O ladrão do tempo

O ladrão do tempo John Boyne




Resenhas - O Ladrão do Tempo


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Autora Nadja Moreno 27/03/2014

O Ladrão do Tempo é um livro povoado!
Incrível o número de pessoas e de vidas que se pode ter com uma vivência de mais de 250 anos. A longevidade é uma preocupação do homem desde sempre, e Boyne consegue retratar bem os pontos positivos e negativos de se viver tanto. Apesar de Matthieu viver de forma intensa e achar-se agraciado por estar vivo há tanto tempo – apesar de não entender como isso veio a acontecer -, ele retrata ao leitor situações conflitantes que são inerentes a uma vida tão longa. São muitas situações pelas quais passamos, e as consequências delas nem sempre podem ser esquecidas.

Ao longo da narrativa vivenciamos fatos e personagens históricos envolvidos de uma forma ou de outra na vida de Matthieu. Gostei muito da forma descontraída e despretensiosa que o autor insere estes personagens, como se fosse absolutamente natural encontrar Chaplin perambulando por uma festa. Outros personagens sem fama histórica me cativaram. Posso dizer com toda tranquilidade que a personagem ficcionista foi a minha predileta. Dei boas risadas com a capacidade que ela tem de criar histórias fantásticas para sua própria vida, acreditando piamente nelas. Identifiquei algumas pessoas reais representados nela: doida, mas muito criativa! Inclusive, falando em criatividade, Boyne foi mega criativo ao citar um certo grande autor, e depois apelidar a ficcionista de Escarlate. Gostei de verdade.
Como é a narrativa de vida de Matthieu, da grande e longa vida de Matthieu, este é um livro de pessoas. Na verdade, é mais uma narrativa que fala das pessoas que conviveram com ele e o que estas lhe causaram do que dele próprio. A impressão é que meu círculo de conhecidos cresceu enormemente após a leitura. Não que Boyne tenha discorrido longamente sobre cada um, mas falava deles em uma facilidade tão grande que logo nas primeiras linhas achava que já conhecia o personagem.

Os mais de 250 anos de vida de Matthieu são contados de forma intercalada, indo e vindo no tempo. Porém em casa capítulo há um título que nos situa no tempo e situação, o que colabora de forma magnífica para que o leitor não se sinta perdido. Nestas idas e vindas vivenciamos junto a Matthieu histórias de amor que deram certo e outras tantas que não deram tão certo assim. Vivi momentos de angústia e de alegria. Vivi momentos de suspense e de indignação. É a história de uma grande vida e certamente eu gostaria de ter conhecido e sentado junto a alguém que tenha vivido tanto para ouvir parte de sua história.

Um detalhe: se algum dia eu tivesse cogitado a possibilidade de batizar um filho com o nome de Tomas, após a leitura de O Ladrão do Tempo esta ideia teria sido demovida definitivamente de meus intuitos. E aposto que o singelo tom de ‘salvação’ - atribuído a um serzinho do gênero feminino - para uma maldição mencionada nas entrelinhas será algo a agradar as feministas de plantão.

Minha nota 4 em 5 deve-se ao fato de, em alguns momentos, o enredo tornar-se um tanto quanto enfadonho, com um excesso de informações e comentários que achei desnecessários. E pelo fato de muitas coisas específicas sobre a vida de Matthieu não terem sido bem esclarecidas, tais como sua fortuna ou o ‘caminho das pedras’ para tanto sucesso.

Porém, apesar deste senão, eu recomendo a leitura destas várias vidas vividas por um só homem.


site: http://escrev-arte.blogspot.com.br/2014/03/resenha-o-ladrao-do-tempo-de-john-boyne.html
- 30/03/2014minha estante
Olá Nadja! Você é a autora desta resenha? Se sim, parabéns! Adorei as suas palavras e me senti mais instigado a ler este livro. Adoro o Boyne e devorei os seus livros anteriores. Obrigado por compartilhar a sua leitura e opinião conosco. abraços!


Autora Nadja Moreno 30/03/2014minha estante
Eu mesma... Obrigada pelas palavras... Adoro ler e comentar o que achei para incentivar a leitura!! :-)


SERGIO 22/05/2014minha estante
Já tenho esse livro, e não vejo a hora de começar a ler, e após ler sua resenha, me motivou mais ainda.


