A Casa do Céu

A Casa do Céu Amanda Lindhout...




Resenhas - A Casa do Céu


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RUDY 16/12/2013

FEITA POR ROSEMARY
Vamos do início, a Amanda é uma jornalista humanitária canadense que foi sequestrada na Somália e ficou como refém durante 460 dias. Isso mesmo, vocês estão lendo corretamente, foram 460 dias mantida em cativeiro. Ela resolveu nos contar sua experiência.


Amanda cresceu em um lar violento, sua mãe só se envolvia com caras violentos, e mesmo não tendo relatado nenhuma agressão a ela ou a seus irmãos, eles no entanto sempre presenciavam e ouviam as intermináveis brigas que sua mãe tinha com os namorados.
Seu pai morava com um outro homem, e para superar e até mesmo esquecer o pequeno inferno que vivia, ela se perdia no mundo descrito nas páginas das revistas National Geographic.


Quando completou 19 anos, foi morar com um namorado e arranjou um emprego de garçonete em baladas luxuosas. Poupando todas as suas gorjetas, ela aos 24 anos começou a realizar seu sonho de conhecer o mundo. Mas ela não queria simplesmente conhecer o mundo, ela queria entender o mundo em que vivia e então ter uma vida com algum significado. Para que isso acontecesse, ela viajou a várias zonas de conflitos. Com um mochilão nas costas e muita coragem na bagagem, ela foi para diversos países, como Afeganistão, Bagdá, Síria, Paquistão entre outros.


No meio destas viagens, começou a trabalhar como repórter e a contar o que via por onde passava. Mesmo com os constantes pedidos de sua mãe, ela não desistia de suas viagens e sempre estava com o perigo batendo em seu cangote. Mas como todo jovem, ela não acreditava que alguma coisa de ruim pudesse acontecer com ela.



Foi então que em agosto 2008 ela viajou para a Somália, conhecido como o lugar mais perigoso do mundo. Com sua mochila nas costas, ela, seu ex namorado, um tradutor e um guia foram conhecer um campo de refugiados mantido por uma médica humanitária. Mas eles não chegaram ao seu destino, foram sequestrados no meio do caminho. Foi então que começou o calvário de Amanda. Se no início ela pensava que tudo se tratava de um mal entendido e que tudo se resolveria rapidamente, ela aos poucos foi percebendo que sua situação não era nada boa. Ela estava presa, nas mãos de uns rebeldes, em um país muçulmano onde as mulheres não tinham voz para nada. As coisas só pioravam, ela era a única mulher no meio de um bando de homens, e o preço que pediram de resgate era de 1 milhão! Dinheiro este que sua família não tinha nem onde arranjar.
Para se proteger um pouco, ela decidiu virar muçulmana, e junto com Nigel (seu ex namorado) acabaram se convertendo. Mas isso não adiantou em nada, Amanda foi vítima de surras, espancamentos e estupros. Viveu um inferno enquanto esteve presa. Pensou em desistir e se matar, mas nunca realmente tentou. Enfrentou o medo, a fome, as humilhações, as noites mal dormidas, as febres e um sem número de fatos que só lendo para saber. Para se manter viva, ela buscou a fé. Para se manter sã, ela passou a construir várias casas imaginárias, e era lá que ela ia quando queria se desligar do que acontecia com ela mesma. Prometeu a si mesma que sairia dali e que se tornaria uma pessoa melhor.


Ajudaria a quem precisasse. Em 25 de outubro de 2009, ela foi solta depois que seu resgate foi pago, e desde então, mantém uma carreira filantrópica. Em 2010, fundou a Lindhout Fundação Global Enriquecimento para criar mais oportunidades na Somália, oferecendo bolsas de estudos universitários para as mulheres.
Um livro forte, impactante, que nos leva às lágrimas. Eu fiquei muito triste enquanto lia o relato da Amanda. Fiquei triste, revoltada, tive raiva, ódio, medo... Um conjunto de emoções que me consumiram, que me fizeram acreditar que a humanidade realmente é um caso perdido. Homens que matam homens em nome de uma fé e de um Deus que eu tenho certeza não queria ou quer nada disso.


Eu não sei como a Amanda conseguiu sobreviver a tudo que passou, eu acho que não conseguiria, que teria desistido de tudo.

