O Livro do Silêncio

O Livro do Silêncio PJ Pereira




Resenhas - O livro do silêncio


67 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Karen 24/11/2013

Um livro sensível e inteligente que pede seus sentimentos mais honestos
O livro me trouxe aprendizados nas entrelinhas que me fizeram refletir a vida e os meus sentimentos mais profundos através do olhar dos orixás.

A história entre os dois mundos conecta o nosso povo - somos os guerreiros da vida - com os grandes imortais. A forma como o livro foi escrito é muito interessante, abre o apetite para conhecer ainda mais sobre o mundo dos deuses e também sobre nós mesmos.

Estou ansiosa desde já para o livro 2 da trilogia.




Denise 25/11/2013minha estante
Deuses de Dois Mundos me proporcionou algumas horas deliciosas nesse fim de semana. PJ foi especialmente feliz na elaboração de seu personagem principal, um cético jornalista da metrópole em contato com o mundo mágico das Divindades do Orum.

New não tem a menor pista do que está acontecendo com ele e muito menos daquilo que está por vir. Ignora que está sendo preparado para uma batalha.

A narrativa repleta de obstáculos que dificultam o caminho do protagonista, um não iniciado, nos lembra a realidade daquele que aguarda pacientemente para ser ?feito? na religião afro-brasileira (ou africana). Quando finalmente o aspirante a membro da casa passa pelos rituais de iniciação transformando-se em iaô, entende (muitas vezes apavorado) que seu trajeto apenas começou, passando a ocupar-se de compreender as sensações e vivências do mundo mágico. Desconhece grande parte dessa nova experiência. O que sabe é pouquíssimo. Sua necessidade urgente por conhecimento esbarra no constante bloqueio imposto pelos segredos guardados, pelos tabus e pela hierarquia muitas vezes mesquinha da casa.

Mas mesmo na sua ignorância é poderoso e respeitado, pois tem o sagrado poder de receber um Orixá no seu corpo, experimentando o transe. E isso não é para qualquer mortal, somente para os escolhidos.

Para ele, bem como para os iaôs dos terreiros de Candomblé ou dos templos da Tradição de Orixá, não há escolha. Trata-se de uma convocação, de um chamado do Orum para o cumprimento de uma missão.

No decorrer da narrativa, vemos New-Neo-Iaô, aquele que não foi iniciado mas já é um escolhido, desvendar os enigmas do seu problema mundano ao mesmo tempo em que passa a compreender a dinâmica do mundo mágico dos Orixás e das demais entidades do plano espiritual constituído também pelas Grandes Mães, Eguns e diversas outras.

Assim, os mitos e o mundo real se entrelaçam de forma harmoniosa e segura no decorrer do romance.

Para o nosso iaô do mundo moderno a instrução é uma questão de sobrevivência. Não há tempo para encanações. O mundo mágico é bizarro e truncado. E New não pode vacilar: deve agir, correr para evitar o caos, a catástrofe. É vital que cumpra as tarefas que lhe são colocadas sem sequer entendê-las. Deve aceitar esse mundo de estranhamento, de sustos e sobressaltos que o autor produz salpicado de passagens de ação e aventura.

Aguardo a continuidade dessa bela, integrante e apaixonante história, meu caro PJ Pereira. Ainda bem que ainda tenho dois livros pela frente, duas viagens que prometem algumas horas de boa literatura. Axé!


Denise 25/11/2013minha estante
Deuses de Dois Mundos me proporcionou algumas horas deliciosas nesse fim de semana. PJ foi especialmente feliz na elaboração de seu personagem principal, um cético jornalista da metrópole em contato com o mundo mágico das Divindades do Orum.

New não tem a menor pista do que está acontecendo com ele e muito menos daquilo que está por vir. Ignora que está sendo preparado para uma batalha.

A narrativa repleta de obstáculos que dificultam o caminho do protagonista, um não iniciado, nos lembra a realidade daquele que aguarda pacientemente para ser ?feito? na religião afro-brasileira (ou africana). Quando finalmente o aspirante a membro da casa passa pelos rituais de iniciação transformando-se em iaô, entende (muitas vezes apavorado) que seu trajeto apenas começou, passando a ocupar-se de compreender as sensações e vivências do mundo mágico. Desconhece grande parte dessa nova experiência. O que sabe é pouquíssimo. Sua necessidade urgente por conhecimento esbarra no constante bloqueio imposto pelos segredos guardados, pelos tabus e pela hierarquia muitas vezes mesquinha da casa.