Autora Nadja Moreno 22/05/2014minha estante
Leia sim Zunder. Precisa de tempo, é bem cheio de elementos, mas é um bom livro. Vale a pena. :)


Isa Aguiar 02/12/2014minha estante
Olá Nadja, gostei muito da sua resenha. Justamente por isso queria fazer uma pergunta, o final do livro para mim, ficou um tanto quanto confuso de entender o que aconteceu com Matthieu!? Poderia me ajudar!?




JOY 16/08/2020

O que faríamos se vivêssemos para sempre?
"Aproveite tudo que sua época lhe oferece. Essa é a essência da vida."

Os olhos de Matthieu já vivenciaram 256 anos. Viveu muitos amores, presenciou muitas mortes e viu uma parte da história do mundo ser desenhada. Esse livro é um conjunto de suas mais marcantes memórias.

Os capítulos são mesclados: as memórias antigas e a vida em 1999. Isso permite que a leitura seja fluída, não enjoa. Há uma população de personagens no livro, alguns mais memoráveis que outros. A história com Dominique, logo em sua juventude, é a mais interessante. Matthieu ainda não sabia que viveria tantos anos, o que permite que viva sua vida mais intensamente. Percebemos as nuances no protagonista conforme a história avança... deixa de ser um rapaz assustado para se tornar um homem deveras apático - que já presenciou tudo que a vida pode lhe oferecer.

O contexto histórico é o grande triunfo do livro. Matthieu menciona personagens históricos, como Chaplin, Charles Dickens, Robespierre, Herbert Hoover, Hemingway e que, embora sejam passageiros nos capítulos, embelezam as memórias de Matthieu. Também apresenta a visão de um mero civil perante a momentos como a Revolução Industrial, Revolução Francesa, a criação das Olimpíadas modernas, a crise de 1929, etc. O personagem vê parte da história sendo modelada, vê o mundo se tornando o que é.

John Boyne não falha em sua escrita - é simples, porém profunda e emocionante. Seus personagens nos conduzem a sentir empatia ou repulsa. "No fim, todas as histórias e todas as pessoas se fundem em uma só."
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Leandro Matos 11/08/2014

O LADRÃO DO TEMPO | A SAGA DE UM HOMEM QUE NÃO ENVELHECE
Meu primeiro contato com o trabalho do autor irlandês John Boyne, foi com o romance infanto-juvenil O Menino do Pijama Listrado, que utilizando o Holocausto como pano de fundo, relata a improvável amizade entre dois garotos, Bruno e Shmuel. O primeiro é filho de um comandante do alto escalão de Hitler e o segundo um garoto judeu vestindo um pijama listrado.

O Ladrão do Tempo foi publicado originalmente em 2000 e logo nas primeiras páginas já é notório o talento e a fluência da escrita do autor. John Boyne possui vários trabalhos publicados no Brasil, mas é interessante perceber sua habilidade como um grande contador de histórias já nesse seu primeiro romance.

A história é simples e original. Simples, pois o enredo não apresenta grandes subtramas ou reviravoltas, mas segue firme e contínuo entre duas linhas agradáveis narrativas (de presente e passado). O original da história fica por conta da concepção do autor em contar a saga de um homem que não envelhece. Matthieu Zéla (o narrador da história) parou de envelhecer com a aparência de 50 anos e até os anos 2000 linha de tempo que segue como presente durante o livro vai vivendo plenamente os seus 256 anos.

A história é a seguinte. Apenas escute. Existe uma coisa sobre mim que você não sabe e que provavelmente não vai ser fácil entender, mas vou tentar explicar mesmo assim. É o seguinte: eu não morro. Apenas fico mais e mais velho.

A história da vida de Matthieu começa em 1758, quando aos 15 anos e já órfão de pai, decide fugir de Paris com seu meio-irmão Tomas, após ter presenciado a trágica (e banal) morte da mãe. A partir desse ocorrido Matthieu decide tomar a atitude que vai permear toda a sua vida: se manter vivo para poder oferecer algo de bom ao seu irmão. Logo os dois empreendem uma viagem de navio que se destinava a Inglaterra. Durante a viagem Matthieu conhece Dominque Sauvet, uma jovem um pouco mais velha que ele, e que logo o fascina em todos os sentidos. Aportando em terra nova e almejando viver como marido e mulher, além de ter Tomas no papel de filho, não foi nada fácil para Matthieu e os outros dois, manterem essas aparências e posteriormente se estabelecerem como empregados em uma grande fazenda pelo caminho. O que atrasaria um pouco o plano inicial de chegar a Inglaterra, mas ao menos era uma forma honesta e digna de viver, onde se deixava de lado pequenos crimes que Matthieu cometia para ir levando o dia a dia dos 3 pela localidade. Só não tão importante na sua jornada quanto seu meio-irmão Tomas, que após a morte deste, Matthieu assume seguir com o compromisso de cuidar da sua linhagem, era Dominique. Essa relação ia marcar toda a sua vida como um amor conturbado e incompleto, onde uma única noite de amor, bastasse para guardar um sentimento por anos.

