Vida querida

Vida querida Alice Munro




Resenhas - Vida Querida


39 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


02/08/2014

Vida
Fiquei encantada neste meu primeiro encontro com Alice Munro. Conheci uma escritora com uma sensibilidade incrível que me fez ficar alegre e triste ao mesmo tempo , já que esta seria sua ultima obra. Dona da maior rede de livrarias do Canadá, Alice consegue descrever a solidão interna , aquela que sentimos, mas não conseguimos expressar em simples palavras , coisa que ela conseguiu tão bem. Durante toda sua careira literária Alice só escreveu contos, portanto quando vc estiver diante de qualquer livro de Alice, leia! São contos pra lá de maravilhosos! Em Vida Querida, que não foge a regra e ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 2013, o livro se divide em duas partes, contos e relatos autobiográficos. São histórias tristes e ao mesmo tempo de uma beleza extraordinária. Ao final deste livro, tomado por um sentimento emocionado , você começará uma busca incessante para adquiri seus exemplares anteriores, sei disso, pois fiz a mesma coisa. Esta foi minha simples visão, foi como eu senti Alice entrando em minha vida. Uma mulher educada, sensível, uma lady que de aparência tão frágil nos ensina a pular , literalmente como na capa do livro, nesta passagem maravilhosa que é a vida.
Renata CCS 18/09/2014minha estante
Oi Sú,
Recentemente tive meu primeiro encontro com Alice Munro com a obra "Felicidade Demais". Tb fui fisgada por essa incrível escritora!


18/09/2014minha estante
Que delícia né Renata, fiquei apaixonada pela Alice no primeiro livro. Vou procurar mais livros dela, ela é incrível, beijos!


J@n 25/09/2014minha estante
Nunca fui muito fã de contos, mas ALice Munro está chamando minha atenção. Sua resenha veio confirmar isso.


29/09/2014minha estante
Ela é muito boa mesmo Jan,vc com certeza vai gostar!




Eduardo 20/02/2014

Há delicadeza em descrever o mais vulgar
Alice Munro. Autora célebre de literatura canadense foi premiada com o Nobel em 2013, na frase da premiação estava escrito "Mestra do conto contemporâneo". Essa premiação fez que com que seus títulos mais famosos ganhassem traduções para o português; não demorou muito e vários livros sobre a autoria dela coloriram estantes das livrarias brasileiras.

Como toda nova autora contemporânea que leio, fui com muita cautela quando adquiri um livro dela. Comprei o último "vida querida", pois imaginei que a capacidade literária mais madura da autora tornaria seus contos melhores. Não posso dizer dos outros livros, este foi o único que li até o momento, mas de antemão afirmo, lerei todos os possíveis. Alice Munro é fenomenal. Sua capacidade literária é maior do que esperava.

Ao ler opiniões sobre ela deparei com o comentários como, "Tchekhov do Canadá", o que despontou um sensação de exagero antes de entrar em contato com a obra dela. No entanto, estou tentado a afirmar que ela é ainda mais virtuosa que o grande contista Russo. Não desmerecendo a capacidade de Anton Tchekhov, este que é um autor sensacional e que gosto muito, mas Alice Munro, é, para mim, um dos grandes nomes da literatura universal.

Sua escrita, é marcada por delicadeza e sensibilidade totalmente únicas. Até as situações que levantam os sentimentos da mais alta repulsa em qualquer um, são apresentadas de forma magistral. Em seus vários contos, normalmente longos, diga-se de passagem, ela cria personagens em conflitos sentimentais e emocionais; mostra como os sentimentos humanos são múltiplos, diferente do que imaginamos; apresenta pessoas em situações corriqueiras e faz o leitor se prender em acontecimentos que em muitos momentos parecem estúpidos e sem graça.

Nas ultimas páginas do livro, ela se propõe a contar fatos até então desconhecidos de sua vida, cujo título chamou "Finale". Fala de sua relação difícil e confusa com a mãe, uma vivência que parece estar destituída de amor e afeto, e de casos familiares marcantes. Traços autobiográficos que emocionam pelo seu caráter simples e profundo, carregado de sentimentos de culpa e muitas vezes dor, daqueles os quais lemos com nó na garganta, mas continuamos, pois tudo se torna interessante e primorosos.

