O queijo e os vermes

O queijo e os vermes Carlo Ginzburg




Resenhas - O Queijo e os Vermes


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Clio0 18/04/2021

O Queijo e os Vermes é um estudo baseado nos registros oficiais da Santa Inquisição a cerca de Menocchio - um moleiro italiano do século XVI acusado de heresia.

O livro pertence a Micro-história, que por muito tempo no Brasil foi chamada de História dos Marginalizados.

Por ser um estudo de caso, podemos observar não apenas o processo inquisitorial, mas também as características que levaram a formação desse ofício e a quebra da generalização das características medievais.

Há uma grande tendência em separar católicos, luteranos e outras vertentes como se tal fossem de amplo conhecimento, e aceitação, na época de seu surgimento. Carlo Ginzburg relata justamente as contradições no pensamento medieval, e individual, que os conflitos religiosos abordavam.

Menocchio é uma pessoa fascinante. Letrado e articulado, ele usou o próprio tribunal como palco para sua divulgação e divagação. Pelo menos até que o caso começou a tomar proporções maiores e mais sérias.

Não sei dizer quanto exatamente uma pessoa leiga pode aproveitar desse livro. É um trabalho acadêmico com todas as suas peculiaridades, mas o estilo de Ginzburg é simples e dinâmico e pode atrair qualquer um interessado no tema.
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Ingrid_mayara 18/12/2018

Um insulto à moral e aos bons costumes
Essa é a história de um homem que só queria ser ele mesmo, porém, vivia numa época em que era arriscado demais ter opinião própria. Enquanto algumas pessoas queriam escutar o que ele tinha a dizer, outras pensavam que suas palavras eram um insulto à moral e aos bons costumes. Menocchio era revolucionário naturalmente, portanto, era complexo demais ter de esconder sua personalidade a favor do "cidadão de bem" que sempre quer calar a todos que discordam do senso comum.

Bem, "O queijo e os vermes" de fato é um livro instigante já em seu título, mas sua leitura não é tão rápida por causa da linguagem e pela disposição de explicações/notas ao leitor. É um livro para poucos.

Indico a quem gosta de estudar sobre religião e história.

site: Se quiser me seguir no instagram: @ingrid.allebrandt
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Will 09/01/2023

Leitura extremamente interessante, a História popular em seu ponto máximo!

O queijo e os vermes é um relato histórico de um personagem comum extremamente incomum: um moleiro autodidata questionador do século XVI, que desenvolve seu próprio pensamento sobre religião, estrutura hierárquica da Igreja e se aventura também pela metafísica, criando um ponto de vista original num tempo de uma Igreja extremamente poderosa e autoritária, mas ao mesmo tempo ferida pelos primeiros movimentos maiores de dissensão.
Acompanhar Menocchio é delicioso, a forma como ele interpreta suas leituras e acaba fundindo leituras diferentes criando um material (ainda que inusitado em alguns pontos) único. Uma pesquisa espetacular pra um período sem uma imensidão de registros históricos, ainda mais sendo sobre um simples moleiro indagador e com um espírito corajoso. Carlo Ginzburg fez um trabalho muito bom, ótima leitura do começo ao fim. Recomendo.
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Andrei.Mazzola 18/04/2021

Culturas Queimadas
Bruxaria, feitiços, curandeiros e seitas de camponeses na Europa pré-industrial. Neste cenário o historiador italiano Carlo Ginsburg se cristalizou como um grande nome da Micro-história com sua obra "O queijo e os vermes". Pesquisa em escala reduzida sobre o século XVI e suas perseguições aos movimentos desviantes da Igreja Católica.

No entanto, entramos em contato com este período através de um personagem, Menocchio Scandela. Este que era um moleiro da região do Friuli na Itália e que possuía uma habilidade incomum entre os camponeses, era um leitor.

Menocchio ousou interpretar o mundo a sua maneira e foi convocado a prestar depoimento aos inquisidores. Diante do tribunal ele afirmou suas posições, entre elas, que a vida tinha origem na putrefação, uma massa caótica como o queijo que é feito do leite e daí surgiu os vermes: os anjos. Estas posições lhe restaram arder nas chamas santas das fogueiras da inquisição.
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Coruja 04/05/2011

E começamos mais um mês e mais um tema do Desafio Literário 2011. Os livros que escolhi dessa vez passam todos pelo mesmo tema e, claro, não se trata de uma coincidência: investigações históricas.

Iniciamos então com o pé direito, com o absolutamente delicioso O Queijo e os Vermes de Carlo Ginzburg. Esse livro está na minha lista de leituras desde a época do colégio, continuou lá durante a faculdade e esperou ainda mais um pouco até que um belo dia chega um pacote da Régis com ele no meio. Ia começá-lo no final do ano passado, mas aí apareceu a lista de temas do DL e me segurei até agora. Quando finalmente comecei, não consegui mais largá-lo, emendei com a leitura do Os Andarilhos do Bem do mesmo autor e estou neste exato instante pesquisando o preço de outros livros dele.