Ouvir muitas vezes a afirmação de que é impossível se esquecer do primeiro amor; o ineditismo das emoções seria, por si só, o suficiente para assegurar uma lembrança duradoura em qualquer coração pulsante.

Na linha narrativa que se segue entre o século XIX e o que se entende como presente, John Boyne foi mais meticuloso aos inserir pessoas e acontecimentos históricos entrelaçados na vida de Matthieu. É onde (particularmente creio eu) que a narrativa flui melhor. O autor mostra um personagem maduro, que segue vivendo o seu tempo à sua época, porém sempre honrando o compromisso iniciado com Tomas. Com mais de dois séculos de vida ele esteve presente direta e indiretamente em fatos importantes da História mundial. Guerras, a Revolução Francesa, a criação das Olimpíadas, o Crash de 29 e muitos outros que por vezes, foram apenas brevemente mencionados. Amigos e mulheres não faltariam na vida de uma pessoa que não morre, afinal. Durante a leitura vale um destaque para a esposa que conseguiu matá-lo e para o contexto no qual é inserido o cineasta e ator Charles Chaplin.

Aproveite tudo o que sua época oferece, estou lhe dizendo. Essa é a essência da vida.

O Ladrão do Tempo apresenta uma excelente história sobre a vida, sobre sobrevivência e acima de tudo, sobre a vontade viver. Apesar de ter vivido por tantos anos, o personagem ainda se permite errar, sorrir, sofrer e se alegrar. A cada novo amigo, ele se permite acreditar. A cada trabalho, ele persevera. A cada amor, ele se entrega. Afinal isso é viver. É permitir que cada momento, cada pessoa tenha seu devido valor na nossa história, no nosso tempo.

site: http://nerdpride.com.br/literatura/o-ladrao-do-tempo-a-saga-de-um-homem-que-nao-envelhece/
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Thaíssa Pereira 29/05/2022

Muito bom
Devo confessar já no início que essa foi minha segunda leitura do autor e eu notei que tenho uma relação de amor e ódio com as obras dele,pois são muito boas,mas em todas as minhas experiências de leitura do Boyne , em algum momento a leitura se tornou cansativa. Ela começa fluída,fica cansativa e depois se torna muito fluída outra vez.

Mas vamos ao que interessa: O ladrão do tempo foi o primeiro romance do autor,devo dizer que não é muito romântico.
A história conta a vida de Matthieu Zéla,um homem que desafiou a natureza vivendo por mais de 250 anos,quase três séculos.
O narrador é o próprio Matthieu,que conta inúmeros acontecimentos dos quais ele ainda se lembra.
A história mescla fatos que ocorreram na vida real com a ficção e inclusive nomes de personagens e celebridades e também monumentos e lugares históricos. Quando li "O garoto no convés" do mesmo autor,também achei muito legal como ele consegue unir o real ao fictício e dar sentido ao enredo com isso. Matthieu inclusive, é um personagem muito importante em "O garoto no convés" que foi minha primeira leitura desse autor, foi o que me motivou a ler essa história.

Matthieu teve uma vida no início muito difícil mas com tantos anos de vida e conseguiu se estabelecer.
Por algum motivo a natureza deu a ele o benefício de ter parado de envelhecer.

Os acontecimentos são narrados entre sua infância e primeiro amor, acontecimentos da sua vida adulta e acontecimentos mais recentes.

É uma leitura que nos faz refletir,afinal ninguém quer morrer mas o que você faria se pudesse viver pra sempre ? Ou pelo menos por mais tempo que a maioria ?