Amanda é forte e guerreira, como toda mulher.

Ela foi a única coisa que ainda me fez manter a fé, pois é o mínimo que eu poderia fazer depois que terminei a leitura, além de chorar...

site: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2013/12/resenha-60-casa-do-ceu-amanda-lindhout.html
Michelle 19/10/2022minha estante
uma leitura densa e impactante




Saádia 29/05/2021

Essa é uma história sobre resiliência!
Sem dúvidas,uma das minhas melhores leituras. Pode ser contraditório diante da realidade da história, mas esse livro é lindo! Amanda escreve de uma maneira muito fluída e em um certo momento você sente que conhece a personagem como se fosse sua amiga. Ela teve essa sensibilidade de nos tornar íntimos dela para que fosse possível compreender sua dor. Contudo, o que mais me surpreendeu nesse livro foi a resiliência de Amanda ao enfrentar tudo que passou, com muita compaixão, compreensão e sabedoria. Em muitos momentos, ficamos apreensivos com as escolhas da protagonista, mas a originalidade de uma história tão real é de tirar o fôlego. Livro mais que recomendado!
Maria 31/05/2021minha estante
Amei fazer essa leitura também!!




Maria 16/05/2021

Surpreendente
Este livro, autobiografia de Amanda Lindhout, é uma verdadeira lição sobre o mundo e sobre a vida.
Para um livro baseado em suas memórias sobre um dos momentos mais traumáticos da vida de Amanda, o seu relato é muito envolvente, tanto que por vezes nos parece uma obra de ficção, seja pela fluidez de sua escrita, a curiosidade que nos instiga, ou pela perplexidade dos fatos narrados.
Passei o livro inteiro me questionando o que faria no lugar de Amanda e em nenhuma delas acredito que teria tamanha coragem, resiliência e fé.
O livro tem umas passagens difíceis, mas vale a pena conhecer essa história. A internet está repleta de notícias, vídeos, entrevistas que ajudarão a entender melhor a vida de Amanda, mas recomendo ler o livro todo antes para não pegar spoilers (apesar de a própria sinopse já denunciar boa parte da história).

site: https://amzn.to/3wd8pU6
Carolina.Gomes 16/05/2021minha estante
Interessante. Na biografia de Ayann Hirsi Ali conheci um pouco a realidade do povo somali e da religião muçulmana. ?




cris.leal 06/07/2017

Valente e angustiante livro de memórias...
Quando criança, a canadense Amanda Lindhout escapava do lar violento em que vivia, folheando as páginas da revista National Geografic e imaginando-se em lugares exóticos do mundo. Aos 19 anos, começou a trabalhar como garçonete e economizar o dinheiro das gorjetas para viajar pelo mundo. Quando o dinheiro acabava, retornava ao Canadá para juntar mais. Assim, ela viajou como mochileira pela América Latina, Laos, Bangladesh, Índia, Sudão, Síria e Paquistão. Também foi a países castigados pela guerra, como o Afeganistão e o Iraque, onde iniciou uma carreira como repórter de televisão.

Em agosto de 2008, num misto de ingenuidade, curiosidade e imprudência, ela viajou para a Somália, um país que vive em guerra civil há mais de 20 anos. A região possui um governo inexperiente e impotente para conter a violência promovida por facções de militantes islâmicos. Amanda chegou ao país junto com o fotógrafo e ex-namorado Nigel Brennan, sem seguro de vida e sem identificação formal de jornalista, mas com uma vã confiança de que ficaria bem.

Quatro dias após o desembarque em Mogadíscio, capital da Somália, Amanda e Nigel foram sequestrados por uma milícia islâmica de orientação radical, e mantidos como reféns por 15 meses. No cativeiro eles eram vigiados por soldados adolescentes extremamente imaturos e cruéis. Amanda, por ser mulher, sofreu mais: foi espancada, torturada e estuprada.

No entanto, a fé, a coragem e a esperança de Amanda salvaram sua vida, pois não deixaram que ela esmorecesse nem mesmo quando todas as boas razões para continuar vivendo haviam desaparecido. Quando o sofrimento era grande demais, sua mente lhe permitia ser transportada para a linda, ampla, iluminada e reconfortante casa do céu. E, assim, aconchegada aos seus, ela sobrevivia.

