Vermelho Amargo

Vermelho Amargo Bartolomeu Campos de Queirós
Bartô




Resenhas - Vermelho Amargo


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13marcioricardo 03/11/2023

Quem é que sonha que é um tomate ?
Aí está um autor que não lembrava de ter ouvido seu nome. Depois de ler esta obra fui pesquisar por mais e percebi que talvez já tivesse lido sobre uma ou outra. Este é daqueles autores que, sem dúvida, mereciam mais crédito. Um tomate e o jogo com as palavras, a força da poesia na prosa. Talvez, se vc quiser ir mais fundo, comece a pensar se realmente não falta coesão à história, quer dizer, não se percebe muito bem onde o autor quer chegar, o que pretende. Mas quando se brinca com as palavras assim, isso é realmente necessário ? Não deixe de ler.
Carolina.Gomes 03/11/2023minha estante
Quero ler esse


13marcioricardo 03/11/2023minha estante
Recomendo.




emclara 13/08/2023

"Viver tinha sabor de chão encharcado"
? //

Acredito que tenho uma queda por livros que abordam o luto, especificamente crianças lidando com o luto, com a dor, com a solidão, com todos os sentimentos que transbordam, evaporam e precipitam dentro de si. E "Vermelho Amargo" é sobre isso.

Nenhum personagem possui nome, todos são conhecidos por suas peculiaridades, como a irmã que nasce em diferentes regiões e o irmão que come vidro (é, pois é). Na verdade, não foi necessário nomes, pois é claro a figura de Bartolomeu no menino narrador. Ele que não sabe ler, só consegue ver sua infância passar diante de fatias finas e transparentes. Fatias cotidianas e vermelhas.

Dá para notar que cada parágrafo foi muito bem pensado. Apesar de curto, é profundo. E eu sei que nunca mais comerei um tomate sem lembrar da poesia desta obra.
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Heitor 18/05/2023

é citado o avô do olho de vidro!
Sendo uma prosa poética o resultado é: muito bonito.
compartilhamos da infância em palavras do narrador-menino que ainda não domina bem as palavras; e dela sentimos o amargor do luto, da solidão e do pecado de ser feliz quando a dor e o sofrer deveria estar.
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Maria10523 21/12/2022

vermelho amargo
Li por causa da escola, escolhi ele pois achei que seria interessante. Sinceramente não entendi nada do livro.

Não era dividido em capítulos, eram textos diretos o que para mim, deixa a leitura cansativa.
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Teteu 23/11/2022

"Não se chora pelo amanhã. Só se salga a carne morta."
Aqui temos retratado - provavelmente em forma de autobiografia - a infância de um rapaz, que abandonado à mercê da dor e do desalento de amar muito e sem ter a quem, vai se afundar na deprimida realidade que é a vida órfã. Órfão, não de pai, não de irmãos, não de família. Órfão da vida, do amor, todos degolados em finas fatias, assim como os tomates do almoço.


Essa história de Bartolomeu Campos é de um peso e leveza estarrecedores. As analogias das quais ele usa são de um cuidado tamanho e que infelizmente não conseguem esconder a violência das palavras ditas. Ao final da leitura, ainda há muito que pensar, muito que digerir, mas sem dúvida no fim, recomendo a todos.


Vermelho amargo é sobre a dor de uma infância retirada, é sobre o desalento das separações imprevistas, e sobre uma vida contínua, que fatia por fatia lhe será retirada, até que um dia o seu "sempre" tenha chegado. Um dos melhores livros da vida.


"O irmão, o mais velho, recontava as histórias ouvidas da professora. Depois da morte, fuga, abandono, traição, afirmava: 'Foram felizes para sempre'. Sempre pensei o 'sempre' como um tempo muito longe. O sempre começava no nascimento e acabava, para cada um, numa hora que fugiu do relógio. Viajar para o sempre não demanda bilhete de partida. Quando se assusta, somos expulsos para sempre, mesmo sem passagem. Eu sabia que viver um dia é ter menos um dia. Comer o tomate era subtrair um tomate. Para sempre me convenci de que o tomate era meu calendário."
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Aldrei1 19/11/2022

Dói. Dói muito. Dói pelo corpo inteiro.
Escrita imersiva e intensa, a dor e o amor se misturam e fica difícil distinguir um sentimento do outro.

Quem lê esse livro jamais comerá tomates do mesmo jeito.
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Ilson José 26/02/2022

Lindo e simples
As palavras são escolhidas com cuidado e simplicidade. Senti mágica e saudade em cada linha do texto. Leia sem pressa e aproveite muito esse livro maravilhoso.
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Alanna Fernandes 19/02/2022

Ler este livro é se encontrar atordoada com cada frase feita por bartolomeu. A poética do autor transcende absolutamente todas as barreiras do imaginável e inimaginável.
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Jacque Spotto 12/02/2022

Primeiro livro que leio de Bartolomeu e já estou extremamente encantada pela escrita
sensível e bela de um assunto profundamente doloroso como o luto. Vermelho amargo é um
livro autobiográfico de uma parte da infância do autor, precisamente a partir de pouco tempo
em que sua mãe faleceu e ainda criança tem que lidar com esse sentimento de perda.

Bartolomeu se utiliza da escrita poética com grande maestria, e a aplicação metafórica das
palavras é evidente em toda a obra, que com menos de 70 páginas te transporta para um
tempo e espaço inerentes à vida do autor.

No livro o narrador nos apresenta aos afazeres simples em família com seus irmãos, pai,
madrasta e dos vizinhos, mas que tudo tem um grande significado em sua vida, o mais
específico deles é a forma como sua madrasta fatia o tomate, mesmo não sendo algo que
pode delimitar como certo ou errado, o garoto sente uma grande dor ao presenciar esse ato,
já que sua mãe, o fazia de forma bem diferente, e para ele, faz um paralelo entre o que é o
amor de sua mãe e a presença indiferente da nova esposa de seu pai.

"Antes, minha mãe, com muito afago, fatiava o tomate em cruz, adivinhando os gomos que
os olhos não desvendavam, mas a imaginação alcançava.[...] Cortados em cruzes eles se
transfiguravam em pequenas embarcações ancoradas na baía da travessa. E barqueiros
eram as sementes, vestidas em resina de limo e brilho. Pousado sobre a língua, o pequeno
barco suscitava um gosto de palavra por dizer-se. Há sim, outras palavras mais doces que o
açucar." (pags. 14-15)

Diferentemente de sua madrasta que fatiava o tomate em rodelas bem finas. Esse ato para
o garoto, de total desvinculamento com a rotina de sua mãe, torna o fruto algo totalmente
ruim, que ele mesmo relata que comia logo para se ver livre das fatias em seu prato.

"A madrasta retalhava um tomate em fatias, assim finas, capaz de envenenar a todos. [...]
Afiando a faca no cimento frio da pia, ela cortava o tomate vermelho, sanguíneo, maduro,
como se degolasse cada um de nós." (p. 9)

O autor se utiliza de coisas simples para fazer uma analogia de como o garoto se sentia, já
que é quase impossível para ele expressar em palavras diretas, por isso o uso de metáforas
faz com que possamos entender um pouco mais do sentimento de solidão do garoto. A
ausência da mãe faz com que ela se transfigure em cada pedacinho da casa. O livro é
repleto de suas confissões, que chegou a me apertar o coração em suas descrições. Esse
com certeza é daqueles livros que a gente não se cansa de ler e provavelmente será muitas
vezes relido.
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Isadora Neves 06/12/2021

Um livro de memórias, muito mais que de acontecimentos
Vermelho Amargo é um livro de memórias, muito mais que de acontecimentos. Memórias cercadas por perdas mas que são descritas de forma muito poética... pra mim o que mais se destacou nesse livro foi a beleza da sua escrita. Vários trechos tão lindos que dá vontade de guardar pra sempre. Leitura curta mas repleta de sentimentos profundos. Demorei bastante pra conseguir escolher um trecho que mostrasse isso, poderiam ser muitos outros, mas vai esse aqui:

"É preciso muito bem esquecer para experimentar a alegria de novamente lembrar-se. Tantos pedaços de nós dormem num canto da memória, que a memória chega a esquecer-se deles. E a palavra - basta uma só palavra - é flecha para sangrar o abstrato morto. Há, contudo, dores que a palavra não esgota ao dizê-las. "

Se a palavra não esgota as dores, em Vermelho Amargo - seu último livro publicado em vida - o autor mineiro Bartolomeu de Queirós conseguiu transformar suas dores nas mais belas palavras.


site: Instagram: https://www.instagram.com/professoraisadoraneves/
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Dica 02/10/2021

Leitura rápida
Li muito rápido, nos faz refletir sobre como o que vivemos na infância é importante, que crianças sentem até mais do que adultos.
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Lud 17/08/2021

O tomate é o tema
Esse é o primeiro livro em prosa poética que já li e eu gostei desse tipo de narrativa mais do que imaginava. Não amei, mas é legal. A linguagem não é muito simples mas também não é complexa, pra quem é acostumado a ler ficções atuais como eu, leva poucas páginas pra se acostumar. Não achei a história muito interessante mas é compreensível considerando que é autobiográfica e não tem muitas páginas.
É quase totalmente composto de analogias e metáforas, a maioria fácil de entender, sendo a principal delas o tomate. Em algumas partes eu realmente não consegui entender o que o tomate representa. E o irmão dele realmente comia vidro ou era uma metáfora que eu não entendi? Espero que seja metáfora mesmo.
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Kiojug 23/02/2021

Este livro é mais doce que o açúcar de um tomate verde
Por mais que o livro seja curto ele mostra o ponto de vista do autor em sua autobiografia, o livro é muito bom, as descrições do autor, a metáfora que o tomate transmite, tudo é muito bem construído, e os sentimentos do autor são extremamente reais, digo com todo meu coração que amei o livro
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