spoiler visualizartaehoodliday 05/05/2022
"[...] eram dois ímãs fingindo não serem ímãs."
Ao mesmo tempo em que acontecem coisas no início do livro, são coisas que, pra mim, ou não fizeram sentido ou eu não gostei. Tá certo que eu fui com uma expectativa bem ruim pra esse terceiro livro, comecei a leitura mais pra acabar a trilogia de uma vez do que pra realmente entrar nesse universo, e talvez isso tenha aflorado muito mais as minhas percepções no início.
Mas, realmente, eu só parei de pensar em abandonar o livro lá pelos 50-52%, quando passa daquele ataque nada a ver que os rebeldes sofrem do Domínio em Eretz, aí a coisa começa a engrenar.
Antes da gente chegar nesses 50%, uma das coisas que mais me incomodou é que a autora continua mencionando coisas do nada, só quando é necessário. Por exemplo, a Haxaya (no corpo da Ten) buscando vingança conta a Liraz por algo que ela fez em Savvath...
Ok, entendi a cena e tudo mais, mas eu penso no impacto que isso teria se fosse construído desde o início, não algo meramente mencionado, porque até a Liraz diz que mereceu a tortura da Haxaya e tudo mais, mas tipo, o leitor não sabe o que aconteceu, só que foi algo terrível. E eu acredito que saber seria muito importante e só teria feito bem pra história.
Comecei a gostar de Karou e Akiva no início do livro também, nem eu sei porquê, mas comecei. Tanto é que no final tava ficando p*t* que tinha a possibilidade deles ficarem separados.
Ainda acho que o relacionamento deles começou meio do nada, mas né...
Quando passa essa metade inicial, o livro começa a ficar mais interessante e me prendeu muito.
O que mais me deixou encucada foi toda aquela história de levarem o Jael do mundo humano de volta pra Eretz, sem armas, e sem derramamento de sangue. Fiquei muito curiosa pra saber qual teria sido a ideia da Karou, e quando vi a cena se desenrolar achei meio pouca coisa, meio fácil talvez.
Achei que não combinou muito com o cara que queria só guerra guerra e guerra esse fim.
Os rebeldes ganham a batalha contra os soldados do Domínio que aconteceu na metade do livro, a gente descobre que os Stealin ajudaram, por quê? Não se sabe.
Outra coisa dessa metade final que me chamou atenção foi Elazael deixando descendentes na Terra quando ela partiu com seus outros 5 irmãos para o outro lado do Continuum.
(Talvez eu que não tenha entendido muito bem esse ponto e por isso me confundi, porque é algo muito fácil de ver, impossível que a autora tenha feito isso, então grandes chances de eu ter entendido errado).
Gosto muito do senso de humor desses livros, pra mim é um dos pontos altos da trilogia. As tiradas são sempre muito boas.
E além das tiradas, o universo é muito bom.
Toda essa coisa de Continuum, os decaídos, os monstros, tudo muito interessante. Quando apareceu esse plot pela primeira vez fiquei meio incomodada porque foi tipo nos últimos 20%, e me incomodou ele aparecer pra não ser resolvido, mas no fim acabei gostando.
No final, acho que foi uma boa experiência ler essa trilogia. Mesmo que não tenha sido algo arrebatador 5 estrelas favoritado que nem eu tava imaginando que seria, foi bem divertidinho (o primeiro e terceiro livro mais que o segundo).
Quero ler mais coisas da Laini Taylor, adorei a escrita dela. Minha expectativa pra um próximo livro dela é que seja bem mágicão que nem esse, com coisas diferentes e únicas que a gente se encanta por nunca ter lido algo igual.