Recomendo a leitura e desejo do fundo do meu coração que Amanda tenha, até o fim de seus dias, uma vida repleta de paz e alegria para que possa superar todo o abuso, todo o preconceito e toda a desumanidade que sofreu.

site: http://www.newsdacris.com.br/2014/03/eu-li-casa-do-ceu.html
NaV 30/09/2018minha estante
Resenha linda. Pude relembrar parte do turbilhão de sentimentos que tive com essa leitura.




Arca Literária 23/03/2014

A Casa do Céu
Olá queridos leitores. Vou começar a dizer que não foi fácil resenhar este livro. Fiquei uns dias pensando na historia dele e na forma em que ele me atingiu.
Poderia apenas dar-lhes uma revisão da historia, porem não seria bem o apropriado, e sim tenho que lhes dizer exatamente como a história ocorreu a meu ver. Alerto, não considero este um livro difícil ou carregado; mas uma história verdadeira, a historia de uma pessoa, um ser-humano, que passou por dificuldades que nunca passamos. Então, vamos à resenha.

O livro A Casa do Céu conta a historia de Amanda Lindhout, iniciando a historia de como sua infância foi, o que já não foi fácil. E para suportar ela viaja nas revistas da National Geographic, que eram seu refugio. Já adulta, ela decide por si mesma passar pela experiência de um viajante, onde conhece lugares e costumes, e enfrentara alguns percalços, apesar dos quais, nunca desiste.

Muitas vezes, nós leitores gostamos mais da ficção do que a vida, e por isso nos entregamos muito às leituras, mas este livro em si, é cheio de verdades, verdades das quais muitas vezes tentamos fugir. A verdadeira historia de um sofrimento onde não lhe cabe sentimentos fantasiosos e sim, sentimentos verdadeiros.

Amanda nos conta como foi sua vida, nos mostrando a realidade de um mundo que somente vemos na televisão.
Amanda em uma de suas viagens, como fotógrafa freelance, vai parar no meio de uma guerra no Paquistão, onde ela é sequestrada e mantida em cativeiro, aproximadamente por 17 meses. O que dá um ano e meio em prisão.
Mostra sua luta e decisões que teve que ser tomar para sua sobrevivência. O que posso dize é que não será agradável.
A leitura é direta, sem meias palavras. Mas o turbilhão de sentimentos que é causado é o que nos deixa impactados, pensativos e até um tanto melancólicos. Se você gosta da verdade nua e crua, uma leitura que lhe levará para a vastidão de sofrimento, então está na leitura certa.

Quando iniciei a leitura, achei que seria um tanto sofrida. Nem sinopse eu tinha lido, então não sabia o que esperar. Imaginei que seria uma historia um tanto lenta. Sim, o início pra mim foi assim, mas quando fui adentrando nas viagens da Amanda, comecei a focar e a entender melhor. Quando cheguei à cena onde fui transportada para junto dela no sequestro, não consegui em nenhum momento me desligar ou deixar o livro. Li até a última pagina, naquela angustia do que iria acontecer, como aconteceria e o que estava me aguardando. E por fim, acabei tendo uma ressaca, onde não consegui pegar um livro sequer, pois a historia de Amanda estava ali, impregnada em minha cabeça, me fazendo pensar em como a vida dela foi e analisando junto a minha vida. Sim, meus queridos leitores, vocês chegarão a comparar a vida dela com sua. Pensará em como você é ingrato em sempre estar reclamando e reclamando.
Após uns dias consegui finalmente estar aqui lhes dizendo sobre a leitura deste livro e de como ela me ensinou a dar mais valor a que tenho, além de dar coragem de enfrentar os percalços que surgem que, se comparando aos da Amanda, não são nada.
Esta leitura vai surpreender, lhe ensinar coisas que você nunca ousou apreciar. Esta, mais do que recomendado a vocês leitores.
Única coisa que não me agradou foi a capa do livro. Não direi exatamente porque, mas não gostei da capa. Mas... não será por causa da capa que a historia não valerá a pena. Hoje aprendi a não julgar um livro pela capa.

Nesta resenha não soltarei quotes, pois achei que seriam spoiller por ser uma historia verídica. Mas espero que tenham gostado mesmo assim.


site: http://www.sanguecomamor.com.br
Ana 05/04/2014minha estante
Poxa, pois a capa eu achei maravilhosa! Mas gosto cada um tem um mesmo. Ótima resenha!