Mas mesmo na sua ignorância é poderoso e respeitado, pois tem o sagrado poder de receber um Orixá no seu corpo, experimentando o transe. E isso não é para qualquer mortal, somente para os escolhidos.

Para ele, bem como para os iaôs dos terreiros de Candomblé ou dos templos da Tradição de Orixá, não há escolha. Trata-se de uma convocação, de um chamado do Orum para o cumprimento de uma missão.

No decorrer da narrativa, vemos New-Neo-Iaô, aquele que não foi iniciado mas já é um escolhido, desvendar os enigmas do seu problema mundano ao mesmo tempo em que passa a compreender a dinâmica do mundo mágico dos Orixás e das demais entidades do plano espiritual constituído também pelas Grandes Mães, Eguns e diversas outras.

Assim, os mitos e o mundo real se entrelaçam de forma harmoniosa e segura no decorrer do romance.

Para o nosso iaô do mundo moderno a instrução é uma questão de sobrevivência. Não há tempo para encanações. O mundo mágico é bizarro e truncado. E New não pode vacilar: deve agir, correr para evitar o caos, a catástrofe. É vital que cumpra as tarefas que lhe são colocadas sem sequer entendê-las. Deve aceitar esse mundo de estranhamento, de sustos e sobressaltos que o autor produz salpicado de passagens de ação e aventura.

Aguardo a continuidade dessa bela, integrante e apaixonante história, meu caro PJ Pereira. Ainda bem que ainda tenho dois livros pela frente, duas viagens que prometem algumas horas de boa literatura. Axé!


Andrea 30/11/2013minha estante
Gostei muito do livro; a leitura flui, o texto é bem construído e amarra o leitor, especialmente com a mecânica de intercalar os capítulos dos "dois mundos".
Mal posso esperar pelo próximo livro da trilogia.


Pri 04/12/2013minha estante
Já estava louca pra ler... depois de suas palavras quero maaais ainda!! Obrigada!




Eduardo 13/08/2020

Divertido
O livro do silêncio narra uma história entrelaçada em dois planos: de um lado, Orunmilá é encarregado de uma missão especial, direto do Orum; do outro, um jornalista precisa cumprir seu destino para restaurar a ordem. De cara, já achei a história de resgate dos 16 odus mais interessante do que a história paralela ? contada de forma e-epistolar, o que considerei uma escolha questionável. Newton é um dos personagens mais arrogantes, esnobes, prepotentes e com toques refinados de sexismo que tive o desprazer de ler, não sei se o autor se perdeu na tentativa de nos convencer que Newton é esse cara badass, e com uma vida em alto estilo. As referências do autor são muito boas, o que me fez sentir um apreço maior pela história, mas acredito que vou dar um tempo antes de continuar a leitura da trilogia.
Eduardo 13/08/2020minha estante
Só mais um comentário: achei que os personagens que representam os orixás no Auê foram construídos de maneira monótona, não no sentido chato, mas que não possuíam profundidade alguma. Algumas passagens fazem referências aos itans, que revelam as personalidades de cada orixá, mas o autor poderia torná-las mais complexas. Um exemplo é que Ogum é um guerreiro sanguinário, mas essa é toda a personalidade dele na história. O autor teve a ousadia de misturar a cosmologia iorubá com a ficção, acho que ele poderia ter puxado um pouquinho mais o limite, para trabalhar melhor na construção dos personagens.


michelle, paul mccartney 22/08/2020minha estante
Nossa não consegui imaginar essa história em forma de cartas não kkkkkk


Eduardo 05/10/2020minha estante
Ai, amiga, uma escolha muito ruim, porque ninguém escreve e-mail do jeito que o personagem escrevia. Achei tosco kkkk




João Pedro 30/05/2015

Um balde de água fria
"O livro do silêncio" compõe o primeiro livro da trilogia Deuses de Dois Mundos, do autor brasileiro PJ Pereira, e apresenta a proposta de fundir elementos da mitologia dos iorubás - povos africanos que vieram escravizados para o Brasil - com um enredo contemporâneo. Ao ler a sinopse, logo me animei com a perspectiva de me adentrar em um universo pouquíssimo explorado no universo literário, mas tenho de confessar: profunda decepção me define ao concluir a leitura.

