Violent Cases

Violent Cases Neil Gaiman...




Resenhas - Violent Cases


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diogo.s.silva.9 18/02/2023

Bom
Uma história do Neil Gaiman até gostei mais não entendi muito a história por isso não posso opinar que é uma história boa
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Zo Yu 02/01/2022

Trocadilhos, trocadilhos
Mantiveram o título original por causa do trocadilho ?Violent Cases? (casos violentos) e ?Violin Cases? (estojos de violino).
Aparentemente onde os gângsters italianos escondiam as metralhadoras.

Não consegui entender direito a história, e sem as notas do tradutor, muitas referências seriam ignoradas por mim? (músicas dos anos 80, por exemplo).

A arte é linda! Expressa bem as memórias do protagonista.
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stellasays 01/11/2014

Este é um quadrinho bom, mas vale mais pela arte do que pelo enredo. Não acontece muita coisa, pois o narrador não é muito confiável. O livro trata das memórias do narrador sobre a sua infância e como ele conheceu o osteopata do Al Capone.
O tempo inteiro esta estória é interrompida por incertezas do narrador a respeito dos locais, nomes, e até mesmo sobre a descrição do tal osteopata.
Como eu sou coração-mole pro Neil Gaiman, preciso dizer que não importa o quão eu ache determinada estória fraca, ele sempre faz algo que eu penso: "isso é muito bom!" No caso do "Violent Cases", tem um momento em que o protagonista está numa festinha de aniversário e, enquanto ele conversa com o osteopata, está acontecendo uma dança das cadeiras. A maneira como ele consegue intercalar a dança das cadeiras com o discurso do osteopata sobre o Al Capone é ótima.
Além disso, nota 10 (como sempre) pra arte do Dave MCkean. Ele é simplesmente um gênio.
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Paulo.Vitor 07/02/2024

Sou da opinião de que é quase impossível de fazer uma HQ densa e complexa com menos de 100 páginas.
A maneira como a história é contada é interessante, mas não agrega muito, é uma história simples, se fosse um livro, teria menos de 30 páginas. Os desenhos são bem bonitos, a edição é boa, tirando a utilização da letra cursiva minúscula que confunde demais. Vale a pena apenas se estiver em promoção.
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Marcos Pinto 22/11/2014

Incrível
Sempre gostei de HQ, quadrinhos, tirinhas e outros tipos literatura, apesar de sempre dar preferência a livros no sentido mais específico do termo. Porém, ao ler Violent Cases, apesar de ter certa experiência nesse gênero, eu me surpreendi positivamente. Sempre desbravei HQs de super-heróis, porém, Neil Gaiman e Dave McKean me apresentaram outro tipo de enredo. O que vi foi a realidade como fio condutor de uma história incrível.

Os heróis saem de cena e entram as memórias de um narrador. Ele começa a relembrar, mesmo que de forma nebulosa, quando foi levado pelo pai, após ter machucado o braço, ao osteopata. Lá, ele descobre que seu médico também havia tratado e cuidado, por muitos anos, de Al Capone, um famoso gangster.

Nosso narrador vai a uma festa alguns dias depois de visitar o osteopata. Lá, porém, ele resolve se afastar das crianças que não eram suas amigas e explorar o local do evento. E qual não foi a surpresa do menino ao encontrar alguém que ele jamais imaginava ver por ali? O que ele também não imaginava era que aquele encontro o marcaria por anos.

“Nós nos sentávamos em fileiras diante do palco para assistir ao cabeça careca chegar com os balões fininhos, depois puxar bandeirolas e bolas de bilhar da boca”.

Com uma linguagem simples e direta, beirando a infantilidade das lembranças, Neil, o autor do roteiro, consegue nos fazer embarcar na mistura de realidade e ficção; festas infantis e do Al Capone; felicidade e dor. O roteiro é tão inovador e ambiciosamente simples que se torna genial.

Em um graphic novel é sempre mais difícil falar dos personagens em si do que em um livro, porém, é inegável que temos duas figuras centrais e que prendem nossa atenção: o médico e o narrador detentor das memórias. A cada desenho queremos saber mais deles, mais das suas memórias, do passado e do presente. Eles são profundos por serem nebulosos, incertos. A ambiguidade faz parte deles de uma forma tão intrínseca que chegamos a imaginar até onde é verdade o que eles relataram.
Se o roteiro é excelente, as ilustrações de Dave McKean nos encantam. Com um traço primoroso e um talento inegável, ele enriquece cada detalhe das páginas. Seus desenhos são realistas, belos e, muitas vezes, angustiantes. Não obstante, ele consegue transmutar os cenários de uma maneira que só um gênio faria.

“Pensei nas outras criancinhas. Cabeças sangrando, uma massa disforme. Mas me senti bem. Me senti feliz”.

Por tudo isso e muito mais – que você só vai conferir ao ter a obra em mãos –, eu afirmo: você precisa ler essa obra. Com um roteiro maravilhoso e ilustrações grandiosas, agradará quem gosta e quem não gosta do gênero.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/07/resenha-violent-cases.html
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Pequod.3 06/02/2024

"No mundo dos meus avós, não se tocava nem em carvão de mentira; não se elogiava em voz alta ou em demasia; não se falava em demônios, pois os demônios estão sempre ouvindo."
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luadepaginas 15/06/2023

Uma história curtinha, com artes maravilhosas e em uma edição de colecionador impecável, cheia de informações extras e ilustrações. Dá pra ler em uma sentada. Adorei.
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Lulu 06/12/2022

Neil Gaiman vc me prometeu
Ai gente eu esperava muito eu acho kkkkk mas de verdade, história fraquíssima. ?Ah, mas só tem 70 páginas?
Mesmo assim dava pra ter feito coisa melhor, mudar o final, qualquer coisa. Não sei. Mas achei bem ruim.
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Paola 02/06/2011

Resenha aqui:
http://uma-leitora.blogspot.com/2011/04/violent-cases.html
Deborah Brock 06/02/2012minha estante
Pelo menos copia e cola a resenha!




Jadna 14/01/2015

Violent Cases - Neil Gaiman, Dave McKean

Assim como em O Oceano no Fim do Caminho e Mr.Punch,Violent Cases trata da infância.A intenção e a beleza da história assim como essas outras, não é contar uma grande aventura,mas tentar evocar aquele sentimento de nostalgia e melancolia que a gente sente quando lembra da infância.

Geralmente vem tudo borrado,já que a nossa percepção das coisas nessa época era bem comprometida. É confuso saber o que era real ou o que era só imaginação,além de que uma criança acredita em praticamente tudo que os adultos contavam ou interpreta de uma forma bem errada.

A graça de Violent Cases é essa,acompanhar as lembranças do protagonista e comparar com as nossas.Não é pra se esperar um grande final ou uma história genial.

P.S. A HQ tem um cheiro maravilhoso!
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Café & Espadas 28/02/2015

Resenha: Violent Cases
Como uma criança que se senta em frente à janela de sua casa e passa a olhar o mundo pelas venezianas, vendo apenas um vislumbre por entre as frestas, sem jamais obter uma compreensão de toda a sua plenitude. É desta forma que os mestres Neil Gaiman e Dave MnKean, nos apresentam Violent Cases.

Esta, que foi para eles, o marco zero de suas carreiras nos quadrinhos, teve início com um encontro inusitado dos envolvidos e logo um pequeno conto surgira de sua recém-formada parceria. O conto, que “começou com cinco páginas e logo crescia sem parar” – nas palavras de Paul Gravett – foi publicado pela primeira vez na revista Escape no fim dos anos 1980, alcançando sem muito esforço a graça do público com sua riqueza.


Violent Cases nos apresenta a história de um homem a relembrar um momento peculiar de sua infância, quando por volta dos seus 4 anos de idade foi obrigado a ir a um osteopata, devido uma lesão sofrida no ombro. A relação entre eles cresce de uma maneira inocente, onde o pequeno passa a ouvir sobre a vida sofrida de seu novo amigo com total atenção, fazendo inconscientemente paralelos a sua própria vivência.

De igual forma, o velho e já cansado homem, encontra nele uma maneira de exorcizar seus demônios do passado.

Com uma narrativa em primeira pessoa, a atmosfera criada por Gaiman nos remete a uma história banhada ao estilo noir. Com ar soturno e misterioso, onde a memória do narrador é constantemente posta por ele mesmo em discursão, causando-nos dúvida sobre a real veracidade dos fatos.

Violent Cases é sobre memórias de um passado já tão distante que torna-se nebuloso, controverso e até fantasioso. Tais momentos são eximiamente expressivos na arte de McKean, que não se atém à tradicionalidade da escola quadrinista e rebusca na arte sua inspiração para construir o cenário onde se passa o conto.

Cada página é como uma tela, engrandecendo cada vez mais a obra. Sua escolha para a posição dos requadros intercalados a fotos trazem em diversos pontos uma amálgama de seu traço realista com rabiscos de uma criança que desenha a mão livre, evocando-nos a sensação de estarmos diante de telas em uma galeria de arte. O que não seria errôneo.

O encadernado possui excelente qualidade, notando-se também a dedicação dos seus idealizadores, respeitando completamente seu conteúdo.

Nesta edição ainda, encontra-se um bônus, para os colecionadores, com desenhos e notas dos autores, editores e conhecidos dos mesmos, dedicando algumas palavras de incentivo e admiração por esses dois artistas que há 28 anos marcaram de vez seus nomes na história.

site: http://cafeespadas.com/?p=2413
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Coruja 07/04/2015

Violent Cases é um dos primeiros roteiros do Gaiman para quadrinhos. É uma história curta, sem acontecimentos extraordinários, mas com vários dos elementos que costumam permear as histórias do autor.

É narrado em primeira pessoa, relembrando um acontecimento da infância do protagonista – uma visita a um osteopata que, segundo contavam as pessoas, tinha sido associado do gângster Al Capone.

Vista sob o prisma da memória, a história tem muito de ambíguo – o narrador não é alguém em quem podemos confiar totalmente. Mas onde suas palavras podem ser falhas, embaralhadas pelo tempo entre o que aconteceu e o agora, imperfeitas em suas lembranças, as ilustrações de McKean ajudam a compreender bem mais do que se passa nas entrelinhas, adicionam camadas à história que de outra forma talvez nos passasse despercebidas.

Ao final das contas Violent Cases cuida exatamente da natureza da memória, de como processamos aquilo que nos acontece, como contamos nossas histórias. Como um adulto, o narrador tenta entender sua experiência de infância e explora sua relação com o pai, com os outros adultos que o cercam, com a própria linguagem e as metáforas e trocadilhos que ainda não é capaz de compreender.

Aliás, palmas para a editora Aleph por ter escolhido manter o nome original e explicar numa nota à parte os diferentes significados que tomam certas palavras - e assim permitir que o leitor possa interpretar a história melhor.

Esse não é um livro sobre verdades absolutas e mesmo ao terminarmos, ainda pairam muitas dúvidas sobre o que aconteceu ou deixou de acontecer ou mesmo se tudo aquilo é, de fato, verdade. Essa ambiguidade e esse convite à reflexão que Gaiman nos faz é, ao final das contas, o motivo pelo qual estou sempre voltando a ele.


site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2015/04/para-ler-violent-cases.html
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Sheppita 29/06/2016

Edição maravilhosa!
Mesmo não envolvendo literatura fantástica ou o universo criado tão magistralmente por Neil Gaiman, Violent Cases é uma viagem louca demais! Haha
A cronologia da história é bem confusa, com flashes de quando o autor era criança, com conversas sobre o passado do osteopata – da época em que ele atendia Al Capone -, e com insights filosóficos do narrador no presente, se confundindo sobre a aparência dos personagens, divagando sobre experiências com luzes que ele jura que aconteceram.

Mas leitor, entenda bem, a falta de coesão ou de conectividade da história não é de maneira alguma um defeito, não é uma falha da narrativa. É um truque habilidoso do Gaiman para nos inserir no tema da graphic novel: nossa memória, e o que o tempo pode fazer com ela.


As ilustrações são apenas INCRÍVEIS! Os traços de McKean estão crus, e não foram editados nem lapidados. O tom da publicação é majoritariamente sépia, com toques de azul e vermelho quando há certo drama, ou um bocado de sangue, né, porque estamos falando de mafiosos e Al Capone.

site: http://www.badrain.com.br/livros/violent-cases-resenha
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Marcos 14/10/2016

Violent Cases é uma história em quadrinhos que falará sobre memórias. Conheceremos um protagonista que, em meios às suas lembranças da infância, recorda quando precisou ir a um médico de ossos por conta de uma agressão de seu pai, que o fez machucar o seu braço. É com esse homem misterioso que toda a trama se pautará. Em meio à nébulas comuns quando se recorda algo, o protagonista começará a interligar as festas que frequentava durante a sua infância com a violência que ocorria em sua família e aos grandes gângsters da máfia.

Em uma busca à infância, todo um leque de possibilidades pode ocorrer e passado nem sempre é algo que deva ser revisitado. O quão nossa mente pode nos pregar peças e o quanto realmente sabemos sobre o que vivemos? Essas e outras perguntas são feitas e respondidas ao longo dessa história.

Neil Gaiman é um autor com o qual tenho sérios problemas de leitura. Já li dois contos seus e tentei começar um romance, mas abandonei por não conseguir evoluir em sua escrita. O uso do weird e do realismo fantástico exacerbado, traços fortes de sua escrita, me incomodam muito. No caso dessa HQ, isso ocorreu de forma mais suave. Consegui terminá-la, mas nada me surpreendeu ou me foi prazerosa durante a sua leitura. Achei o enredo um pouco confuso em alguns momentos.

Quanto às ilustrações, muito me agradou o traço de Dave McKean. O tom sombrio que ele dava às cenas, misturando elementos do próprio desenho, como fumaça e texturas, ficou muito interessante. Gostei muito também do uso de colagens em diversos momentos, um elemento que não tinha visto em quadrinhos, reiterando que esse é um formato que ainda li muito pouco.

No geral, Violent Cases é um quadrinho para se ler rapidamente, sem muito se aprofundar na trama. A leitura flui de modo ágil, mas não consegui me aprofundar na história nem tirar nenhuma reflexão desa leitura. Acredito que, quem é fã do autor, deva se interessar em lê-la.

Para ver fotos do interior da HQ, acesse o link do blog.

site: http://www.capaetitulo.com.br/2016/05/resenha-violent-cases-de-neil-gaiman-e.html
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Paulo 06/02/2018

Falar em Neil Gaiman e Dave McKean na mesma frase é como falar de arroz com feijão, de bife com batata frita, de leite com café. São duas pessoas que tem tanta química, mas tanta química juntos que qualquer coisa que eles produzam juntos é algo especial e essencial às nossas vidas. E é isso que nós temos diante de nós: um dos primeiros trabalhos da dupla em uma temática muito à frente em sua época.

No final da década de 1980, quadrinhos ainda eram mais voltados para contar histórias de super-heróis. Alan Moore quebrou muitos paradigmas ao nos entregar histórias emblemáticas como O Monstro do Pântano e Watchmen e abriu portas para inovadores como Neil Gaiman. Violent Cases nasceu como um conto literário, por isso a diferença em relação a roteiros de outras HQs. A história é tão bem construída que a própria linguagem empregada por Gaiman nas páginas transborda beleza e sutileza. O roteiro brinca com duas temporalidades: a no presente em que o protagonista está contando sua história e a no passado em que as cenas são apresentadas. A história apesar de brincar com aspectos surreais vez ou outra, é facilmente compreensível e permite múltiplas interpretações. A riqueza da história está no fato de ela possuir simbolismos e vários significados escondidos nas entrelinhas.

O traço de McKean é bem diferente do padrão. Tem vários toques artísticos que dão um estilo único e singular à história. McKean escolheu uma palheta de cores bem escura variando do preto e branco ao marrom e em alguns trechos ao azul. Isso dá um clima bem claustrofóbico à história como em alguns momentos na festa de aniversário. Adorei a maneira como o artista trabalhou os quadros, ora com divisões grandes, ora com splash pages com o texto posicionado em partes dos quadros. Se você analisar a edição como um todo, ela é um trabalho de arte incrível. Por mais que a arte possa causar estranhamento em alguns leitores, como o trabalho com a face ou os ângulos bem diferentes empregados, tudo funciona em harmonia com as palavras. Texto e imagem se unem para formar um todo. Por isso que eu disse no começo da resenha que a química entre Gaiman e McKean é espetacular.

"O que é gângster?
Não lembro o que foi que meu pai disse; só lembro da empolgação que esta informação me deu ao entrar na minhda vida.
Gângsters usavam chapéus e dirigiam carros grandes.
Gângsters tinham metralhadoras que guardavam nas maletas de violência.
Os gângsters brigavam com a polícia. E eu aprendi tudo isso antes de chegar à casa dos meus avós. "

Estamos diante de uma história que trabalha momentos da Lei Seca. Antes de mais nada é preciso dizer que qualquer coisa que eu fale acerca da história pode ser ou não uma informação precisa. Isso porque Gaiman trabalha com questões relacionadas à memória vivida e à memória afetiva. O personagem conta a sua infância, mas suas lembranças são meio nebulosas. Tanto é que ele mistura fatos e rostos, dá importância a coisas sem importância (mas que para ele-criança tinham muita importância) como o mágico gordo e os biscoitos recheados. Por essa razão o narrador é extremamente não confiável e o leitor acaba precisando usar os próprios instintos para diferenciar (ou não) o que é verdade e o que é imaginação.

Achei fenomenal a maneira como Gaiman nos coloca nas situações mais bizarras sob a ótica de uma criança. A situação com o pai dele constitui claramente um ato de violência doméstica, mas o protagonista tem memórias nubladas a esse respeito. Ou seja, é o seu inconsciente dizendo para ele não se lembrar com precisão deste momento. O narrador cria a figura do osteopata que cada um enxerga de um jeito diferente. Curiosamente aqui o autor brinca com como enxergamos as pessoas. O pai do menino enxerga como um velho estúpido e o menino tem uma visão de um homem sábio e vivido. Mais para a frente quando o osteopata conta sua história, nosso protagonista cria uma terceira imagem sobre ele a partir da emoção e da vivacidade de sua história. Outra cena marcante é como o menino muda a impressão que ele tinha sobre o mágico careca. No começo, ele sequer se lembra do personagem, demarcando ele como um ser esquecível. Logo a seguir ele se torna o foco da atenção, pois ele representa algo que ele detestava em festas infantis e por fim ele é apresentado de forma imponente como alguém que merece sua atenção.

A romantização do fenômeno dos gângsters é colocada aqui. O osteopata nos apresenta uma visão quase heróica de tais personagens ao colocá-los simplesmente como homens que vendiam bebidas. E esta é a visão que muitos no período tinham a esse respeito. Pensar que Capone e Torrio eram apenas criminosos comuns no meio de uma efervescência que foi a Era de Ouro nos EUA é tirar todo o glamour apresentado nos filmes. Algo que foi construído com o passar das décadas. Isso se reflete na maneira como o protagonista os descreve. A frase mais emblemática disso é: Gângsters usam chapéus. Hoje, ninguém mais usa chapéu. Parece que uma era gloriosa havia terminado para dar lugar à mediocridade. E McKean consegue impor o estilo violento dos gângsters através de seus traços. Enquanto a criança imagina uma visão romântica, somos colocados frente a quadros onde Capone demonstra toda a sua violência, seja esmagando seus oponentes com um taco de beisebol, seja eliminando a tiros os seus inimigos. O contraste é fantástico e dá um efeito incrível à maneira como o leitor se relaciona com a história. Isso porque novamente Gaiman trabalha com a maneira como o nosso cérebro se lembra dos fatos.

Violent Cases é uma HQ incrível de dois mestres que, colocados juntos, sempre produzem histórias inesquecíveis. Os desenhos são de tirar o fôlego, brincando com nossas expectativas quanto ao que está sendo dito. É uma ode à Idade dos Gângsters norte-americanos contado sobre a perspectiva de uma criança.

site: www.ficcoeshumanas.com
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