Dany 15/01/2015

De tirar o fôlego
Esta não é exatamente uma resenha, mas apenas minha impressão do livro. Essa leitura foi de tirar o fôlego. Em muitos momentos fechei o livro e fiquei pensando: como ela foi capaz de suportar tudo isso? Tive bastante receio de ficar com uma sensação ruim depois de ler o livro, tanta foi a violência pela qual Amanda passou. Mas a autora foi tão resiliente, de uma superação tão profunda, que terminei a leitura pacificada. Que iluminado ser é Amanda Lindhout!
Déia 11/05/2015minha estante
Tive a mesma atitude que vc. Por várias vezes fechei o livro e pensei: "mas como assim?" Ainda bem que continuei a leitura pq ao final do livro estava sem chão, mas grata por cada detalhe de minha vida!!




Liara Magalhães 05/12/2013

Um livro sobre o relato de Amanda Lindhout. Uma pessoa que sofreu com problemas em sua família e que sempre teve a vontade de ser viajante. Ela fala sobre suas inúmeras viagens a até a mais terrível de todas que foi na Somália em Mogadíscio. Sua família era contra e mesmo sabendo dos riscos que sofreria devido as guerras constantes, ela foi se aventurar. Foi para trabalhar como jornalista freelancer e chamou o seu ex namorado fotografo australiano. Até que um dia foi sequestrada junto com seu amigo(ex namorado) Nigel. Amanda se converte ao islamismo como forma de se proteger e criar um vinculo com seus sequestradores, uma forma que para mim foi desrespeitosa com a religião. Mas dentro de tudo o que ela viveu, isso se torna menos importante. É interessante o decorrer da história no começo mas depois se torna cansativo pelos mínimos detalhes em situações que não mereciam e pela falta de detalhes em outras que mereciam, sem falar em situações repetitivas. Mas valeu sentir a coragem que essa mulher teve e tem.
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MILA 09/12/2013

A casa do céu é um livro forte, impactante, logo no verso da capa encontramos os bilhetes reproduzidos que Amanda escreveu para sua mãe enquanto estava em cativeiro.

Este livro está carregado de emoções, conhecemos um pouco do que Amanda viveu, os nomes que deu as casas em que ficou, dentre algumas temos A casa dos construtores de bombas, casa elétrica, casa cafona, casa da fuga e por aí vai, vivenciamos o medo, a esperança, a perseverança, a crueldade e a coragem.

Conhecemos o sonho de uma garota de nove anos que em momento de fuga, onde o barulho é demais a sua volta, em seu momento de maior desespero, é nas revistas das antigas edições da “National Geographic Magazine” que encontra paz, consolo e o sonho de um dia visitar todos aqueles lugares lindos, porém nas revistas não se mostra as crueldades de cada lugar, não mostra o perigo. E movida pelo sonho de visitar todos aqueles lugares que Amanda juntou seu dinheiro para se tornar mochileira, ela queria viajar pelo mundo.

Amanda conheceu toda a America Latina, Laos, Índia e também o Sudão, Síria e Paquistão e então iniciou sua carreira como repórter e viajou para Somália e foi lá que seu pesadelo começou, foi lá que Amanda conheceu o inferno, o medo, a persistência e a fé a mantinham viva, sua estratégia foi se converter ao Islamismo, uma maneira de sobreviver até que se arriscou em sua fuga arriscada.

“E no momento de maior desespero, ela visitava A casa do céu.”

Uma mulher corajosa, que apesar de todas as agruras se manteve forte e em foco, sua meta era escapar de tudo aquilo e viver da melhor forma, poder levar a mãe para viajar, ajudar as pessoas a sua volta, desculpar-se do que fez de errado e encontrar o amor.


É um livro emocionante embora trágico, um livro lindo embora triste. Eu não tenho palavras para descrever o que senti lendo este livro.

Quanto a diagramação, é linda e singela, uma narrativa tocante e uma capa que simboliza o que encontramos no interior do livro, um pássaro ferido e enclausurado que busca a libertação, então finalmente encontra a liberdade tão almejada. Uma capa simples mais que mostra muito.

Perfeita!
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Elizabeth.Grando 16/04/2024

Muito mais que 5 estrelas
Queria poder dar muito mais do que 5 estrelas para esse livro.