O Queijo e os Vermes é um livro curioso, sobre um personagem mais curioso ainda. O moleiro Menocchio é um indivíduo do povo que sabe ler, escrever e interpretar - o que era algo quase impensável numa região rural da Itália em plena Idade Média.

Não estou sendo preconceituosa ou elitista. Tenho plena consciência de que a Idade Média não foi a Era de Trevas e Ignorância que nos foi impingida no colégio isso foi intriga da oposição, digo, dos renascentistas. Mas viver nesse tempo também não era nenhum passeio no parque, e se educação não era uma coisa comum nem mesmo entre a elite, que dirá de um moleiro numa aldeia minúscula de uma região inteiramente agrícola.

É difícil, assim, de entender como Menocchio teve acesso aos livros e idéias que o levaram a criar uma cosmogonia própria, que ecoa panteísmo, mitologia hindu, princípios filosóficos, tolerância religiosa e morais e sociais totalmente deslocados numa sociedade feudal.

É pela capacidade de usar um arcabouço principiológico muito além de sua posição social que Menocchio chamou a atenção do Tribunal do Santo Ofício em 1583 e, quatro séculos depois, o porquê desse processo ter chamado a atenção de Ginzburg.

Tenho uma amiga que é estudante de História. Um belo dia, estávamos conversando não sei bem sobre o quê quando surgiu o assunto desse livro. Ela observou que não entendia porque O Queijo e os Vermes fazia tanto sucesso fora do círculo de iniciados estudantes e historiadores de uma forma geral. Afinal, trata-se de uma investigação histórica que analisa dois processos jurídicos realizados pela Inquisição, não sobre sabás demoníacos, mas simplesmente sobre o caráter herético ou não de uma série de afirmações feitas por um moleiro.

À época, não o tinha lido ainda, de forma que nada pude argumentar. Agora, contudo, tenho uma boa razão para esse gosto que de certa forma me foi inspirado pela própria investigação feita no livro -: a história de Menocchio se conforma a muitas leituras, da mesma forma que Menocchio conformava tudo o que lia à sua visão, ultrapassando inclusive todos os limites de interpretação destes textos.

Aliás, é uma referência cruzada interessante relacionar esse livro ao Superinterpretação e Interpretação de Eco, porque essa questão dos limites interpretativos e até onde Menocchio vai para fazer com que os livros a que teve acesso a Bíblia em vulgata, ou seja, no vernáculo local e não em latim; o Decamerão numa edição não censurada, as viagens de sir John Mandeville, uma coletânea de evangelhos apócrifos, tratados teológico-filosóficos e até, acredita-se, um Alcorão se adaptem a um conjunto de crenças pré-cristãs que permeia ainda a cultura e a sociedade da qual faz parte, junto às suas próprias deduções.

A bem da verdade, houve momentos em que quase rolei de rir com a obstinação de Menocchio, que simplesmente descarta aquilo que não interessa à sua doutrina, não importa quão óbvio ou quão necessário aquele detalhe seja para a completude das teorias apresentadas nesses livros. É quase como se ele brincasse de cortar palavras a esmo de uma página escrita, de forma a montar frases que sejam o exato oposto do sentido geral da folha de onde foram tiradas.

No meio dessa confusão hermenêutica, contudo, a grande verdade é que não importa tanto assim como Menocchio chegou às suas conclusões que é o objetivo confesso do livro e o interesse dos historiadores. O que importa é que a despeito de seu isolamento professar idéias diferentes daquelas da maioria, especialmente numa época em que você pode virar churrasquinho se o fizer, não é exatamente a melhor maneira de se tornar popular em sua vila e do risco que corria frente às acusações pelas quais foi investigado, Menocchio teve coragem de expor suas idéias.

Mais que isso: ele ansiava quase desesperadamente por uma oportunidade como essa, em que poderia falar diante de pessoas que pudessem ouvi-lo e compreendê-lo.

Lemos amplamente O Queijo e os Vermes não para compreender e interpretar uma determinada época, mas porque seu protagonista tem traços de uma verdadeiro herói. Porque ele faz algo impensável, difícil mesmo nos dias de hoje: eleva-se acima de seu status e daquilo que era esperado dele para chocar e quebrar dogmas. Porque ele questiona. E porque é um dos homens mais corajosos ou loucos com que você já cruzou.

Ginzburg, a despeito de estar escrevendo um estudo profundo para um público específico, jamais cai na armadilha dos tecnicismos. Pelo contrário, ele acha que essa é uma história que vale à pena ser contada, e deixa óbvio ao longo de todo o livro sua surpresa, seu prazer, sua curiosidade em relação à figura do nosso bom moleiro.

Ele compartilha conosco sua admiração.

Eis porque O Queijo e os Vermes não é um livro exclusivamente para iniciados, porque vale à pena ler a história de Menocchio frente aos seus consternados inquisidores.
Victor 06/03/2015minha estante
A resenha ficou ótima! Realmente a história de Menocchio é muito gostosa de se ler. Só um detalhe: ele não viveu na Idade Média, e sim na atualmente denominada Idade Moderna. O século XVI foi o século das grandes navegações, e dos grandes descobrimentos. A Inquisição ocorreu na Idade Moderna, e não na Idade Média. Essa confusão, no entanto, é comum. Fora isso, a resenha está ótima, parabéns!


Alipio 12/10/2020minha estante
o livro pode sim mostrar que pelo menos dois fatores determinaram uma nova dinâmica no campo ao longo do período do Renascimento:


Alipio 12/10/2020minha estante
precisa " ver" onde sua amiga esta aprendendo história. Se não compreende o porque da importancia desse livro na historiografia, algo está errado


Coruja 13/10/2020minha estante
Alípio, minha amiga não se surpreendia com a importância desse livro para historiografia. A surpresa dela era com o sucesso que esse livro tem fora dos círculos daqueles que estudam história, com os leigos. Gente que normalmente não tem um interesse óbvio em estudar História, mas que fica fascinado com a leitura desse livro.




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Gabriela 14/04/2022

História e Caos
“O Queijo e os vermes” de Carlo Ginzburg é uma leitura obrigatória pra todo e qualquer historiador, sobretudo, saborear o seu prefácio e refletir o quão coeso Ginzburg consegue ser na sua proposta e em seu ofício enquanto historiador.
Entretanto, o livro também ultrapassa as barreiras do meio acadêmico, pode ser lido como um romance literário e imersivo. Por diversas vezes consegui imaginar Menocchio e todo o seu percurso analisado, quase como se o conhecesse - aqui eu preciso evidenciar que o estou conhecendo pelos olhos de Ginzburg, e isso é maravilhoso!
Por vezes eu costumo enxergar a História como um caleidoscópio desordenado de espelhos, mas o mundo Ocidental tenta controlar tudo que vê, enxergamos o tempo como algo linear e coeso, mas na verdade é como se tudo estivesse embaralhado e cada pedacinho do passado/presente/futuro pudesse estar aqui (seja o que quer que seja o “aqui’). Um imenso Caos, seja o que quer que seja isso… Menocchio tentou nos dizer sobre Caos, cultura…
E a cultura é uma das coisas que fura a linearidade do tempo. Ginzburg nos demonstra a sua circularidade e influência em tantas camadas a partir de sua mutabilidade, transformando-se e ressignificando-se a partir de visões de mundo. É muito importante a sua magnitude, sua capacidade de unir e contextualizar nós enquanto humanos.
E Menocchio sabia da sua importância. Sabia tanto que não ousou ser silenciado, mesmo que as forças dos aparatos instrumentais o fizessem constantemente. É quase como se ele fosse um representante, mas sobretudo um sujeito do seu próprio tempo. Um agente ativo nascido em 1532 que chegou até a mim no aqui e agora.
Como é interessante o oficio da história…

"Assim como a língua, a cultura oferece ao indivíduo um horizonte de possibilidades latentes – uma jaula flexível e invisível dentro da qual se exercita a liberdade condicionada de cada um.” - GINZBURG, Carlo
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@bibliotecagrimoria 05/05/2023

Releitura
Sem dúvidas. Depois de ter lido esse livro há uns 6 anos, ele ainda continua um dos meus prediletos de História.
A escrita do Guinzburg prende o leitor do início ao fim. Ficamos, tal qual o autor, intrigados com as concepções do moleiro Menocchio sobre o mundo, a fé, a alma e Deus.
Uma história que acompanha todo o processo de inquisição de um homem simples que possuía um diferencial para o século XVI, lia.
Relendo esse livro fiquei até curioso de ler as obras que Menocchio usava de referência para elaborar os seus argumentos.
Sem dúvida é uma leitura impressionante.
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Diogo 22/01/2023

Menocchio
Excelente leitura, recomendo pra quem gosta de história e inquisição. Menocchio foi uma grande figura, pensava diferente e por isso foi executado. ?Suas palavras são um protesto, são a recusa desse horror. Sua curiosidade, opiniões e destino fazem dele um desses homens para quem dizer o pensam é tão importante que, por isso, arriscam a própria vida.?
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Michel 03/02/2021