PJ Pereira faz uso de duas histórias paralelas - que se cruzam, ainda que de maneira indireta, somente em um ponto da história. Uma delas é a história do jornalista Newton, que se vê diante de acontecimentos estranhos em sua vida, os quais o levam a adentrar no mundo mitológico dos orixás. Bem, ao menos essa era a ideia. Durante toda a obra, acompanhamos Newton contando os acontecimentos em sua vida por meio de e-mails, cujo destinatário é um personagem misterioso. Achei essa maneira de contar o enredo extremamente chata. Na verdade, estou até agora tentando entender se o PJ Pereira tinha mesmo a intenção de criar um personagem tão chato como o Newton. Extremamente arrogante, machista - isso me deu nos nervos -, homofóbico - por um pequeno trecho do livro percebi isso... Newton é a personificação de tudo o que eu detesto. Além disso, ele busca o tempo todo se afirmar enquanto uma pessoa ambiciosa e blá blá blá. Amigo, aprenda com os Lannisters, Mindinhos ou qualquer personagem de As Crônicas de Gelo e Fogo: não precisa ficar se autoafirmando o tempo todo, apenas faça!!

Do outro lado, acompanhamos um enredo que achei um pouquinho - só um pouquinho mesmo, tá? - melhor. Trata-se da saga de 7 guerreiros de uma tribo da África ancestral, que partem para resgatar os 16 odus, príncipes do destino, que foram sequestrados por três feiticeiras malucas. Ainda que pareça mais interessante, achei a escrita extremamente pobre em detalhes. Nenhum personagem cativa e são muito mal construídos.

Como podem ver, não curti mesmo o livro. Fica para uma outra, PJ.
C. Caroline 30/05/2015minha estante
Vi esse livro na Tarrafa Literária em Santos e me interessei. Mas agora não sei mais. haha


João Pedro 30/05/2015minha estante
hahahaha dá uma folheada e vê se te interessa, pelo menos a escrita... Comigo a experiência não foi boa. :|


Krishna.Nunes 01/06/2015minha estante
Na divulgação do livro, eles chegaram a fazer um vídeo incrível e eu fiquei super animado. Afinal, já gosto muito de fantasia e mitologia e achei que esse livro seria uma espécie de versão brasileira de "Deuses Americanos". Não tinha o que dar errado. Mas, depois de ler resenhas como a sua, desanimei totalmente. Como um autor pode pegar uma ideia tão promissora e transformá-la num texto tão chato?




Caio 27/01/2014

Enrolado. Mas vai.
Antes de qualquer julgamento, leia a resenha inteira e entenda tudo o que eu digo. Agradecido.

Bom, eu dei uma folheada nesse livro no final do ano passado e parei. A escrita me incomodava e eu estava extremamente ansioso para lê-lo. Acontece que a escrita não fazia jus à minha ânsia, então, parei. Peguei de novo, do começo, e comecei a ler. Sem dar spoiler: O livro conta duas histórias, em paralelo. A intenção é juntar as histórias, obviamente. Nos capítulos ímpares, cartas de um humano comum, conversando com alguém que não sabemos quem é, contando suas aventuras. Nos capítulos pares, uma "aventura" com os seres cultuados pelo Candomblé - Orixás, no caso, mas eles ainda não se tornaram Orixás (o livro deixa isso um pouco confuso, dando apenas uma frase antes do prólogo para você identificar isso).
A questão é: o cara pega vários mitos que existem dentro do Candomblé e dá umas mudadas, pega os Orixás como personagens e conta a história de um jeito dele. Apesar de me incomodar, não achei ruim. Eu sabia que a história era assim desde o começo e, a princípio, achei genial. O meu problema com o livro, na verdade, nem é a parte dos Deuses. Meu problema é: O Newton (o humano que escreve para esse alguém que não sabemos quem é) é INSUPORTÁVEL. Nos Agradecimentos do livro, o autor diz que uma pessoa disse a ele que o personagem era insuportável e ele o mudou. IMAGINO COMO ERA ANTES. Pq ele é extremamente chato e dono de si, com comentários machistas e dá vontade de socá-lo várias vezes. Os capítulos pares, quase todos, valem a pena. Os capítulos ímpares começam a ficar interessantes quando FINALMENTE são relacionados com os capítulos pares - e demora muito. Sinceramente, vi como enrolação grande parte do que ele conta, a princípio. Cortaria metade. Talvez, só talvez, seja necessário para "links" com o resto da trilogia. Mas eu realmente duvido.

