Fer - Mato Por Livros 26/09/2015Venha para essa estrada, pegue todas as curvas possíveis e se deixe enlouquecer, viver e amar.Uma vez eu disse a uma amiga que a Si escreve com tanta alma, que mesmo quando é para sorrir me pego chorando. Eu fico me perguntando como Deus reage ao saber que criou pessoas tão especiais e deu um dom tão incrível para elas?
Costumo dizer que ler é muito bom, adoro pegar um livro, passar meu tempo com ele, me divertir, dar risadas. Mas viver a história, sentir ela na sua pele, chorar, sofrer é algo que não tem explicação, é algo mágico, como se existissem mesmo as fadas com suas varinhas de condão sabem? E ai no momento, quando você abre aquele determinado livro e começa a sua história a fadinha dos sonhos literários vem naquele momento, joga aquele pozinho mágico e diz: - Sinta! Viva! Sonhe! Chore! Sorria! Você está recebendo um presente. Uma linda história e com ela a oportunidade de sentir sensações inexplicáveis, de aprender lições únicas, e tudo isso através de outras vidas, vidas muito importantes essas.
É difícil achar um jeito de explicar a forma plena com que histórias assim chegam e tocam nossos corações. Queria eu sim ser uma escritora nesse momento para achar as palavras certas, palavras bonitas, com uma linguagem toda rebuscada, e encher essa página de adjetivos lindos que fizesse vocês compreenderem o poder que algumas histórias tem.
Então só posso esperar que sintam um pouco através dessas simples palavras e que possam se permitir conhecerem histórias assim.
Uma história intensa, com sentimentos intensos e arrebatadores e personagens mais intensos ainda e com personalidades marcantes.
A história de Simone já começa nos causando um turbilhão de emoções e sensações.
“Ana, às vezes sinto como se minha vida fosse acabar a qualquer instante, e por isso, não me privo de certos prazeres. É como se eu já soubesse que meus minutos estão contados.”
Johnny é um cara legal, Johnny era o maioral, conhecido como o “rei dos pegas”, ele só curte mesmo é estar com seus amigos, dar um tapa em seu cigarro, beber muitas e tirar os maiores rachas que já existiram.
E então conhece Ana Cláudia. Ana era um anjo, como o próprio Johnny gostava de descrever, uma menina doce, linda, com uma história que poderia tê-la tornado uma pessoa dura, mas ao contrário, tinha um coração puro, uma força sem igual e uma compreensão que a tornava por vezes mais madura do que sua idade exigia.
“Johnny era o inverso de tudo o que um dia sonhei, porém, ele era o inverso que eu mais ansiava.”
Eles vivem aquele amor desmedido, o tipo de amor arrebatador que nada quer saber a não ser do ser amado.
Eles agem sem pensar, o medo que eles tem não os impede de viver esse sentimento, não se preocupam com as consequências de seus atos, eles vivem cada momento de forma única e o futuro parece algo muito distante e por isso não podem esperar, eles querem o hoje.
“De duas, uma... Ou nos renderemos ou lutaremos. Minha ideia é lutar. Sempre! Agora basta saber o que você pretende fazer, anjo.”
Ao contrário de EOCEOI que fomos acompanhando a história aos poucos, conhecendo o enredo e os personagens de forma leve mesmo com todas suas dores, em dezesseis Simone volta diferente, ela traz tudo a tona de forma única e irreversível, fazendo com que não tenhamos tempo nem ao menos de respirar.
Eu sabia que devia ter me preparado melhor antes de começar a ler a história.
Não temos tempo para nada, não podemos nos preparar para a paixão enlouquecida que toma conta do coração e da vida de Johnny e Ana Claudia, não temos tempo para nos preparar para esse sentimento que os arrebatou e que nos arrebatou, não temos tempo para nos preparar para as consequências desses sentimentos, para o ódio que ele desperta, para os segredos que ele traz a tona, e menos ainda para os perigos que os cercam por viverem esse amor.
Johnny e Ana são jovens e como jovens sentem e vivem tudo de forma intensa e única. Em um determinado trecho uma personagem fala que ele vive a vida como se ela logo fosse se acabar, e é essa sensação que tudo na história nos traz. Esse viver de forma desenfreada como se não existisse o amanhã, e isso nos deixa sem fôlego e despreparados sempre para as próximas páginas.
A Simone sabe como mexer com o leitor de mil maneiras diferentes, ela nos faz rir, chorar, amar, odiar, ter medo, esperança, fé. É uma verdadeira montanha russa de emoções.
Outro fator mais que positivo no livro é que são poucas narrativas que encontramos pelo lado “masculino” em histórias, e eu adoro, mas nesse caso pode acabar conosco.
Johnny é tão intenso, tão real e tão impulsivo que fica difícil acompanhar todos os seus sentimentos, sensações e loucuras. O seu modo “adrenálico compulsivo objetivo” por vezes nos deixa enlouquecidas e com o coração na mão. Outras tantas tudo o que desejamos é ser a própria Ana e poder toca-lo, conforta-lo e entrar na loucura junto com ele. Em todas as suas loucuras...
“Anjo, tranque a porta do medo e jogue a chave fora. Deixe o mundo lá fora. Agora somos só eu e você.”
Dezesseis não é apenas mais uma história de dois amores que se encontram, vivem um amor intenso, mas não podem permanecer juntos. Dezesseis vai além de qualquer tipo de amor racional, ele mexe com algo além do palpável, além do que podemos sentir, e além até do que muitas vezes acreditamos ou não.
Simone sabe sair do mundo real, e nos fazer aceitar aquilo que muitas vezes pode não ser possível ou que simplesmente não queremos aceitar.
A história não trata apenas de um amor louco, intenso, verdadeiro e imortal. Ela trata de amizade, de laços de família ou dos laços que nunca existiram, fala de amizade, de superação, de dor, e infelizmente também fala do lado podre do coração de um humano.
Nos sentimos envolvidos, emocionados e inebriados com essa história.
“Anjo, eis um coração enlouquecido, palpitando a mil, dentro do peito. Este coração é o meu! Você o tocou apenas com o olhar, naquela noite, quando avistei-a pela primeira vez na colina. Desde então, não tive mais paz. Vivo enlouquecido.”
Quem quiser conferir a resenha completa, com a opinião de outra leitora e um vídeo exclusivo, acesse:
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