O alegre canto da perdiz

O alegre canto da perdiz Paulina Chiziane




Resenhas - O Alegre Canto da Perdiz


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Carol 15/02/2022

romance que parece poesia
Encontramos mulheres incríveis que nas condições impostas pela colonização conseguem construir maneiras de serem livres de algum jeito.
Um livro impactante. Vale a leitura.
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Rapudo 14/08/2021

Inicialmente, tive impressão de que seria um livro com forte caráter alegórico, e fiquei bastante ansioso na tentativa de relacionar as eventuais alegorias apresentadas na abertura do livro com fatos históricos. Como não conheço muito da história de Moçambique, já viu né, foi um fracasso total!! Não recomendo esta abordagem. Na real, reconheço que entrei numas. O desejo inicial era ler o terra Sonâmbula, do Mia Couto. A Ju Wallauer, do Mamilos Podcast, comentou num dia desses que o livro do Mia era duríssimo, e recomendou este livro da Chiziane como um contraponto poético. Por paradoxal que fosse, seria um ótimo complemento. Resolvi acatar a sugestão. Mas antes, encaixei o Caderno de Memórias Coloniais, da Isabela Figueiredo, que tem mais ou menos a mesma temática.
Foi e está sendo um aprendizado. Porque ao relacionar este livro com a história de Moçambique, criei a expectava de uma sequência de fatos lineares, uma série de nomes, datas e eventos.
E não é exatamente por aí que a autora constrói o livro.
Quando se diz que deve-se apropriar-se da própria história, através de uma epistemologia que não seja a do colonizador?
Este livro é isso e sobre isso.
Ela nos fala sobre a história de Moçambique, mas pela perspectiva do povo, seus conflitos internos e externo. Suas manifestações, cosmogonias, culturas e resistências.
E mesmo assim, também nos entrega marcadores cronológicos e caracteriza eventos como a política salazarista, a independência e elementos da guerra civil.
É um lindo livro. Alegórico, metafórico, poético, sensível e brutal ao mesmo tempo. Tenho inveja de quem leu em conjunto com outras pessoas, porque eu certamente não consegui atingir todas suas camadas.
A abordagem é crítica à violência de gênero, de raça, e indica o quanto estas são constitutivas da experiência colonial.
Vi muita gente reclamando do final do livro, por diferentes motivos.
Achei coerente com a ideia de construção do país, aponta para um futuro nas mãos dos moçambicanos, e, pelo que entendi do estilo, bem afeito às narrativas orais que permeiam e constituem o livro.
E tive a impressão de que romance todo o traz o leitor a um poema curto, de seis versos, que encerra o livro, como se para dar o sentido mais amplo para ele.
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Carolina.S.M 30/03/2021

Paulina e suas frases impecáveis
Em O Alegre Canto, Paulina mostra sua excelência como frasista; há uma imensidão de frases que vão ecoar no leitor, frases definitivas, contundentes, realistas, duras e honestas. Frases de amor, de dor, de colonização, de maternidade... para pronunciar tais frases, personagens incrivelmente humanos, falhos, intensos, de odiar, amar e odiar novamente, num ciclo. Perpassando tudo, uma profunda reflexão sobre a colonização e os ventos decoloniais... em vários momentos é possível ver Fanon nas linhas e entrelinhas. Um primor.
Não creio que agrade a todos os leitores, eu mesma só engatei na segunda tentativa. Pq é preciso entender que a lição é mais importante que os personagens em vários momentos. Mas, mais uma vez, Paulina Chiziane encanta e conta histórias de mulheres.
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@ALeituradeHoje 04/10/2021

Incrível
Que texto! Que história! Estou admiradissima com a potência do texto. Poético, profundo, doloroso. Paulina Chiziane me arrebatou com esse livro.
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Jan 30/12/2021

Paulina Chiziane é simplesmente sensacional. Nesta obra, mescla a realidade social colonial e pós colonial de Moçambique com a história de uma família. Acredite, você vai amar e odiar Delfina, mulher forte e que se mostra vítima social, mas também algoz de muitas pessoas.
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Ju 07/09/2021

TAG Volta ao mundo em 50 livros #1
O Alegre Canto da Perdiz - livro de Moçambique do desafio da TAG me fez sofrer muito com Maria das Dores, Delfina, José dos Montes, e sua família.
Tocante e revoltante por ser uma fatia de toda a realidade da colonização.
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Elisana 12/07/2021

O sofrimento geração após geração
O livro é bastante dolorido, uma narrativa que nos leva a refletir acerca do processo de colonização de alguns países africanos e suas particularidades. Eu já li bastante literatura nigeriana, porém esse é apenas o segundo livro de uma autora de Moçambique.

Delfina, uma das principais personagens dessa história, é algoz e vítima, por vezes é vitimada e em outros momentos violentadora de outros, é possível perceber as nuances que a vida impõe a essa personagem tão complexa. José é também o algoz e vítima. São todos personagens perambulando por esse linha tênue.

Eu demorei para pegar o ritmo dessa narrativa, iniciei, pausei por uns dias e depois tentei retornar e só após passar do início foi possível entender e seguir a leitura.

É um livro bem denso e não tem um vilão propriamente dito, tem pessoas e suas nuances, quer seja para o bem, quer seja para o mal. O final é um pouco perdida, principalmente, as últimas cinco páginas. É bastante poético, o que dificulta o entendimento.
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Luny 30/12/2022

Visceral e Sincero
Acho que talvez eu tenha demorado tanto para concluir essa história porque não me sentia preparado para conhecê-la tao a fundo. Essa é daquelas histórias que navegam até o mais profundo âmago da terra e expõe toda a maldade, dor e tristeza que existe nesse mundo.
É com histórias assim que percebemos o quão doente nos tornamos. Nos machucamos muito uns aos outros e tratamos nossos iguais como demônios, quando na verdade o demônio vivia dentro de nós.
Foi excruciante conhecer profundamente e de maneira tão visceral as mazelas das invasões e do colonialismo, que não só roubou os bens materiais de um povo, não usurpou apenas suas terras e seus corpos, mas envenenou suas almas e trouxe o caos para seus lares. Roubou suas identidades.
Esse livro é um retrato do quão mau um ser humano pode ser, e da dívida enorme que o mundo tem com os povos escravizados, que jamais será paga, porque não há maneira de apagar o mal que foi feito. Não foi algo superficial, foi um corte tão profundo que nem mesmo se consegue ver o fim, e é desolador pensar que sempre lutaremos contra esse demônio que se instalou em nosso mundo, e jamais conseguiremos detê-lo, porque para detê-lo precisaremos admitir que ele vive dentro de nós mesmos, e para derrotá-lo precisaremos matá-lo por dentro, aos pouquinhos, até enfim chegarmos a um lugar que será como antes, ou talvez melhor do que antes, com uma dose de sorte.
É cruel pensar que tudo o que Paulina retrata nesse livro é nada mais do que a pura verdade, nua e crua. É incrível a maneira como ela conseguiu pôr em palavras toda a dor de um povo, toda a tristeza e desespero. Definitivamente uma grande mestra da escrita, porquê o que ela descreveu nesse livro vai além de uma ficção que retrate um período da história de um povo, ela retratou aqui todo o sofrimento e maldade que existem nesse mundo, e o quanto as pessoas são capazes de ferir umas as outras em busca de um poder que não existe de verdade.
O que aprendi nessa leitura é que tudo o que fazemos, todo o mal que plantamos é em vão, porque esta terra não se lembra do que é ruim, quando a chuva vem, ela se renova, se torna outra e portanto tudo o que ruim é limpo e se abre espaço para uma nova vida, boa e limpa. Não adianta morrer, matar ou ferir aqueles que se ama em busca do poder, porque não existe poder de verdade neste mundo, no fim nada importa. Poder traz solidão e guerras, e elas não são boas companhias quando se chega ao fim. Todos precisamos de amor e afeto, de carinho e de um lugar seguro para repousar a cabeça e dormir em berço esplêndido. No fim, tudo o que importa é quem a gente amou e quem nos amou, e o quanto de amor nós pudemos juntar ao longo da vida. Porque o amor é a única coisa que fica para sempre.
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Sannn 16/10/2014

Ótimo livro! Paulina retrata com personagens marcantes, inesquecíveis, fortes e frágeis ao mesmo tempo, e, numa maneira divinamente poética os complexos vividos por negros e brancos no período de colonização da África. Os processos de assimilação, transculturação, quebra do que era considerado sagrado também tem seu lugar nessa excelentíssima narrativa.
Delfina, a grande perdiz. Maria das Dores, a louca. José dos Montes, Simba, o médico e o padre... Personagens cativantes e, sobretudo, ricos acerca de cultura e excentricidade.
Vale não só a pena, mas a galinha toda! Ou melhor, a Perdiz toda. rs"
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MahCordeiro*.* 26/04/2023

Des-construção da Identidade
E até onde se vai para 'branquear' a família? Até que ponto é possível abrir mão da família para buscar um status arraigado a cor?

A minha tristeza e não ter onde repousar o meu cansaço. Se eu fosse um pássaro nada me faltaria
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Jacqueline 15/07/2017

Excelente narrativa,Paulina é uma excelente contadora de histórias. Os personagens são conplexamente bem construídos.O que mais me agradou na história foi a possibilidade de conhecer mais da história de Moçambique entre as histórias dos personagens. Se reflete sobre a guerra civil, sobre as consequências da colonização, sobre as nuances complexas sobre racialismo e racismo, tudo isso servindo de pano de fundo ao drama dos personagens.
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Karla 20/06/2021

O alegre canto da perdiz
Um mergulho na cultura e costumes moçambicanos, às vezes um soco no estômago... no que diz respeito às relações entre brancos e pretos.

Uma mulher que renega suas origens e acaba mudando o destino de toda a sua família.

Escrita intensa e poética, como se estivesse ouvindo a estória de uma contadora. A autora vai tecendo sua narrativa como uma colcha de retalhos. Daria um belo filme ou uma minissérie.
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Manu 04/12/2021

Atualizando o skoob depois de meses.
Melhor leitura do ano junto com Torto Arado ? apaixonada pela escrita dessa mulher. Que livro incrível!
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Edianne.Novaes 11/04/2020

Uma fábula africana
A moçambicana Paulina Chiziane se autointitula como uma contadora de histórias e lendo esse livro qualquer um se sentirá como se estivesse ao redor duma fogueira ouvindo-a.
Um romance sobre 4 mulheres negras de uma mesma família durante a colonização. Uma discussão sobre gênero e raça em forma e ritmo de fábula. Ingênuo e também cruel, polêmico, reflexivo e, algumas vezes, controverso.
Um poema em prosa. Uma fábula para ler num cantinho silencioso de casa e viajar por terras fantásticas de Moçambique.
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Karolina Novais 25/07/2018

Sensacional
Que livro denso, que texto incrível... Você terá de lê lo aos poucos para digerir a historia
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