Lua Vermelha

Lua Vermelha Benjamin Percy




Resenhas - Lua Vermelha


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cotonho72 29/04/2014

Muito Bom!!!!!
Nesse livro temos três protagonistas principais em que a história se alterna, Patrick Gamble, um jovem comum, obrigado a morar coma mãe por um período;pois seu pai é convocado para lutar na guerra, uma missão de ocupação da República Lupina, um país inabitado criado para abrigar licanos (humanos que foram infectados ou nasceram com o vírus chamado Lobos, que podem se transformar em lobos). Durante a viagem de avião Patrick se tornao único sobreviventede um ataque terrorista, onde um Licano, de um grupo intitulado Resistência, mata todos os passageiros do avião, menos Patrick que se fingiu de morto, por esse motivo ele ficou conhecido como Menino-Milagre e se transformou numa espécie de celebridade.
Claire Forrester é uma jovem que cursa o último ano do ensino médio e que cansada da vida pacata que leva na aldeia onde vive com seus pais, planeja fugir de casa e viver uma grande aventura, ela é uma licana e esta cansada das reuniões e festas organizadas na sua casa, ela que ter uma vida normal, mas isso infelizmente não ocorrerá, porque numa determinada noite os agentes do governo invadem sua casa e matam seus pais, ela consegue escapar e durante a fuga tenta desvendar o conteúdo do bilhete deixado pelo seu pai, que a levará a uma tia que também é licana.
Chase Williams, um governadorque deseja ser presidente dos Estados Unidos, vive uma vida fazendo tudo o que da na telha, frequenta boates de striptease, fala palavrões e não liga a mínima para isso, ele promete que se fosse eleito acabaria com os atos terroristas, mas a Resistência não permitirá que sua vida seja assim tão fácil, ele inesperadamente é atacado por um licano e infectado e acaba se tornando aquilo que prometeu acabar.
Esse é o primeiro livro que leio sobre lobisomens e apesar da leitura densa e pouco dinâmica, me agradou bastante. O autor Benjamin Percy, consegue criar uma trama interessante, Patrick e Claire no início são adolescentes inocentes que no decorrer da história se tornam adultos devido ao caos que a vida de cada um está, personagens marcantes vão aparecendo durante a trama, a maldade dos homens e a força das mulheres em meio às adversidades são relevantes também. O livro aborda muitas questões que ocorrem na atualidade, descriminações sociais, guerra, terrorismo, domínio sobre a energia e tecnologia,experiências genéticas e os bastidores da política, vemos muitas das vezes uma comparação entre os Estados Unidos e os muçulmanos depois dos atentados de 11 de setembro. O livro mostra como o ser humano muita das vezes é intolerante violento, um livro muito bom para que gosta do gênero.

site: devoradordeletras.blogspot.com.br
Isabela 24/01/2015minha estante
Acho que o livro daria um bom filme. Durante minha leitura mudei de opinião algumas vezes. Muito bom.




Felipe Miranda 24/11/2013

Maravilhoso!
Diferente de todas as minhas experiências literárias, Benjamin Percy ganhou um lugar especial na minha estante. O lugar onde ficam os livros que ganharão sequências e que, além de estar feliz por isso, mal posso esperar para lê-las.

Patrick Gamble está abandonando tudo que o faz sentir-se alguém, a Califórnia, os amigos, o colégio, o pai, e está indo passar doze meses com sua mãe, com qual não cultiva nenhuma espécie de intimidade, ela é uma estranha e sua nova cama confortável como um caixão. Seu pai fora convocado para uma missão de doze meses, sua unidade fora reativada e ele irá lutar em uma guerra. Uma guerra contra os licanos.

Posso comparar os licanos a lobisomens, mas prefiro que o preconceito não invadam suas mentes, esse livro reforçou a ideia de que nem todos os livros que envolvam lobos são toscos, previsíveis, ou que não há nada novo a ser explorado a respeito. Essa era minha opinião sobre, e estou feliz em afirmar que foi devidamente lapidada. Os licanos são resultado de uma espécie de vírus, o lobos, que provoca mutações genéticas anormais nos infectados. A estória é ambientada em uma realidade onde licanos e seres humanos convivem em parcial harmonia, os licanos registrados são obrigados a tomarem um coquetel químico que controla as transformações e contém os impulsos selvagens sob controle. Muitos veem isso como uma negação de sí mesmos, como é de se esperar, eles não são vistos com bons olhos e o preconceito cresce cada vez mais, quando a descriminação se torna insuportável, e emendas que reconhecem o lobos como uma ameaça a segurança pública e a saúde, entre outras reduções de direitos básicos, uma guerra explode e a lua será banhada a sangue.

“A máquina da morte. Patrick não sabe ao certo o que o sargento quis dizer com isso. Se estava se referindo aos Fuzileiros Navais ou ás Forças Armadas. Á base ou á República. Ou quem sabe a vida. Talvez a máquina da morte fosse a vida, um grande pesadelo de engrenagens potentes e dentes cortantes como os de uma serra elétrica que nunca para de destroçar corpos.” Trecho da página 229

Claire cursa o último ano do ensino médio e planeja uma fuga de tudo que constitui a sua vida, ela anseia por algo mais, por qualquer aventura que ela sabe que jamais encontrará na aldeia fria e cercada de árvores em que vive. Ela é uma licana e acaba de conseguir a fuga que tanto quis, sua casa foi invadida e seus pais foram mortos. Ela escapou por pouco e precisa encontrar uma forma de sobreviver pois está sendo caçada. Furgões blindados e sedãs pretos com placa do governo rondam as ruas com faróis apagados. O motivo? Uma célula terrorista de licanos foi considerada responsável por uma série de atentados a aviões de todo o país. Agora, todo e qualquer licano pagará por uma parcela de rebeldes sem controle. Centenas de pessoas foram mortas e o presidente garantiu reação rápida e severa. Patrick Gamble estava no voo e sobreviveu, não por ter sido corajoso e enfrentado o licano responsável pelo massacre, mas por que escondera-se debaixo de um cadáver e se fingira de morto. Isso não é algo para ser narrado e revivido, é algo para se esquecer, mas não será tão simples assim quando se é conhecido como o Menino Milagre, o voo 373 jamais sairá de sua mente.

“De repente tudo parece se resumir ao número dois: os dois dedos, os dois vídeos, os dois nomes pelos quais ela é conhecida, o sol e a lua, os infectados e os não infectados, os Estados Unidos e a República, o presidente e seu adversário, Matthew e Patrick, Reprobus e Miriam. Claire sente que está partida ao meio – o mundo inteiro está.” Trecho da página 313

O governador Chase Williams é um livro aberto, ele frequenta boates de striptease, atira pipocas em partidas de basquete e anda depressa demais em seu barco com duas loiras de biquíni sempre a postos. Os jornalistas o amam e ele não liga, não se importa, ele é independente e isso o faz gente da gente, ele é adorado por todos e seu mandato é considerado estável até que ataques licanos se tornam frequentes e atitudes pedem para serem tomadas. A promessa de uma vacina é cobrada intensamente pela imprensa. A guerra pode ser um ponto negativo para seu mandato, ele contará com o auxílio de Augustus ou Búfalo, para manter tudo sob controle. O que ele não esperava é ser atacado e infectado por um licano e tornar-se aquilo que tanto se empenha para dizimar. Chase funciona como o típico personagem que de tanto ser “errado” acaba sendo o personagem mais certo na estória, o trunfo.

Claire descobrirá que manter-se viva na atual situação pode ser mais difícil do que parece, sua tia, Miriam, pode ser a provável segurança garantida mas ela tem seus próprios problemas. Patrick conhecerá a fundo o ódio que as pessoas nutrem pelos licanos e como é difícil resistir a uma bela garota, confiar em qualquer pessoa, decepcionar-se e sofrer as consequências de seus atos mesmo que passivos. Os caminhos de ambos se cruzarão durante toda a narrativa, em terceira pessoa, que é dividida em três partes, uma melhor que a outra, isso posso garantir. A escrita de Percy tem um quê sombrio e nostálgico que vicia, te enlaça e transmite exatamente o clima que uma guerra deve ter. Que cada passagem deve ter. É um enredo que cresce surpreendentemente a cada capítulo, repleto de diálogos inteligentes e situações inesperadas. Personagens como Miriam, que me ganhou completamente durante cada segundo de sua narrativa e me fez torcer por uma reviravolta, Sra. Strawhacker, com suas previsões a respeito do futuro que são um tanto assustadoras, Reprobus, com seus discursos inflamados , Jeremy Saber, com sua coragem, e Puck com seu caráter escroto e atitudes repugnantes, são personagens que deram um toque especial ao enredo, deram sustância, pilares fortes que mantiveram a estória firme.


O governo planeja a ocupação da República Lupina, a Resistência comandada por Balor, planeja cada vez mais atos terroristas para ter nas mãos o sistema que os oprime, e um Território Fantasma está cada vez mais real. Os licanos inocentes, não envolvidos na guerra são prejudicados da mesma forma e as torturas que acontecem sem o conhecimento das massas são inumanas, para ambas as partes envolvidas... A possibilidade de uma vacina está cada vez mais próxima mas um atentado pode interferir em qualquer rumo que as coisas estivessem tomando, assim como a identidade licana secreta do governador do estado. O desfecho é torturante, como o leitor pode aguentar pelo lançamento da sequência? É o cúmulo da injustiça. Lua Vermelha é maravilhoso.

Leia a resenha no Omd> http://www.ohmydogestolcombigods.com/2013/11/resenha-lua-vermelha-benjamin-percy.html
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@APassional 03/12/2013

Lua Vermelha * Resenha por: Rosem Ferr * Arquivo Passional
Projetando Ficção na realidade ou Realidade na Ficção?
Um mergulho na natureza humana ou melhor seria dizer:
Desabrochando o animal interior?

Os licanos de Percy não são nada fofos, nem tem a maquiagem romântica das infinitas sagas sobrenaturais da atualidade, quem assistiu a trilogia “Anjos da Noite” pode ter um perfil dos guerreiros da resistência licana que enfrentam humanos sob o pretenso intuito de conquistar direitos políticos e sociais, entretanto manobras de poder estão por baixo das lideranças, tanto licanas como humanas.

Todo licano é humano e todo humano é licano. Serão Prions – elementos genéticos ativados – que irão determinar a liberação de impulsos selvagens, ardilosos, ambiciosos, letais... Será? É o que diz o manual de Neal Desai.

Em um mundo que relembra a Guerra da Secessão americana, questões de poder envolverão luta racial, domínio sobre a energia e tecnologia, mutações, experiências genéticas de microbiologia, os bastidores da política, terrorismo, e a desintegração brutal dos E.U.A.

Uma leitura para estômagos fortes hehehehehehe,
se tiver nojinho hummmmm!

São 66 capítulos entrecortados em pequenos trechos, saltitantes entre personagens de maior ou menor importância, que às vezes irão apenas situar uma localização ou demonstrar algum tipo de violência, aliás neste ponto a trama é total gore, muito sangue e descrições bemmmm sinistras.

A narração em 3ª pessoa, é rica em detalhes quanto ao cenário dos fatos, mas principalmente na construção das personagens Patrick e Claire que desenvolvem-se no decorrer do enredo, amadurecendo diante de nossos olhos, suas convicções irão desenhar-se conforme são expostos a uma gama de fatos que delinearão suas personalidades de adultos na parte 3 da trama.

O desenvolvimento de Chase é em reverso, bipolar e surpreendente. O autor encontra em Chase inúmeras facetas que lhe dão oportunidade para construí-lo e desconstruí-lo como persona, em um contexto que surpreende pela habilidade no uso das possibilidades que o autor oferece a esse anti-herói, aliás, o universo de Percy é mesmo a terra dos anti-heróis, é a vida como ela é, em períodos de guerra, dura e cruel, ninguém será bonzinho nesta trama.

Com vilões de arrepiar de tão perversos, o clima vai ficando cada vez maiiiiis tennnnnnnnsooooo, pois vocês nem sonham do que esses caras são capazes, o cruel Puck, o dissimulado Búfalo, e os psicóticos Max e o “Homem Alto”, ou seja cada protagonista tem seu vilão particular e juro que não queria estar no lugar de nenhum deles, affffff!