Frente a tantos desperdícios literários da atualidade, Munro é uma resposta à esta contemporaneidade literária pobre, que se resume a número de títulos vendidos. Há arte presente em cada traço de sua escrita.

Acredito que Alice Munro, atinge o título de "Mestra do conto contemporâneo" ao conseguir mostrar beleza no cotidiano mais vulgar, mais singelo e desinteressante, e nisso tudo nos trazer a mensagem de que, por mais simples que parece a realidade, ela pode ser incrível, é só pararmos e observarmos com atenção.
Daniel 10/03/2014minha estante
Também gostei muito. E olha que o conto não é o meu gênero literário favorito


Eduardo 10/03/2014minha estante
Eu pelo contrário, Daniel, leio muito contos, gosto bastante. Mas por sempre ter a mão um livro deste gênero, não pensei que iria me surpreender tanto com uma coletânea desta autora.




Vania.Evangelista 14/03/2022

Um misto de pureza e choque de realidade.
Está obra reuni uma coletânea de 10 contos, ficcionais e autobiográficos. Contos que apresentam em sua narrativa a infância - velhice, amizade, ódio, solidão, morte e luto... tudo de maneira profunda e delicada. Cada conto reflete sobre o quanto nossa vida é cheia de acontecimentos, conflitos e descontentamentos que mostram as diversas formas da fragilidade humana e suas relações.
GiSB 19/03/2022minha estante
Quero conhecer a escrita da Alice munro. Só ouço falar bem dela. E adoro contos.




Carol 17/03/2014

Vida Querida: para ler e reler
Escrito por Alice Munro (vencedora do Nobel de Literatura), Vida Querida nos transporta para o Canadá (país da autora) por meio de deliciosos contos que revelam a humanidade de cada personagem a partir de sua solidão, seus amores, segredos, traições, ambições e caminhos. Os contos são envolventes e emocionantes.

Os últimos quatro contos compõem o que ela chamou de “Finale”. Com traços autobiográficos, são uma uma volta ao passado, à sua infância.

Alice Munro disse em entrevista recente que não pretende voltar a escrever, portanto este seria seu último livro. Se for verdade, pelo menos nos deixou com uma obra para ler e reler por muito tempo.

comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Manuela 25/04/2014

Sobre a vida, por Munro.
Algo me chamou a atenção logo que vi o livro. Algo nessas pessoas captadas em pleno voo. Acrobacias no ar, para em seguida jorrar água. Quem sabe, vida?

Mais uma vez essa é uma primeira experimentação, uma primeira leitura da autora, Alice Munro, vencedora do Nobel de Literatura em 2013. Curiosamente, a única cuja escrita é exclusivamente de contos.

Os contos de "Vida Querida" se passam em diferentes períodos de tempo e regiões do Canadá. Por vezes, é o narrador personagem que nos conta a história, e nelas, há uma introspecção quase palpável. Noutras, o conto é narrado em terceira pessoa, como alguém que observa a cena, que compreende os quereres, ou não, dos personagens.

Por sua vez os personagens possuem aquilo que é peculiar no ser humano, qualidades e defeitos que se expõem. Nenhuma história é fechada, com um ponto final. Contrariamente, as narrativas pedem uma participação mais ativa do leitor e sugestiona a quem as acompanha, uma postura de indagação, uma vontade, quiçá, de imaginar o que viria depois. Essa coisa da vida.

O livro se divide em duas partes. Na primeira, contos sobre diferentes temas, possuem voz uníssona: solidão. De um modo ou de outro, os personagens registrados por Munro, traduzem uma melancolia, por vezes, extenuantes. Há passagens belíssimas no texto, há trechos impossíveis de registrar, há frações que talvez fiquem para sempre.