Em suma, o livro é arrastado em algumas partes, mal escrito em outras (acho que o autor se enrola em umas partes numa tentativa de "escrever bonito", e eu identifiquei um pequeno problema de continuidade), e quem tem "problemas com atenção" não vai conseguir ir muito longe com ele - pq a escrita me perdeu em VÁRIOS momentos. Apesar da nota baixa, recomendo, e vou acabar lendo os outros dois - que ainda não foram lançados. O final acabou ficando melhor e eu quero saber qual rumo essa história vai tomar e vou dar chance para a trilogia. E prevejo que as notas irão ficar maiores. Desculpem-me qualquer erro de escrita. E, sim, sou da religião, apenas para embasamento.
Letícia M. 31/05/2014minha estante
Caio, tenho muito pouco contato com a religião, apesar de grande respeito e curiosidade, e minha impressão do livro foi bastante similar à sua. Confesso um grande alívio em ver que um resenhista homem também sentiu desconforto com o machismo presente no protagonista sem a menor necessidade (sou feminista e cheguei a evitar tocar nesse ponto em minha resenha por estar acostumada a ter desprezadas minhas reclamações nesse sentido).
Fiquei curiosa, no entanto, quanto ao erro de continuidade que você mencionou. Creio que a mim passou despercebido, talvez pela quase nenhuma empolgação que a leitura me despertou, de maneira que simplesmente não me apeguei a muitos detalhes - é difícil se apegar aos personagens, que dirá aos detalhes...
Qual foi o problema de continuidade que você identificou?


Alan 16/11/2015minha estante
Suas palavras me ajudaram bastante, já que planejo publicar um livro. Mas sou muito mais despreparado que o Newton já que sou da área de TI, apesar de escrever fanfics desde 2007. Acho que o meu problema é ter ideias demais que não se conectam. Talvez por isso eu não vá conseguir pôr o livro para o papel, vai saber. Mas boa resenha.


Camila 03/01/2017minha estante
Achei a proposta temática inovadora, por isso gostei do livro a ponto de buscar o segundo volume da trilogia.
Também me incomodei com os comentários machistas do protagonista, que é mesmo um personagem difícil de construir vínculos!




Thiago 23/03/2016

Fascinante. Tem gente chata que diz que esse primeiro livro é enrolado e é superficial com relação à informação sobre os orixás. Oras é para ser uma história envolvente, se alguém quer saber detalhes sobre os orixás que pesquise antes de ler o livro. Afinal este não foi feito com a finalidade de ser um compêndio sobre características e rituais sobre os mesmos e nem haveria necessidade de que fosse assim. Ninguém precisa conhecer nada à respeito das religiões afro-brasileiras para poder se deliciar com esse livro. Enfim, sobre o livro ele é ótimo e estou ansioso para ler os outros dois.
Prix 19/05/2016minha estante
Estou lendo ele agora ...


Thiago 08/08/2016minha estante
É muito bom, vou começar a ler o último livro agora...




Everton Vidal 21/02/2016

Romance fantástico baseado na mitologia africana que tem os próprios orixás como personagens. Genial.
O livro tem duas histórias paralelas que se encontram: A aventura dos orixás quando ainda não eram deuses que ocorre em um passado remoto e a do personagem principal que ocorre no presente, um jornalista cético que acaba se envolvendo inusitadamente com o mundo sobrenatural.
Apesar de New - inescrupuloso, machista, enfadonho, quase intragável - e dando um desconto para a pouca profundidade de outros personagens o livro é muito bom e recomendo. Vale, inclusive, como uma ponte para conhecer mais dessa cultura coberta de mistério e preconceito.
SoLinked 21/02/2016minha estante
Eu achei o livro tão fraco. Tipo, é uma fantasia, um mundo que não conhecemos e o cara escrevia tudo de maneira muito direta, eu não consegui ter imersão.
Tipo, "fulano fez isso", "ciclano disse aquilo". E cadê a descrição dos cenários incríveis e tudo mais?
Achei muito legal pegar uma coisa que muita gente olha com desdém (a mitologia africana), mas faltou muito pra ser um livro de fantasia legal.
Fico feliz que tenha gostado!


Everton Vidal 21/02/2016minha estante
É verdade. Ficou muito atrás do esperado... Dei 4 estrelas esperando que o seguinte livro da série faça por merecer rs. Quero acreditar que uma sacada tão genial não fique apenas nisso e o autor tenha evoluído rs.




