Ray of Light 09/03/2022
Finalmente, o fim
Para começar, um pouco do meu relacionamento com a saga do Rick Riordan. "Finalmente" porque essa história começou aos meus 10 anos, quando todos tinham sem exemplar do Ladrão de Raios, e eu, como sempre não fui todo mundo, fiquei de fora. Minha mãe não queria me dar, e como eu ainda não era safo na internet, acabei por deixar o livro de lado e continuar chateado em perder o momento de acompanhar essa saga.
O tempo passou e imprevistos aconteceram: quarentena de 2020, quando todos, sem mais o que fazer, decidimos colocar o que deixamos de lado adiante, e em um grupo de quatro amigos, comecei a minha antiga 'vendetta' de ler essa saga.
A leitura de Percy Jackson foi muito divertida e todos viramos fãs. Uma amiga ficou completamente obcecada, e terminou todas as sagas, leu todos os diários, enciclopédias e conteúdos extras naquele mesmo ano. A outra prometeu que um dia partiria para 'Heróis do Olimpo', enquanto eu e o outro amigo decidimos continuar com próxima saga no nosso ritmo. Resumo da obra: 2 anos se passaram e até minha amiga que falou que ia ler depois terminou na minha frente.
No meio de vícios narrativos, expectativas e distrações, acabei me perdendo um pouco na leitura, que tinha começado instigadora com os dois excelentes primeiros volumes, "O Herói Perdido" e "O Filho de Netuno", para decair consideravelmente em "A Marca de Atena", mas isso é assunto para outra resenha.
"O Sangue do Olimpo" é bem diferente do último livro da primeira saga, já que a narrativa é bem menos episódica e mais interligada, e um dos defeitos do livro é que ele pouco se destaca da fórmula dos demais e acaba por fechar a saga do jeito mais seguro possível: da mesma maneira que todos os outros volumes foram escritos. Mesmo tendo gostado bastante, preferia um pouco mais de ousadia.
Agora sobre coisas boas, adoro como a narrativa forma um ciclo e terminamos com a resolução do primeiro trio da saga: Jason, Leo e Piper, cativantes, emocionantes e viajantes. Outro ponto que engrandeceu a obra foi a dinâmica entre Nico, Reyna e Hedge, que trouxe uma atmosfera mais madura e pragmática para a narrativa, e eu amei.
É estranho, embora eu consiga pensar em vários finais melhores, não consigo dizer que me decepcionei. As expectativas eram altas e terminar no seguro ao invés de decepcionar e derrapar foi positivo, pois já estou farto de fins catastróficos.