Ingrid Rafaelly 01/04/2023
Livro bom pra sair da ressaca literária.
Antônio Prata é um dos meus cronistas favoritos brasileiros. Ele é capaz de transformar uma lista de compras em algo que você ler com prazer. E é exatamente isso que ele faz em Nu, de botas.
Aqui, ele traz algumas lembranças da sua infância contando sob a ótica que ele tinha nesta fase da vida. Ele conta sobre a separação dos pais, o fato de ser contra o uso de cuecas, a descoberta da pornografia, a primeira paixão... É uma leitura leve e muito gostosa. Dei muitas risadas com o livro.
"Meu ideal de vestuário era moletom, camiseta e botas: galochas vermelhas, azuis e amarelas ou as botas de caubói que a mãe do Fábio Pequeno me deu na primeira vez em que fomos à sua fazenda. Se fizesse frio, conjunto de moletom e botas. Se fizesse calor, short e botas. Quando havia piscina, sunga e botas. Mais de uma vez, aproveitando a distração dos adultos, saí pela casa nu, de botas".