O final é bem legal e deixa uma pilha atrás da orelha. Gostei muito.
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Gleyse 08/02/2015

Frustrante
A sinopse nos dá uma visão de um livro cheio de boas surpresas e momentos históricos importantes através dos 256 anos de vida de Matthieu Zéla. O autor traça uma linha do tempo entre os séculos XVIII, XIX e XX, passando pela França, Inglaterra e Estados Unidos, através de épocas e momentos históricos pelo qual o personagem passa, mesclando capítulos de sua infância e adolescência, (antes de ele se tornar imortal) e do período atual.
Porém o livro de 561 páginas acaba por se tornar enfadonho, contando fatos da vida do personagem e seus sobrinhos que vão morrendo sucessivamente muito jovens e deixando um filho que repete o mesmo destino de seu antecessor.
Nesse período muitos foram os acontecimentos marcantes na história, mas isso acaba por não aparecer na trama, o que me frustrou bastante. Além disso, o autor cita fatos de pouca ou nenhuma relevância. Na verdade, muitos dos acontecimentos e das personalidades famosas da época, citadas no livro eu nunca nem ouvi falar, com exceção de Charlie Chaplin e alguns outros, ainda assim, não foi agradável ler coisas negativas sobre o gênio da sétima arte, que é retratado com um esnobe.
O título do livro me atraiu, bem como a sinopse, mas acredito que o autor perdeu uma ótima oportunidade de explorar os grandes momentos da história pelo qual o personagem passa. Eu gostaria de ter lido mais sobre a primeira e segunda guerra, a revolução industrial, período napoleônico e a guerra entre França e Inglaterra, entre tantos outros acontecimentos que passaram desapercebidos e poderiam ter tornado a leitura bem mais interessante. Afinal, um livro tão denso merecia uma trama que nos prendesse à leitura, o que não aconteceu. Apesar de os personagens serem interessantes, o enredo ficou fraco, sem profundidade e foram poucos os momentos em que eu fiquei instigada a continuar lendo. Foi quase um sacrifício não abandonar o livro.
Desculpe os fãs do autor que já leram vários de seus livros, mas eu sinceramente não gostei da leitura. Talvez por ter sido seu primeiro romance, tenha faltado alguma coisa que escapou.
Eu não li, mas assisti O Menino do Pijama Listrado e achei fantástico, especialmente o final surpreendente e foi o que esperei desse livro, um final arrebatador. Talvez tenha sido improvável, mas tendo em vista a forma como o final do livro foi conduzida, o final só poderia ser aquele.

site: http://territorio6.blogspot.com.br/
Thiago Soares 15/09/2019minha estante
Eu até iria fazer uma resenha e tal, mas você sintetizou exatamente o que iria dizer. Eu abandonei este livro em 2014 e retomei em 2019 (desculpe, mas realmente, eu lia uma página ou capítulo e pensava,,,, não,,, não ta bom isso aqui não) no final, não explicou coisas sobre essa transferência de tempo pro Mathieu, esses parentescos do Thomas etc, ele nunca ter sido identificado, como quando ele viveu 20 anos com uma mulher que não percebeu que ele não envelhecia... coisas assim!




tiagoodesouza 12/03/2014

O ladrão do tempo | @blogocapitulo
Ler um livro do John Boyne normalmente significa que o leitor será transportado para algum acontecimento histórico. O ladrão do tempo é o livro de estreia de John Boyne que somente agora, em 2014, foi publicado. É nele que a gente percebe a tendência do autor de usar a História para contar suas histórias.

A história

"(...) Às vezes acho que fui generoso demais com os Thomas. Quem sabe se tivesse sido menos caridoso, menos disposto a erguê-los toda vez que caíam, pelo menos um deles teria passado dos vinte e cinco anos."
Página 106.

Matthieu Zéla tem uma vida super longa. Ele nasceu em 1743 e desde então tem acompanhado a história do mundo se desenrolando ao seu redor. Ele abandonou a França juntamente com seu meio-irmão, Tomas, aos 15 anos quando o padrasto fora condenado pelo terrível crime que cometera. A partir desse acontecimento, a vida dos dois muda completamente. Matthieu para de envelhecer na meia-idade e passa a ver todos os descendentes do meio-irmão, todos com uma variação do nome Tomas, morrerem em torno dos vinte anos.

Estamos no ano de 1999 e Matthieu está cansado de ver seus sobrinhos morrerem. O Tommy atual é um astro de tevê há nove anos e o vício em drogas está acabando com ele. Matthieu tentará de tudo para que Tommy viva um pouco mais que seus antecessores e para que, enfim, o ciclo termine.

Narrativa

"(...) Envelhecer pode ser cruel, mas se você ainda tiver uma boa aparência e certa segurança financeira, há sempre muito para fazer."
Página 318.

