Mari 24/12/2022
Fazia tempo que eu não achava um livro TÃO engraçado! O que eu morri de gargalhar com esse aqui foi brincadeira!
Antonio Prata é um cronista, então o livro é feito de crônicas, em ordem cronológica, sobre sua própria infância. O livro é sobre as memórias do autor, com o humor que os leitores dele já conheciam da Folha de São Paulo (e que eu me apaixonei também), no qual você se sente numa mesa de bar, ouvindo a conversa mais interessante e alto astral da face da terra.
A ideia é incrível, porque a infância do cronista em 1980 é o puro suco dos anos 80, o retrato das férias na praia, do ?minibugue?, álbum de figurinhas, o auge das revistas pornô e o programa do Bozo, quando eu nem sonhava em nascer. Quem viveu tudo isso, com certeza iria potencializar ainda mais a essência do livro?. tudo isso não tocou em mim da mesma forma, mas eu captei o que ele quis fazer, e a história consegue ser boa de qualquer forma, porque também tem o que existe em toda infância!
Os sentimentos, os medos fundados e infundados, autodescobertas, a imaginação ilógica, as pequenas lições do incômodo e do pudor, que eu achei que nunca mais voltariam, são muito bem transponíveis quando na mão desse cara! Realmente? esse aí escreve ABSURDAMENTE. Um GÊNIO!
Procurando, aleatoriamente, algo que marquei, encontrei: ?Afinal: o que é a infância senão uma sequência de desejos cerceados pelos adultos??.