Incrível como a Amanda foi forte em todo esse tempo. Eu, por diversas vezes, pensei se eu no lugar dela teria essa força para suportar tudo que ela passou.
É bizarro pensar que essas coisas acontecem de verdade, que tudo que foi escrito neste livro, de fato aconteceu. Parece, e é tão absurdo, tão surreal e ao mesmo tempo por lá, isso é tão comum...
É difícil ser mulher! Em todos os lugares do mundo é difícil, mas na Somália... Eu não tenho nem palavras do que é ser mulher por lá.
Por fim, uma leitura necessária, que te enche de angústia, esperança, medo, dor e muitas outras emoções.
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Hilds 23/12/2013

Superação
Esse livro é o relato de Amanda Lindhout, jornalista freelancer sequestrada na Somália em agosto de 2008.

A curiosidade da canadense Amanda em conhecer o mundo a levou a lugares como Índia, Afeganistão, Iraque, Síria e Paquistão. Em 2008 foi para a Somália com Nigel Brennan, amigo e ex namorado. Lá ambos foram sequestrados e ficaram 15 meses em cativeiro. Amanda foi torturada, espancada e violentada diversas vezes por diversos homens; foi deixada doente, com fome e vivendo em cativeiros com ratos e baratas andando sobre ela.

O que mais chama a atenção é que ela sempre quis viver. Muitas pessoas numa situação assim teriam pedido a morte todos os dias, mas ela sempre quis viver e acreditou que viveria. No final de 2009 ela foi libertada após sua família e a de Nigel pagarem um resgate de 600 mil dólares. O governo canadense e o governo australiano retiraram-se do caso cerca de 7 meses após o sequestro e a família contratou uma empresa inglesa para mediar o pagamento do resgate.

É uma lição de vida que faz nossos problemas cotidianos serem muito pequenos. A força da Amanda a fez sobreviver.
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Marina 12/01/2014

A casa do céu
Lindhout, Amanda; Corbett, Sara. A Casa do Céu. 1. Ed. Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito Editora, 2013.

Amanda Lindhout fundou a Global Foundation (voltada para o enriquecimento global). Atua na Somália e no Quênia, onde procurara incentivar e apoiar iniciativas para o desenvolvimento, educação e ajuda humanitária.

Sara Corbett é uma colaboradora do New York Times Magazine, seus trabalhos já foram publicados na National Geographic, Outside, Esquire, The Oprah Magazine, Elle e Mother Jones. Depois de acompanhar a história do sequestro de Amanda, e criar um laço de amizade é coautora deste livro.

Amanda Linghout desde criança alimentava um sonho de viajar pelo mundo, através de velhas publicações do National Geographic e de uma vida meio conturbada após a separação de seus pais. Aos 19 anos Amanda, e seu namorado Jamie, vão morar em Calgary. Chegando lá conseguiram um apartamento e ela começou a trabalhar como garçonete a noite, com o salário e as gorjetas conseguiu juntar dinheiro para sua primeira viagem, decidiram ir para América do Sul. Desde então Amanda não parou mais, após o termino com Jamie viajou para Costa Rica, Guatemala, Nicarágua, Paquistão, África, Bangladesh, Oriente Médio e vários outros lugares, fazendo um mochilão. Em Adis-Abeba capital da Etiópia, conheceu Nigel Brennan. Foi também a países castigados por guerra, como o Iraque e o Afeganistão, e neles inicio a carreira de jornalista. Em Agosto de 2008, resolveu ir para Somália e chamou Nigel, que também era jornalista para acompanhá-la, no quarto dia quando iam escoltados para uma área de refugiados para fazer umas entrevistas e tirar umas fotos, foram sequestrados por um grupo de mascarados.

Amanda e Nigel foram mantidos em cativeiro por 460 dias, ambos se converteram ao Islamismo como uma tática de sobrevivência. No decorres desses dias ocuparam várias casas pelo deserto da Somália, após torturas e abusos e de uma tentativa de fuga mal sucedida, Amanda escapa para a casa do céu, uma casa que ela criara no seu imaginário, onde podia se sentir livre e acima dos problemas vividos em sua condição.
A Casa do Céu é romance que lhe envolve e emociona. A história de Amanda por ser verídica deixa a narrativa ainda mais tensa no período do confinamento. Em vários momentos você torce por ela, e se preocupa com sua situação. Ficava o tempo inteiro mortificada com certos acontecimentos, e ao mesmo tempo não deixa de ser uma lição de vida. A diagramação, o espaçamento, as páginas amareladas, tudo contribuiu para uma excelente leitura.

