LT 20/11/2018
Boa tarde galera! Hoje vamos continuar com mais uma parte da saga Wild Cards, Ases nas alturas se passa 30 anos após o desastre que disseminou o vírus Carta Selvagem na Terra. Novos ases surgem, antigos retornam e um perigo assombroso assola o planeta.
Venham comigo!!
Após 30 anos, a humanidade se acostumou a conviver com as vítimas do vírus. Os ases se tornaram basicamente super heróis combatendo o crime e os curingas continuam com suas vidas em péssimas condições. Nesse segundo volume somos apresentados a novos personagens que se tornarão importantes na trama e um deles é o Grande e Poderoso Tartaruga (apelido que não se baseia em sua velocidade). Um telepata poderosíssimo que age de dentro de um chassi de fusca com diversas câmeras instaladas no exterior. Tartaruga, ao lado de Fortunato que aparece ainda no primeiro volume, são cruciais nesse segundo encontro.
Entra na trama também o primeiro vilão de verdade, Astrônomo, líder de uma seita que quer governar o mundo com mão de ferro. A ameaça vinda do espaço só aumenta a tensão e a dificuldade dos heróis. Algo capaz de dizimar a humanidade e que só para quando destrói completamente o planeta alvo. Tachyon com sua excentricidade também está de volta, sempre ajudando nas missões ou atuando como médico, profissão que assumiu desde que veio à Terra.
[QUOTE] "Leia com atenção - disse Jube - Está falando aí que conseguiram um novo tratamento, transformam curingas em ases." [...]
Ases nas Alturas, diferente do primeiro volume, é uma trama mais centrada e bem estruturada pois as explicações acerca desse universo já foram dadas anteriormente deixando os autores mais livres para escrever. Martin criou um personagem bem peculiar que acaba servindo de elo entre todos, trata-se de Jube, um alienígena disfarçado de ás cujos capítulos são apresentados como interlúdio e que interage basicamente com todos durante a trama. A ação é maior e mais frenética dessa vez, o cenário político praticamente desapareceu e o foco nos ases é o ponto central do livro. A grande passagem de tempo faz com que muita coisa mude, assim como em nossa realidade, mostra o envelhecimento e amadurecimento de personagens (vemos um Fortunato bem mais experiente por exemplo) e o surgimento de novos ases.
[QUOTE] "Nós, do círculo interno, chamaremos você de Ceifador. Para aqueles que se opuserem a nós, você será a morte. Rápida e implacável." [...]
A grande ameaça externa me lembrou o vilão Galactus, o devorador de mundos, da Marvel, não sei se foi a inspiração para o livro, assim como o fato de alguns ases lembrarem os X-men. A seita misteriosa do Astrônomo também faz referência a um personagem famoso, bastante conhecido por fãs de caverna do dragão (sem spoilers galera). Essa pegada alienígena / ficção científica é devido ao estilo de alguns dos autores participantes no livro, fato que em minha opinião deixou tudo bem legal. É abordado também mais sobre o passado e a família de Tachyon que acaba sendo bem importante nesse volume. O livro tem muita coisa a mostrar ao leitor sem ser repetitivo em relação ao primeiro volume e só nos deixa com vontade de prosseguir na série.
A capa não podia ser melhor, mostrando o Tartaruga e seu fusca atrás. Ele está com uma camisa com a foto de Jetboy, o herói não foi esquecido mesmo após 30 anos, e vemos ao redor várias coisas flutuando tamanho o poder do Tartaruga. A divisão de capítulos continua igual, mostrando um naipe de carta a cada final de conto e os quatro naipes ao fim do capítulo. O livro conta com páginas amareladas e uma fonte de bom tamanho (Esse eu li em livro físico =D) e poucos erros de ortografia, nada que atrapalhe a leitura. Temos menos autores do que no primeiro livro mas a qualidade foi mantida e os interlúdios de Martin completam tudo.
Bem galera, vou ficando por aqui, esse foi o segundo volume da série e trarei mais dela conforme for lendo os livros (vou para o 4º volume), espero que estejam curtindo as análises e até a próxima semana!!
Resenhista: Júlio César.
site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/