Laura 05/01/2014

Africanismo?
Faz tempo que estou procurando autores brasileiros contemporâneos, novos, principalmente de ficção. Quando vi "Deuses de dois mundos" pairando no Facebook, me animei. Me animei ainda mais quando, ao ler uma amostra dos três primeiros capítulos, o negócio me pareceu bom. Comprei logo a versão capa dura, bonita, papel bom. Não demorou muito para, entre uma estação de metrô e outra, as páginas correrem e o livro acabar rapidinho, me deixando uma sensação de... Espera. Vamos aos fatos.
O livro é dividido em duas "frentes", com capítulos alternados. A primeira é do adivinho Orunmilá, que perdeu seus poderes. Com seu auxiliar, Exu, ele que parte em uma busca por bravos guerreiros dispostos a ajudá-lo. A segunda é do repórter Newton, que relata sua história para um desconhecido em busca de compreensão. Claro que, ao final, revela-se uma conexão entre as duas (mas não sou eu que vou contar).
Logo de cara, me deparei com um problema: não sei nada dessa mitologia - e o autor parece nem ligar, despejando uma infinidade de nomes sem se dar o trabalho de explicar. Toda vez que me deparava com um desses, era obrigada a parar, pensar, lembrar. Não que isso seja ruim, mas atrapalhou um pouco o fluxo da leitura.
Outro problema veio da parte de New. Nossa, que cara chato! Fui obrigada a rir quando, lendo os agradecimentos ao final, descobri que, segundo o próprio autor, o personagem era bem mais insuportável antes. Hein? Tem como ser mais prepotente, elitista e machista? Eu acho que não!
Meu último problema tem a ver com o final (não vou contar detalhes, só falar sobre a estrutura mesmo), que é um final aberto. Ou melhor, não é um final aberto, já que o livro não se conclui e não aponta para nenhuma conclusão possível. Eu já vi uma infinidade de finais abertos, e esse me pareceu simplesmente um corte na história. Como se o autor tivesse feito um manuscrito só e pensado "hmmm, se eu cortar minha história em três partes, posso fazer três livros e vender mais!" E essa sensação só piorou quando descobri a origem publicitária do nosso querido PJ Pereira.
O que me leva a mais uma impressão geral: que o autor aproveitou o sucesso de livros baseados em mitologia (Percy Jackson, cof) com mais a maior visibilidade da africanidade no nosso país (instituída pelos PCNs no geral) e juntou os dois para fazer esse livro. Mais depois, vi que o livro foi escrito há dez anos atrás e lançado só agora, ou seja... Ele não juntou os dois para fazer o livro, mas sim para finalmente lança-lo, isso sim.
De qualquer jeito, não achem que sou só ressalvas. O livro é bem escrito, nos faz querer continuar lendo. Vou comprar a continuação, sim, quero saber o que acontece depois. Além disso, é legal ver que, não só a cultura africana não está sendo negada, como também que ainda existem escritores brasileiros dispostos a inovar. Espero fortemente que o sucesso de vendas desse livro inspire a vinda de outros, e que nós tenhamos mais livros próprios para ler. Recomendo que vocês vejam com seus próprios olhos.
Caio 09/02/2014minha estante
"Outro problema veio da parte de New. Nossa, que cara chato! Fui obrigada a rir quando, lendo os agradecimentos ao final, descobri que, segundo o próprio autor, o personagem era bem mais insuportável antes. Hein? Tem como ser mais prepotente, elitista e machista? Eu acho que não!"

EXATAMENTE!