Na segunda, quatro contos compõe Finale. E talvez não sejam contos, pois, em si, possuem a pretensão de registrar passagens pessoais. História da própria Munro, pedaços de sua infância, de sua rotina, o íntimo.

O livro é lindo. Mas eu sei que isso não explica. Então só cabem aos interessados o ler. Para mim, vale a pena.

"Escrever esta carta é como colocar um bilhete numa garrafa -
E torcer
Que chegue ao Japão"
(Que chegue ao Japão, p. 18)
comentários(0)comente



Gláucia 23/11/2014

Vida Querida - Alice Munro
Os contos são representados por pequenos episódios na vida das pessoas, como se fossem recortes de suas vidas que de alguma forma foram significativos e marcantes. E parecem ter um tema em comum: encontros e desencontros.
A narrativa é limpa e despretensiosa, logo nas primeiras linhas a autora consegue nos apresentar seus personagens de forma eficiente e quase profunda, sem entrar em muitos detalhes. Mais a frente saberemos o que se passa por trás de suas atitudes e temos pistas de seus desfechos, nunca tão conclusivos.
Apesar de ter achado os contos muito bons, por me sentir bem envolvida pela maioria, após passar ao conto seguinte já não me recordava bem do anterior.
Os quatro últimos contos fazem parte do finale e são narrativas autobiográficas mas não me pareceram assim; são bem mais impessoais que os contos anteriores.

"Que Chegue ao Japão"- mãe escritora e sua filha partem numa viagem de trem para passar uma temporada longe do marido (e pai). Teremos uma festa, pessoas estranhas, um desconhecido, um encontro, um desencontro, um reencontro (ou não).

"Amundsen"- mãe e filha viajam num trem. teremos um desconhecido, um encontro, um grande susto.

"Deixando Maverley"- um marido, uma esposa doente, uma tímida caixa de cinema filha de família religiosa e conservadora. O tempo passa, temos um desencontro, um reencontro, uma partida, a solidão.

"Cascalho"- um casal, duas filhas, uma separação, um novo lar num trailer... um lago, uma cachorrinha e uma criança que não sabe nadar.

"Recanto"- a família postiça, opressão e tirania, uma tia musicista, um velório, um réquien.

"Orgulho"- uma menina rica, um homem solitário com lábio leporino. O tempo passa, temos um reencontro, antigos programas de TV, uma doença, um desencontro, pássaros numa praça, uma esperança.

"Corrie"- uma rica herdeira coxa, um arquiteto oportunista, anos de engano, a descoberta.

"Trem"- um homem vários encontros e desencontros.

"Com Vista Para o Lago"- uma mulher, um esquecimento, um médico especialista, um sanatório.

"Dolly"- um casal, uma vendedora de cosméticos, um passado, um novo futuro?
comentários(0)comente



Henrique 06/03/2015

Nas entrelinhas
Vida Querida é o último livro da contista e ganhadora do Prêmio Nobel da Literatura em 2013, Alice Munro. O livro possui como temática relatos da vida de personagens (em sua grande maioria do sexo feminino) habitantes de cidades no interior do Canadá.

Alice Munro relata as histórias com uma linguagem simples e de forma econômica, nem sempre deixando explicito a atmosfera ou sentimento dos personagens. Cabe ao leitor compreender as entrelinhas do texto e imaginar o que se passa pela cabeça dos personagens.
Dessa forma, a simplicidade da escrita da autora parece, na verdade, esconder a grande complexidade dos personagens e tramas.
O efeito dessa característica da autora é posicionar o leitor sempre suspenso no ar, imaginando os porquês e motivações dos personagens e deixando o leitor tirar suas próprias conclusões a respeito do que se passa em cada uma de suas histórias.
Essa abertura que a autora oferece em seus contos pode causar no leitor um certo incômodo por não oferecer a resposta para muitas perguntas.

A simplicidade de Alice também se mostra no jeito “cru” na abordagem de temas mais delicados como: sucídio, infidelidade, traumas infantis, separação, etc. Tais temas são tratados com uma naturalidade impressionante, causando ao leitor a sensação de que são de fato corriqueiros nas vidas das pessoas.