A narrativa é em primeira pessoa pelo ponto de vista de Matthieu. A história é contada em três linhas de tempo diferentes. A primeira, é Matthieu em 1999, empresário em uma rede de tevê, que assumiu algumas responsabilidades após a morte de um companheiro de trabalho e que ainda está disponível para ajudar o sobrinho sempre que Tommy está em alguma enrascada. Depois, Matthieu nos conta a história de como ele conheceu Dominique, uma de suas várias esposas ao longo da vida, no barco quando saiu da França e começou uma nova vida na Inglaterra através de algumas mentiras e com algum peso na consciência. Por último e não menos importante, o narrador nos apresenta algumas passagens específicas em que ele nos conta sobre como algumas das mortes dos sobrinhos de Matthieu aconteceram e sobre outras perdas.

O ladrão do tempo pode não ser uma leitura fácil para quem não tem o costume ou não conhece a escrita de John Boyne. É uma leitura bastante densa por conta das muitas informações que precisam ser passadas para não gerar dúvidas sobre os acontecimentos históricos nos quais Matthieu está inserido. Eu não sei se todos que ali estão são reais, mas uma das partes que eu mais gostei foi o capítulo sobre a ficcionista que foi a única pessoa no mundo todo capaz de fazer com Matthieu algo que ninguém nunca conseguiu fazer.

O maior mistério do livro é, sim, explicado em torno das cem últimas páginas e eu confesso que tinha minhas suspeitas sobre essa explicação. Eu sempre tenho teorias malucas sobre os livros que eu leio e nem sempre elas se comprovam. Mas desta vez foi praticamente o que eu imaginei. Não me peçam para explicar porque é algo bem maluco.

Concluindo

Por ser o primeiro livro do autor, eu fiquei com a impressão que a escrita seria um pouco menos madura que as dos livros publicados primeiramente por aqui. Mas o livro tem toda a qualidade de O Palácio de Inverno e seus outros livros adultos e a capacidade de nos prender na leitura, como em seus livros juvenis.

"(...) Aproveite tudo o que sua época oferece, estou lhe dizendo. Essa é a essência da vida."
Página 22.

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Nat 06/10/2014minha estante
" O homem que usa a história para contar suas histórias."
Essa é uma ótima definição do autor.




gabils 03/06/2020

eu devia ter 13, 14 anos quando li esse livro. não lembro como escolhi ele, não lembro o que me atraiu e me levou a tira-lo de uma prateleira em uma livraria qualquer. meu pai sempre gostou de me dar livros, então suponho que ele me deixou escolher este numa tarde que passamos juntos.
eu lembro de algumas cenas que imaginei a partir das descrições do autor e lembro bastante de ler a última página e tudo o que eu senti quando li, como me tocou muito. gostei tanto que fiz questão de dar de presente um exemplar a uma amiga próxima da época, mas não sei se releria.
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Ani C 01/02/2021

Uma verdadeira viagem pelo tempo, onde a ficção se mistura com fatos e personalidades da história. Um livro que faz refletir sobre o sentido da vida, sobre as pessoas que são importantes em nossas vidas.
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Gigi 16/12/2020

Não é a obra prima de Boyne, mas vale muito a leitura
Para quem nao sabe, o livro é a obra de estreia de John Boyne, e apesar de eu ter algumas ressalvas (principalmente por já ter lido outros titulos dele) me senti feliz e satisfeita ao ter terminado o livro, gostei e me envolvi muito com a maioria dos personagens - que são muitos, tendo em vista 256 anos de história. (Assim como para Matthieu, Constance tem um espaço em meu coração hahaha).

Inicialmente, o livro te prende por completo, capitulos alternados sobre o passado e o presente (característico da escrita de Boyne) do personagem principal torna a história muito interessante e gostosa de ler. Inclusive, recomendo outro título do autor, Palácio de Inverno, onde esse mesmo recurso de escrita é utilizado e o livro é impecável. Voltando ao O Ladrão Do Tempo, alguns capítulos foram cansativos de ler, e o livro se tornou cheio de altos e baixos. Porém, mais altos do que baixos.