Recomendo esse livro para todos, é uma lição de vida e superação.

site: http://www.wordinmybag.com.br/2014/01/resenha-casa-do-ceu-de-amanda-lindhout.html
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Greice Negrini 17/01/2014

Um céu extraordinário!
Amanda Lindhout é uma jovem forte e designada a viver desafios quando decide que quer viver o mundo como mochileira. Na verdade, a canadense não via muito futuro em ficar em sua cidade e seu desejo era realmente conhecer muitos lugares.
Foi trabalhando como garçonete que Amanda começou a conseguir guardar muito dinheiro para financiar muitas de suas viagens. Conseguia uma grande quantia de gorjetas de seus clientes, o que fazia com que ficasse muitos meses fora, voltasse para o Canadá e trabalhasse mais alguns meses e depois viajasse novamente.

Amanda conheceu diversos países, sempre como mochileira, sem destino certo, indo à Índia hoje, amanhã à Tailândia e assim por diante. Não tinha nunca destino certo e pegava um trem e partia quando lhe dava vontade. Conheceu muitas pessoas e fez muitas amizades.

A cultura era algo que Amanda aprendera a respeitar, pois dependendo dos países onde estava, estar sozinha como mulher era mais complicado do que nos países ocidentais. Em uma de suas viagens para a Etiópia, conheceu Nigel, um aspirante a fotógrafo, o qual fez amizade e iria se tornar seu amigo por uma longa jornada.

Após a viagem por entre os países da África, Amanda resolveu voltar para o Canadá para arrecadar mais dinheiro. Assim voltou para a Índia para mais um período conhecendo o país e começou a imaginar como seria trabalhar como repórter ou fotógrafa. Desejava conhecer os países em guerra e decidiu em um surto passar um período no Afeganistão.

Amanda conheceu belos lugares em cada país, mesmo nos países de guerra e no Afeganistão conseguiu começar a trabalhar como freelancer para alguns lugares, com o qual conseguia pagar suas despesas. Porém não estava conseguindo ir muito longe e sabia que naquele lugar não iria conseguir crescer muito em sua profissão, sabendo que não era formada e nem sequer havia feito cursos.

Amanda havia lido sobre a questão da Somália, um país em guerra há alguns anos e decidiu que era para lá que iria já que era um dos países mais perigosos do mundo. Para isto, ligou para seu amigo Nigel e o convidou para ser o fotógrafo que a ajudaria.

Assim que chegaram lá, conseguiram uma pessoa que os ajudaria com a segurança e com a comunicação entre as pessoas. Isso era o que Amanda estava amando. O lugar era um caos. A guerra estava matando as pessoas e ela desejava mostrar ao mundo o que as pessoas passavam e melhorar aquele lugar.

Porém o tempo não deixou que ela o fizesse. No quarto dia, um grupo de guerrilheiros sequestraram Amanda e Nigel com a intenção de conseguirem um resgate para manter a sua saga de guerra. O que parecia um trabalho se tornou a maior desilusão e o maior medo dos dois.

Amanda conheceria a partir deste momento até os 460 dias que ficara refém o que é o medo, a tortura, a fome, a doença, o estupro e tudo o que ela jamais desejara e o que menos acreditara: o quanto o ser humano poderia ser cruel.

O que falo sobre o livro?

Na verdade quando iniciei a leitura de A Casa do Céu, imagina algo um pouco diferente. Sabia que era uma biografia e que poderia conter coisas muito monstruosas mas o livro relata de uma forma mais natural tudo o que aconteceu durante estes 460 dias que Amanda passou no cativeiro.

Amanda inicia contando parte de sua infância e de onde surgiu todo este amor por viagens e a leitura é de um estilo tão fácil, tão gostoso que vamos indo de uma página à outra rapidamente. Tudo realmente parece fácil e maravilhoso que fiquei imaginando se era fácil assim viajar ao redor do mundo.