Um belo trabalho
A partir de uma minuciosa pesquisa, Ginzburg consegue não apenas nos apresentar a vida e as ideias de Menocchio, mas também, um panorama geral da europa do século XVI e a influência da igreja na vida das pessoas, bem como o poder que a mesma exerce sobre a sociedade no período pré-industrial.
O queijo e os vermes é uma obra que representa um marco nos estudos da micro-história, sendo assim, uma leitura essencial aos historiadores, entretanto, sua narrativa leve e fluída, faz com que seja uma obra apreciada também pelo público comum, que nunca tenha se atentado aos estudos históricos.
Recomendo.
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umtetoparaana 18/06/2021

Investigação Histórica
Ginzburg escreve de uma maneira incrível. Ele é didático ao mostrar que as coisas que Menocchio pensa não são tão absurdas, nem são a frente do seu tempo (até porque isso não existe). Qual é o poder de um livro? Como interpretamos livros? Por quanto tempo uma leitura consegue fica na sua cabeça? Essas e outras perguntas são apresentadas por Ginzburg no meio de um processo da inquisição sob acusação de heresia a um moleiro.
O queijo e os vermes é escrito de uma maneira que faz com que o estudante de história (ou não estudantes) se interesse pelo processo de investigação histórica. Livro essencial pra quem se interessa por história e literatura ?
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ricardo marçal 26/03/2021

O estranho brilhantismo de Menocchio parece feito sob medida para uma aula de método científico: cativantemente bizarro e escorregadio, ele força o pesquisador-autor a respirar fundo e observar com serenidade o que os documentos mostram. O resultado é absolutamente fascinante.
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Mariana 05/12/2021

O queijo e o os vermes, de Carlo Ginzburg.
O autor nos apresenta Domenico Scandella, o moleiro Menocchio, através de documentação sobre seu julgamento pela Inquisição. Menocchio foi condenado por suas ideias singulares, como sua cosmologia, que dá o título do livro. Suas ideias e opiniões lhe eram muito caras, mesmo com a perseguição e a solidão. Uma leitura muita rica, um relato histórico que pode ser lido como um bom livro de literatura, assim considerei. Vale muito a leitura.
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Camargo 04/03/2022

Li como leitura obrigatória da faculdade. Tema bom, desenvolvimento bom e a pesquisa nominativa impecável.
Porém o Menocchio não para de fazer cagada oq me deu uma certa agonia e o fato de o Ginzburg falar demais sobre tudo faz parecer que o livro não tem fim.
Apesar de tudo, muito importante no debate sobre a Cultura Popular e não acho que uma pessoa simplesmente interessada por história gostaria desse livro (se não fosse pela faculdade, talvez eu não gostasse).
Guilherme 28/07/2022minha estante
Eu sou só uma pessoa interessada por história e gostei kkk.
Acabei lendo esse livro de uma forma aleatória e achei bem interessante.

Ps. Comprei pela capa, nunca tinha ouvido falar
ps2. ainda bem que julguei o livro pela capa




narf 20/06/2021

UMA GRANDE "FOFOCA"
Contrapondo o conceito de micro história, este livro é uma grande "fofoca". E o que seria um historiador se não um fofoqueiro de fontes confiáveis?

Ler este livro e ter contato com Carlo Ginzburg que em pleno século XX tentava destrinchar uma mente do século XVI é simplesmente um... espetáculo! Nesta obra você será exposto a Menocchio, um moleiro que foi perseguido pela Inquisição. E caso não seja um bom fofoqueiro, cairá nas armadilhas da interpretação.

Menocchio "embebedava-se com as palavras", o que o levou aos julgamentos inquisitoriais (presentes em parte no livro). Este homem, sem papas na língua, colocou em evidência à Igreja sua antropologia tão abstrusa e complicada.

-- "Assim, na sua linguagem densa, recheada de metáforas ligadas ao cotidiano, Menocchio explicava sua cosmogonia tranquilamente, com segurança, aos inquisidores estupefatos e curiosos (caso contrário, por que teriam conduzido um interrogatório tão detalhado?)." --

Além da história de Menocchio, Ginzburg discorre sobre a escassez de testemunhos em relação ao comportamento e as atitudes das classes subalternas do passado e como os historiadores só se aproximaram muito recentemente desses tipos de problema - "persistência de uma concepção aristocrática de cultura".

Dois eventos históricos tornaram possível um caso como o de Menocchio: a invenção da imprensa e a Reforma. Graças a estes eventos e ao grande historiador, Carlo Ginzburg, somos induzidos a apreciar a micro história; nossa curiosidade é atiçada por uma escrita envolvente e por um personagem real que dentro de um contexto construído de forma generalizadora, não recebeu toda a notoriedade que agora o damos.

-- "Sabemos muita coisa sobre Menocchio. De Marcato ou Marco — e de tantos outros como ele, que viveram e morreram sem deixar rastros — nada sabemos." --
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