Outro tema recorrente nos contos é o papel da mulher na sociedade. Alice apresenta um ampla gama de mulheres dos mais variados tipos e idades.

Merece destaque a capacidade da autora de ver o mundo através dos olhos de uma criança. A empatia de Alice é maestral, conseguindo expor com muita fidedignidade os pensamentos e sentimentos dos personagens.

O livro se encerra com os últimos 4 contos chamados de “Finalle” que são de natureza autobiográfica. Nesses contos todas as características citadas nessa resenha e apresentadas na maioria dos contos estão presentes: a simplicidade na escrita, visão de mundo através dos olhos de uma criança, personagens do sexo feminino vivendo no interior do Canadá, abordagem de temas tabus, etc.
comentários(0)comente



Lud 19/08/2015

O jeito que ela escreve me prendeu bastante a leitura, achei bem interessante. No entanto, os finais dos contos são sempre abruptos e eu ficava querendo saber mais detalhes do que aconteceria com as personagens...mas a leitura vai fácil, muito bom!
comentários(0)comente



petite-luana 20/08/2015

um jogar-se, o negócio é ser feliz, apesar de tudo.
Eu tenho este projeto pessoal de ler ao menos um livro de cada um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Literatura, e mais uma vez esse projeto trouxe uma grande descoberta pra mim: Alice Munro, ganhadora no ano de 2013, a única ganhadora do prêmio com trabalho exclusivo com contos. Este foi o primeiro livro que li da autora e já me apaixonei, Alice traz em cada um dos seus contos um limiar entre ficção e autobiografia, uma mescla que nos engana e nos faz duvidar quando a voz é dela, quando é do narrador. Gostei também, em especial, de um viés em prol das mulheres, de suas dores e lutas, viés que aparece disfarçado ou em destaque em cada um dos seus contos (ao menos aqui).
Dos contos que compõem esse livro:

(1. Que chegue ao Japão): coração sem rédeas, de muitos amores;
(2. Amundsen): a maternidade como um abdicar de ser mulher;
(3. Deixando Maverley): que conto triste! E é incrível como o sentimento do conto vai se definhando e tomado outro rumo a cada passo, chegando na tristeza da perda no final.
(4. Cascalho) um jogar-se na água, o negócio é ser feliz, apesar de tudo. Este conto conversa diretamente com a capa e com o conto que dá título ao livro.
(5. Recanto) um dos meus contos preferidos, construir-se mulher em uma sociedade onde o ser mulher já nasce pré-construído.
(6. Orgulho) conto que menos gostei.
(7. Corrie) me remete ao conto 3, a mesma mudança de rumo e sentimentos, como um gangorra enganosa.
(8. Trem) outro conto preferido do livro, me fez lembrar do querido filme alemão "Emmas Glück" do diretor Sven Taddicken.
(9. Com vista para o lago) um suspense psicológico que só me dei conta no fim!
(10. Dolly) não foi um conto que me atingiu muito.

No fim, são 4 contos mais declaradamente autobiográficos da autora:
(11. O olho) uma incrível memória infantil de construção pessoal.
(12. Noite) uma lembrança muito comovente da relação da menina com o pai.
(13. Vozes) um descobrir da sexualidade.
(14. Vida querida) conto que dá título ao livro e que diz muito através disso, como sua vida e suas vicissitudes partiram da relação com a mãe, esse conto é uma comovente lembrança dessa construção.

site: petite-luana.blogspot.com
comentários(0)comente



Paula 07/01/2016

Primeiro livro de 2016
Instigada pelo movimento Leia Mulheres, percebi que no ano de 2015 li pouquíssimas escritoras. Então comecei o ano de 2016 com Alice Munro, canadense, contista de primeira. Impressionante como em textos tão curtos ela consegue contar histórias tão completas e cheias de sentimento. A vida está ali, com toda intensidade, tristezas, alegrias, abandonos e reencontros.
comentários(0)comente



Aninha 27/01/2016

Quando a vida sai dos trilhos...
"Cada curva parece podar um pouco do que resta da minha vida."
(página 66 em "Amundsen")

Os contos de Alice Munro, autora canadense vencedora do Nobel de Literatura em 2013, são densos e, de certa forma, perturbadores.

