Diogo.Lopes 25/05/2018
Batalha de Anjos!
A resenha para os 5 volumes e como sempre, o grupo CLAMP me surpreende mesmo fazendo formatinhos padrões de shoujo/shounen. Não chega a ser uma obra grandiosa mas é divertida. O enredo se passa num futuro não muito distante, em Tóquio, e nesse período há uma febre de uns bonecos - anjos (tipo Yu-Gi-Oh! eBeyblade) onde se monta e dá atributos aos seus anjos e há competições de batalha e tals. Nada novo, nem grandioso né?! Temos uma jovenzinha muito inocente, carismática e kawaii que se esforça ao máximo para ser uma das melhoras battle angel (deusa como é descrito no mangá). E ela consegue! O desenrolar é bem dinâmico (1 ponto pro roteiro). Misaki a protagonista constrói Lucy (referência forte de Rayearth), aprende a lutar, se supera, desvenda os mistérios que a rodeia e vive feliz no seu mundo mágico e tecnológico, ponto. Rápido mesmo. Gerando alguns probleminhas de falta de foco, como cronologia e uma personagem importante que só aparece no final, citada mas pouco explorada (a mãe de Misaki, a personagem mais estranhamente interessante do mangá. Ela desmaia de pânico quando ama demais uma pessoa '-'). Os adversários e amigos a admiram e blá blá blá. A parte legal disso é o que você tira né?! Misaki nunca desiste, vai até o fim, supera tudo e todos. Sofre a derrota e comemora vitória! Aprendendo bem suas lições para a vida. Amigos sempre ao seu lado e aquele romance que a CLAMP não deixa faltar (AMO!). Misaki tem aquele olhar padrão que todo herói shounen precisa ter (Seya, Naruto, Red...) destemido e confiante. Há menção de alguns crossovers, como Chobits e Rayearth.
Em contrapartida em alguns personagens tem alguns comportamentos bem desconfortáveis, o dono da empresa lá, que fabrica os brinquedos tem tendências pedófilas, um outro personagem falando coisas desconfortáveis (tentando adivinhar qual calcinha a Misaki está usando). Não me agrada ler isso, mesmo que com uma tonalidade humorística. Era pra ser engraçado, mas não é!
A arte não impressiona, a CLAMP tem mais potencial mas é agradável. As cenas de ação são bem intensas, mas legíveis. Conversa bem com a história, mas segue a premissa clichê da CLAMP que parece estar desenhando o mesmo personagem com pequenas características diferentes mil vezes.