que de tanto ser “errado” acaba sendo o personagem mais certo na estória, o trunfo.

Claire descobrirá que manter-se viva na atual situação pode ser mais difícil do que parece, sua tia, Miriam, pode ser a provável segurança garantida mas ela tem seus próprios problemas. Patrick conhecerá a fundo o ódio que as pessoas nutrem pelos licanos e como é difícil resistir a uma bela garota, confiar em qualquer pessoa, decepcionar-se e sofrer as consequências de seus atos mesmo que passivos. Os caminhos de ambos se cruzarão durante toda a narrativa, em terceira pessoa, que é dividida em três partes, uma melhor que a outra, isso posso garantir. A escrita de Percy tem um quê sombrio e nostálgico que vicia, te enlaça e transmite exatamente o clima que uma guerra deve ter. Que cada passagem deve ter. É um enredo que cresce surpreendentemente a cada capítulo, repleto de diálogos inteligentes e situações inesperadas. Personagens como Miriam, que me ganhou completamente durante cada segundo de sua narrativa e me fez torcer por uma reviravolta, Sra. Strawhacker, com suas previsões a respeito do futuro que são um tanto assustadoras, Reprobus, com seus discursos inflamados , Jeremy Saber, com sua coragem, e Puck com seu caráter escroto e atitudes repugnantes, são personagens que deram um toque especial ao enredo, deram sustância, pilares fortes que mantiveram a estória firme.


O governo planeja a ocupação da República Lupina, a Resistência comandada por Balor, planeja cada vez mais atos terroristas para ter nas mãos o sistema que os oprime, e um Território Fantasma está cada vez mais real. Os licanos inocentes, não envolvidos na guerra são prejudicados da mesma forma e as torturas que acontecem sem o conhecimento das massas são inumanas, para ambas as partes envolvidas... A possibilidade de uma vacina está cada vez mais próxima mas um atentado pode interferir em qualquer rumo que as coisas estivessem tomando, assim como a identidade licana secreta do governador do estado. O desfecho é torturante, como o leitor pode aguentar pelo lançamento da sequência? É o cúmulo da injustiça. Lua Vermelha é maravilhoso.

Leia a resenha no Omd> http://www.ohmydogestolcombigods.com/2013/11/resenha-lua-vermelha-benjamin-percy.html
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