Luiz Araújo 04/02/2014

Dois Mundos de Frustração
Puxa vida, não tenho como descrever a ansiedade que me consumia pelo desejo de ler este livro. Sou um claro defensor das "brasileiridades" e, mais ainda, "baianidades" por ser filho da terra do Nosso Senhor do Bonfim, contudo, assumo ser totalmente leigo e desinformado sobre as questões religiosas do candomblé, umbanda e similares.
A possibilidade de ter acesso a este mundo através de um romance me parecia formidável! Apostei todas as fichas nessa que poderia ser uma maneira saborosa de ser apresentado a esse novo mundo que me fascinava. E que ideia brilhante! Criar um mundo de fantasia mais próximo de todos nós, fugindo dos padrões europeus! Li em alguns lugares na internet inclusive elogios a esse que seria o "Harry Potter com orixás", ledo engano.
Temos que admitir que o marketing que envolveu a produção do livro foi impecável, trailer com narração de Gilberto Gil, contato direto dos leitores com o autor através das redes sociais (afinal, como eu acho que todos deviam ser)... Não era de se esperar menos de PJ Pereira, um expoente na área. Há que se falar ainda da diagramação do livro. Bonito. Uma arte invejável, ainda mais por que tive a oportunidade de obtê-lo com a capa dura, o que o torna ainda mais prazeroso de ler, me incomodando somente a letra excessivamente grande (talvez para aumentar a quantidade de páginas para assemelhar-se aos grandes épicos).
Vencida a análise da produção do livro, vamos à história. Temos uma organização que pessoalmente me incomoda, mas que não há qualquer problema, na organização dos capítulos, variando entre as personagens. Eis então que nos deparamos com o primeiro problema: a narrativa. Nitidamente fica clara que essa é a primeira experiência como escritor de PJ Pereira, que narra de maneira muito simplória todos os fatos, com dificuldades na caracterização dos mesmos e principalmente das personagens, que são tão profundas quanto uma colher de sopa. A abordagem rasteira destes acabam por eliminar qualquer possibilidade de empatia que possa ocorrer com estes. Vemos também uma necessidade de aprofundamento excessiva somente na personagem principal, que nos joga informações continuamente sobre si própria, num exercício narcisista sobre questões que são realmente irrelevantes no contexto e que certamente não seria algo a se compartilhar da forma como é compartilhada com um interlocutor no próprio livro. Posso estar enganado, mas em determinados momentos, a personagem principal parece ser um reflexo do que é ou gostaria de ser o próprio autor, este que parece ter dificuldades de se separar da própria obra.
Sobre os orixás e a mitologia envolvida pelo livro, possui uma abordagem superficial e de difícil entendimento para o primeiro episódio de uma trilogia, fato que, cumpre salientar, se tornou mais claro após ler o Posfácio da própria obra, demonstrando a falta de prática do autor. Destaco também um glossário nas últimas páginas com pouco mais de dez palavras da língua iorubá, que poderiam tranquilamente deixar de estar lá para fazer parte da narrativa, tornando a história muito mais interessante, rica e compreensível.
À obra dou duas estrelas, pela inovação e valorização da cultura afro-brasileira e, ainda, pelo sensacional trabalho de marketing. Espero sinceramente que os próximos capítulos consigam melhorar verticalmente, pois esse tipo de temática e abordagem deve ser incentivada, valorizada e, se de qualidade, servir de exemplo.

Axé.
Liu 28/08/2021minha estante
Te entendo completamente me senti assim é um livro viciante muito bom eu tenho a trilogia aqui em casa estou lendo o primeiro e mds estou apaixonada, a narrativa, a diagramação é tudo muito bom




Daniel Crelier 25/11/2013

Livro fantástico!!!
Fantástico, amei cada capítulo, como você cuidadosamente colocou outros orixás na história, principalmente Logum edé como você já tinha me falado. Achei fantástico como colocou o príncipe na história sem mudar o encanto que ele tem com a ficção que conta no livro, fiquei emocionado a cada frase que lia no capítulo A benção da lua, muito obrigado por me proporcionar essas emoções.
O livro me proporcionou uma imaginação que jamais tive em outros, não apenas por ser bem escrito, sonhador, foi mais por ser da religião que me enfeitiçou mais ainda com essa história.
Sei que é cedo demais, mas já estou MUITO ansioso pelo próximo livro, enquanto não sai vou reler o livro do silencio quantas vezes me der vontade, acredito que várias.
comentários(0)comente

Alako Machado 21/12/2013minha estante
Pois é, quando vi que Logum estava no rio, meu queixo caiu. Pensei "nããão, ele não daria um furo desse..."
Mas quando ele falou que ele vinha de Ypondá... Nossa, tudo fez tanto sentido! Tiro meu ojá para ele.
Também sou da religião e digo: Se ele colocar o meu Orixá no livro, eu descubro onde esse cara mora só pra agradecer!




Leandro 30/11/2013

Fazia tempo...
Fazia tempo que não lia um livro assim.
Misturar a realidade material que vivemos com as culturas não é uma tarefa fácil, mas algo comum de se encontrar pelo mundo. Felizmente, PJ Pereira o fez com a nossa cultura. Utilizou as raízes das religiões brasileiras que vêm dos escravos africanos, foi fiel à tudo que realmente importa de cada um dos orixás e fez com que a linda história de cada um deles fosse bem representada em suas ações em um mundo "paralelo".
Ansioso para os próximos dois! Parabéns PJ!
comentários(0)comente



Simone 08/12/2013

Adorei o livro! Muito interessante a narrativa das duas histórias em paralelo. Algumas pequenas características dos Orixás citados e envolvidos, me fizeram lembrar as historias sobre Eles que minha Ialorixá me conta, já podia saber de quem se tratava pela característica, antes mesmo de se dizer quem era. Apesar de não ser um livro religioso, achei muito importante esse tipo de abordagem "neutra", sobre os Orixás, pois existe muito preconceito e falta de informação a respeito. Senti falta de Nanã, minha Mãe nesse livro, mas quem sabe Ela não aparece nos próximos...
Gostei muito e recomendo.
Agora a pergunta que não quer calar... Quando será lançado o Livro da Traição???? rsrs
comentários(0)comente



Bovver 09/12/2013

Ótimo.
Comprei o livro ontem e terminei ontem mesmo, não consegui parar de ler. Muito bom, as ligações estão perfeitas.

As lendas foram muito bem amarradas, e complementam a historia perfeitamente. Estou aguardando a publicação da segunda parte
comentários(0)comente



Grazi 20/12/2013

Cumplicidade religiosa com a ficção
Tenho 10 anos dentro da religião afrodescendente, o Candomblé. Conheço muitas lendas, arquétipos dos orixás, um pouco do conhecimento da nossa religião passado através do meu Bábálorixá e de todo conhecimento que é dividido na convivência dentro do terreiro, dentro do nosso ilê.
A sutileza da mitologia e dos arquétipos, como os orixás são colocados dentro da ficção é muito interessante e demonstra realmente um mínimo de conhecimento e estudo possível para se criar um enredo tão gostoso, porém não agressivo. Logo, existe uma barreira de preconceitos muito grande quando trata-se da nossa religião.
Espero, verdadeiramente que com essa trilogia alguns paradigmas sejam debatidos, discutidos e até mesmo derrubados. Para que as pessoas deixem brotar a curiosidade diante de tamanha riqueza que é o culto aos orixás, e não mais o medo ou o preconceito arraigado de sentimentos que muitos cultivam pela ignorância do desconhecido.
Seja bem vindo Deus de Dois Mundos!
comentários(0)comente



Rafaela.Caires 25/12/2023

Ok?
Confesso ter tido um pouco de dificuldade de me prender à leitura no decorrer do livro. E se as partes finais, posfácio e etc viessem ANTES teria ajudado muito no entendimento e até interesse.
Tanto é que estava certa de que não seguiria na trilogia mas após ler os pósfácios e ente der melhor já estou iniciando o livro 2.
comentários(0)comente



Delano Delfino 02/01/2014

Amei o livro! Como citou a Tatiana Feltrin num de seus vídeos, todo bom livro deve ter um mapa. O mapa no início desse livro só podia ser um bom presságio.
O livro é leve, com uma escrita fácil e gostosa de se ler. O tema a princípio pode parecer difícil, mitologia, ao menos de acordo com a minha experiência livros que tratam desse tema sempre tem escritas pesadas e cansativas, esse foi uma grata surpresa.
PJ Pereira consegue nos envolver na sua trama e nos faz comprar sua história nos deixando com gostinho de quero mais.
Por se tratar de uma trilogia, pode-se pensar que o livro termina no nada. Apesar de sabermos que ainda tem muito mais para acontecer, o autor conseguiu criar uma história com começo, meio e fim. Não nos deixando perdidos no final da mesma e sim ansiosos pela continuação.
Que bons ventos tragam o livro da traição. Ah! Amei o pós-fácio escrito por Reginaldo Prandi, parafraseando-o : "... A morte sempre aponta para um novo nascimento..."
Talvez o maior mérito do autor foi conseguir trazer os orixás para o mundo real, fazer com que nos identifiquemos com eles e não colocá-los numa redoma de vidro acima do bem e do mal e sim apresentá-los como seres humanos normais com suas virtudes e falhas como todos nós.
Aguardo ansioso a continuação, que está venha logo.
comentários(0)comente



67 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR