Lua Vermelha

Lua Vermelha Benjamin Percy




Resenhas - Lua Vermelha


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Blog MDL 02/01/2015

Os licanos existem desde os primeiros relatos da história. São pessoas infectadas com um agente que ataca o cérebro e são capazes de se transformar em lobos. Dentre essas pessoas, existe um grupo extremista intitulado Resistência, que lançou ataques terroristas contra o governo exigindo mudanças. Dentre esses ataques está uma série de atentados a aviões, onde em um deles Patrick Gamble sai como o único sobrevivente e é eleito pelo país como o Menino-Milagre.

Como retaliação a esses ataques, o governo entra numa caçada aos licanos em que os pais de Clair Forrester são mortos. No entanto, ela consegue fugir se transformando e vai morar com a tia. Devido a exaltação da população que exigia medidas mais duras, o governador Chase Williams se sente pressionado e, mesmo assim, resolve tirar vantagem da situação jurando que se for eleito presidente protegerá o país da ameaça que aterroriza a todos os cidadãos americanos. Mas para seu infortúnio, ele acaba se tornando em algo que antes era seu maior alvo.

Em “Lua Vermelha”, o que poderia ser mais uma típica história de lobisomens, acaba se tornando algo bem mais complexo, onde essas criaturas míticas são seres humanos e o que deveria ser aterrorizador, é citado como uma doença incurável. Sem abandonar os elementos clássicos das histórias de lobisomens, Benjamin Percy trás para nós um modo de inclusão dos personagens, onde todos vivem de modo comum e aqueles que têm os genes de lobo têm de superar preconceitos e aceitação dos demais.

Trazendo um cenário político muito forte para o seu enredo. Vemos que se por um lado alguns estão tentando impor leis para que os licanos sejam exterminados, alegando que eles não são humanos e que a sociedade não poderá viver em, já que os humanos vivem com medo de que sejam atacados. Por outro, vemos uma parcela de pessoas que querem ser respeitados como iguais, que exigem ter os mesmos direitos e que pedem para que esse medo de pessoas infectadas acabe.

Os personagens de Benjamin Percy têm uma personalidade muito forte, e olhe que são muitos! Além disso, uma das coisas mais impressionantes de sua história é a riqueza de detalhes que ele transmite através de sua escrita. O modo como Percy descreve como os genes são e as conseqüências de ter essa modificação genética são incríveis. Você sente como se fizesse parte daquela realidade, entende o modo como a vida se passa. É uma escrita realmente envolvente.

Existem tantos conflitos envolvendo os personagens que eu acabei por ficar confusa diante de tantos acontecimentos, mesmo eles sendo mostrado de vários ângulos, sendo narrados por vários personagens. Mas é claro que isso não compromete nenhum pouco a qualidade da leitura, pois a abordagem, como eu já havia dito antes, nos coloca dentro da história.

Embora seu final tenha deixado tantas perguntas no ar, foi justamente esse o ponto que deixou a minha curiosidade ativa por mais tempo que deveria. Será que Percy escreverá outro livro para dar continuidade a essa grande e emocionante história? Espero que sim. Em suma, espero que todos que forem se aventurar por essas páginas aproveitem a leitura e embarque nesse mundo apocalíptico sensacional que é “Lua Vermelha”.

site: http://www.mundodoslivros.com/2014/12/resenha-lua-vermelha-por-benjamin-percy.html
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Ana Brison 02/05/2021

?
O livro é dividido em três partes e gira em torno da turbulenta convivência entre seres humanos "saudáveis" e os contaminados por príons que os torna capazes de se transformar em lobos, assumindo uma postura bastante selvagem e na maioria das vezes incontrolável.

Como bem sabemos, a grande maioria dos grupo possuem pessoas radicais que desvirtuam a causa defendida de forma civilizada e branda pela qual a grande maioria, contudo, os radicais assumiram seu posto ativo e levaram o caos absoluto aos EUA.

Embora confusa e com muitos personagens, o autor possui a facilidadede entrelaçar as particularidades de cada uma fazendo tudo ganhar sentido.

A história é rica em detalhes e sem dúvida seria um bom filme, acredito que superando até mesmo o livro, mas sem dúvida merecia um final um pouco melhor, mais à altura do desenvolvido até ali.
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Jessie / @livrosmeusmimos 23/09/2017

Esperava mais.
Aqui estou com mais uma resenha, mas diferentemente das anteriores, escrevo essa com uma grande dor no peito. Isso porque eu tinha tantas esperanças de gostar deste livro, foram tantas expectativas, eu me esforcei ao máximo na tentativa de adorar esta leitura, mas infelizmente até a última página isso não aconteceu.

Acredito que esse era um dos livros que estava a mais tempo na minha lista de desejados e quando eu finalmente o adquiri pense: " É agora, vou me apaixonar, essa leitura vai ser INCRÍVEL!!! ".

Mas não foi, na verdade foi uma tortura, a impressão que dava era que o autor só tinha a sinopse e não sabia como conduzir a história, e foi enrolando o leitor o tempo inteiro, quando a história dava uma melhorada voltávamos a estaca zero. E que tortura que foi...

Pelas resenhas que li antes de iniciar a leitura, imagino que sou a única pessoa que não gostou ou melhor que se decepcionou com ele.

O livro tinha elementos para prender o leitor a cada palavra, suspense, romance, fantasia e lobisomens. Mas o universo criado pelo autor foi triste, sombrio, e sem emoção. Algumas partes duravam mais que o necessário.

O livro conta a história de Claire uma licana que acaba de perder os pais, Patrick é o único sobrevivente de um ataque de licanos (uma revolução) e Chase o candidato a presidente que quer acabar com todos os licanos existente.

As três histórias se interligam no final, mas na minha opinião demorou muito tempo para acontecer, sem falar que o livro parece ser muito maior do que na realidade é.

Até as primeiras 50 ou 60 páginas é interessante mas a partir daí, tudo acaba. Lógico que alguns momento são bons mas eles são tão raros que não salvam o livro inteiro.

Adiós amigos, até a próxima resenha.

Que ela não seja tão dolorosa quanto essa...

site: https://livrosmeusmimos.blogspot.com.br/2017/09/lua-vermelha-de-benjamim-percy.html
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Bia 24/08/2021

Não sei se eu rio ou se eu choro
Essa foi a terceira vez que eu tento ler esse livro e consigo terminar, finalmente! A leitura não te prende muito, particularmente a mim não prendeu, e no fim ficou sem sentido algumas coisas(talvez eu seja muito lerda para ler esse livro).
Talvez você goste, ou talvez não. Na dúvida de uma chance para esse livro, talvez ele te surpreenda.
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Dud 08/11/2020

O livro é bem extenso e explicativo, porém não me prendeu totalmente, algumas partes são realmente entediantes, mas gostei mesmo do capítulo 1 e 7, são mais interessantes, emocionantes, digamos...
O livro é bom, para quem gosta de um estilo suspense, não sei se é bem um suspense, mas ok.
Tive um leve bug mental com a palavra "licano", sim, eu li "pelicano" retirando isso é a vida, se eu pudesse dar uma nota de 0 à 10 daria um 6.
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Felipe Miranda 24/11/2013

Maravilhoso!
Diferente de todas as minhas experiências literárias, Benjamin Percy ganhou um lugar especial na minha estante. O lugar onde ficam os livros que ganharão sequências e que, além de estar feliz por isso, mal posso esperar para lê-las.

Patrick Gamble está abandonando tudo que o faz sentir-se alguém, a Califórnia, os amigos, o colégio, o pai, e está indo passar doze meses com sua mãe, com qual não cultiva nenhuma espécie de intimidade, ela é uma estranha e sua nova cama confortável como um caixão. Seu pai fora convocado para uma missão de doze meses, sua unidade fora reativada e ele irá lutar em uma guerra. Uma guerra contra os licanos.

Posso comparar os licanos a lobisomens, mas prefiro que o preconceito não invadam suas mentes, esse livro reforçou a ideia de que nem todos os livros que envolvam lobos são toscos, previsíveis, ou que não há nada novo a ser explorado a respeito. Essa era minha opinião sobre, e estou feliz em afirmar que foi devidamente lapidada. Os licanos são resultado de uma espécie de vírus, o lobos, que provoca mutações genéticas anormais nos infectados. A estória é ambientada em uma realidade onde licanos e seres humanos convivem em parcial harmonia, os licanos registrados são obrigados a tomarem um coquetel químico que controla as transformações e contém os impulsos selvagens sob controle. Muitos veem isso como uma negação de sí mesmos, como é de se esperar, eles não são vistos com bons olhos e o preconceito cresce cada vez mais, quando a descriminação se torna insuportável, e emendas que reconhecem o lobos como uma ameaça a segurança pública e a saúde, entre outras reduções de direitos básicos, uma guerra explode e a lua será banhada a sangue.

“A máquina da morte. Patrick não sabe ao certo o que o sargento quis dizer com isso. Se estava se referindo aos Fuzileiros Navais ou ás Forças Armadas. Á base ou á República. Ou quem sabe a vida. Talvez a máquina da morte fosse a vida, um grande pesadelo de engrenagens potentes e dentes cortantes como os de uma serra elétrica que nunca para de destroçar corpos.” Trecho da página 229

Claire cursa o último ano do ensino médio e planeja uma fuga de tudo que constitui a sua vida, ela anseia por algo mais, por qualquer aventura que ela sabe que jamais encontrará na aldeia fria e cercada de árvores em que vive. Ela é uma licana e acaba de conseguir a fuga que tanto quis, sua casa foi invadida e seus pais foram mortos. Ela escapou por pouco e precisa encontrar uma forma de sobreviver pois está sendo caçada. Furgões blindados e sedãs pretos com placa do governo rondam as ruas com faróis apagados. O motivo? Uma célula terrorista de licanos foi considerada responsável por uma série de atentados a aviões de todo o país. Agora, todo e qualquer licano pagará por uma parcela de rebeldes sem controle. Centenas de pessoas foram mortas e o presidente garantiu reação rápida e severa. Patrick Gamble estava no voo e sobreviveu, não por ter sido corajoso e enfrentado o licano responsável pelo massacre, mas por que escondera-se debaixo de um cadáver e se fingira de morto. Isso não é algo para ser narrado e revivido, é algo para se esquecer, mas não será tão simples assim quando se é conhecido como o Menino Milagre, o voo 373 jamais sairá de sua mente.

“De repente tudo parece se resumir ao número dois: os dois dedos, os dois vídeos, os dois nomes pelos quais ela é conhecida, o sol e a lua, os infectados e os não infectados, os Estados Unidos e a República, o presidente e seu adversário, Matthew e Patrick, Reprobus e Miriam. Claire sente que está partida ao meio – o mundo inteiro está.” Trecho da página 313

O governador Chase Williams é um livro aberto, ele frequenta boates de striptease, atira pipocas em partidas de basquete e anda depressa demais em seu barco com duas loiras de biquíni sempre a postos. Os jornalistas o amam e ele não liga, não se importa, ele é independente e isso o faz gente da gente, ele é adorado por todos e seu mandato é considerado estável até que ataques licanos se tornam frequentes e atitudes pedem para serem tomadas. A promessa de uma vacina é cobrada intensamente pela imprensa. A guerra pode ser um ponto negativo para seu mandato, ele contará com o auxílio de Augustus ou Búfalo, para manter tudo sob controle. O que ele não esperava é ser atacado e infectado por um licano e tornar-se aquilo que tanto se empenha para dizimar. Chase funciona como o típico personagem que de tanto ser “errado” acaba sendo o personagem mais certo na estória, o trunfo.

Claire descobrirá que manter-se viva na atual situação pode ser mais difícil do que parece, sua tia, Miriam, pode ser a provável segurança garantida mas ela tem seus próprios problemas. Patrick conhecerá a fundo o ódio que as pessoas nutrem pelos licanos e como é difícil resistir a uma bela garota, confiar em qualquer pessoa, decepcionar-se e sofrer as consequências de seus atos mesmo que passivos. Os caminhos de ambos se cruzarão durante toda a narrativa, em terceira pessoa, que é dividida em três partes, uma melhor que a outra, isso posso garantir. A escrita de Percy tem um quê sombrio e nostálgico que vicia, te enlaça e transmite exatamente o clima que uma guerra deve ter. Que cada passagem deve ter. É um enredo que cresce surpreendentemente a cada capítulo, repleto de diálogos inteligentes e situações inesperadas. Personagens como Miriam, que me ganhou completamente durante cada segundo de sua narrativa e me fez torcer por uma reviravolta, Sra. Strawhacker, com suas previsões a respeito do futuro que são um tanto assustadoras, Reprobus, com seus discursos inflamados , Jeremy Saber, com sua coragem, e Puck com seu caráter escroto e atitudes repugnantes, são personagens que deram um toque especial ao enredo, deram sustância, pilares fortes que mantiveram a estória firme.


O governo planeja a ocupação da República Lupina, a Resistência comandada por Balor, planeja cada vez mais atos terroristas para ter nas mãos o sistema que os oprime, e um Território Fantasma está cada vez mais real. Os licanos inocentes, não envolvidos na guerra são prejudicados da mesma forma e as torturas que acontecem sem o conhecimento das massas são inumanas, para ambas as partes envolvidas... A possibilidade de uma vacina está cada vez mais próxima mas um atentado pode interferir em qualquer rumo que as coisas estivessem tomando, assim como a identidade licana secreta do governador do estado. O desfecho é torturante, como o leitor pode aguentar pelo lançamento da sequência? É o cúmulo da injustiça. Lua Vermelha é maravilhoso.

Leia a resenha no Omd> http://www.ohmydogestolcombigods.com/2013/11/resenha-lua-vermelha-benjamin-percy.html
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Sibele Brito 09/07/2020

Ficção científica, sobrenatural, lobisomens, um vírus mortal e uma sociedade em caos.
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Lucas 17/01/2014

Alucinante e estarrecedor. Doce e chocante. Essas são umas das muitas palavras que podem servir para descrever o livro de Benjamim Percy. “Lua Vermelha” me conquistou desde o anúncio de seu lançamento, seja por sua capa emblemática ou pela sinopse convidativa.

“Lua Vermelha” é uma história sobre lobisomens, ops! Voltando e dando REC, é uma história sobre licanos. Vítimas de um vírus, o lobos, que provoca mutações genéticas e os transformam em lobos. E é numa sociedade dividida entre infectados e não infectados que o livro será ambientado. Eles podem ser sua namorada (o), seu vizinho (a), o carteiro, a garçonete de sua pizzaria favorita ou pode ser você.

Mas, como toda regra existe exceção, a uma parte dos licanos que são cruéis e te deixará com o estômago revirado com suas cenas nada convencionais. Tanta perversidade chamará atenção do governo que tentará a todo custo insurgir diante da República Lupina, onde lupinos inocentes terão que também pagar o preço pelas as atrocidades cometidas por seus irmãos lobos.

É nessa situação que a jovem Claire se encontra, depois de agentes do governo terem invadido sua casa e matado seus pais. Em fuga, refugia-se na casa de sua tia Miriam, porém, o que ela não sabe é que seu pesadelo estava apenas começando. Do outro lado, está Patrick Gamble que de uma hora para outra vira o menino prodígio, tudo porque ele sobreviveu a um ataque de lupinos quando estava dentro de um avião, indo passar um período de doze meses com sua mãe.

Benjamin Percy criou personagens carismáticos, resistentes e que estão em constante evolução. Personagens que se entrelaçam e conduz a narrativa de uma forma viciante e saborosa.

A narrativa em terceira pessoa tem uma estrutura quase poética e faz com que imaginemos a cena descrita imediatamente. Dessa forma a leitura transcorre com uma facilidade alucinante e sagaz.

Preenchido com diálogos inteligentes e com uma riqueza de detalhes que não se torna cansativo, você não para a leitura até chegar à página final. O livro traz um tema bastante recorrente no mundo atual – a exclusão social.

Percy fugiu dos estereótipos dos livros que vem sendo lançados atualmente e criou uma obra inovadora e prazerosa. “Lua Vermelha” me arrebatou de uma maneira sem igual e as expectativas estão lá em cima para o próximo livro e tudo indica que vai superar seu antecessor.

site: http://livrosecontos.blogspot.com.br/
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Tainara 01/11/2022

Bagunçado e surpreendente
O livro se arrasta próximo do final, mas vale a insistência

Percy tem realmente uma forma bagunçada de prosseguir a história, em minha opinião, do meio pro final o desenvolvimento foi arrastado e penoso, mas o gancho do final foi incrível e me encontro curiosa e querendo muito uma parte dois.
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Lais Ribeiro 01/04/2014

Os dois lados de uma mesma moeda
Num primeiro momento diria que Lua vermelha não tem um enredo que me atrai, basicamente fujo de livros sobrenaturais, com vampiros, lobisomens, esses seres sobrenaturais não me são toleráveis (acredito que só se salvem os fantasmas, ironia da vida eles já estarem mortos...). Enfim, a vontade de ler Lua Vermelha surgiu por meio de uma indicação que acabou por me fornecer:

Um segundo momento, que aconteceu depois de ter lido o livro e confesso que minha primeira impressão estava um tanto errada.

Não temos lobisomens, temos licanos (acredite, é diferente) que tem características que lembram (modo de contágio, mordida e hereditariedade, por exemplo) os lupinos. Ou seja, esqueça a questão sobrenatural. O que temos é uma questão bem ao estilo direitos humanos, uma questão de raças. Temos os licanos (infectados pelo lobos, que lhes dá a possibilidade de se transformarem em algo semelhante aos lobisomens, que faz com que as pessoas liberem seu animal (lobo) interior) e os não infectados, que constituem o grupo dominante.Dois lados de uma mesma moeda. Quem é licano tem que se submeter aos remédios e a um governo que limita seus direitos. Alguns licanos se cansaram de ser limitados e decidiram agir por meio de violência. Violência extrema. É então que começa a batalha pra saber qual grupo sairá vencedor, e cada lado tem seu trunfo.

A violência é o que define a humanidade, é ela que determina manchetes, decide eleições e estabelece fronteiras; o mundo inteiro se reduz à questão de quem bate em quem com mais força. Página 322.

Bem, eu não estava errada no fato de que o livro não me atrairia. Apesar de um plot bombástico, a impressão que me ficou ao final da leitura foi de que o enredo não evoluiu. A narrativa é estruturada com muita narração, em alguns momentos não fica clara a passagem de tempo, os personagens não são favoritáveis, eu particularmente não torci por ninguém.

Continuação? Talvez sim, talvez não, não consegui informações a respeito. Se eu quero uma continuação? Não, obrigado, já superei o final.

Concluindo: Acho que um filme será melhor. Bem melhor.
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@APassional 03/12/2013

Lua Vermelha * Resenha por: Rosem Ferr * Arquivo Passional
Projetando Ficção na realidade ou Realidade na Ficção?
Um mergulho na natureza humana ou melhor seria dizer:
Desabrochando o animal interior?

Os licanos de Percy não são nada fofos, nem tem a maquiagem romântica das infinitas sagas sobrenaturais da atualidade, quem assistiu a trilogia “Anjos da Noite” pode ter um perfil dos guerreiros da resistência licana que enfrentam humanos sob o pretenso intuito de conquistar direitos políticos e sociais, entretanto manobras de poder estão por baixo das lideranças, tanto licanas como humanas.

Todo licano é humano e todo humano é licano. Serão Prions – elementos genéticos ativados – que irão determinar a liberação de impulsos selvagens, ardilosos, ambiciosos, letais... Será? É o que diz o manual de Neal Desai.

Em um mundo que relembra a Guerra da Secessão americana, questões de poder envolverão luta racial, domínio sobre a energia e tecnologia, mutações, experiências genéticas de microbiologia, os bastidores da política, terrorismo, e a desintegração brutal dos E.U.A.

Uma leitura para estômagos fortes hehehehehehe,
se tiver nojinho hummmmm!

São 66 capítulos entrecortados em pequenos trechos, saltitantes entre personagens de maior ou menor importância, que às vezes irão apenas situar uma localização ou demonstrar algum tipo de violência, aliás neste ponto a trama é total gore, muito sangue e descrições bemmmm sinistras.

A narração em 3ª pessoa, é rica em detalhes quanto ao cenário dos fatos, mas principalmente na construção das personagens Patrick e Claire que desenvolvem-se no decorrer do enredo, amadurecendo diante de nossos olhos, suas convicções irão desenhar-se conforme são expostos a uma gama de fatos que delinearão suas personalidades de adultos na parte 3 da trama.

O desenvolvimento de Chase é em reverso, bipolar e surpreendente. O autor encontra em Chase inúmeras facetas que lhe dão oportunidade para construí-lo e desconstruí-lo como persona, em um contexto que surpreende pela habilidade no uso das possibilidades que o autor oferece a esse anti-herói, aliás, o universo de Percy é mesmo a terra dos anti-heróis, é a vida como ela é, em períodos de guerra, dura e cruel, ninguém será bonzinho nesta trama.

Com vilões de arrepiar de tão perversos, o clima vai ficando cada vez maiiiiis tennnnnnnnsooooo, pois vocês nem sonham do que esses caras são capazes, o cruel Puck, o dissimulado Búfalo, e os psicóticos Max e o “Homem Alto”, ou seja cada protagonista tem seu vilão particular e juro que não queria estar no lugar de nenhum deles, affffff!

A verossimilhança com o mundo real torna a trama cada vez mais assustadora, no que refere-se a minorias marginalizadas, exclusão racial e social, manifestações que germinam numa revolta de consequências bizarras e, tão mais assustadora quando refletimos o quão próximo disto podemos estar. O terror encontra-se na periferia da realidade, Percy fricciona o que pode estar acontecendo neste exato momento, afinal o EUA encontram-se em um momento crítico de pressão popular muito similar ao enredo de Lua Vermelha, só mudam os atores mas a peça encenada... hummmm!

Uma trama que vai sendo construída aos poucos, inserindo personagem a personagem, é como uma música, senti uma estrutura de trilogia até a parte 2, no entanto na parte 3 o autor parece querer correr para fechar todos os pontos em suspensão e finalizar, masssss... deixa dois rabinhos em relação a dois coadjuvantes de peso: Miriam e Puck, levando-nos a crer que Lua Vermelha é um prelúdio... Embora não haja nenhuma previsão de continuação, espero que Benjamin Percy nos ofereça outras Luas, hehehehehe, Eu quero!

Mais uma vez a Arqueiro nos surpreende com um lançamento quase simultâneo EUA/Brasil, colocando-se na ponta quanto à satisfação dos leitores mais antenados, I love it!

Atualíssimo, original, inovador, impressionante.
Me instigou a várias reflexões sobre a realidade.
E o bom livro é o que te tira do lugar comum, ou não?

Excelente leitura!
Beijos Licanos...
Rosem Ferr:.

Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 02/12/2013.

site: http://www.arquivopassional.com/2013/12/resenha-lua-vermelha-benjamin-percy.html
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Fun's Hunter 14/01/2014

Lua Vermelha
Patrick irá passar uma temporada na casa de sua mãe. Quando entra no avião não imagina que viverá um dos piores dias da sua vida. Tudo faz parte de um plano da Resistência Lupina, uma plano onde ninguém deverá sair vivo.
Ao contrário do esperada, Patrick se torna o único sobrevivente do ataque, ele se torna o Menino-Milagre.
Claire e sua família estão infectados pelo príon (agente infeccioso) lobos (Sim, neste livro os licanos são pessoas doentes!) e, sem saber, este será o último dia que verá seus pais com vida. Após os ataques da Resistência, possiveis aliados são mortos ou presos. Ela consegue fugir, mas viver não será assim tão fácil.
O governador Chase Willians é um homem polêmico! Não nega nada do que faz... Os jornalistas estão sempre de olho, fotografando suas "diversões" particulares.
O que esses três personagens possuem em comum? Tudo! Os acontecimentos farão seus caminhos cruzarem de uma maneira que nunca imaginaram.

Ela se transformou poucas vezes. Não por ser proibido, não porque poderia ser presa, mas porque não gosta de como isso a faz se sentir. Tão grotescamente alterada.
Página 28

Passar pela transformação é algo totalmente proibido, as pessoas infectadas devem fazer uso de um remédio para auxilio no controle e não transformação. O volpexx causa alguns sintomas colaterais e , por este motivo, muito licanos não o utilizam, eles conseguem falsificar o exame de sangue mensal que devem apresentar.
Para alguns a transformação é libertador, é aceitar o que realmente é!

Lembre-se de que o fato de você ser licano não quer dizer que seja um monstro. Nunca se esqueça disso.
Página 98

Outros personagens nos são apresentados, alguns importantes outros apenas para morrer. O autor é desses que não sente pena ao eliminar determinado personagem, quando você imagina que tudo dará certo... Alguém acaba morrendo!

Lua Vermelha não é nada como o imaginei! A história é dividida em 3 partes, com acontecimentos relevantes ao desfecho da obra. Tudo é descrito de uma forma detalhada, o que te faz imaginar estar naquele mesmo local, mas sem se tornar algo cansativo ou monótono.
A Resistência Lupina é capaz de muitas coisas contra o atual governo, os ataques são extremos e não importa quantas vidas serão tiradas.
A ideia sobre o lobos é o grande diferencial de qualquer obra que trate sobre lobisomens. Os infectados levam uma vida normal entre os demais habitantes, somente os médicos e farmacêuticos tem acesso aos dados e sabem quem possui o príon. Existem pessoas que são totalmente contra isso, querem que todos sejam identificados!

Ela sorri. Por um segundo apenas. Seu rosto se contrai de felicidade. Não é uma expressão fácil e parece não se encaixar consigo mesma e com o horror das circunstâncias. Mas ela não consegue se conter. No fim das contas, vai conseguir. Vai viver.
Página 415

Eu gostei mais da outra capa quando a editora colocou em votação pelas redes sociais, achei essa um pouco esquisita. Como de costume da Arqueiro, o tamanho da fonte é reduzido, mas o espaçamento utilizado não deixa você se perder entre as linhas.
Me surpreendi muito com essa história, algo tão inovador e bem elaborado. O final deixa qualquer um com um gostinho de quero mais!


site: http://www.funshunter.com/2014/01/ResenhaLuaVermelha.html
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barbaramagalhaesr 24/11/2022

Cara, de início eu não dava NADA nesse livro mas depois de uns 3 dias lendo, ele me pegou demais! Muito muito muito bom mas o final tããão apressado, podia ter trabalhado melhor ou lançado a parte dois. Eu leria com certeza hehehe
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Raniere 28/01/2014

Terror e realidade unidos em um excelente livro
Hoje de madrugada, terminei de ler “Lua Vermelha” de Benjamin Percy, e o assunto deste livro é extenso. Sim, ele é um livro sobre lobisomens legítimos, mas não apenas sobre isso. Vamos falar um pouco da história (sem soltar spoilers, vou me ater apenas ao que está na orelha do livro), para depois analisá-la:
Na história, licanos existem há décadas, e, nos dias de hoje, há uma coexistência entre as espécies, com a condição de que os licanos tomem sempre um remédio chamado Volpexx, que é a base de nitrato de prata e inibe a transformação em lobo, e o contágio é feito através do sangue na gengiva (pela mordida), sexo, etc., como se fosse aids. Também há a República Licana, país que os EUA mantém o exército, com a desculpa de manter a paz e o uso do Volpexx, mas o real motivo são as reservas de urânio no país. E existe a Resistência Licana, um grupo extremista e terrorista, que é contra esta ocupação, assim como a obrigação ao Volpexx.
Na história, conhecemos Patrick, Claire e Chase. Patrick é um rapaz que, após o pai precisar ir para a guerra na Republicana Licana, embarca em um avião para ficar com a mãe e terminar os estudos. Só que o avião de Patrick é um dos 3 que sofrem atentados terroristas, e Patrick é a única pessoa a sair viva, e fica apelidado como “Menino-Milagre”.
Claire é uma licana que vê seus pais assassinados, após os atentados terroristas, e é diretamente envolvida na guerra, sem saber o por que (estas descobretas ficam para a leitura de vocês).
Chase é o governador de Oregon, que é candidato à Presidência. Ele é um anti-licanos e, após os atentados, toma medidas extremas contra os lobos e, como diz no verso do livro, acaba se tornando aquilo ao qual ele luta contra.
Pronto, a sinopse é esta!
Antes, quero dizer que Percy trata os lobisomens como eles merecem: Maus, animalescos, feios, fortes e comem pessoas! Mas Percy foi além! Na história, mostra-se a forte alusão ao racismo e xenofobismo que acontece nos EUA, principalmente após os atentados do 11 de setembro. Também há a alusão sobre a ocupação do exército americano no Oriente Médio. Percy consegue unir assuntos políticos com o terror clássico dos lobisomens, e criando assim uma história eletrizante.
Vou dizer para vocês: comecei a ler e fui até a página 52 (sim, ainda lembro), e a pancadaria já estava comendo solta! Isso é lindo! LINDO!
Desde o começo, Percy prende o leitor com o enredo do livro e as histórias particulares de cada personagem que, em si, já são muito envolventes. Este livro não recebe apenas uma nota 5 (de 1 a 5) de mim, como também entrou na lista dos meus livros preferidos, onde se encontram Stephen King e Neil Gaiman. Altamente recomendado!


site: https://www.facebook.com/EncontrosLiterariosRJ
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