A verossimilhança com o mundo real torna a trama cada vez mais assustadora, no que refere-se a minorias marginalizadas, exclusão racial e social, manifestações que germinam numa revolta de consequências bizarras e, tão mais assustadora quando refletimos o quão próximo disto podemos estar. O terror encontra-se na periferia da realidade, Percy fricciona o que pode estar acontecendo neste exato momento, afinal o EUA encontram-se em um momento crítico de pressão popular muito similar ao enredo de Lua Vermelha, só mudam os atores mas a peça encenada... hummmm!

Uma trama que vai sendo construída aos poucos, inserindo personagem a personagem, é como uma música, senti uma estrutura de trilogia até a parte 2, no entanto na parte 3 o autor parece querer correr para fechar todos os pontos em suspensão e finalizar, masssss... deixa dois rabinhos em relação a dois coadjuvantes de peso: Miriam e Puck, levando-nos a crer que Lua Vermelha é um prelúdio... Embora não haja nenhuma previsão de continuação, espero que Benjamin Percy nos ofereça outras Luas, hehehehehe, Eu quero!

Mais uma vez a Arqueiro nos surpreende com um lançamento quase simultâneo EUA/Brasil, colocando-se na ponta quanto à satisfação dos leitores mais antenados, I love it!

Atualíssimo, original, inovador, impressionante.
Me instigou a várias reflexões sobre a realidade.
E o bom livro é o que te tira do lugar comum, ou não?

Excelente leitura!
Beijos Licanos...
Rosem Ferr:.

Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 02/12/2013.

site: http://www.arquivopassional.com/2013/12/resenha-lua-vermelha-benjamin-percy.html
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Rainy Girl 28/12/2013

Lua Vermelha
Lua Vermelha não é apenas mais um livro sobre lobisomens. Ele é uma miscelânea dos gêneros sobrenatural e horror com uma estória arrebatadora, personagens selvagens e cenários muito bem descritos. Com uma premissa fascinante Lua Vermelha revela a criatura escondida dentro de todos nós.

A humanidade vive lado a lado com os lobisomens (uma forma científica de licantropia que é produzida por príons). Enquanto não há tensão, os lobisomens são capazes de coexistir, mesmo sendo tratados como cidadãos de segunda classe. Mas são as questões raciais e políticas que colocam a guerra em andamento. A desintegração dos Estados Unidos é observada através das divergências políticas, experiências genéticas e a luta pelo domínio da energia e tecnologia.

Claire Forrester é uma jovem que vê seus pais serem mortos em nome da segurança nacional e acaba descobrindo porque ela sempre se sentiu estranha, ela é uma licana. Os pais de Claire eram pessoas tranquilas que tentavam viver abaixo do radar, eles falsificavam os exames de sangue e não tomavam o volpexx — um remédio que reprime os instintos selvagens. Quando seus pais são assassinados a única esperança para Claire vem na forma de um bilhete misterioso que a leva até a casa da tia, que também é uma licana.

Patrick Gamble está viajando de avião para ficar com a mãe por um tempo, porque seu pai foi convocado para lutar na guerra contra os licanos. Durante o voo, um licano mata todos, menos ele, no avião. Com a notícia do ato terrorista, ele acaba tornando-se uma espécie de milagre e vira uma subcelebridade. Chase Williams é um governador que age de todas as formas ruins possíveis e não liga a mínima para isso. Ele prega que se for presidente vai reparar os danos nos Estados Unidos, ao descobrir a cura para o vírus da licantropia e matar os rebeldes.

O caminho de Claire, Patrick e Chase se cruzam de formas diferentes. Claire sofre com o preconceito aos licanos, Patrick é o humano que começa a ver ao seu redor um novo mundo lotado de ódio tanto pelos licanos quanto pela humanidade. Chase é um livro aberto em seu ódio pelos licanos, e ele sabe que o sentimento é recíproco, pois os licanos querem tranformá-lo naquilo que ele mais odeia.

Lua vermelha se destaca com uma história dura de condução e imagens de virar o estômago. O livro traz uma mistura de distopia, policial e sobrenatural que combinam perfeitamente. E como fã dos livros policiais com temática sobrenatural, eu adorei cada capítulo!

site: http://the-sook.blogspot.com.br/
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Elis 03/01/2014

Difícil fazer uma análise de um livro como este, o autor sabe como escrever de uma maneira em que parecemos estar vendo um filme enquanto lemos. É descritivo sem ser detalhista em demasia. Nos prende novamente a história quando começa a ficar monótona a leitura. Creio que o que pode ter atrapalhado um pouco a leitura foram as lembranças dos personagens, sem ela teríamos mais ação e movimento no decorrer das páginas. Claro que essas lembranças são interessantes e em alguns casos até essenciais, mas para mim elas poderiam ser os capítulos iniciais e depois o autor poderia dar continuidade aos fatos.

Aqui conhecemos Claire uma órfã em busca de desvendar a mensagem que seu pai deixou e assim quem sabe encontrar a verdade de quem eles eram e a única família que lhe resta.
Patrick é um jovem com pais separados que vai passar uma temporada com a mãe enquanto seu pai foi convocado para realizar uma missão. E acaba por descobrir fatos que o deixam sem chão.
Chase uma cara que fez um amigo de modo incomum e que acaba o levando a um alto patamar, a questão é que essa posição realmente transforma as pessoas em marionetes.

O mundo está dividido entre os humanos e os licanos, pessoas infectadas com um vírus, que aparentemente os faz passar por pessoas comuns, mas elas podem se transformar em lobos. Isso deixa parte da população com medo e outra com coragem. Fazendo assim que alguns tomem o partido que desejam. Como a leitura mesmo diz, como o ser humano tem a sua parte podre e violenta, eles também tem. Mas não podemos julgar todos pelos atos de alguns.

Eu curti a leitura, conhecer o que motiva os personagens a agirem de certa forma e o porque de eles pensarem de tal maneira, faz com que nos sintamos próximos deles. Os personagens irão se encontrar e desencontrar durante a obra. E no fim cada um terá seu destino e nós descobriremos o mistério e o plano que os licanos estavam armando.

Não conhecia o autor e fiquei admirada com o universo que criou, espero logo poder ter mais um pouco de Benjamin Percy. E bem, quem não quer uma continuação de Lua Vermelha? Eu quero saber o que será do futuro dessa história. Torcendo para ter uma sequência.

Recomendo a leitura aquelas pessoas que gostam de ação, apesar de momentos violentos essa é uma obra que foi bem elaborada. Os licanos são mais monstruosos que alguns lobos fofos criados na ficção dos dias atuais. E uma coisa que gostei é a menção de fatos recentes da nossa realidade.

Confira no blog:

site: http://amagiareal.blogspot.com.br/
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Fun's Hunter 14/01/2014

Lua Vermelha
Patrick irá passar uma temporada na casa de sua mãe. Quando entra no avião não imagina que viverá um dos piores dias da sua vida. Tudo faz parte de um plano da Resistência Lupina, uma plano onde ninguém deverá sair vivo.
Ao contrário do esperada, Patrick se torna o único sobrevivente do ataque, ele se torna o Menino-Milagre.
Claire e sua família estão infectados pelo príon (agente infeccioso) lobos (Sim, neste livro os licanos são pessoas doentes!) e, sem saber, este será o último dia que verá seus pais com vida. Após os ataques da Resistência, possiveis aliados são mortos ou presos. Ela consegue fugir, mas viver não será assim tão fácil.
O governador Chase Willians é um homem polêmico! Não nega nada do que faz... Os jornalistas estão sempre de olho, fotografando suas "diversões" particulares.
O que esses três personagens possuem em comum? Tudo! Os acontecimentos farão seus caminhos cruzarem de uma maneira que nunca imaginaram.

Ela se transformou poucas vezes. Não por ser proibido, não porque poderia ser presa, mas porque não gosta de como isso a faz se sentir. Tão grotescamente alterada.
Página 28

Passar pela transformação é algo totalmente proibido, as pessoas infectadas devem fazer uso de um remédio para auxilio no controle e não transformação. O volpexx causa alguns sintomas colaterais e , por este motivo, muito licanos não o utilizam, eles conseguem falsificar o exame de sangue mensal que devem apresentar.
Para alguns a transformação é libertador, é aceitar o que realmente é!

Lembre-se de que o fato de você ser licano não quer dizer que seja um monstro. Nunca se esqueça disso.
Página 98

Outros personagens nos são apresentados, alguns importantes outros apenas para morrer. O autor é desses que não sente pena ao eliminar determinado personagem, quando você imagina que tudo dará certo... Alguém acaba morrendo!

Lua Vermelha não é nada como o imaginei! A história é dividida em 3 partes, com acontecimentos relevantes ao desfecho da obra. Tudo é descrito de uma forma detalhada, o que te faz imaginar estar naquele mesmo local, mas sem se tornar algo cansativo ou monótono.
A Resistência Lupina é capaz de muitas coisas contra o atual governo, os ataques são extremos e não importa quantas vidas serão tiradas.
A ideia sobre o lobos é o grande diferencial de qualquer obra que trate sobre lobisomens. Os infectados levam uma vida normal entre os demais habitantes, somente os médicos e farmacêuticos tem acesso aos dados e sabem quem possui o príon. Existem pessoas que são totalmente contra isso, querem que todos sejam identificados!

Ela sorri. Por um segundo apenas. Seu rosto se contrai de felicidade. Não é uma expressão fácil e parece não se encaixar consigo mesma e com o horror das circunstâncias. Mas ela não consegue se conter. No fim das contas, vai conseguir. Vai viver.
Página 415

Eu gostei mais da outra capa quando a editora colocou em votação pelas redes sociais, achei essa um pouco esquisita. Como de costume da Arqueiro, o tamanho da fonte é reduzido, mas o espaçamento utilizado não deixa você se perder entre as linhas.
Me surpreendi muito com essa história, algo tão inovador e bem elaborado. O final deixa qualquer um com um gostinho de quero mais!


site: http://www.funshunter.com/2014/01/ResenhaLuaVermelha.html
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Rotina Agridoce 16/01/2014

ok
Posso dizer que este livro não é apenas sobre lobisomens, é uma mistura brilhante de gêneros e que revela a criatura em todos nós, é um debate sobre o que é ser humano e onde as nossas prioridades se encontram. O autor teceu uma brilhante trama hipnótica de histórias conectadas, Benjamin Percy nos permite acompanhar um elenco de personagens, bons e maus, em uma jornada épica.
"Lua vermelha" é a história de Claire Forrester, uma jovem que vê seus pais serem mortos em nome da segurança nacional, e que logo, ela própria se torna uma das caçadas. É a história de Patrick Gamble, o único sobrevivente de um ato terrorista a bordo de um avião que nos mostra exatamente o quanto violentos os licanos (o que o autor chama seus lobisomens) pode ser. E é a história do Chase Williams, um presidente recém-eleito, que herda o pesadelo do levante licano, e promete reparar os danos feitos nos Estados Unidos.

O autor conduz este romance de forma incrível, sua capacidade revela-se de muitas maneiras diferentes - em uma narrativa de um futuro próximo onde a presença licana se sente como uma possibilidade, e não uma fantasia, no uso de seu conhecimento de tecnologia e de armas de fogo para nos educar como a violência e o desespero se desenrolam em um ritmo alarmante.

A violência é uma parte necessária deste livro, mas não é sensacionalista. As cenas de batalhas não são bonitas nem heróicas, mas trágicas, e é claramente evidente no remorso e sofrimento de seus personagens sobreviventes suportar.
De um modo geral eu gostei desse livro. Apesar da presença de lobisomens na história não há nenhum aspecto sobrenatural. Os lobisomens são mostrados como produtos de mutação e os licanos, como eles são chamados, tem que tomar uma bebida que controla seus instintos selvagens e isso os fazem sofrer discriminação e quando essa discriminação se intensifica, um grupo de resistência decide atacar. E assim o governo inicia uma caçada aos licanos.

A capa é simples, mas bonita. E o trabalho de diagramação, revisão e tradução estão ótimos.

"Lua vermelha" de Benjamin Percy é um livro interessante, com uma premissa fascinante e envolvente, com várias questões políticas e sociais que leva os leitores a uma viagem através da condição atual da sociedade. Recomendo.

site: http://www.lostgirlygirl.com/2014/01/resenha-298-lua-vermelha-benjamin-percy.html
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Lucas 17/01/2014

Alucinante e estarrecedor. Doce e chocante. Essas são umas das muitas palavras que podem servir para descrever o livro de Benjamim Percy. “Lua Vermelha” me conquistou desde o anúncio de seu lançamento, seja por sua capa emblemática ou pela sinopse convidativa.

“Lua Vermelha” é uma história sobre lobisomens, ops! Voltando e dando REC, é uma história sobre licanos. Vítimas de um vírus, o lobos, que provoca mutações genéticas e os transformam em lobos. E é numa sociedade dividida entre infectados e não infectados que o livro será ambientado. Eles podem ser sua namorada (o), seu vizinho (a), o carteiro, a garçonete de sua pizzaria favorita ou pode ser você.

Mas, como toda regra existe exceção, a uma parte dos licanos que são cruéis e te deixará com o estômago revirado com suas cenas nada convencionais. Tanta perversidade chamará atenção do governo que tentará a todo custo insurgir diante da República Lupina, onde lupinos inocentes terão que também pagar o preço pelas as atrocidades cometidas por seus irmãos lobos.

É nessa situação que a jovem Claire se encontra, depois de agentes do governo terem invadido sua casa e matado seus pais. Em fuga, refugia-se na casa de sua tia Miriam, porém, o que ela não sabe é que seu pesadelo estava apenas começando. Do outro lado, está Patrick Gamble que de uma hora para outra vira o menino prodígio, tudo porque ele sobreviveu a um ataque de lupinos quando estava dentro de um avião, indo passar um período de doze meses com sua mãe.

Benjamin Percy criou personagens carismáticos, resistentes e que estão em constante evolução. Personagens que se entrelaçam e conduz a narrativa de uma forma viciante e saborosa.

A narrativa em terceira pessoa tem uma estrutura quase poética e faz com que imaginemos a cena descrita imediatamente. Dessa forma a leitura transcorre com uma facilidade alucinante e sagaz.

Preenchido com diálogos inteligentes e com uma riqueza de detalhes que não se torna cansativo, você não para a leitura até chegar à página final. O livro traz um tema bastante recorrente no mundo atual – a exclusão social.

Percy fugiu dos estereótipos dos livros que vem sendo lançados atualmente e criou uma obra inovadora e prazerosa. “Lua Vermelha” me arrebatou de uma maneira sem igual e as expectativas estão lá em cima para o próximo livro e tudo indica que vai superar seu antecessor.

site: http://livrosecontos.blogspot.com.br/
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Jung Angel 17/01/2014

Resenha Lua Vermelha
O Livro contém três camadas de história, que vão se interligando conforme você vai avançando a leitura. Aqui em Lua Vermelha ficamos a par da história de Patrick Gamble, Chase Willians e Claire Forrester. Dentre as três a que menos me chamou atenção foi a de Chase, mas isso não significa que não gostei, pelo contrario, gostei sim, mas se for dividir com vocês dentre as três as que mais me agradaram tenho que contar que foram a de Patrick e Claire.

Pessoal vocês, vão ter que me perdoar, mas sabe aquele momento em que você termina um livro que fez vocês suspirar e soltar mil coraçõezinhos de amor por ele, e acaba que as palavras somem, para tentar explicar o quanto gostou dele, e quanto a história é boa? Bom eu me encontro assim sem palavras, elas resolveram fugirem de mim, e por assim não sei se consegui expressar tudo o que eu queria a respeito da leitura a não ser dizer que Ameiiiii Lua vermelha.

P.S: Se a resenha ainda não estiver online no blog, não se preocupem que logo será publicada. A resenha/opinião aqui no skoob é um resuminho da resenha completa que será ou já foi publicada no blog.

Acompanhe as resenhas/críticas completas no blog "Lendo com a Angel". Se puder siga e comente que ficarei muito feliz por sua companhia!

site: https://lendocomaangel.blogspot.com/
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Joshua 18/01/2014

Um épico de ficção de lobisomens, mas com um pé em assuntos terroristas.
Benjamin Percy se consagra um autor de respeito com sua obra Lua Vermelha, um épico de lobisomens que chega a extremos inimagináveis e que deixam os leitores aflitos. Com um enredo cheio de tensão e uma trama afiada, o autor não apenas utiliza a ficção como entretenimento, mas também para passar uma mensagem de alerta.


Na história, humanos e licanos - pessoas que podem se transformar em criaturas semelhantes a lobos - convivem em um mundo dividido entre os Estados Unidos e a República Lupina, que atualmente é invadida por tropas americanas e vive um clima de tensão. Os licanos que moram nos EUA sofrem preconceito e são repudiados pela maioria, e quando a Resistência, uma célula terrorista de licanos, inicia uma série de ataques extremistas contra a nação, significa o começo de uma disputa com interesses maiores e de morte. O jovem Patrick Gamble sobrevive a um dos atentados em um avião, e é o único a sair vivo e considerado pela imprensa um herói nacional: o Menino-Milagre; Claire Forrester presencia sua casa sendo invadida por agentes do governo, seus pais sendo mortos, e tudo o que consegue é fugir para bem longe e tentar encontrar um abrigo, mesmo sendo uma licana; o governador Chase Williams deseja o cargo de presidente dos EUA, e para isso, jura que irá proteger o país da ameaça licana, e com a intensificação de seu discurso a discriminação, ele se torna o principal alvo da Resistência. Esses e mais outros personagens se tornarão as principais peças de um jogo que está longe de terminar.

"O licano se move tão depressa que Patrick quase não consegue distingui-lo ou gravar uma imagem; sabe apenas que se parece com um homem, só que coberto por uma penugem cinza parecida com o pelo do gambá. Seus dentes cintilam. A espuma de um assento rasgado transborda para fora como uma tripa de banha. O sangue espirra e tinge as janelas do avião, pinga do teto. Às vezes a coisa está de quatro, outras vezes equilibrada nas patas traseiras. É corcunda. Tem a cara dominada por um focinho achatado e dentes compridos e afiados como dedos magros, o sorrido ossudo de uma caveira. E as patas, imensas, ornadas por longas unhas, estão avidamente esticadas e rasgam o ar. O rosto de uma mulher é arrancado feito uma máscara. O intestino é removido de um ventre. Um pescoço é devorado até o osso em um beijo apavorante. Um menininho é puxado e arremessado contra a parede, fazendo silenciar seus gritos."
Páginas 19

É difícil descrever tudo aquilo que Lua Vermelha é. O romance épico de Percy tem tantas facetas a serem exploradas, tornando-a uma obra sem precedentes a altura. Dividido em três partes, a cada etapa ultrapassada, o leitor se surpreende mais ainda, não só com as iniciativas dos personagens, mas também com a situação em si, que se mostra tão indelicada.

"A cabeça do cadáver está submersa e quase invisível na água vermelha turva. O Homem Alto põe o pé dentro da piscina, como se para testar a água, e cutuca o corpo. Ele flutua até a superfície e o rosto o encara, de boca aberta, qual um desenho a lápis borrado por dedos úmidos."
Página 144

Acredito que o livro não é apenas mais uma história de entretenimento na literatura, sem nenhuma mensagem nas entrelinhas, ou que possua uma trama batida. Benjamin se aproveita da ficção e da mitologia para falar ao leitor sobre atentados terroristas e sobre como a segurança nacional é falha. Não é nada paranoico como A Janela de Overton e suas teorias de conspiração, mas é o suficiente para deixar o leitor assustado e atento ao mesmo tempo. É claro que ainda se trata de uma ficção, mas a analogia feita por Percy não é algo tão distante do que pode acontecer hoje em dia.

"Continua tentando ver. Como se, pela simples força de vontade, pudesse desenvolver uma visão extrassensorial. O esforço faz suas órbitas arderem, parecendo inchadas de sangue. Claire ouve Puck dar uma risada seca feito um latido, mas é difícil situá-lo, pois o som reverbera nas paredes curvas e no teto cheio de arestas e se espalhas pelos muitos cômodos, buracos e corredores que penetram a escuridão ao redor.
Ela dá um grito ao escutar uma voz úmida e borbulhante de sangue bem a seu lado:
- Estou sentindo seu cheiro, belezoca."
Página 198/199

A escrita de Benjamin Percy é outro fator positivo. Sem muitos diálogos, ele consegue narrar a história com um pingo de terror psicológico, nos envolvendo de tal maneira na trama, que é impossível de resistir. Com descrições extensas, mas nada enfadonhas, o livro tem um ritmo bom, além de quando terminarmos um capítulo, querermos logo iniciar o próximo. O melhor de tudo, é que o autor também tem bastante conhecimento técnico sobre o que está escrevendo, não só na descrição de lugares e personagens ou fatos, mas também em explicações científicas e médicas, já que os licanos são frutos de um vírus - o lobos, uma espécie de príons - e Percy utiliza termos para acrescentar a narrativa, mas sem deixar o leitor aturdido com tantas informações. É até interessante esses conhecimentos.

"Patrick não espera ver o homem se transformar. Tira a pistola do cinto e o acerta no pescoço. O licano ergue a mão para conter o sangue que bombeia. Um jorro espirra por entre os dedos. Patrick volta a atirar, dessa vez no peito. O corpo do homem desaba embolado junto ao violão. Não é o primeiro de Patrick, nem vai ser o último. É assim que as coisas são agora."
Páginas 388

No geral, Lua Vermelha foi uma grata surpresa. Com personagens bem estruturados, antagonistas e anti-heróis apresentados em uma trama de arrepiar, é difícil um leitor não se agradar com a história - até o mais paranoico. Benjamin foi feliz em construir um enredo tão verossímil como esse, sendo cruel e bondoso com seus protagonistas, e acrescentando até um pouco de romance. Mas sinceramente, o epílogo é de revirar o estômago, e fica a pergunta se haverá uma continuação ou se o autor apenas deixou no ar uma ameaça...

"Claire deveria lhe dar um tiro. Sente-se instável da mesma forma que se sentiu minutos antes na beira do precipício, atraída para a borda. Caso se mova, pode morrer, mas ele também. Só que ela está vidrada no olhar dele e não consegue se mexer. De tão cinzentos, os olhos dele são quase pretos. Desprovidos de luz. Mas ela sabe que pouca coisa escapa àqueles olhos."
Página 418

Seria muito se eu pedisse pra vocês lerem Lua Vermelha agora?

"Uma noite dessas, provavelmente quando a lua estiver cheia, eles irão desligar as televisões, pousar os garfos ou parar de transar um instante, inclinar a cabeça intrigados, andar até a janela para olhar os próprios reflexos deformados e se perguntar o motivo dos uivos que cada vez mais enchem a noite."
Página 429

site: www.pensamentosdojoshua.blogspot.com
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Vânia 19/01/2014

O lado "vira vira" de todo ser humano
Há um abismo de diferença entre um livro sobrenatural escrito por um homem e por uma mulher. Ambos têm seus méritos, suas particularidades.
Enquanto em geral os livros femininos nos mostram as características e mudanças emocionais dos personagens ao longo da história (geralmente recheados com romances), os livros masculinos exploram o impacto que esses seres, suas buscas, angústias, prazeres, têm sobre os outros seres (humanos).

É exatamente isso que se percebe ao ler Lua Vermelha...

(continue a ler a resenha no link abaixo)


site: http://aborboletaquele.blogspot.com.br/2014/01/maratona-lua-cheia-benjamin-percy-lua.html
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Rosana 21/01/2014

Lua vermelha
Olá!

A resenha de hoje é de Lua vermelha, de Benjamin Percy.

Um livro sobre "lobisomens", sim. Mas nada a ver com o sobrenatural que vemos por aí.

Lua vermelha é bem interessante. Parte de uma premissa bem envolvente. Os humanos vivem junto aos licanos que são monitorados e usam uma droga suprime a mudança. O contágio é através de um vírus transmitido, semelhante ao HIV, ou seja, com transfusão de sangue, relações sexuais sem proteção etc, e não necessariamente pela mordida do licano.

Mas o interessante no livro é o paralelo que o autor faz com a política e acontecimentos da história norte-americana. Mostra como o ser humano trata o que é diferente, o preconceito em relação aos licanos, os conflitos, a guerra.

Como na vida real, sempre há um interesse "comercial" e de exploração. Eles vivem sob minas de urânio, razão pela qual há a presença militar

Os licanos têm vivido no mundo ao longo dos séculos. Eles tomam a droga para não se transformarem, passam por testes de sangue obrigatórios, os políticos querem os nomes e informações pessoais colocadas em um banco de dados , vivem em seus próprios bairros e têm oportunidades de emprego limitadas.

Um grupo de licanos, não gosta muito dessa "opressão socialmente aceita", e chamados de Resistência, resolvem se libertar desse jugo dos humanos , mas utilizando qualquer meio necessário.

E assim, cometem atentados terroristas, em aviões, onde licanos atacam e dizimam os passageiros de três aviões. E repercutem através da narrativa.

Em um dos aviões, por azar, está Patrick, pois seu pai foi servir o país e ele está indo morar com a mãe e acaba sendo o único sobrevivente dessa matança.

Enquanto isso, a família de Clare, que é licana, é capturada de dentro de sua casa, e ela, uma adolescente que há pouco tinha somente preocupações mundanas, como que faculdade escolher e redes sociais, agora está só, fugindo e tentando entender o que a mensagem de seu pai quer dizer. Ela não entende o que a pacata família poderia ter algo a ver com os atentados, nem nós leitores.

E ainda temos Chase, um político carismático, que faz o que quer, não é casado,bebe, se envolve com prostitutas, mas não esconde o que faz. Logo que acontece os atentados, seu assessor, o coloca na midia, e ele passa a discursar , com um preconceito escorrendo pelas palavras e prometendo acabar com toda essa confusão.

- Eu acho que está na hora de encurtar a guia, enrolar um jornal e dizer para o cachorro: não pode.

Há várias questões políticas e sociais aqui, e notamos semelhança com eventos passados e atuais da história.

O autor constrói bem as personagens e bem detalhista em relação as ações e locais. Ele faz um trabalho muito bom retratando os licanos ativistas e o governo, de forma balanceada, igualmente negativos. Há bem umas "alfinetadas". A mensagem certamente soa familiar e historicamente relevante.

E no meio dessa história toda de infectados ou não, está a história de homens e mulheres marcados pela crueldade e joguinhos de poder, lutando para sobreviver e como suas vidas são influenciadas pelas escolhas e luta entre os licanos da Resistência e os EUA. Dois adolescentes, Clare , a licana, Patrick, filho do soldado, e Chase, um político galgando seu caminho para presidência, usando os licanos.

Uma leitura que prende. Muito parecido com o retrato da nossa sociedade. Capa, diagramação, todo o projeto gráfico, agradáveis à leitura.

"Favor não copiar o texto. Caso faça isso, cite a fonte de onde tirou."

site: http://livrologos.com.br/2014/01/benjamin-percy-lua-vermelha/
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Raniere 28/01/2014

Terror e realidade unidos em um excelente livro
Hoje de madrugada, terminei de ler “Lua Vermelha” de Benjamin Percy, e o assunto deste livro é extenso. Sim, ele é um livro sobre lobisomens legítimos, mas não apenas sobre isso. Vamos falar um pouco da história (sem soltar spoilers, vou me ater apenas ao que está na orelha do livro), para depois analisá-la:
Na história, licanos existem há décadas, e, nos dias de hoje, há uma coexistência entre as espécies, com a condição de que os licanos tomem sempre um remédio chamado Volpexx, que é a base de nitrato de prata e inibe a transformação em lobo, e o contágio é feito através do sangue na gengiva (pela mordida), sexo, etc., como se fosse aids. Também há a República Licana, país que os EUA mantém o exército, com a desculpa de manter a paz e o uso do Volpexx, mas o real motivo são as reservas de urânio no país. E existe a Resistência Licana, um grupo extremista e terrorista, que é contra esta ocupação, assim como a obrigação ao Volpexx.
Na história, conhecemos Patrick, Claire e Chase. Patrick é um rapaz que, após o pai precisar ir para a guerra na Republicana Licana, embarca em um avião para ficar com a mãe e terminar os estudos. Só que o avião de Patrick é um dos 3 que sofrem atentados terroristas, e Patrick é a única pessoa a sair viva, e fica apelidado como “Menino-Milagre”.
Claire é uma licana que vê seus pais assassinados, após os atentados terroristas, e é diretamente envolvida na guerra, sem saber o por que (estas descobretas ficam para a leitura de vocês).
Chase é o governador de Oregon, que é candidato à Presidência. Ele é um anti-licanos e, após os atentados, toma medidas extremas contra os lobos e, como diz no verso do livro, acaba se tornando aquilo ao qual ele luta contra.
Pronto, a sinopse é esta!
Antes, quero dizer que Percy trata os lobisomens como eles merecem: Maus, animalescos, feios, fortes e comem pessoas! Mas Percy foi além! Na história, mostra-se a forte alusão ao racismo e xenofobismo que acontece nos EUA, principalmente após os atentados do 11 de setembro. Também há a alusão sobre a ocupação do exército americano no Oriente Médio. Percy consegue unir assuntos políticos com o terror clássico dos lobisomens, e criando assim uma história eletrizante.
Vou dizer para vocês: comecei a ler e fui até a página 52 (sim, ainda lembro), e a pancadaria já estava comendo solta! Isso é lindo! LINDO!
Desde o começo, Percy prende o leitor com o enredo do livro e as histórias particulares de cada personagem que, em si, já são muito envolventes. Este livro não recebe apenas uma nota 5 (de 1 a 5) de mim, como também entrou na lista dos meus livros preferidos, onde se encontram Stephen King e Neil Gaiman. Altamente recomendado!


site: https://www.facebook.com/EncontrosLiterariosRJ
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tiagoodesouza 05/02/2014

Lua Vermelha | @blogocapitulo
O mundo criado por Benjamin é baseado na premissa de uma sociedade em que homens e licanos têm de conviver juntos. Durante toda a história da humanidade, os registros sobre os primeiros licanos podem ser encontrados. Mesmo assim, a sociedade ainda tem o preconceito sobre o que é diferente. Imagina que você precisa colocar na sua identidade aquilo que te diferencia de outra pessoa apenas porque elas não são capazes de lidar com a própria ignorância.

~A história~

"(...) Seu pai o está abandonando, largando o emprego na cervejaria e indo embora lutar em uma guerra, pois sua unidade foi ativada. E Patrick está abandonando o pai, a Califórnia, os amigos, o colégio, deixando para trás tudo o que definia sua vida, tudo o que fazia ser ele."
Página 17.

O livro começa com Patrick Gamble se preparando para ir ao aeroporto com o pai. Ele vai morar com a mãe no Oregon e há um certo conflito de interesse nesta decisão. Ele não quer ir, mas é forçado por conta do trabalho do pai. Então, acompanhamos a tensão de um homem pronto para embarcar no mesmo avião que Patrick. Ele teme que a segurança o pare e arruíne seus planos para dali a alguns minutos, quando o avião estiver no ar.

O homem misterioso é, na verdade, um licano. Uma ser que fica entre o humano comum e o lobo. Ele faz um massacre no avião em pleno ar; e as descrições de algumas mortes são bem cruas, com direito a intestinos removidos e rostos arrancados.

Claire é uma garota com desejos normais de qualquer garota. Quer ir para uma universidade que não fique muito longe de casa e na qual consiga conviver com pessoas comuns, diferentemente das que fazem parte de seu ciclo social. No entanto, as notícias dos atentados a aviões provocados por licanos gera uma ameaça direta para sua família e o pai dela lhe entrega um misterioso envelope momentos antes que algo muito ruim aconteça, forçando Claire a fugir de casa.

Para tentar acalmar a população, o governador Chase Williams promete proteger a população com um plano segregacionista se for eleito presidente do país. O que começou com uma fagulha está a ponto de explodir em chamas.

~Desenvolvimento e narrativa~

O desenvolvimento do livro no começo é um pouco lento, embora sempre esteja acontecendo alguma coisa para mover a história. Então, ele vai crescendo até chegar num ritmo mais acelerado, constante. A princípio, eu fiquei um pouco confuso na hora de me localizar no tempo da história. Demora um pouco para o autor nos contar que no mundo atual as pessoas precisam aprender a viver com as diferenças ocasionadas por conta de um agente infeccioso que afetou várias pessoas ao redor do planeta e fez com que as nações revessem suas políticas humanitárias.

Olhando de forma holística, a situação apresentada por Benjamin chegou a me lembrar um pouco a que encontramos em Ensaio sobre a cegueira, com pessoas que não têm culpa desse algo que aconteceu a elas e são praticamente forçadas a viverem de forma segregada porque a ignorância das pessoas comuns sobre os licanos muitas vezes as assusta. Existe um conflito de interesse, porque uma parcela dos licanos é contra a ocupação americana aos territórios da República Lupina para exploração das jazidas de urânio.

A narrativa em terceira pessoa no presente explora o ponto de vista de vários personagens. Benjamin tem uma preocupação de apresentar alguns deles e, na próxima página, matá-los. Não dá para saber quem vai estar vivo no final do livro. Então, é bom preparar o coração. Eu gosto muito quando os autores têm essa ousadia, essa despreocupação sobre o que vão pensar dessa veia assassina que eles carregam. Não há uma morte forçada ou apelativa, as pessoas morrem sempre por algum motivo. Uma das minhas personagens preferidas é a Miriam, uma mulher de 40 anos que vive reclusa num chalé em constante estado de alerta por conta de um passado nada agradável.

~Concluindo~

Eu recomendo muito a leitura desse livro para quem procura uma história sobre lobos bem diferente de tudo o que já foi publicado por aí. Os licanos de Benjamin não possuem relação com os metamorfos de Crepúsculo, por exemplo. Eles não vivem escondidos num canto qualquer, todos sabem de sua existência. Se vocês gostam de analisar metáforas, se gostam de fazer analogias com o mundo fora dos livros, é também um prato cheio.

"É mais fácil não pensar no futuro, mais fácil pensar que não há nada escrito na palma de sua mão. O futuro é uma emboscada. É ausência."
Página 56.

site: http://ocapitulodolivro.blogspot.com.br/2014/01/resenha-lua-vermelha.html
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Alineprates 06/02/2014

Eu sempre gostei de histórias de lobos/ lobisomens, principalmente quando são mais voltados para horror do que para o romance.
Assim que a Arqueiro anunciou que lançaria esse título fiquei com vontade de ler e depois que li o King elogiando o livro, enlouqueci, afinal ser elogiado por Stephen King não é pouca coisa.

O mundo está dividido entre licanos e humanos. Os licanos são considerados uma ameaça e se quiserem fazer parte da sociedade devem se cadastrar e usa um remédio, Volpexx, que controla essa transformação, porém deixa a pessoa/licano extremamente dopado. Existem cotas para licanos em universidades e os licanos são proibidos de muitas coisas, chega um momento em que eles não podem andar de avião. Porém se um licano não se cadastra não há como saber se ele é ou não licano, mas caso seja descoberto será considerado uma ameaça e exterminado pelo governo.

Existe um grupo de licanos que é revolucionário, eles querem direitos iguais e não querem serem obrigados a tomar o Volpexx, porém eles são extremistas e conforme o governo não sede as reivindicações eles se rebelam, elaboram ataques e atentados, tornando tudo um caos.

O livro é cheio de ação, sadismo, mortes violentas e de certa forma é uma metáfora de como a sociedade descrimina as minorias e de como o ser humano age quando se sente ameaçado.
Esse livro é genial, existe toda uma teoria de como esse vírus surgiu e como o governo está lidando com isso. Mostra a revolta dos licanos e também o medo da população, o autor quis expor os dois lados da moeda, é impossível não ficar vidrado em cada página.

Os personagens também são maravilhosos, muito bem caraterizados, cada um tem sua guerra interna.

A narrativa é em terceira pessoa, mas alternando a vida de cada personagem, o leitor acompanha Claire, Patrick, Miriam e Chase e sabemos que em algum momento seus caminhos vão se cruzar.

Um livro incrível e surpreendente, o autor conseguiu inovar no tema e presentear os fãs do horror e Literatura Fantástica com uma obra-prima, digno de se tornar um filme Lua Vermelha mal vai te deixar respirar.

site: http://alinenerd.blogspot.com.br
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