Em "Que chegue ao Japão", vemos Greta com sua filha pequena em um trem rumo à Toronto, para encontrar seu amante. No percurso, porém, um imprevisto acontece e abala Greta profundamente.
Já em "Amundsen", conhecemos a jovem Vivi Hyde, que vai trabalhar como professora de crianças tuberculosas, em um hospital na remota Amundsen, e se envolve com o médico responsável. Ficam noivos e, novamente, algo acontece para quebrar a harmonia da situação.
Culpa pela morte da irmã pequena ("Cascalho"), chantagem emocional ("Corrie"), fuga da realidade ("Trem"), perdas ("Com vista para o lago", "Dolly") são assuntos duros, tratados com sensibilidade e lucidez pela autora em seus 14 contos, sendo os 4 últimos com traços autobiográficos.

Ele perguntou "Como vai?" e eu respondi "Bem". E aí acrescentei, só para garantir, "Feliz". (pág.69)

"Há uma cavidade em todo lugar, especialmente em seu peito." (pág.175)

É um livro que nos leva a refletir sobre situações banais que, de tão simples, podem transformar nossas vidas num piscar de olhos, caso alguma coisa saia dos trilhos.


site: http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com.br/2016/01/vida-querida.html
comentários(0)comente



Cristina Henriques 13/04/2016

Ela tinha existido e agora não existia. Nada, como se nunca. E as pessoas corriam de lá para cá, como se esse fato ultrajante pudesse ser superado por providências razoáveis.

O que ele carregava dentro de si, tudo que ele carregava dentro de si, era uma falta, algo como uma falta de ar, de um comportamento adequado dos pulmões, uma dificuldade que ele supunha que continuaria para sempre

O negócio é ser feliz, ele disse. Apesar de tudo. Só tente. Você consegue. Vai ficando cada vez mais fácil. Não tem nada a ver com as circunstâncias. Você não vai acreditar como é bom. Aceite tudo que aí a tragédia desaparece. Ou a tragédia fica mais leve, pelo menos, e você está simplesmente ali, seguindo com tranquilidade no mundo.

Mas a tudo se pode dar bom uso, quando se está disposto.

Há uma cavidade em todo lugar, especialmente em seu peito.

Pular do trem deveria ser um cancelamento. Você sacode a inércia do corpo, prepara os joelhos, para então entrar num bloco de ar diferente. Mira o vazio. E em vez disso, o que é que você ganha? Um bando imediato de novas circunstâncias, pedindo sua atenção como elas não faziam quando você estava sentado no trem, só olhando pela janela. O que é que você está fazendo aqui? Aonde é que você vai? Uma sensação de ser observado por coisas que você não conhecia. De ser uma perturbação. A vida à sua volta chegando a certas conclusões a seu respeito, de pontos de vista que você ignorava.

Eu disse que a única coisa que me incomodava, um pouco, era o fato de haver uma pressuposição de que nada mais ia acontecer na nossa vida. Nada importante para nós, nada que precisasse ainda ser resolvido.

Eu gostava disso. A importância do trabalho e a frequente solidão eram exatamente o que me agradava.

Nós dizemos de certas coisas que elas não podem ser perdoadas, ou que nunca vamos nos perdoar. Mas perdoamos perdoamos o tempo todo.
comentários(0)comente



Marcelle 29/07/2016

Esta é a primeira obra que li da Alice Munro. Tive uma sensação de inconstância ao longo da leitura, pois adorei alguns contos, como Amundsen e Dolly, e outros nem tanto, como Orgulho. De todo o conteúdo do livro, o que mais gostei foi do conjunto de narrativas autobiográficas no final. Os textos são muito bem escritos e lembram o modo de narrar de Simone de Beauvoir, em Uma moça bem-comportada. Fiquei com gostinho de quero mais dessa parte...
comentários(0)comente



39 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR