tatiletenski0 27/02/2021Não foi o final que eu pedi!Já vou logo anunciando que o meu “””desgostar””” (entre muitas aspas, pois é um livro bom) com o final dessa trilogia é mais uma questão de gosto pessoal, pois Laini Taylor entregou um livro muito bem escrito, bem do jeitinho dela, cheio de poesias e finais cheios de sentidos, um mundo de embaralhar a cabeça mesmo, para fazer você olhar para o teto e ficar pensando por horas no significado do que ela quis colocar na sua história. Só que para mim, essa doideira não funcionou tão bem como as explicações da duologia Um Estranho Sonhador - aliás, fiquei pensando se ela não se baseou no final dessa série para escrever a outra com o conhecimento dos Deuses da Luz e Escuridão.
Primeiro, achei esse livro muito maçante, ainda mais depois dos acontecimentos do final do segundo livro, Sonhos Com Deuses e Monstros merecia um ritmo mais acelerado e épico, mas o que recebemos foi muita lentidão desnecessária. Sem falar que a apresentação de personagens importantes demais para a trama serem apresentados nos últimos minutos, de maneira jogada, que deixa você completamente confusa e saturada de ler os capítulos deles (os quais nos primeiros minutos você não entende absolutamente nada do que está acontecendo) por que você quer ir para os personagens que você já conhece e gosta, onde as coisas importantes estavam acontecendo.
Segundo, para um livro de uma história de amor impossível, a autora realmente fez de tudo possível para nos saturar com o amor descrito pelos personagens, só para depois entregar aquele final insatisfatório e completamente revoltante. Eu li o epílogo querendo morrer de tanto tédio e raiva.
Terceiro, eu não consegui comprar a facilidade daquele plano para derrotar o Jael. Como assim? O que foi aquilo? Não é possível que fosse algo tão fácil, eles literalmente poderiam ter feito isso lá no segundo livro então se era para ser esse final de vilão tosco… Estendeu o livro só para me enfurecer se o objetivo era o de apresentar raça de Akiva, não a derrota do outro anjo.
Quarto, Ziri é o meu personagem favorito e ele merecia descrições melhores, momentos mais satisfatórios. Se ele era uma peça tão importante para o plano de guerra deles, usasse ele caramba! Ele literalmente morreu e teve que vestir a pele do inimigo - sem falar que ele era o último com o corpo original da raça dele e a Karou - e para que? Para terminar com uma história de romance sem nenhum desenvolvimento e sentido? Eu até poderia gostar muito da maneira como ele termina no final desse livro e gostar muito do casal dele com a Liraz, aliás seria incrível, mas eu não consegui comprar aquele amor instantâneo, me desculpe.
É o seguinte, acho que a Laini Taylor tinha planos incríveis para essa trilogia, mas elas foram colocadas de maneiras erradas. E para um livro de 560 páginas, tinha muito tempo para desenvolvê-las, mas ela preferiu passar tempo descrevendo outras coisas sem sentido para o final da trilogia. Uma pena, de verdade, porque ela tinha uma joia enorme nas mãos dela.