Sueli 18/12/2013
Família, O Maior Tesouro
Sabe leitor? O ano foi bem complicado para mim, mas como dizia a minha avó – “Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe”, eu adorava os provérbios dela. Portanto, para descontrair durante os últimos meses o que eu fiz? Procurei a minha diva para encarar mais facilmente as longas horas de espera nos corredores frios e impessoais em que estive.
Como fã assumida de Nora só posso dizer que estou felicíssima com a quantidade de livros lançados neste final de ano. E, conforme eles são entregues vou lendo um atrás do outro.
Nora Roberts costuma reunir em seus romances casais com grande diferença de temperamento, e neste caso não foi diferente. Nele encontraremos Dora, uma mulher com enorme potencial artístico, mas que abandona a carreira nos palcos para dedicar-se à loja de objetos antigos e curiosos de sua propriedade. E, Jed um policial que desistiu de sua carreira no momento em que se julgou responsável pelo assassinato de sua irmã, tornando-se um homem amargo e de humor instável.
O livro começa quando, às vésperas do Natal, Dora e sua irmã Lea, já casada e com filhos, partem em uma viagem para aquisição de novos artigos para a loja de Dora, em um famoso leilão fora do estado em que moram. Neste leilão elas farão amizades e comprarão peças interessantes, apesar de estranhas e até mesmo grotescas. Contudo, o que elas desconheciam é que tais peças haviam sido inteligentemente maquiadas para esconder o contrabando obras de arte valiosíssimas que haviam sido roubadas, e que estavam destinadas ao vilão do livro, um colecionador canalha e mau como o pica-pau! Deu para entender o tamanho da encrenca quando esse sujeito percebe que a sua “mercadoria” havia sido extraviada?
Pois é, enquanto as duas estão nessa farra de compras, Dora deixa por conta de seu pai, a tarefa de entrevistar os interessados em alugar o imóvel vizinho ao seu. Tarefa que ele cumpre com perfeição, escolhendo o homem de olhar duro e enigmático, que não é outra pessoa que o nosso querido e zangado Jed.
Viram como Nora Roberts combina as peças que formam as tramas de seus livros? E, nem adianta vir me dizer que é clichê, pois sem clichês não existiriam os romances, portanto só nos resta comprar, ou não a ideia. E, eu comprei, e gostei muito.
Então, temos o problema e a partir daí iremos acompanhar a trajetória desses personagens de personalidades conflitantes, mas que são imediatamente atraídos um para outro. Porque é claro que são lindos, ricos, inteligentes, pró-ativos, etc, etc.
Um livro já começa a me contar a sua história muito antes de chegar às minhas mãos, pois embora a capa seja importante ela não é o fiel da balança para mim. Mas, o título faz toda a diferença para mim... E, o título desse livro é perfeito, pois tem tudo a ver com a história, tanto pelas peças valiosas escondidas em objetos de gesso barato, como as riquezas escondidas em seus personagens, em suas interações familiares e no valor e carinho que eles irão compartilhar nas comemorações natalinas, e na renovação da esperança no ano que inicia.
Riquezas que farão toda a diferença no resgate de Jed, que com a proximidade de Dora e sua família irá conhecer uma vida de amor, amizade, companheirismo e dedicação que ele desconhecia, e que teimosamente se recusa em aceitar, correndo o risco de perder a oportunidade que a vida lhe reservara.
Como eu imagino que Nora ainda estivesse engatinhando em suas tramas policiais, em minha opinião, essa foi parte fraca do livro, já que as pontas não foram bem amarradinhas, mas que funcionou muito bem.
Um livro muito agradável e divertido, não deixe de ler.