.
Algo que me incomodou profundamente foi a quantidade de furos da história. Sabemos, por intuição ou por assitir a 'A incrivel história de Adeline' ou 'O curisoso caso de Benjamin Botton', que viver por muitos anos sem envelhecer fisicamente ou passar por um processo reverso de nascimento e morte envolve muita preocupação em manter tudo em sigilo, mudar de identidade, não permanecer por mais de uma década em um mesmo lugar e tantos outros...
Mas, em o Ladrão do Tempo, John Boyne simplesmente ignora essas premissas, e permite que seu personagem fique casado por vinte anos sem que niguém (inclusive sua esposa e amigos) ache estranho sua aparência imutável, que ele more por décadas em um mesmo local sem levantar suspeitas, ou até mesmo assuma cargos de altíssimo escalão com grandes contribuições na construção de monumentos históricos e obras arquitetônicas famosas, que seja um dos grandes nomes nos bastidores de cinema e televisão, e tantas outras profissões onde se destacou imensamente e nunca nenhum ser humano questionou uma vez se quer, sobre o nome de Matthieu Zéla estar em grandes eventos históricos por mais de dois séculos.

.

De forma geral, o Ladrão do Tempo é um bom livro e nos faz flanar por grandes eventos históricos, desde o século 18 até a virada do milênio o qual nos encontramos, e vale muito a pena lê-lo. Terminei o livro com aquela sensação boa por ter gostado do desfecho e me ter me familiarizado tanto com os personagens.

Ps.: em O Palácio de Inverno é possível notar o quanto a escrita do autor amadureceu.
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Léo 31/08/2022

Até hoje acho que já devo ter lido metade da produção atual de John Boyne e, embora não goste da palavra, ele deve ser meu autor favorito e minha preferência quando olho pra estante.
Agora quando li esse livro em especial, e sim so fui me toquei no final que foi seu primeiro romance, descobri uma nova face desse autor.
Aqui não há intenção de impressionar, passar uma mensagem tocante e/ou tirar lágrimas e risadas do leitor. Não. Esse livro é uma estória, muito bem escrita, extremamente fluida e gostosa de se ler, mas apenas um conto para passar um tempo.
Não entre nessa aguardando lágrimas como as de quem leu alguns dos outros livros, mas saiba que é uma história que vale a pena se ler pelo puro prazer de conhecer mais uma faceta desse ilustre autor.
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qziacoelho 19/07/2022

O livro tem tudo pra ser uma grande historia, e acredito que para muitos realmente é e será, porém, não consegui gerar empatia por nenhum dos personagens, além de achar um pouco cansativa a leitura.

Matthieu Zela nasceu em Paris em 1743 e, quando chega aos cinquenta anos, percebe que parou de envelhecer. Sua história é contada em flashbacks de suas aventuras ao longo dos séculos, intercaladas com sua vida atual no ano de 1999.

Ao longo de seus 256 anos Matthieu tem experiência em primeira mão de alguns momentos cruciais da história - a Revolução Francesa, o crash de Wall Street. Ele voa da Europa para a América, casando-se muitas vezes, mas nunca tendo filhos. Seus únicos parentes que o acompanham nesta jornada são uma série de sobrinhos, todos chamados de variações do nome 'Thomas', que morrem em tenra idade de maneiras sórdidas depois de serem pais de outro filho. O destino dos Thomas parece ser a chave para o destino de Matthieu.
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Neidinhap 26/01/2021

Não decepcionou...
Uma história com viagem no tempo com alguns personagens históricos que trás uma pitada bem pitoresca..
Mas o principal é a história de Mattieu Zéla, um homem com data vencida para o envelhecimento (sonho de consumo)...viveu mais de 250 anos com uma aparência de 50..
Uma história que intercala presente e passado para que possamos entender como tudo começou..
Gostei muito, apesar de ser um livro com mais de 500 págs é bem fluído..
Gostei muito...
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Guigui 02/05/2014

Envolvente e apaixonante.
Terminei de ler o livro O Ladrão do Tempo, de John Boyne, um livro excelente. Há muitos mistérios, afinal são duzentos e cinquenta anos de histórias vividas pelo personagem, e ele narra cada uma delas de maneira tão envolvente e minuciosa que posso dizer que estive junto dele em todas. Sei que ele se tornou um homem muito rico, mas ficou um mistério de como foi o começo dessa fortuna. Enfim, eu gostei tanto do livro que se eu começar a falar mais vou acabar contando muitas coisas e não vou deixar os leitores sentirem o mesmo prazer que eu de ler e apreciar as histórias desse homem maravilhoso, Matthieu Zela. Simplesmente amei o livro.
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