Ana Clara 05/08/2020Bem-humorado e leve“Nu, de botas” – Antônio Prata
5/5
"o Fábio Grande e o Fábio Pequeno — que por um bom tempo acreditei serem irmãos, também. Quando os conheci, pensei: nada pode ser mais lógico, se a família gosta de “Fábio”, que batize logo assim todos os filhos; ao se encontrar um Fábio pela rua, já se sabe de onde é e basta usar “Grande”, “Pequeno” — ou “Médio”, caso houvesse um filho do meio — pra diferenciá-los. Fiquei bastante decepcionado ao descobrir, do alto dos meus três anos, que não só não eram irmãos como sequer tinham qualquer laço de parentesco."
Poucos livros me divertiram tanto quando esse na vida.
É um livro autobiográfico e narrado por uma criança, Antônio, o próprio autor que viveu nos anos 80/90.
Os questionamentos que ele faz, e suas percepções são muito interessantes e engraçados, e independente da idade, me resgatou um pouco da minha própria infância. Cada capítulo ele traz uma história diferente, conta dos seus pais separados, das aventuras que teve com os amigos, das brincadeiras e apertos de ser criança. Me deliciei e refleti também sobre esse resgate de um olhar de criança sobre fatos que parecem banais para nós, mas que deixam o personagem encucado. Me diverti muito no capítulo sobre “Cuecas”.
Recomendo esse livro a todos, ainda mais nesses tempos difíceis, é ótimo para relaxar e dar umas risadas, a leitura fluiu super bem comigo, e foi com certeza uma das melhores surpresas do ano!
É um livro pra ser revisitado várias vezes e rir todas elas.
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