Quando Amanda resolve conhecer os países que estão em guerra e sabe que o risco para si se torna maior, eu ficava pensando se teria esta coragem e se me poria em perigo neste extremo, mas ela mostra uma coragem forte, mesmo que em alguns momentos seja evidente que ela desabe com os acontecimentos.

Após o sequestro, as coisas que acontecem mexem com nosso coração. Não somente por certas torturas, mas pela forma como eles acabam vivendo e como num país islâmico toda a culpa é imposta a uma mulher. Isso me revoltou muito. Não sei se teria a mesma coragem para aguentar como ela teve. Tenho certeza que desistiria no caminho.

Mas talvez ela soubesse que havia uma lição em tudo isso e que agora há a oportunidade de ser repassada adiante.

Uma obra extraordinária e que você não deve perder a oportunidade de ler. Vai te fazer chorar e pode até te revoltar, mas você também vai pensar que do outro lado do oceano, na África, há pessoas que morrem todos os dias por uma guerra injusta, imposta por poder.


site: www.amigasemulheres.com
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Na Literatura Selvagem 22/01/2014

Um relato pungente e desesperado de uma refém de guerra... A casa do céu, de Amanda Lindhout.
"Na casa queimada, eu tomo o café da manhã.
Entenda: não existe casa, não existe café da manhã. Mesmo assim, aqui estou."
- Margareth Atwood, Morning in the burned house.


Eis a epígrafe do livro A casa do céu. Partindo dessa premissa, imaginei o que estaria por vir na leitura desse livro, publicado pela Ed. Novo Conceito e cedido a mim por Karina [Serena Cabulosa] do blog Leitor Cabuloso. Lançado no final do ano passado aqui no Brasil pela editora, a autora Amanda Lindhout descreve em quase 450 páginas toda a trajetória de sua vida, desde pequena quando sonhava em conhecer o mundo, até o momento em que pôde tornar seu sonho realidade, e viveu o maior pesadelo que um estrangeiro poderia enfrentar num país que vive em conflitos de guerra: sequestro.

Desde pequena, Amanda teve uma infância mergulhada em revistas National Geographic e imaginava estar em vários lugares que aquelas imagens representavam. Quando começa a trabalhar como garçonete num pub, junta suas gorjetas e financia uma viagem com o namorado para a América Latina, como mochileira. Mesmo com os contratempos na viagem e a descoberta de não-tão-perfeição-assim que uma estada em outro país poderia proporcionar, ela se apaixonou pela experiência e acaba juntando dinheiro para outra viagem, dessa vez para a América Central. Com o fim do relacionamento, ela viaja com uma amiga, depois passa a cruzar as fronteiras sozinha, conhecendo várias pessoas de todas as partes do mundo. Se envolve com algumas delas, inclusive, mas nada muito especial. O que vale para Amanda é realmente a sensação de liberdade de vencer mais uma fronteira, de somar mais um país a sua lista de visitados. Em 4 anos, ela já havia entrado em mais de 40 países ao redor do mundo.

Leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2014/01/um-relato-pungente-e-desesperado-de-uma.html
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Nath @biscoito.esperto 28/01/2014

Confesso que não li muitas biografias na minha vida. E confesso, também, que me apaixonei por todas as biografias que li. Não foi diferente com A Casa do Céu. Achei o livro surpreendente e interessante desde a primeira página.

A Casa do Céu conta a história real de Amanda Lindhout, uma garota que lia a revista National Geographic quando criança na esperança de esquecer a casa violenta em que vivia. Amanda cresceu com o sonho de viajar para longe, para qualquer lugar, para todos eles. E foi com esse sonho que ela aceitou o emprego como garçonete num restaurante com clientes mais ricos. Amanda ganhava gorjetas gordas – fora um bom salário – e conseguiu juntar bastante dinheiro para fazer sua primeira viajem para a América Latina. E depois ela viajou para muitos outros lugares, como Índia, China, Afeganistão, Síria, e outros países da África.

A cada país em que Amanda passava, a cada novo lugar que ela visitava, a cada paisagem que ela descrevia, minha vontade de sair de casa e pegar o primeiro vôo para qualquer um desses lugares exóticos só aumentava. Eu sentia a brisa do oceano, sentia as árvore, via as roupas exóticas, podia sentir o cheiro das comidas apimentadas, podia tocar o asfalto de países que eu nunca sonhara em conhecer. Amanda me fez viajar mentalmente para mil lugares com esse livro, lugares que eu pretendo – e vou – visitar fisicamente um dia.

Uma das coisas que mais admiro em Amanda é seu espírito aventureiro, sua vontade de conhecer coisas, lugares, pessoas. Amanda não se deixava limitar. Amanda, assim como eu, não acredita que a vida se limita a aquilo que você pode ver e tocar. A vida é muito maior e, assim como Amanda, eu quero ver e tocar tudo.

Amanda começou a sentir que visitar países pacíficos que todo mundo visitava estava ficando sem graça. Amanda decidiu que queria viajar para lugares mais remotos, países em guerra, países pobres. E foi visitando países como Afeganistão e Iraque, que Amanda começou sua jornada como jornalista freelancer. Junto de Nigel, um antigo amante, Amanda tirava fotos, escrevia pequenas reportagens e recebia uma quantia interessante para continuar seu serviço. Foi então que Amanda decidiu ir para a Somália, o país mais perigoso do mundo, tirar fotos da maior zona de guerra, pobreza e desigualdade do mundo.

Amanda achou que tudo estava indo bem em sua pesquisa quando foi repentinamente seqüestrada por um grupo de somalianos. Ser branco na Somália era o mesmo que ser um diamante, e o preço por ela era alto. O grupo de somalianos tentou repetidamente “devolver” Amanda e Nigel às suas famílias por uma quantia grande de dinheiro, mas suas famílias não podiam pagar por tudo aquilo.

Foi assim que Amanda e Nigel ficaram por 15 meses em cativeiro, sofrendo como prisioneiros, se sujeitando às maiores humilhações e desnecessária violência, apenas esperando que um dia estariam livres para voltar para casa.

A Casa do Céu não é um livro triste. Não é um livro de tragédia. Para mim, o livro é sobre ter um espírito livre, é sobre acreditar na liberdade mais que tudo. O livro é sobre perdoar, sobre entender, sobre aceitar e seguir em frente. A Casa do Céu é sobre acreditar que existe um bom final para tudo, um bom final para todos. Este livro me ensinou muitas coisas, me lembrou de mais outras, e me fez aceitar o mais importante: nós não podemos tomar o mundo em nossas costas, não podemos querer consertar tudo sozinhos. Mas nós podemos concertar muitas coisas juntos. Nós somos livres para fazermos o que queremos, nossas barreiras são todas mentais.

Assim como Amanda, quero ser considerada uma heroína.


site: www.nathlambert.blogspot.com
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Isnnar Rainnon 04/02/2014

Libertador
A casa do céu é um livro de te leva para um mundo totalmente novo,no qual nota a história de uma jornalista que foi mantida em cativeiro durante 463 Dias ,e a cada dia o leitor é convidado a aprender uma lição de vida e resiliencia com Amanda. Eu sempre me referi a Amanda como um ser evoluído e superior ,pois se eu me encontrasse na mesma situação dela eu já estaria surtado ,e esse é um dos grandes atrativos do livro ,que é fazer despertar no leitor um sentimento de empatia em todas as páginas .O livro e forte ,denso e libertador ,libertador pois Amanda te faz libertar de manias supérfulas e cria no leitor uma maneira incrível de dar valor a pequenas coisas na vida ,a personagem (se é que podemos chamá-la assim) mostra o quanto a esperança é essencial em casos como esse . O que me mais chamou atenção não foi os episódios vivenciados por Amanda (que eram fortes !!!) mas sim a forma que ela lidava com tudo aquilo. Apesar do livro se tratar de um auto biografia ,há relatos da propia Amanda que te faz refletir sobre a situação sócio econômica da Somália ,o extremismo religioso ,e o negócio lucrativo e comum na Somália que é o sequestro. Uma das coisas que me despertou em mim um desconforto foi a maneira passiva como o Estado trata as vítimas de sequestro ,é um absurdo !!! Mais de um ano para libertar uma prisioneira? Sem nenhuma intervenção enérgica ,sem nenhuma preocupação em acelerar as negociações,realmente quando esse tipo de situação nao envolve nenhum interesse político o estado se mostra apático ,Amanda sofreu 463 dias só pelo fato de ser uma civil comum . Enfim ,o livro é maravilhoso e te ensina muitas lições de vida ,recomendo.
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